Jump to content
Forum Cinema em Cena

Forasteiro

Members
  • Posts

    17464
  • Joined

  • Last visited

Everything posted by Forasteiro

  1. Nossa, o tempo muda a gente: 01. A Felicidade Não se Compra - 9.0 02. Aconteceu Naquela Noite - 8.0 03. A Mulher Faz o Homem - 7.5 04. Este Mundo é um Hospício - 6.0 05. Do Mundo Nada se Leva - 5.5 06. Adorável Vagabundo - 5.0 07. Horizonte Perdido - 5.0 08. O Galante Mr. Deeds - 4.5 09. Dama Por um Dia (1961) - 4.0
  2. Forasteiro

    Grêmio #2

    Mas pro Flamengo no Engenhão com esse time a derrota é o resultado normal. O Julinho se complicou mesmo ao conseguir só 2 pontos contra Figueirense e América. Sorte que o jogo contra o Santos foi adiado. Agora é obrigado a vencer o Atlético na quarta e arrancar pelo menos o empate contra o Palmeiras.
  3. Forasteiro

    Flamengo

    Jogo absurdo, que é isso. E olha, eu não vinha acompanhando o Flamengo, inclusive vi uma matéria esses dias questionando a contratação dele, mas o que eu vi hoje, mais que os gols, foi ele controlando o jogo, deixando a galera na cara do gol e fazendo o que o Ganso deveria fazer no Santos E na seleção (cadê o Ganso afinal?). Não tem 1/10 da velocidade do Neymar (ou dele mesmo há 10 anos), raramente consegue passar por um marcador, mas é isso aí, cada um joga com o que tem. O gol do Neymar eu acho que é inédito no futebol. Nunca tinha visto aquele último drible, e resultando em gol então, acho que nunca aconteceu. Fantástico. A merda pra ele foi ficar de birrinha com o Williams, aí não deu outra, perdeu todas. É muito moleque mesmo. E tomara que tudo isso não apague o pênalti do Elano, haha. Gênio.
  4. Pô, sério que acabou e não teve texto pra Marcas da Violência? Que pena.
  5. Hhahahahaha é engraçado. É que os caras põem "Corinthians" no Google e veem zero Libertadores e zero Mundiais, é natural pensar que se trata de clube pequeno. Na verdade o Corinthians é grande por causa da sua torcida, mas a história se faz com títulos, não tem jeito. A história do Corinthians é de "small club from Sao Paulo" mesmo.
  6. Isso é histórico. Se o Brasil perde, é porque alguém é o culpado, é porque alguma coisa possível de ser consertada estava errada. Não se considera a possibilidade de que simplesmente não havia problemas passíveis de uma solução, de que o Brasil perdeu apenas porque talvez não fosse o melhor. E tem que enfiar isso na cabeça: não somos os melhores. Duvido que o Mano vença Alemanha e Espanha, por exemplo, e não tem que mudar tudo por causa disso: já estamos usando nossa força máximo (ou perto). Não pode é bater em bêbado como na era Dunga. É torcer pra que Pato, Lucas, Neymar e Ganso confirmem o que esperamos que eles se tornem até 2014, ou nos resignarmos ao fato de que há gente mais talentosa por aí jogando futebol. Não surgiu nenhum jogador brasileiro desde o Ronaldinho melhor que o Messi, o Xavi, o Iniesta e o Cristiano Ronaldo. Já é meia década que se vai.
  7. hehe, futebol feminino... Em se tratando de seleções, a única competição que importa é a Copa do Mundo, o resto são fases de preparação. A Eurocopa é a que tem algum valor por ser a competição de seleções do centro histórico do futebol, do povo que mais ama o esporte, e por marcar conquistas de seleções históricas (como a Holanda de 88). Mas Olimpíadas quase nem é futebol profissional, Confederações é ensaio, e Copa América é tipo gauchão: vale pelo clássico (Argentina x Uruguai, etc). O Uruguai tem 14 títulos da Copa América, terá provavelmente 15 até semana que vem tornando-se o maior vencedor do torneio, e who gives a shit? São as Copas do Mundo do Uruguai que fazem a mítica da seleção. 1 Copa do Mundo >>> 15 Copas América.
  8. Esse último quis ver a hora no celular do Larissa. Mas ganhou um peso legal ela.
  9. Tem que aguardar os amistosos, a começar por Alemanha, dia 10 (se não me engano vem a Espanha logo em seguida). Sobre as derrotas para França e Argentina, o Brasil jogou melhor que a Argentina os 90 minutos e perdeu porque o Douglas armou o contra-ataque pro Messi (especialidade nº1 do Douglas); contra a França, jogava melhor até a expulsão do Hernanes, mas isso foi cedo, então não dá pra avaliar bem. Até aquele amistoso contra a Holanda o Brasil vinha jogando bem, foi ali que começou a faltar futebol, mas deu uma baita melhorada no jogo de hoje, ainda que continue longe do ideal. Eu acho que não tem que mudar nada. Não mudaria nada se o zagueiro estivesse 5 centímetros para trás da linha naquela cabeçada do Fred, né? Então. Minha seleção ideal continua com Marcelo no lugar de André Santos e Lucas no lugar de Robinho. "Ah, mas é muito novo", ok, vai estar mais velho em 2014. E agora é Uruguai na cabeça, lógico. Essa geração deles precisa ser premiada, ainda que seja com um título meio insignificante como a Copa América.
  10. Tu escreveu vagagem duas vezes, hehe. O Robinho foi inventado numa época em que não existiam craques no futebol brasileiro enquanto no europeu passearam em sequência Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho, e fora isso ele passou pela maldição do novo Pelé. Acho bom jogador, mas teve o azar de passar por essa carência midiática e contar com uma expectativa que ele não tinha condições de corresponder. Acho injustas as comparações entre Neymar e Robinho, que a meu ver ocorrem apenasporque é fácil associar um ao outro (por jogarem no Santos, por serem leves, etc.). O problema do Robinho não foi ir pra Europa (afinal ele foi pra Espanha, que é uma nuvem de algodão doce para os atacantes), ele simplesmente nunca foi um grande jogador. Nem aqui no futebol brasileiro, com a mesma idade que o Neymar, fez qualquer coisa parecida com o que o Neymar está fazendo desde o ano passado.Forasteiro2011-07-17 19:42:43
  11. hhahahah Mas o futebol é um esporte apaixonante realmente. 4 x 0 nos 90 minutos seria um resultado normal. André Santos e Robinho jogaram surpreendentemente bem, talvez os melhores em campo, mas aí é que está o problema: Robinho e André Santos são o tipo de jogador com um limite muito baixo do que podem entregar (tanto que não acredito que chegarão a 2014 como titulares). Faltou Ganso e Neymar jogarem muito bem, eles é que precisam ser os melhores em campo (ao invés de fazerem apenas uma "boa partida"), o que demonstra ao meu ver que qualquer pretensão de vencer a Copa passa pelo rendimento dos dois. São os dois maiores jogadores brasileiros da atualidade e não adianta queimá-los, não tem outros. Em relação aos pênaltis, o Casagrande tirou da cartola aquele papo-furado de ir com soberba pra bola só porque Fred e Neymar deram de ombros pra reportagem da Globo. ¬¬ Soberbos me parecem os próprios Casa e Galvão ao relutarem em admitir que os 4 simplesmente erraram, bateram mal na bola. Mesma coisa em relação ao suposto preciosismo do Neymar na primeira fase. Não era preciosismo, ele estava jogando mal mesmo, falhando tecnicamente. Toda derrota da seleção passa por minuciosa análise dos comentaristas de resultado até que se consiga inventar um motivo ou dois para o fracasso, simplesmente porque é difícil admitir que o futebol brasileiro não é mais o centro do mundo desde a Copa de 2006, e que pode sim ser inferior ao do adversário. Não nesse jogo, acho que foi a melhor partida do Brasil na Copa América, mas é aquela coisa, joga melhor quem coloca sua eficiência (defensiva, no caso do Paraguai. E goleiro faz sim parte da defesa, então não é falta de sorte) sobre a ineficiência do adversário. E a respeito dos pênaltis, a única coisa que eu achei estranha mesmo é uma relação com Elano, Thiago Silva, André Santos... Esses são os batedores do Brasil? Acho que se Pato, Ganso e Neymar tivessem seus 23 ou 24 anos, não teriam saído de campo, mas aí é esperar.
  12. Tudo bem que o Mano anda tomando umas decisões meio indefensáveis, mas o azar que ele está tendo com falhas individuais desde que assumiu é um troço impressionante.
  13. O Batman é aquele caso de protagonista que serve de cola ao filme. Enquanto ele sustenta aquela sobriedade moral típica do mocinho clássico e dá liga às cenas de ação, os demais personagens ficam livres para brilhar à vontade, seja em pequenas doses (o Fox e o Albert), seja como coadjuvantes mesmo (o Dent, o Coringa, o Gordon).
  14. Como eu expliquei num post anterior, não li o tópico (sobretudo as primeiras páginas), de modo que não o estava acompanhando como vocês. Cheguei e pedi de última hora ao Nacka, por mp, se ainda dava tempo pra participar (ele chegou a postar um aviso aqui no tópico dizendo que eu iria me juntar ao grupo. Eu não tinha uma única mensagem postada aqui até então). E nem vi ambiguidade (se não teria pedido esclarecimentos), achei que fosse aquilo mesmo e pronto. Estranhei, pra te falar a verdade, a ausência de Corpo Fechado das primeiras listas, mas achei que fosse uma questão de preferência ou sei lá. Não acho Nolan bom diretor. Gosto de O Grande Truque, acho Memento legal (apesar de compartilhar dessa sensação de embuste que o Sapo citou. The Betrayal, um episódio da 9ª temporada de Seinfeld, explora as possibilidades dessa narrativa inversa de modo 10x mais genial hehe. Aliás isso é um problema recorrente quando o assunto é Nolan, como você disse, parece que o desenvolvimento fica sempre aquém do potencial do insight. Seus filmes são sempre movidos antes pela ideia ishpérta que lhes deu origem do que pela própria condução). Insônia eu não vi. E esqueci de comentar uma coisa sobre o seu texto: colocar Reeves e Bogart na mesma sentença é brincar com fogo, haha. Mas também vejo no Reeves essa sobriedade em cena e uma presença física impressionante. Talvez caiba melhor uma comparação com Alain Delon, que também era menos expressão facial e mais expressão de cena mesmo (acho que nesse quesito o Delon é insuperável. Havia a mise-en-scène do diretor e ao mesmo tempo a mise-en-scène do próprio Delon no posicionamento do próprio corpo em cena, uma coisa inacreditável, principalmente em Le Samourai e A Primeira Noite de Tranquilidade). É claro que o Bogart, apesar dessa semelhança com o Reeves em atrair a câmera com a simples silhueta como se guardasse uma força gravitacional, não entra em conflito com o fato de ele ter 100.000x mais recursos. O olhar de ódio e dor que ele lança pra Ingrid Bergman quando ela entra no Ricky's Café depois de já fechado, na calada da noite, logo depois do flashback em Paris, é um troço que me atravessa a alma toda vez que eu vejo.
  15. Lolla, eu assumi com todas as letras, duas vezes, que estava errado e que concordava com as colocações, mas não sei ninguém leu ou se acharam que era ironia. Vai saber. Enfim: Sobre Constantine: acho que o filme tem um problema de tom ou mesmo de identidade, não está nem para o suspense e nem para a aventura, e creio ser por duas razões: acho que Lawrence não tem a manha/o talento pra se sustentar em um gênero que exige tanto a mão do diretor como o suspense (ou mesmo o terror, mas não acho que seria o caso), por isso é até uma boa coisa que ele não tenha essa pretensão; para o outro extremo, Constantine parece se levar a sério demais para permitir uma pegada mais aventuresca/oitentista/etc (penso no que Carpenter e Joe Dante fariam, por exemplo). Nesse limbo entre gêneros, aquela aura noir, que paira em uma cena ou outra, parece funcionar muito bem, mas ainda assim, Constantine não é engraçado, não é tenso, não é intrigante, não é fascinante em sua mitologia, não é coisa com coisa. Por alguma razão, mesmo assim, eu não consigo odiar o filme. Se chegar a assistir de novo vou ver se descubro por que. Sobre TDK: como disse na lista, considero TDK uma espécie de milagre narrativo cuja eficiência eu não sei se tem muito a ver com Christopher Nolan, um diretor que enfrenta sérios problemas exatamente nesse aspecto. Por alguma estranha razão não me ressinto que a ação (a princípio o grande vértice em TDK) seja ineficiente ao longo de todo o filme (afinal foi o mesmo problema que fez de A Origem algo inassistível), há qualquer tensão latente que percorre e que sustenta algo em torno de 1h30min em que nada acontece, apenas perseguições, tiroteios, sequestros, explosões, etc. Talvez o Tensor tenha razão, talvez seja o Coringa que mantenha TDK de pé apesar de parecer que o filme vá se desmanchar a qualquer momento. Não o Ledger (não o acho extraordinário; na verdade acho que ele se beneficia muito de todo o aporte que o Nolan constrói para que ele brilhe e da própria mítica em torno do personagem [aliás, o Scofa escreveu há anos um texto sobre isso, se não me engano chamado "Grande atuação ou grande personagem?"]), mas o próprio Coringa e como ele infecta tudo a seu redor. Há uma lógica semelhante em Zodíaco, do Fincher, um vilão cuja impresença envenena todos os personagens. Neste aspecto parece perdurar sempre uma expectativa sobre como cada vida em jogo no filme (e são várias) será afetada ou mesmo destruída pelas ações diretas ou indiretas do Coringa. Talvez TDK seja mais que tudo um filme de personagem antes de um filme de ação, é a única coisa que explica, e aí entra outra questão que eu falei na lista: a necessidade de desenvolvimento deste novo universo e destes novos personagens em Batman Begins, um filme ruim, mas que serve de calço a TDK muito bem. Sobre Burton x Nolan: o que o FelDias ensaiou é o princípio de mais uma discussão forma x conteúdo. Isso é questão pacificada, imagino: forma >>>>> conteúdo. Mas o entendo enquanto fã a respeito do diferente tratamento que Burton e Nolan dão a Batman. Nunca li a HQ, como já disse, mas o que me parece (principalmente pelo que já li a respeito da repercussão negativa que o filme teve na época) que Burton limpa a bunda com a HQ original, e isso deve ser difícil para um fã aturar: seu objeto de culto finalmente vai ganhar uma versão no cinema (penso no cinema como o último estágio para qualquer material desenvolvido em outras artes), e o que sai é aquilo de que falávamos antes: a opressão de uma arte sobre a outra, a mera apropriação que Burton faz do universo do Batman para construir a sua própria obra. Eu admiro o filme por isso, mas também admiro o X2 do Singer por fazer precisamente o contrário. Não há regras no cinema. Ontem estava assistindo a um bate-papo entre Ricky Gervais, Chris Rock, Louis C. K. e Jerry Seinfeld a respeito de comédia (viram isso? é fantástico, mas o youtube já tirou do ar). uma hora o Gervais pergunta ao Jerry se há assuntos sobre as quais não se deve fazer piadas. Jerry responde: "não é 'deve', é 'pode'. Você pode?", ou seja, você consegue? Mesmo que você não devesse vandalizar o objeto de culto de milhões de fãs, você é capaz de fazer um bom filme disso? Se sim, ok.Forasteiro2011-07-12 20:13:21
  16. Desde já peço desculpas à Lolla, porque diante das últimas mensagens me vi forçado a fazer um último adendo ao assunto anterior. De tudo isto ficou apenas a crença de que quebrei as regras conscientemente, sabe-se lá com que intenção. Ok, vou copiar aqui os dois trechos-chave da regra nº1 do Festival: - "Preparem uma lista com a quantidade de filmes que acharem representativos dentro do gênero adaptações HQ," - "Faça a lista de sua preferência com filmes que tenham representatividade para você" "achar", "representativos", "gênero" (como ideia ampla e inespecífica), "de sua preferência" e "para você" são marcas de subjetividade. Ou seja, tanto não estava tão claro assim como a regra oficial do festival levava sim a crer numa noção mais maleável. Talvez vocês achem pouco para uma justificativa, mas eu acho razoável. É claro que a partir disso você pode duvidar da minha intenção por N motivos, mas não porque a regra do festival era indubitável e não permitia a interpretação que infelizmente acabei tendo. Desculpe de novo, Lolla. Com mais tempo vou ler o texto, a lista e as respostas que parecem estar muito boas.
  17. Eu tentei dizer que estava errado e concordava com vocês pra gente pular essa parte chata, mas parece que ninguém quer realmente pular essa parte (acho que ninguém leu o que eu disse, na verdade, porque as respostas subsequentes ignoraram totalmente o meu post). Edit: e este aqui ficou ridiculamente longo. Ainda assim eu sugiro que leiam, porque, ao contrário do que parece, pode realmente poupar o tempo de todos. Se não ficou claro antes, ou se não leram, eu digo de novo: não quebrei as regras de propósito. Não achei que as estaria quebrando. Eu li aquela regra que o Nacka postou, que dizia que deveríamos escolher os filmes que “para nós tinham mais representatividade dentro do gênero de adaptações HQ” e achei suficientemente vago para incluir filmes como Os incríveis e Corpo Fechado, e achei também que outras pessoas acabariam fazendo o mesmo. Segundo: isso foi reforçado pelo prêmio nº 3: um DVD de Corpo Fechado. Se foi dito por meio de mensagens ao longo do tópico que só seriam aceitos filmes baseados em um material previamente publicado, eu realmente não li, não acompanhei o tópico. Cheguei na última hora, dei uma lida nas últimas mensagens, e pedi pro Nacka por mp se ainda dava pra participar (acabei perdendo o da Tela Quente, queria participar desse). Ele deu o OK e eu fiz a lista. Talvez estivesse estupidamente claro pra vocês que filmes como Corpo Fechado não seriam aceitos, mas a mim realmente não. Acontece. Respondendo questões mais específicas: Thiago Lúcio: “essa linha de raciocínio valeria para 80% dos filmes lançados”. Respondi no post anterior. Thiago Lúcio: “ele poderia muito bem ter colocado esse ponto de vista antes do Festival começar (e houve tempo para isso) e não o fez”. Como disse, não quebrei as regras de propósito. Ainda assim, tenho que me defender dizendo que postei uma lista e um texto no festival Tela Quente, com um aviso enorme dizendo que estava fora da competição mas que participaria só de brincadeira, e é óbvio que ninguém leu. No texto eu falava sobre como o herói puramente cinematográfico (linhagem que se estende de Wayne a Schwarzenegger) havia entrado em crise, primeiro com Tom Cruise e Matt Damon, seguindo para adaptações literárias que pussyficaram o cinema de ação americano. Mais a ver com o festival, impossível, só que acho que ninguém leu porque não fazia parte da competição. Kako: “Seria, se ele lesse o que os outros escrevem. Mas ele mesmo já disse que odeia ler, só gosta de escrever”. Odeio ler o que não me interessa, como qualquer pessoa normal. Os textos e listas postados no festival (3 além do meu) eu li todos, e tentei propor alguma coisa na medida do possível. Último post da pág. 18, por exemplo. Jack Ryan: “Às vezes o pessoal confunde um pouco as coisas, a meu ver. Claro que a discussão é bem-vinda, no tempo e local apropriados. Isso não justifica a quebra da regra do festival. Isso aqui é um evento, uma "brincadeira" do fórum; quem segue a regra restringe a quantidade disponível de filmes a por em sua lista. Quem não o faz atribui a si mesmo uma vantagem injusta, e portanto tem que ser punido em termos de notas”. A partir disso que o Marcelo falou eu vou elaborar a minha despedida aqui do tópico. Fiz uma interpretação errada do que era o festival. Lembrando o Cineclube (onde estamos, afinal), pensei que a ideia das notas e da competição era mero acessório do festival. Imaginei que cada lista recebia um espaço de dois dias para ser comentada e debatida pelos usuários (como eram os textos do Cineclube), e que fazer girar essa mecânica de discussões própria de um fórum era o verdadeiro foco. A competição seria a parte lúdica da coisa, a parte da brincadeira, pra deixar tudo mais interessante. O problema é que isto aqui também não é em nada “brincadeira”. Pode até ser rotulado assim, mas não é nesse tom que eu vejo as coisas serem encaradas no tópico, com posts demonstrando até estranha irritação e o Questão dizendo “Recuso-me a participar desta infâmia!” como quem abandona uma corte marcial. (Aliás, sobre isso, eu disse no post anterior que me retirar da competição seria no mínimo oportuno nesse momento. Era uma brincadeira: na prática, eu já estou fora da competição; mesma coisa estar perdendo de 10 x 0 e dizer “quer saber, vou deixar vocês ganharem”. Entendeu? Se preciso for eu digo oficialmente: estou me retirando da competição. Pode voltar ao júri, Questão. Não quero ser o responsável por furar a bola ou chutá-la pro outro lado da cerca). Vocês querem apenas fazer listas e escrever resenhas sem discutir os filmes nem o assunto do festival. Ok, entendi. Só me deixem dizer que acho isso no mínimo estranho: vocês concordam em rever filmes, escrever cada comentário pra cada filme, escrever um texto, pra que nada a respeito do que vocês disseram seja discutido? Pra que venha um e diga “gostei da lista, tenho muitos filmes em comum: 9”, “resenha legal, abordou bem o filme: 8”? Porque me parece perda de tempo, um troço estéril: as ideias de vocês nascem e morrem com vocês, sem continuidade. O Nacka organiza o festival, se dispõe a dar prêmios, mobiliza aí diretamente mais de 15 pessoas, e tudo que sai do festival é uma nota aqui e outra ali? Um comentário de duas ou três linhas sobre como a resenha é legal ou não é? Me parece o desperdício de uma oportunidade de ouro pra discutir filmes (e HQs) com quem entende do assunto e se interessa pelo assunto. Não é fácil promover uma mobilização dessas em torno de um tema, pouca gente se dispõe a dedicar seu tempo a algo assim. Acho que o espaço e o evento estão sendo subaproveitados. Sobre a questão do palanque, é recorrente neste fórum que eu quase sempre tenha de assegurar primeiro as motivações pelas quais eu escrevo para só depois se discutir realmente o que eu disse (neste caso, já perdi esperanças quanto à segunda parte). É desconfortável defender a legitimidade do próprio discurso, mas não tem problema, lá vai: entrei aqui com toda a humildade do mundo (percebem como soa estranho afirmar uma coisa dessas? hehe). Vejam bem, eu tinha essa ideia muito antiga a respeito de Desperado, que na verdade era só um insight maluco, e que eu nunca havia desenvolvido. Quando vi o tópico do festival, lembrei dela e pensei um pouco a respeito. Logo não me pareceu tão estúpida, e do nada começou a fazer sentido. Contudo, havia um problema: o que eu sei a respeito de histórias em quadrinhos? Nada. Nunca li uma na vida. Portanto, a oportunidade seria perfeita: já que o festival seria sobre cinema e HQ, e (segundo imaginei) todos estariam falando a respeito de filmes e de HQs, eu poderia desenvolver esse raciocínio com quem realmente entende do assunto. O tópico estaria cheio de fãs e especialistas em HQ, seria ótimo para aprender sobre o assunto, ver algumas das perguntas que o Gago formulou respondidas, e finalmente: ou confirmar a minha ideia, ou destroçá-la por completo, e de qualquer maneira o saldo seria muito positivo. Mas como disse, interpretei errado a ideia do festival e o modo como as pessoas participariam dele. Podem seguir em frente então. Vou continuar lendo os textos e posso acrescentar alguma coisa se achar que vale a pena, mas não vou ficar mascando esse assunto. Sugiro que vocês também não, se tiverem qualquer coisa mais interessante pra fazer.Forasteiro2011-07-11 05:02:10
  18. É, eu não achei que o pessoal ficaria tão preso a essa coisa de adaptações = adaptações. Achei que o festival teria mais filmes como Os Incríveis e Corpo Fechado (que é um dos prêmios do festival inclusive, e não é adaptação nenhuma). Não foi pela polêmica. Acontece que já que achei que seria normal o pessoal colocar não apenas adaptações ao pé da letra, o festival ganharia naturalmente uma dinâmica de bate-papo a respeito de cinema/HQ. Resumindo, achei que o festival fosse pra falar sobre filmes (Tensor foi o único até agora), e pensando nisso, achei que a ideia da resenha seria uma boa contribuição, assim como os assuntos que tentei desenvolver rapidamente ao longo da lista. Eu acredito em tudo que disse sobre Desperado, por isso não teria motivo para NÃO incluí-lo. Achei que a ideia contribuía. Mas enfim, eu tô sentindo que se a gente ficar nessa coisa de regras, que é de uma desimportância tremenda, tudo vai pelo ralo, então é bom resolver logo. Acho muito inútil ficar discutindo isso. Eu não vou dizer que estou me retirando da disputa porque seria no mínimo oportuno, hehe, acho que os votantes e os jurados tratarão de me pôr para fora da competição por meio das notas, organicamente. Não me importo mesmo, acho que isso aqui deveria ser “9 partes festival / 1 parte competição”, no máximo. Como agora entendi que a proporção é inversa, ficou parecendo que me inscrevi na verdade pra outra coisa, então do ponto de vista da competição eu entendo e concordo com vocês. Então sigamos em frente, porque isso é perda de tempo. A questão que o Leomaran levantou foi a primeira que eu considerei antes de colocar Desperado na lista. Eu pensei exatamente isto que você pensou: “bem, se eu disser que posso associar Desperado a HQs, então eu posso associar o que eu quiser a qualquer coisa”. Não, isso é só viajar na maionese, e é ridículo. Há um tempo atrás, num outro fórum que eu frequentava, um usuário chamado Freak insistia que o Indiana entrar em uma geladeira no início de Indy 4 era uma homenagem do Spielberg a De Volta Para o Futuro. Por quê? Porque na primeira versão de rascunho de roteiro do filme, Gale e Zemeckis pensaram a máquina do tempo como uma geladeira, haha. Bons tempos... as pessoas não riem mais em fóruns como riam antigamente. Todas as formas de arte são reinvenções umas das outras. O motivo pelo qual isso não gera um círculo vicioso interminável são as contribuições de cada arte ou cada fase desta arte, onde tudo o que muda é a forma: é sempre uma maneira um pouco diferente de contar a mesma história. Cada arte, cada plataforma, cada novo autor em uma nova época ou um novo lugar adiciona uma pequena mudança, que se for suficientemente relevante, será incorporada. Acho que, de tempos em tempos, essas mudanças são tão significativas que acabam compondo um códice próprio, e podem enfim ser definidas como uma nova arte, ou um novo estilo, uma derivação, algo que, por ter desenvolvido toda uma linguagem e uma dinâmica características, necessita de uma classificação especial que o diferencie da sua fonte (isso ocorre não apenas entre mas dentro das artes. Cinema: western, noir, giallo / nouvelle vague, neorrealismo italiano, old hollywood, cinema comercial americano pós-Spielberg, etc). Ou seja, pela mesma lógica, eu não teria o cinema, eu não teria as HQs, eu não teria nem a literatura: seriam todos versões diferentes de tragédias gregas. Por isso acho ridículo quando leio que “a gênese das HQs está nas pinturas rupestres, porque estas pinturas continham uma história da caçada do mamute”, o caralho! Pra mim isso é tão viagem na maionese quanto. O motivo pelo qual não posso retornar a Adão quando falo sobre Desperado é o mesmo. Há uma progressão a ser obedecida. Ainda que todo filme tenha uma história de vingança, é ainda um filme, não literatura em imagens, ou teatro com ponto de vista, ou fotografias em sequência. Vejo Desperado como essa criatura diferente no cinema porque a base de sua construção passa pelo filtro da HQ, ainda que, se você quiser, ela possa retornar a qualquer ponto da história assim mesmo, aleatoriamente. Não volta porque há elementos que a HQ adicionou, que eram inéditos e que nos livram daquela prisão do círculo interminável, como falei antes. Não são apenas as rupturas, mas as incorporações que cada arte faz da outra que permitem uma evolução e uma diversificação, que permitem que cada forma de arte marque um povo ou uma época. Eu posso estar errado? Ora, é claro que sim. Inclusive é provável que eu esteja, ou alguém já teria percebido isso antes, mas acredito muito que, se não foi com Desperado, haverá algum ponto da história do cinema em que a HQ será incorporada de modo orgânico (corrijam-me, mas o contrário já não aconteceu? As HQs não incorporaram enquadramentos e composição de planos típicos de linguagem cinematográfica? Não é uma pergunta retórica, eu não sei mesmo, então respondam se puderem). Afinal, ainda no séc. XX, o cinema já incorporou a música, a fotografia, a literatura... se a HQ é uma arte mesmo, o que o impediria de compor-se também com elementos dela? E não, eu não falo de adaptações. Isso seria o equivalente pra mim a você falar de cinema e teatro e fazer o que o Bergman fez com A Flauta Mágica, pôr uma câmera pra filmar a peça no palco, ou falar de cinema e música e dar como exemplo um acústico da MTV. Não há intercâmbios entre as duas linguagens, apenas a apropriação de uma pela outra. Desperado, pelo contrário, pode ser o início de uma assimilação natural para a criação de uma legítima sub-linguagem entre cinema e HQ.
  19. Scofa: Ritual dos Sádicos. É um dos maiores filmes do mundo. Apesar disso, acho que você vai gostar.
  20. Tem disso quanto ao uniforme também em X1. O Logan fala alguma coisa sobre o uniforme preto, e o Cyclops diz "queria o que, lycra amarela?". Isso é um bom exemplo do amadurecimento que o Tensor fala (aliás, morreu o assunto hein). Fãs retardados dão importância demais a coisas sem importância nenhuma. Aliás, sobre isso: Forasteiro2011-07-07 20:51:45
  21. Meeeo deos. Muito ruim a Argentina. Mas muito mesmo. A Colômbia perdeu no mínimo 5 chances reais, porque é muito MUITO ruim tecnicamente, e ainda não teve marcado um pênalti com consequente cartão vermelho.
  22. Forasteiro

    Grêmio #2

    Quando foi a última vez que o Grêmio venceu o Cruzeiro? Eu não lembro, parece bastante tempo.
  23. Escreve agora e manda aí. Porra, é Marcas da Violência, não pode faltar texto do filme.
×
×
  • Create New...