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Forum Cinema em Cena

Indiana Jones

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    Indiana Jones got a reaction from J. de Silentio in Oscar 2013: Previsões   
    2010 foi um ano interessante. Poucas vezes que importei tão pouco com a vitória do meu favorito, já que a qualidade dos demais indicados, em geral, era bem alta.
     
    PS: e continuo preferindo a vitória de Operação França sobre Laranja Mecânica em 72.
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    Indiana Jones reacted to Questão in The Dark Knight Rises (2012)   
    Concordo com o INDIANA JONES. Como já disse em outros tópicos, acho o final do filme um pouco contraditório no que diz respeito ao que foi apresentado no filme e na propria trilogia.
     
     Também acho que um 4º filme deva ser feito. A premissa de Wayne percebendo que cometeu um erro terrivel com Blake é otima. Claro que isso não implica necessariamente o retorno de Nolan. Um outro diretor poderia perfeitamente continuar de onde ele parou.
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    Indiana Jones got a reaction from Cremildo in Melhor Filme de Steven Spielberg   
    Falem o que quiser, não insistirei no óbvio ululante. Spielberg continua sendo um mestre da narrativa. E um mestre absoluto. Acabo de voltar da sessão de Lincoln e, apesar no frágil desfecho, fiquei surpreso com o filme. 
     
    As críticas quanto à suposta "santificação" de Lincoln são incabidas. Como apreciador da História e do próprio Lincoln, me surpreendi com a franqueza que o personagem é retratado. Não há momentos de glorificação gratuita nem de higienização dos momentos mais dúbios do presidente. Spielberg nos mostra com sinceridade que Lincoln não planejava a inclusão do sufrágio universal para os negros, por exemplo. Ademais, somos apresentados a um verdadeiro gênio político, capaz de manobras arriscadas para alcançar seus objetivos. Não dá para reclamar também sobre a decisão de não mostrar o lado podre do presidente (que, aliás, TODO governante tem), já que o foco do roteiro é claro: a aprovação da 13ª emenda. Lincoln, apesar de protagonista óbvio, não é o verdadeiro cerne do filme. Não é um filme sobre os problemas humanísticos da escravidão, mas um drama-thriller político sobre a aprovação da emenda e como Lincoln manobrou o congresso (com a ajuda de inúmeros assistentes, todos bem representados no filme) para conseguí-lo. Não importa também se todos os detalhes da História estão certos, já que isso é cinema (mas, sim, o filme é suficientemente correto).
     
    PS: Destaque para a decisão de deixar Lincoln, em geral, nas sombras, ou filmando-o apenas de perfil, ressaltando sua timidez e fragilidade que, de forma brilhante, se contrapõem a sua força e inteligência políticas. Lincoln parece sempre dominado pelos raivosos assessores à sua volta para, com facilidade assustadora, dominar novamente o ambiente em questão de segundos e fazer prevalecer sua vontade, calcada numa lógica fácil de acompanhar. Lincoln, apesar da timidez, jamais se deixa fragilizar o suficiente para ser dominado por seu gabinete.
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    Indiana Jones reacted to Cremildo in Oscar 2013: Previsões   
    Spielberg é nomeado Cineasta do Ano pelo Sindicato dos Editores
     
    http://www.awardsdaily.com/blog/2013/01/29/steven-spielberg-named-filmmaker-of-the-year-by-the-editors/
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    Indiana Jones reacted to Cremildo in Oscar 2013: Previsões   
    Também li o texto do Coutinho e não pude acreditar nos meus olhos. Finalmente alguém cujo pensamento é voltado para a liberdade de expressão na arte, desviando das armadilhas fáceis de eufemismos populistas.
     
    Acho ridícula a quantidade de gente que pensa ter Bigelow defendido o emprego da tortura no seu filme MAGISTRAL só porque ela mostrou personagens fazendo uso dela (ou que Tarantino desgraça a memória dos escravos porque os personagens usam linguagem popular em Django, sem filtros politicamente corretos).
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    Indiana Jones reacted to J. de Silentio in Oscar 2013: Previsões   
    (Um pouco off-topic) Crítica do João Pereira Coutinho, publicada hoje na Folha de S.Paulo:
     
    "Cinema para adultos
      Quentin Tarantino e Kathryn Bigelow são as polêmicas cinematográficas do momento. Tudo porque os dois assinaram filmes que não se ajustam à visão "liberal" (leia-se: politicamente correta) que reina nos Estados Unidos e nas cabeças ocas de Hollywood.
     
    Comecemos por Tarantino:
     
    "Django Livre" é, cinematograficamente falando, um dos seus melhores filmes.
     
    Mas, na cabeça das patrulhas, a arte de Tarantino não deve ser consumida com critérios estéticos. Só com critérios éticos e historicamente estreitos: Tarantino desrespeitou o passado de sofrimento dos negros, acusou Spike Lee, antes mesmo de ter assistido ao filme.
     
    E, depois de Spike Lee, vieram as brigadas dos direitos civis, que acusaram o diretor de fazer uma caricatura da escravidão.
     
    Com Kathryn Bigelow, uma mulher que tem mais testosterona do que todos os machos liberais de Hollywood juntos, o problema foi outro: em "A Hora Mais Escura" (que estreia em 15 de fevereiro no Brasil), Bigelow faz uma apologia da tortura e das execuções extrajudiciais. No caso, a execução de Osama Bin Laden.
     
    Suspiros. Que dizer? Talvez o óbvio: nem Tarantino nem Bigelow são culpados dos crimes de que são acusados. E, para isso, é importante assistir aos filmes.
     
    Em "Django Livre", Tarantino conta a história de um escravo que se transforma em anjo vingador no sul pré-revolucionário dos Estados Unidos. Django quer libertar a mulher, escrava como ele; mas quer também castigar violentamente os próprios escravocratas.
     
    No fundo, Tarantino repete, em "Django Livre", o mesmo programa de "Bastardos Inglórios": o cinema como instrumento redentor da história, onde os carrascos são punidos pelas suas vítimas.
     
    Em "Bastardos Inglórios", os carrascos eram os alemães em plena Segunda Guerra Mundial, rebentados às pauladas por um judeu com particular talento para esmagar crânios nazistas.
     
    Em "Django", esse prazer infantil e extravagantemente visual pertence a um escravo. Onde está o crime?
     
    O crime, é lógico, está no fato de Tarantino virar o jogo, concedendo às vítimas da história uma espécie de vingança póstuma e cinéfila. As patrulhas politicamente corretas perdoam tudo. Exceto que as suas vítimas de estimação tenham direito a usar paus, chicotes ou armas.
     
    E se assim é no cinema, assim será na realidade: hoje, muitas das críticas à política de Israel são por simples compaixão frustrada. Como é possível que os judeus de ontem, dóceis como cordeirinhos, não estejam mais dispostos a marchar pacificamente para o gueto ou para o matadouro?
     
    Finalmente, Kathryn Bigelow. No seu penúltimo filme, "Guerra ao Terror", Bigelow já tinha tocado em nervo sensível ao mostrar o gosto que existe nos homens pela adrenalina da destruição. Nada que Joseph de Maistre ou, posteriormente, Sigmund Freud não tenham explicado por escrito.
     
    Dessa vez, em "A Hora Mais Escura", Bigelow vai mais longe  - e faz uma vênia a Nietzsche para mostrar a verdade mais trágica da nossa civilização: o fato de ela se sustentar no trabalho sujo de terceiros.
     
    O liberal progressista gosta de acreditar que o mundo é um jardim infantil, onde os homens são naturalmente bons e tudo se resolve pelo "diálogo" e pelo "respeito".
    Bigelow mostra o outro lado da fantasia. Mostra como as nossas vidas de conforto e segurança são muitas vezes garantidas por "sangue, suor e lágrimas". De aliados, sem dúvida. Mas, sobretudo, de "inimigos".
     
    E uma sequência do filme ilustra o ponto de forma brutal: quando vemos Sua Santidade Barack Obama, em entrevista televisiva, garantindo que os Estados Unidos não torturam -e os torturadores assistem à entrevista, sem esboçar um sorriso, na pausa de uma das torturas. Desconfortável?
     
    Sem dúvida. Mas quem quer verdades confortáveis pode sempre assistir a "Argo", filme dirigido por Ben Affleck que, suspeita minha, vai levar o Oscar de melhor filme neste ano.
     
    Em "Argo", um operacional da CIA entra no Irã revolucionário de 1979 para resgatar o pessoal diplomático da embaixada dos Estados Unidos. Entra sem disparar uma bala, sai sem disparar uma bala.
     
    Honestamente: haverá coisa mais bonitinha?"
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    Indiana Jones got a reaction from Mr. Scofield in Oscar 2013: Previsões   
    Sobre o "favoritismo" Argo. A premiação dos sindicatos, apesar de apresentar um padrão confiável, não é uma aposta completamente segura. Isso se exemplifica na quebra do padrão dos indicados ao Oscar desse ano, com a esnobada a Argo. Vejamos, portanto, as indicações a melhor diretor.
     
    Lembrem ainda das quebras nos padrões citadas no tópico (Apollo 13; Conduzindo Miss Daisy) que são exatamente isso, anomalias. São acontecimentos raros, motivados por diferentes razões. Podem acontecer novamente, mas não acredito que isso ocorra. O mais provável é que aconteça o mesmo que no filme de Ron Howard em 96, mas não confio em absoluto nisso.
     
    Não se esqueçam também da hipótese do terceito vencedor, com os dois filmes mais cotados dividindo votos e um terceito surgindo como vencedor (o "Efeito Crash"?). O conservadorismo repulsivo da premiação também pode influenciar numa divergência dos demais prêmios-termômetro; nesse cenário, melhor esperar o prêmio dos diretores para termos certeza de quais serão os favoritos com chances. Nesse aspecto da premiação "segura", conservadora, acredito que Lincoln possa surgir como uma alternativa ao Argo sem sal (que gostei, mas continuo vendo problemas demais para ser o favorito à estatueta; parece mais uma tentativa estapafúrdia de se mostrarem "moderninhos").
     
    ***********
     
    Algo que acredito que possa influenciar a derrota de Argo é que o filme carece de uma performance principal mais dramática. Affleck não chora, não emociona, nem dá a alma (no conceito dos votantes) pelo papel. Nem os demais personagens do núcleo "Irã". São todos meio parecidos, pouco ou nada desenvolvidos. Não estou criticando o filme, é apenas uma comparação com os demais vencedores da década. É um filme frio, quase sem sentimentos. Isso é diferente de ter elementos de frieza no filme, ou de o filme não ter um ator principal de alto nível. Também é extremamente frio. Na última década, lembrando dos mais esquecidos, temos: o histérico Chicago; a visceralidade de O Retorno do Rei; o melô e que toma conta de Crash depois de certo momento; o desenvolvimento psicológico brutal de Onde os Fracos Não Têm Vez e Os Infiltrados; o emocional Slumdog Millionaire; Renner dando a alma em Guerra ao Terror. Todos os últimos filmes premiados tem uma alma, um fator emocional ou psicológico forte. É disso que Argo carece, e que pode pesar no prêmio principal, ao meu ver. É o cinema que não desenvolve seus personagens, em que tudo é em função da trama (em geral, política), e que acabou matando as chances (desconsiderando premiações-termômetro) de obras JFK e Todos os Homens do Presidente no passado. Argo é puramente político e frio, e seu clímax alegrinho (pontuado pela pavorosa trilha de Desplat) não é o suficiente para aquecer o coração de quem o assiste.

    Argo e A Hora Mais Escura são desses filmes que me parecem frios demais (não vi todos); Lincoln, O Lado Bom da Vida, As Aventuras de Pi e Os Miseráveis fazem o biotipo básico dos vencedores; Django Livre seria favorito em um mundo justo, mas é violento de forma exagerada (pro coraçãozinho dos votantes); Indomável Sonhadora é muito pequeno para ter chances reais; e Amor é falado em francês (aquele povinho tem asco a legendas). Considerando as poucas chances de Os Miseráveis e A Hora Mais Escura, fico de olho em Argo, Lincoln, As Aventuras de Pi (pelo apelo emocional, não pelas premiações) e O Lado Bom da Vida, nessa ordem.
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    Indiana Jones got a reaction from ltrhpsm in Oscar 2013: Previsões   
    Sobre o "favoritismo" Argo. A premiação dos sindicatos, apesar de apresentar um padrão confiável, não é uma aposta completamente segura. Isso se exemplifica na quebra do padrão dos indicados ao Oscar desse ano, com a esnobada a Argo. Vejamos, portanto, as indicações a melhor diretor.
     
    Lembrem ainda das quebras nos padrões citadas no tópico (Apollo 13; Conduzindo Miss Daisy) que são exatamente isso, anomalias. São acontecimentos raros, motivados por diferentes razões. Podem acontecer novamente, mas não acredito que isso ocorra. O mais provável é que aconteça o mesmo que no filme de Ron Howard em 96, mas não confio em absoluto nisso.
     
    Não se esqueçam também da hipótese do terceito vencedor, com os dois filmes mais cotados dividindo votos e um terceito surgindo como vencedor (o "Efeito Crash"?). O conservadorismo repulsivo da premiação também pode influenciar numa divergência dos demais prêmios-termômetro; nesse cenário, melhor esperar o prêmio dos diretores para termos certeza de quais serão os favoritos com chances. Nesse aspecto da premiação "segura", conservadora, acredito que Lincoln possa surgir como uma alternativa ao Argo sem sal (que gostei, mas continuo vendo problemas demais para ser o favorito à estatueta; parece mais uma tentativa estapafúrdia de se mostrarem "moderninhos").
     
    ***********
     
    Algo que acredito que possa influenciar a derrota de Argo é que o filme carece de uma performance principal mais dramática. Affleck não chora, não emociona, nem dá a alma (no conceito dos votantes) pelo papel. Nem os demais personagens do núcleo "Irã". São todos meio parecidos, pouco ou nada desenvolvidos. Não estou criticando o filme, é apenas uma comparação com os demais vencedores da década. É um filme frio, quase sem sentimentos. Isso é diferente de ter elementos de frieza no filme, ou de o filme não ter um ator principal de alto nível. Também é extremamente frio. Na última década, lembrando dos mais esquecidos, temos: o histérico Chicago; a visceralidade de O Retorno do Rei; o melô e que toma conta de Crash depois de certo momento; o desenvolvimento psicológico brutal de Onde os Fracos Não Têm Vez e Os Infiltrados; o emocional Slumdog Millionaire; Renner dando a alma em Guerra ao Terror. Todos os últimos filmes premiados tem uma alma, um fator emocional ou psicológico forte. É disso que Argo carece, e que pode pesar no prêmio principal, ao meu ver. É o cinema que não desenvolve seus personagens, em que tudo é em função da trama (em geral, política), e que acabou matando as chances (desconsiderando premiações-termômetro) de obras JFK e Todos os Homens do Presidente no passado. Argo é puramente político e frio, e seu clímax alegrinho (pontuado pela pavorosa trilha de Desplat) não é o suficiente para aquecer o coração de quem o assiste.

    Argo e A Hora Mais Escura são desses filmes que me parecem frios demais (não vi todos); Lincoln, O Lado Bom da Vida, As Aventuras de Pi e Os Miseráveis fazem o biotipo básico dos vencedores; Django Livre seria favorito em um mundo justo, mas é violento de forma exagerada (pro coraçãozinho dos votantes); Indomável Sonhadora é muito pequeno para ter chances reais; e Amor é falado em francês (aquele povinho tem asco a legendas). Considerando as poucas chances de Os Miseráveis e A Hora Mais Escura, fico de olho em Argo, Lincoln, As Aventuras de Pi (pelo apelo emocional, não pelas premiações) e O Lado Bom da Vida, nessa ordem.
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    Indiana Jones reacted to Stradivarius in Oscar 2013: Previsões   
    Também acho que pode perfeitamente dar Lincoln na noite do Oscar. Mas que Argo está fazendo a lição de casa de sobrevivência, está.
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    Indiana Jones reacted to Beckin in Oscar 2013: Previsões   
    Depois de ir ver Django fiquei ainda mais confuso pelo fato do Dicaprio não ter sido indicado. Sério, baita injustiça...  vou ter que me juntar ao coro daqueles que dizem que a academia/sindicato de atores tem alguma coisa pessoal contra o cara, porque só pode...     O Waltz tá demais também, mas eu inclusive daria o prêmio pro Dicaprio. 
     
    E David O. Russel e o diretor de Beasts preferidos ao Taranta ? Bah, haha, andaram tomando todas por lá.
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    Indiana Jones reacted to Dook in Episódio VII: O Despertar da Força   
    O que vc prefere Sith? Câmera lenta enjoada Snyder-style? 
     
    Ótima escolha... dos nomes cotados, era o mais indicado mesmo. Não é autoral o suficiente para arranjar confusão com a Lucasfilm e não é um pau mandado que cumpre ordens dadas por suits que não entendem de cinema. O cara é anti-3D, anti-digital e, conservador (e nerd) como é, vai batalhar para ter John Williams na trilha e Harrison como Han Solo, o que seria ótimo. 
  12. Like
    Indiana Jones reacted to Stradivarius in Oscar 2013: Previsões   
    Amour segue sim o estilo "europeu lento", mas pelo menos pra mim isso está longe de ser um defeito. Muitos dos melhores filmes atuais seguem este padrão, que nada mais é que o próprio ritmo da vida.
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    Indiana Jones reacted to Sith in Oscar 2013: Previsões   
    Para quem tem interesse... 4 dos 5 curtas de animação que estão concorrendo esse ano
     
    http://vimeo.com/album/2215189
     
    a senha é: oscars2013anim
     
    O curta Paperman só se inicia no minuto 2:20
  14. Like
    Indiana Jones got a reaction from Cremildo in Oscar 2013: Previsões   
    Pra quem se interessa (o que não é o meu caso), o Pablito detonou Lincoln no twitter. Chamou de hagiográfico e blá blá blá. Claro que ele já tinha uma concepção prévia do filme, por simplesmente parecer cool e intelectual ao meter o pau no Spielberg.
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    Indiana Jones reacted to Cremildo in Oscar 2013: Previsões   
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    Indiana Jones got a reaction from Dook in Robocalypse (Steven Spielberg, 20??)   
    Meu único problema com o filme é que ele atrasaria um provável Indiana Jones, prometido há alguns anos já. E, claro, prefiro Indy 5 a qualquer outro filme que o Spielberg tenha pela frente.
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    Indiana Jones got a reaction from Questão in Alan Parker   
    Exato. Não consigo entender porquê todos ficam presos a essa ideia de que a "mensagem" do filme é defendida pelo diretor (e pela obra em si). Toda a construção do filme é voltada para o personagem de Kevin Spacey, o seu fracasso absoluto em todos os aspectos da vida. O cara está no fundo do poço. O tema da pena de morte chega a ser secundário. É mera consequência das atitudes mostradas ao longo da narrativa.
     
    Juro que não consigo entender porquê o público insiste em encontrar uma mensagem em todo santo filme que assiste, ou até mesmo que a obra defenda um certo ponto de vista. O filme está lá para você ver o que quiser nele. Não é uma interpretação absoluta como "David Gale defende o fim da pena de morte a qualquer custo".
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    Indiana Jones reacted to Jack Ryan in O Hobbit   
    Não, de forma alguma. É triste que tenhamos que voltar a este assunto, mas um filme é uma obra de arte por e em si mesma, e mais apto está a avaliar essa obra quem mais familiarizado está com a forma de arte em questão. Como exemplo, um cidadão qualquer pode ter lido tudo o que já foi publicado sobre o Superman em forma de HQ, mas se ele nunca viu um filme na vida, qualquer pessoa que nunca leu uma HQ, mas assiste a filmes, estará - automaticamente e irrevogavelmente - mais apta a avaliar um filme do Superman. Sim, pura e simplesmente pq é um filme, e não uma HQ.
     
    Sobre os "pecados" das avaliações que leste, eles são pecados apenas sob a tua ótica (e a de quem concorda contigo, obviamente, mas não são pecados de fato). A liberdade artística funciona em duas vias: o diretor tem o direito (e o dever, em realidade) de fazer as alterações necessárias para a transposição do material original, mas ele sofrerá as consequências não apenas pelo que cortar ou adicionar, mas também pelo que mantiver. O que um determinado expectador enxerga como uma falha pode ser algo que veio do livro ou pode ser algo que o diretor criou (ou um roteirista, mas o diretor escolhe usar o que o roteirista criou), mas, no que tange à avaliação do filme, isso é irrelevante. O que importa é que aquilo está no filme, e o expectador em questão não gostou, considerou uma falha. Se a única forma de "defender" isso é referir a outra forma de arte, efetivamente não há defesa.
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    Indiana Jones reacted to Dook in Dúvidas: Postem Aqui   
    É simples. Duplo só no box que lançaram agora com os 3 filmes.
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    Indiana Jones reacted to Gustavo Adler in O Hobbit   
    Mas o filme pode não ter um roteiro consistente, ou ele pode não funcionar para um filme...
     
    Se o livro funciona e é genial, é uma coisa, já se esse livro será um excelente substrato pra formar um roteiro de filme do nível, É OUTRA COISA.
     
    E o fato de não ter um vilão identificável, bem, isso eu não sei em que sentido o cara falou isso, mas sim, pode ser um problema, se o filme gerar uma tensão para uma forma negativa oposta ao principal, e no final essa força não existir, isso é uma incoerência, pode fazer com que o filme não funcione.
     
    Ou seja, o filme não funcionou sozinho. O filme TEM QUE FUNCIONAR SIM SOZINHO,, para ser um bom filme. 
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    Indiana Jones got a reaction from Questão in 007 - Operação Skyfall   
    Sério mesmo? Eu acho que entregaram um legítimo Bond e um legítimo Sam Mendes, antes de mais nada. Se você se mantém fiel à essência do personagem, as influências se tornam praticamente irrelevantes. Os filmes do Bourne influenciaram mais nas cenas de ação do que na direção e roteiro dos Bonds. São duas criaturas completamente distintas. Bond tem personalidade própria. Quando eles violam essa personalidade, independente da qualidade do roteiro ou da direção, o filme fica estranho (007 - Permissão para Matar): Bond se torna um intruso no próprio filme.
     
    Em Skyfall a influência de Bourne, mais visível nos filmes anteriores, é quase ausente. Mendes aposta em takes longos, deixando a própria natureza da ação se adaptar à narrativa, ao contrário dos ataques epiléticos de Greengrass. Se teve algo que Bourne influenciou de fato nos Bonds (e no cinema de ação atual) foi no campo do "realismo", sem fantasiar no roteiro ou na ação. Nos Bournes de Greengrass vemos um sutil descaso do diretor com a trama, o que é revelado no decepcionante desfecho do terceiro filme (que não discutirei em detalhes, pois só vi no cinema), em detrimento das maravilhosas sequências de ação. É tudo muito bacana, mas sem muita substância. Ao contrário, os Bonds de Craig não são um amontoado de cenas de ação cool em cenário europeu: tudo serve ao seu propósito, o propósito do roteiro.
     
    Outro ponto de divergência é o senso de humor, ausente nos Bournes de Dark Knights da vida. Bourne leva o "realismo" muito a sério, assim como os Dark Knights de Nolan. Esses filmes tem que se manter, pelo menos um pouco, no território do ridículo, saber rir de si mesmos. Nolan, por exemplo, não se toca do ridículo que é ter um cara vestido de morcego batendo a torto e a direito em mafiosos por toda Chicago. Imaginem um cara desses em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, só para se ter noção do absurdo que seria ter um batmóvel andando graciosamente nas ruas e a polícia nunca descobrindo quem teria essa grana toda para bancar a aventura.
     
    Não Bond. Não em Skyfall. O senso de humor nada discreto (as piadinhas da série estão de volta, organicamente inseridas no filme) nos lembra que, apesar do senso de realidade e urgência da obra, há algo de absurdo naquilo tudo. Assim, não há que se preocupar com a metade de um trem sendo arrancada e o maquinista seguindo em frente (sem pânico dos passageiros) por mais cinco minutos de filme. Mendes sabe que é um filme de Bond. Não precisamos de explicações para tudo que vemos na tela. Frise-se ainda que os "absurdos" do filme não chamam atenção para si mesmos, o que beneficia o filme e a história sendo contada, bem como o próprio desenvolvimento dos personagens. É a fórmula mágica da série em seu ponto máximo. Analisando friamente a obra depois da sessão podemos constatar esse momentos de ridículo mas, assistindo o filme sem se preocupar com essas bobagens, tudo parece fluir perfeitamente. E não é isso que é o bom cinema?
  22. Like
    Indiana Jones reacted to Questão in 007 - Operação Skyfall   
    Não entendi mesmo o que você quis dizer, GUST 84.
     
    Mas mais adivinhando oo que interpretando, acho que vocÊ esta dizendo que sentiu falta de algo que chamasse o "cárater internacional" da trama. Se for isso, eu discordo. Por que nesse filme, o plot é muito pessoal. O mundo não esta em perigo, e nem a beira de uma guerra ou do colapso ecônomico. A Inglaterra não vai cair se Silva concretizar o seu plano. A missão do Bond aqui é salvar a M, ponto.
     
    Então não acho que exista um "caráter internacional" na trama que exige esses planos que você cita, pois o conflito do filme é algo bastante pessoal.
  23. Like
    Indiana Jones reacted to Judy Rush in Central de Notícias   
    Na terra dos espertalhões que querem levar vantagem com enganações é muito difícil isso dar certo.
     
    É como já falaram por aí, esse dia vai ficar conhecido como Black Fraudey, "tudo pela metade do dobro."
  24. Like
    Indiana Jones reacted to Dook in Episódio VII: O Despertar da Força   
    Diante de toda a especulação de onde veio a idéia da nova trilogia, creio ser esta a posição oficial da Lucasfilm e a posição é clara: os novos filmes já existiam lá atrás:
     
     
    The Long, Winding, and Shapeshifting Trail to Episodes VII, VIII & IX
     

    J.W. Rinzler | October 30, 2012  
     
    The long conjectured third Star Wars trilogy has kept fans guessing for decades, and may even have a few numerologists working on their mysteries. George Lucas’ shifting feelings about future Star Warstrilogies have consistently clouded the picture. Given the difficulties associated with the birth of Star Wars in 1977, it’s no wonder that Lucas’s ideas kaleidoscoped. When trying to get such a big undertaking up and running and out the door, visions of the future are understandably hazy. But, as of October 30, 2012, Episodes VII, VIII and IX have been announced as real and soon to be tangible — but they’ve existed as gossamer spirits for nearly 40 years.
    On December 29, 1975, in conversation with Alan Dean Foster per the novelization of Star Wars, Lucas mentioned the prequel trilogy along with what would become Episodes V and VI: “I want to have Luke kiss the Princess in the second book. In the third book, I want the story just about the soap opera of the Skywalker family, which ends with the destruction of the Empire. Then someday I want to do the back story of Kenobi as a young man – a story of the Jedi and how the Emperor eventually takes over and turns the whole thing from a Republic into an Empire, and tricks all the Jedi and kills them. The whole battle where Luke’s father gets killed. That would be impossible to do, but it’s great to dream about.”
     
    As Lucas came to terms with Twentieth Century-Fox during the making ofStar Wars, he secured the legal rights to his sequels, though they remained undefined at the time. On location for the first phase of principal photography in Tunisia in March 1976, Lucas began a long tradition of talking with close collaborators, voicing his ideas for these other episodes and trilogies, much as Walt Disney would do of his projects.
    “You know, when I first did this, it was four trilogies,” Mark Hamill recalled in 2004, speaking of their conversation in 1976. “Twelve movies! Out on the desert, any time between setups… lots of free time. And George was talking about this whole thing… ‘Um, how’d you like to be in Episode IX?’ ‘When is that going to be?’ ‘2011.’ […] I said, ‘Well, what do you want me to do?’ He said, ‘You’ll just be like a cameo. You’ll be like Obi-Wan handing the lightsaber down to the next new hope.’”
    In 1978, a Time magazine article reported that the Star Wars Corporation (a subsidiary Lucas had formed for Star Wars) would be producing “Star Wars II [Empire], and then, count them, 10 other planned sequels.” At that time Lucas consistently mentioned 12 films and even created a barebones outline to that effect.


    In it, the original trilogy occupied Episodes VI, VII, and VIII; a Clone Wars trilogy took up Episodes II, III, and IV, while Episode I was a “prelude,” Episodes IX through XI were simply left blank – and Episode XII was the “conclusion.”
    In 1979, however, Lucas said in an interview on the set of Empire, “The first script was one of six original stories I had written in the form of two trilogies. After the success of Star Wars, I added another trilogy. So now there are nine stories. The original two trilogies were conceived of as six films of which the first film was number four.”
    While in postproduction in early 1980, Lucas used to kick back from time to time with ILM manager Jim Bloom and muse about the bigger story. “The first trilogy is about the young Ben Kenobi and the early life of Luke’s father when Luke is a little boy,” Lucas said. “This trilogy takes place some 20 years before the second trilogy, which includes Star Wars andEmpire. About a year or two passes between each story of the trilogy and about 20 years between the trilogies. The entire saga spans about 55 years. I’m still left with three trilogies of nine films. At two hours each, that’s about eighteen hours of film!”
    While Empire was originally part of a 12-film plan, by the time it was released, the number had clearly been reduced to nine. “The prequel stories exist — where Darth Vader came from, the whole story about Darth and Ben Kenobi — and it all takes place before Luke was born,” Lucas explained at the time. “The other one — what happens to Luke afterward — is much more ethereal. I have a tiny notebook full of notes on that. If I’m really ambitious, I could proceed to figure out what would have happened to Luke.”
    Lucas mentioned these notebooks — or one big book — to me, a few years ago. I asked if I could see it, but he declined. My feeling is that this big book or these notebooks are private, though Lucas has occasionally sent me via an assistant miscellaneous handwritten notes from the period 1976-1983 to help in the writing of the making-of books.
    But two years later while filming Jedi, for many reasons, Lucas was burning out, tired of the whole enterprise: “I’m only doing this because I started it and now I have to finish it,” he adds. “The next trilogy will be all someone else’s vision.”
    As of today, Lucas has given his new co-chairman Kathleen Kennedy several ideas and is really going into semi-retirement. Now, in a relatively short time, compared to the decades of speculation, fans will learn the secrets of Episodes VII, VIII and IX. Star Wars has risen again!
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    Indiana Jones got a reaction from Dook in Episódio VII: O Despertar da Força   
    Ainda rezo pelo 1% de chance do Spielba dirigir a bagaça, mas acho quase impossível. Vai cair na mão de algum pau mandado do naipe de Joss Whedon, Zack Snyder ou Matthew Vaughn. Alguém sem muito cérebro e que faça um servicinho para toda a família, no padrão Disney.
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