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Forum Cinema em Cena

Serge Hall

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  1. Toda a trilogia "Godfather" foi feita porque Coppola precisava de grana, e fez POR DINHEIRO. Só por isso, por "Godfather" existir por causa do dinheiro, já acho um argumento peneirante esse papo de "só querem dinheiro, só pelo dinheiro" e bla bla bla. Quem pensem no dinheiro e façam mais "Godfather"s com esse pensamento. Obrigado. P.S.: a comparação "livro X filme" é defunta há muito tempo neste fórum. Tal comparação é sandice das altas.
  2. Já tive essa discussão em outras ocasiões, e numa delas um amigo escreveu um post, citando Jean-Claude Carrière, que considero apropriadíssimo, e assino embaixo, certamente: Só pra citar maneiras como alguém pode filmar um roteiro: "Um homem, num quarto fechado, se aproxima de uma janela e olha para fora. Outra imagem, outra tomada, sucede a primeira. Aparece a rua, onde vemos dois personagens - a mulher do homem e o amante dela, por exemplo. Para nós, atualmente, a simples justaposição dessas duas imagens, naquela ordem, e até na ordem inversa (começando na rua), nos revela, claramente, sem que precisemos raciocinar, que o homem viu, pela janela, a mulher e o amante na rua. Nós sabemos; nós o vimos no ato de ver. Interpretamos, corretamente e sem esforço, essas imagens justapostas, essa linguagem. Nem percebemos mais essa conexão elementar, automática, reflexiva; como uma espécie de sentido extra, essa capacidade já faz parte do nosso sistema de percepção. Há oitenta anos, no entando, isso constituiu uma discreta mas verdadeira revolução; daí o papel essencial do explicador, apontando os personagens com o bastão e dizendo: "O homem olha pela janela...Vê a mulher dele com outro homem, na rua..." E talvez, se a imagem seguinte fosse, por exemplo, o rosto enraivecido na espreita, desta vez perto da câmera (uma nova ousadia, nova mudança, novo tamanho da figura, novo uso do espaço), o explicador continuaria: "O homem está furioso. Acabou de reconhecer o amante da mulher. Está com idéias assassinas..." [...] Fiquemos por um momento com o homem que espreita pela janela a hora da vingança. Agora, a mulher se despede do amante e se dirige para casa. Olhando para cima, ela vê o marido na janela, e treme de medo. Quase podemos ouvir seu coração bater. Se, nesse momento, o marido for filmado do ponto de vista da mulher, diretamente de baixo para cima, inevitavelmente vai parecer ameaçador, todo-poderoso. Apenas a posição da câmera produzirá esse efeito, independente de nossos próprios sentimentos. Por outro lado, se virmos a mulher do ponto de vista do marido, de cima para baixo, ela parecerá amedontrada, vulnerável, culpada. Imaginemos que a cena se passa à noite. Se o diretor decidir dispor as luzes de modo que o rosto do marido fique iluminado por baixo, fazendo os dentes brilharem, exagerando os ossos das maçãs do rosto e as rugas da testa (elemento importante de filmes de horror), o homem parecerá cruel e aterrador. Por outro lado, uma iluminação suave, impressionista, pode fazê-lo parecer clemente." "Por exemplo, os olhos de um homem vagueiam por sobre uma multidão e, de súbito, param. Se, nesse momento, outro personagem for imediatamente focalizado, sabemos que o primeiro homem está olhando para ele. Se a direção do olhar for bem estabelecida, essa relação fica demonstrada sem sombra de dúvida. O segundo personagem é destacado, isolado; percebendo isso ou não, ele é colocado num relacionamento direto com o primeiro homem. Um relacionamento ilusório (pois eles não estão no mesmo quadro), mas forte e inequívoco." Por sinal, esses trechos são do livro do Jean-Claude Carriere, provavelmente o maior "só roteirista" vivo.
  3. "Diretor é o cargo burocrático do cinema." Putz...
  4. Nada contra remakes. E refilmar não é "roubar". São duas obras distintas, e os remakes SEMPRE informam em seus créditos qual é a fonte, qual é o filme original, então o público deve LER os créditos e se informar com eles. A culpa não é da refilmagem se um espectador sequer lê os créditos. Além do mais, não importa a intenção de uma refilmagem, e sim que, sim, como resultado, entrega outra visão de uma mesma história, e isso é interessantíssimo em termos de arte cinematográfica. Sou até a favor de remakes, melhor ainda se forem bons, exatamente por isso. Melhor: sou a favor de filmes bons, remakes ou não. E, sim, remakes ajudam muitos originais a serem lançados num mercado como o brasileiro. "Ju-On" e "Ringu" ganharam espaço aqui justamente por causa do lançamento das versões americanas, somada a maior facilidade de acesso com o advento e ascensão dos DVDs. Outros filmes asiáticos também passar a ser lançados, mesmo sem remakes (ainda), por causa dos lançamentos americanos, que levou a uma maior atenção ao produto original asiátio e, consequentemente, muitos nem precisaram de um remake para que fossem lançados ("A Tale of Two Sisters", traduzido aqui como "Medo", é um exemplo; "Oldboy" também, que ainda fez considerável carreira nos cines daqui). Para encerrar, remake é algo que sempre existiu na História do Cinema, não uma coisa plantada agora. Os irmãos Lumière, pais do cinematógrafo e, portanto, do Cinema, fizeram remake! Hitchcock refilmou seu "O Homem Que Sabia Demais"; Cecil refilmou seu "Os Dez Mandamentos"; "Ben-Hur", o clássicão maravilhoso, é uma refilmagem também. E por que Scorsese (para citar só um dos seus exemplos) não deveria levar crédito nenhum por "OS INFILTRADOS"? O filme é dele! Ele fez "Os Infiltrados", não "Conflitos Internos", no qual ele nem tocou. Ah sim: na minha opinião, "Os Infiltrados" é melhor que "Conflitos Internos", que também gosto muito.
  5. Estou na metade da primeira revista. Não sei se o Alan Moore escreveu outras, mas é a primeira comédia dele que leio. É bem engraçado, às vezes engraçado demais (propositalmente, diga-se). A coisa toda acontece em uma das versões de Neópolis do Multiverso (os universos paralelos, etc). A cidade foi desenvolvida por cientistas gênios nazistas depois da Segunda Guerra, e no mundo da revista quase todo mundo tem superpoderes, mas a sociedade continua a mesma coisa. Assim, o cara pode ter o poder que for, mas ele ainda pode ser um mendigo mesmo assim, ou uma dona-de-casa qualquer. Sempre impressionante como o Moore se atém a detalhes de cenário, como um cartaz publicitário ("Condicionador SNIKT, para cabelos aerodinâmicos" - e a imagem do Wolverine, hehe) sendo trocado em um quadrinho, e depois muitos quadrinhos depois aquele cartaz, só um detalhes mesmo, visualizado novamente. A cidade realmente vive e tal. A HQ meio que se inspira/homenageia/tira-um-sarro dos seriados policiais americanos, e isso fica bem claro nos diálogos e nas roupagens clássicas de vários personagens, só que remodelados para serem super-heróis ou super-vilões. A história acompanha a rotina de tarefas do 10º DP, ou "TOP 10" apenas. Logicamente, tá cheio de referências, desde Godzilla transformado em personagem (hilário) até um cartaz de "Cavaleiro Solitário" no quarto de um traficante de drogas cujo uniforme era de cowboy e andava sobre uma cela flutuante. Tá divertido. Bem longe de qualquer outra coisa que já li dele, entretanto.Serge Hall2006-12-17 09:59:15
  6. "24 Horas - 5ª Temporada" - 144,90 Na Saraiva tijolex, usando descontos no cartão Saraiva Plus.
  7. Faz mesmo. Em qualquer loja Saraiva, e vale pra qualquer loja também, e internet. Grátis, além do mais. PS: a rede Livraria Cultura também trabalha com esse sistema de "cartões de fidelidade".
  8. Não, não esses descontos. Descontos do Cartão Saraiva Plus, que dá 5 pontos para cada real em compras. E a cada 500 pontos acumulados no cartão, 10 reais de descontos para qualquer compra. Comprei muito na Saraiva recentemente, e evitei gastar os pontos, justamente pra acumular uns 40 ou 50 reais para essa compra de "24 Horas". Tenho uns 2600 pontos no cartão, atualmente.
  9. Devo comprar semana que vem, usando 50 reais de desconto na Saraiva.
  10. Obra-prima. Sério. Leiam. Urgente. Terminei agora há pouco e, pra mim, só perde pra "Watchmen" mesmo. É incrível a capacidade que os personagens tem de se foder ilimitadamente, às vezes das maneiras mais inacreditáveis possíveis, e de como a obra consegue chegar a um grau de perversão altíssimo (Herr Starr - que também é um dos personagens mais hilários que já vi ser criado - e Odin Quincanonn seriam os melhores exemplos, acho). Para quem não conhece: pastor de uma pequena cidade texana recebe uma entidade com poder de igualdade com o de deus, dando a ele o poder da Voz de Deus, que obriga os outros a fazerem o que ele mandar, se assim quiser. Portando tal poder, o reverendo Jesse Custer decide ir atrás de deus, que abandonou sua criação, os humanos, e então acertar as contas com ele, já que agora é capaz de chutar sua bunda. A HQ ainda é lotada de referências a westerns (um grande nome do gênero é conselheiro espiritual do protagonista ), e o tom é bem esse mesmo. São 66 edições + 6 especiais dos personagens, contando suas histórias de origem. Aconselho que leiam todos os 6 especiais quando estiverem lendo lá pela trigésima edição. PS: quem não gosta de ler no computador, a Devir está lançando os arcos atualmente. Já saíram dois arcos, cada um com várias revistas.
  11. Eu não disse que alguém falou . Mas, sim, muita gente considera assim.
  12. Terminei "Preacher" e meu TOP agora fica assim: Watchmen Preacher O Cavaleiro das Trevas A Piada Mortal V de Vingança Batman: Ano Um O Reino do Amanhã A Liga Extraordinária Asilo Arkham Do Inferno Superman - Entre a Foice e o Martelo
  13. É diferente de Literatura, assim como Teatro é diferente de Cinema. Mas, sim, pode ter mesmo status de Literatura. Esse negócio de que Quadrinhos é uma arte inferior é conversa fiada. Tem o mesmo status que qualquer outra arte. Um "Preacher", "V de Vingança" ou "Watchmen" chegam a ser melhores que muitos clássicos literários.
  14. O roteiro é primoroso. SPOILERS E não é "novela mexicana" serem irmãos gêmeos. É a essência da mágica, o que o personagem do Michael Caine adverte desde o começo: quando descoberto o segredo, geralmente é algo muito simples e decepcionante. Exatamente o que o truque de Borden é, assim como qualquer mágica.
  15. Ele diz, sim, que marcou apenas 100 apresentações. Mas não estou certo de que chegou até a centésima ou se Borden caiu na armadilha em alguma das apresentações anteriores.
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