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Forum Cinema em Cena

Doc Delta

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  1. Nossa, nada a ver essa crítica. Nem parece que vimos o mesmo filme. Fui com três amigos e nos divertimos a valer, do começo ao fim. "Piegas"?! Acreditem, se o filme fosse piegas eu teria ficado desconfortável durante toda a projeção, como aconteceu com "Crepúsculo" por exemplo. Esse sim é que foi piegas. Algumas poucas piadas no filme são de fato datadas e mesmo assim elas funcionam. Algumas já eram velhas desde o cinema mudo e mesmo hoje são engraçadas (o que alguns chamam de 'velho' outros chamam de 'clássico'). Os minions protagonizam sim diversos momentos hilários no filme, contudo tiveram o cuidado de não deixarem eles roubarem o filme, o que seria lamentável se acontecesse. O design de produção estava irrepreensível. Por algum motivo, o crítico viu defeitos justamente em suas melhores qualidades (vai entender). O QG de Gru, por exemplo, era uma versão maior e mais escura das casas que o cercam, o que mostra como apesar da tentativa de disfarçar sua identidade de vilão para os vizinhos, sua própria casa denunciava sua natureza megalomaníaca e sombria. Uma ótima, sutil e inteligente piada (misteriosamente, o crítico não entendeu). A diferença de design entre as naves de Gru é uma sacada muito legal pra refletir o contraste entre o vilão velho e tradicional e o vilão jovem e "modernoso". Dizer que é um plágio de "Wall-E" é no mínimo má vontade. A mesma má vontade em comparar o enorme e ameaçador banqueiro com o diminuto e estúpido chefe do Dilbert só por causa do cabelo ou o Dr Nefário com o Sloth (irmão gêmeo?! pirou..). Tá bom, entre a avó da Chapeuzinho e a mãe do Gru, dou meu braço a torcer, era mesmo a irmã gêmea malvada, mas os demais? má vontade... A transição dos sentimentos de Gru para com as meninas se fez de maneira gradual e muito natural, e sem cair no melodrama barato. Tiveram até o cuidado de alicerçar as motivações psicológicas do "protagonista" com flashbacks de sua infância. - curtinhos, sensíveis, e ainda assim divertidíssimos. É claro que não é nenhuma obra-prima sensibilíssima como "Wall-E" ou "Os Incríveis", mas é bem mais honesto e infinitamente mais divertido que outros exemplares da própria Disney-Pixar como "Vida de Inseto" e "Monstros S.A.". E quanto a dublagens pedestres em português? Pode até ser, mas só em relação aos personagens de Gru e Vector (dublados respectivamente por Leandro Hassum e Marcius Melhem), o que infelizmente reflete uma crescente tendência mercadológica das produtoras de colocar nomes famosos que não têm experiência alguma na dublagem para dublar papéis principais. Hassum até teve alguns bons momentos, mas Melhem não conseguiu se encontrar no papel. Agora, tirando esses esses dois, todos os demais (verdadeiros) dubladores cumpriram excelentemente seu papel. E aqui deixo meu protesto: É lamentável que o crítico, seguindo uma tendência generalizada na imprensa "especializada", nem se incomode em reconhecer o bom trabalho de talentosos (e injustiçados) profissionais da dublagem como Carlos Simões, Felipe Maia, e Gulherme Briggs, entre outros. Então acho incrível que o crítico tenha se irritado tanto com a "natureza cínica" do filme quando sua crítica foi antes de tudo, essencialmente cínica. A impressão que dá é de que ele foi assistir ao filme, imediatamente após receber a notícia do falecimento de um parente próximo (se foi isso mesmo, minhas condolências) ou ter tido o carro roubado, ou após a notícia da derrota do seu time na final do campeonato. O cara simplesmente não estava no clima pra se divertir. Doc Delta2010-08-22 22:45:55
  2. "Guerra ao Terror" vencendo o Oscar. Não me parece correto, o filme é bom, mas não é nada excepcional, a história é episódica e repetitiva, o protagonista, embora tridimensional, é estagnado, não cresce durante o filme, não evolui pra lugar nenhum. E um filme bom pra se ver dentro do contexto político em que nos encontramos, mas que envelhecerá mal. Eu não me proponho a assistí-lo de novo tão cedo. Diferente de "Avatar" que já vi 3 vezes (e não tardará até uma revisitada), tem uma história envolvente, dinâmica, mítica até, e se a mensagem não reflete um momento político específico, em compensação ela retrata um cenário arquetípico que pode remeter a inúmeros momentos históricos. Não é o melhor filme da história do cinema, mas é sem dúvida um filme excepcional, o que já não posso dizer de "GaT". Não posso dizer que foi uma premiação justa. Valeu algo, pelo menos, pelo racha do paradigma de uma mulher se consagrando nessa noite. Eu também queria ver esse momento histórico mas sempre vai ficar um gosto amargo na boca, quando eu lembrar que poderia ser um pouco mais merecido, e menos por motivos políticos.
  3. Decepcionante. Esperava que Sam Raimi fosse nos presentear com mais uma obra-prima, mas o filme ficou muito aquém da expectativa. As cenas de "humor negro", que funcionavam tão bem na trilogia "Evil Dead" simplesmente não se encaixam aqui. Talvez por que aquele se assumia como filme de "Terrir" enquanto esse adota um clima sóbrio na maior parte da projeção, então quando surgem cenas como a da bigorna ou da luta com o lenço, a coisa simplesmente não convence e a cena beira o ridículo. O que torna isso ainda mais inadequado é que a protagonista realmente parece se levar a sério (o que não era o caso de Bruce Campbell, que sempre parecia estar comicamente aterrorizado). Os sustos sāo realmente previsíveis e efetivamente só nos afeta na sala de cinema porque os efeitos sonoros sāo tāo altos que quase nos estouram os tímpanos (em dado momento vi minha companhia tapando os ouvidos em antecipaçāo a um "susto"). Falar que esse filme foi um alívio depois do "fiasco" de Homem Aranha 3... Bem, isso sim é engraçado.Doc Delta2009-08-18 23:39:27
  4. Desta vez concordo inteiramente com a crítica do Pablo Villaça. Apesar de cheio de furos, o filme foi tremendamente divertido.
  5. Volto a confrontar essa cisma do Pablo com o CGI: este Hulk, diferente do anterior, beira a perfeição. Nem mesmo esse lance de "olhos vidrados" aconteceu mais do que uns poucos e breves relances (este aliás parece ser na realidade o único defeito que o Pablo aponta de maneira mais específica em personagens digitais, embora condene o CGI como um todo). Aliás, achei bem o contrário do Pablo, os momentos em que o rosto do Hulk domina a tela, são de tirar o fôlego, porque parece que ele está olhando direto no olho da gente, não vi nada de "olhar vidrado" nestes momentos em particulkar. É claro que eventualmente acaba aparecendo um "olhar vidrado" aqui e ali, mas é mesmo muito pouco (e não se enganem, mesmo o renomado Gollum da WETA, teve seus momentos ruins). De resto é tudo sempre na maior perfeição: movimentos corporais, textura da pele, iluminação, movimento do cabelo, objetos colidindo com seu corpo, até o som de sua voz está mais selvagem e assustadora e foi um imenso prazer de fã ouvir o clássico "Hulk Esmaga!". A luta com o Abominável estava realmente fantástica, mas por mim podia durar mais. A promessa do Líder como próximo vilão bem como o gancho com o filme dos Vingadores, já deixa com água na boca pelas produções futuras. Um verdadeiro presente esse filme. 5 estrelas, sem hesitação! Doc Delta2008-06-14 16:51:39
  6. Bem, minha opinião é de que Indiana Jones continua divertindo da mesmíssima forma (foi o que eu felizmente senti) e coloco todos os filmes praticamente no mesmo patamar (na verdade, nadando contra a maré, o que eu talvez ache menos divertido seja "Caçadores" mas mesmo assim por um pouquinho de nada) O que eu até hoje custo a entender é essa alergia ao CGI. Putz mesmo que não sejam 100% perfeitos ainda sim são muuuuito melhores do que os efeitos nos filmes anteriores. Têm havido uma tendência generalizada de "meter o pau" em qualquer seqüência CGI que apareça pela frente, mas o que realmente parece acontecer pra mim é que as pessoas por saberem que se trata de CGI, já consideram uma m#$@da sem nem mesmo avaliar se foi bem feito ou não. Certamente é porque hoje as pessoas se impressionam cada vez menos com efeitos visuais, ou pelo menos muito menos que há 20 anos atrás (afinal, convenhamos, se olharmos a cena da Arca da Aliança sendo aberta e os nazistas derretendo, com os olhos de hoje, putz, aquilo parece filme . Acho que o Lucas esteve certíssimo em recauchutar a Trilogia Star Wars original (com exceção ao Han Solo na cantina o que foi uma pisada na bola homérica) e tanto ele quanto Spielberg mantêm a mesma filosofia que tinham nos primeiros "Indy", que é a de utilizar recursos de ponta para suas produções que, hoje em dia, por acaso é o CGI. Sua utilização jamais poderia piorar a qualidade gráfica do filme pois são indiscutivelmente superiores à tecnologia da época e esse discurso de que "não deu pra emocionar por que sabemos que as formigas são digitais".. ah qual é... isso é conversa fiada de cinéfilo purista. Acompanho as críticas do Pablo já há um tempão; considero um bom termômetro pq já aprendi a filtrar quando acho que ele tá exagerando ou sendo um pouco rabugento, ou sendo consistente. Há vezes em que concordo plenamente (adorei Stardust e o Senhor dos Anéis), há vezes em que acho exagerado (achei Speed Racer divertido, mas longe de ser a obra-prima que foi pra ele) e às vezes discordo plenamente (que os puristas não me apedrejem mas achei Cidadão Kane um lixo, melhor filme da história do cinema "my ass!"). Confesso que houve época em que eu concordava mais do que discordava, mas como aprendi a ter minha própria opinião, as críticas do Pablo sempre me dão uma boa base para criar expectativas (ou não) em relação a determinado filme. ps: esse Indiana Jones é um claro exemplo disso: li a crítica antes de ver o filme, mas ao terminar de lê-la, estava convencido de que iria adorar o filme... e assim foi.
  7. Sinceramente não achei que a alegoria cristã estivesse mais óbvia neste filme do que no anterior. Pelo contrário, achei que o clima do retorno de Aslam nesse filme foi muito mais genérico do que a metáfora "Martírio-Morte-Ressureição" do filme anterior. Para quem gostou do primeiro "Narnia", vai gostar muito mais deste, já que o roteiro não perde muito mais tempo tentando estabelecer uma dinâmica exaustivamente complexa entre os Pervensie (o que não achei um defeito e sim uma qualidade), o que permitiu que ele se concentrasse na trama em si. Achei um pouco injusto dizer que certas tomadas foram prejudicadas por "copiar" o "Senhor dos Anéis", já que muitos filmes têm adotado essa estética desde a trilogia de Peter Jackson. Se for pra criticar isso, pelo menos podia ser observado como a batalha final foi mostrada com uma habilidade tamanha quanto ao ponto de vista tático que chega a ser, embora menos grandiosa, até mais empolgante que a Batalha dos Campos de Pellenor em "O Retorno do Rei", mostrando muita coerência, organicidade e criatividade nos planos que destacavam as estratégias adotadas por cada lado. Só me lembro de ter visto uma seqüência de cerco tão empolgante e bem elaborada na defesa de Jerusalém em "Cruzada". Então acho que o Pablo nessa crítica foi até coerente em apontar os defeitos, mas adotou uma postura tipo "ver o copo meio vazio" e esqueceu de apontar muitos pontos legais do filme. ps: a seqüência com a Feiticeira Branca pode ter sido até desnecessária, mas que foi muito bacana, lá isso foi.
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