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Forum Cinema em Cena

Serge Hall

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Everything posted by Serge Hall

  1. Serge Hall

    Nip/Tuck

    Comecei hoje. Episódio piloto bacana o bastante para me convencer a ver a primeira temporada toda, dê no que der. Ótima montagem ao som de "Paint It Black".
  2. Ah tá. Porra, eu prefiro essa granulação excitada do Mann àquela granulação disfarçada do George Lucas.
  3. "Abismo do Medo"; dir: Neil Marshall - 8/10 É, gostei pra caralho. Ele deixa o filme se comportar como "só mais um" por um tempo e depois joga a coisa toda lá nas alturas. Gostei da direção, que pode até parecer óbvia num olhar largo (planões abertos antes da caverna X claustrofóbicos na caverna), mas dá um climão muito foda, isso evitando qualquer maior firulinha - são imagens e sons. E "Dog Soldiers" é ainda melhor. Serge Hall2006-9-16 11:58:38
  4. "Mesmo granulada"? Sei lá, acho que aquela granulação oriunda do digital, quando com alguém como Bay captando as imagens, deixa tudo ainda mais lindo (ou interessante).
  5. "O Maior Amor do Mundo"; dir: Cocô Diegues - 4/10 Taís Araújo de vestido. 1 ponto. Taís Araújo nua de costas. 1 ponto. Seios da Taís Araújo. 2 pontos.
  6. A série tá boa. E Linc agora tem mais espaço pra ser espertão também.
  7. "A Última Tentação de Cristo" é obra-prima. Aliás, uma das (pelo menos) quatro do Scorsese. Serge Hall2006-9-13 18:9:18
  8. "Serpentes a Bordo"; dir: David R. Ellis - 5/10 ou 6/10 Tem lá sua graça da paródia e do non-sense, Jackson muito engraçado, cobras punks e tal. Dá pra divertir.
  9. Serge Hall

    House M.D.

    Season 3 - ep. 01 Gostei. Definitivamente sou fã da série, e essa "reinvenção" do personagem pode enriquecê-la muito, mas para um começo eu achei meio aquém.
  10. Sério, qualquer projecionista decente e honesto sabe que raramente isso é erro do filme, e sim de seus colegas de profissão. Se não sabe, é absurdamente desinformado sobre seu próprio trabalho. Não era preciso nem ir muito longe. Só o fato de em alguns cinemas o boom aparecer e em outros, não, já eliminava a questão. Isso é extremamente comum, corriqueiro, acontece ao montes Brasil afora, infelizmente. Quando um diretor filma, ele se concentra no espaço delimitado do formato que escolheu para seu filme. Porém, a câmera filma imagens além destas delimitações, para então serem respeitadas na hora da projeção, justamente pelo projecionista.
  11. Na verdade, há uma explicação bem plausível para a aceitação. Se a ninfa desperta fascínio naqueles que se aproximam dela, e até mesmo é capaz de modificar alguns comportamentos (gagueira de Heep, por exemplo), então há uma certa "mágica" nessa criatura (que, entre outras coisas, promove inspiração e também prevê futuro). Aceitá-la, desta forma, é o de menos.
  12. Nem eu. E se borras de café de fato funcionam, como é que fica?
  13. Como as discussões estão bacanas, e a relação “Pablo-Shyamalan” foi um dos focos do Fórum há dois anos, resolvi ler a crítica do Pablo, para poder comentar, apontar discordâncias, etc. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Acho fascinante e inventivo o universo criado para o filme. O fato da história ser contada aos poucos entra no enorme contexto de “bedstory” que o filme investe, e pesado. Pelo menos pra mim, essa coisa de parcelar a fábula vem do hábito culturalmente divulgado, e também lógico, dos pais contarem aos poucos as histórias de ninar para as crianças, que no dia seguinte imploram para que “termine de contar a história”. Quanto ao suspense, resta dizer que discordo, já que julgo ótimo, como sempre no caso do diretor. As chinesas: já comentado acima, mais o fato de que essa história ter de passar por duas pessoas e duas línguas para chegar a Heep age, para mim, como ilustração do que é “contar histórias”, outro enorme foco do filme (nome da narf, o livro, a fábula, o filme em si); histórias que passam de geração para geração, de línguas para línguas, de culturas (outro foco) para culturas. As perguntas: objetivo é encontrar o escritor. Como é feito é um processo narrativo, que apresenta (ou dá continuidade a isso) personagens em sua assumida simplicidade enquanto “bedstory”, algo que chega a virar brincadeira nas falas do crítico. A abordagem direta deve-se ao que “A Dama na Água” em nenhum momento esconde ser: “bedstory”. Não vejo como desculpa, not at all. Gostei da gagueira, que ainda permite entender um pouco mais a narf (já que a gagueira é interrompida quando ela está próxima). E aproveito para citar o Guga, ex-usuário: “E meu irmão era gago quando moleque, e a gagueira do Giamatti me lembrou muito a dele.” Você contaria uma tragédia toda elaborada para seus filhos quando fosse contar histórias de ninar para eles? A meu ver, trata-se primeiramente de um filme simples. Estereótipos: me falaram que alguém lembrou de estereótipos em “Crash” nessa discussão. Acho que esse comentário deve estar lá no começo do tópico. Eu encarei mais como personagens simplificados, como provavelmente seriam numa história de ninar comum. Há uma explicação muito clara para a “aceitação inacreditável”: se as pessoas mudam quando são apresentadas a narf e próximas a ela, podendo, inclusive, mudar o comportamento (gagueira, sensação de fascínio), o “acreditar” é o de menos. E eu não sabia que “suspensão (voluntária) da descrença” era capaz de falhar. Se é “voluntária”, então, hmm, é só querer. Mas... pelo que percebi, “A Dama na Água”, ao contrário dos 4 filmes anteriores, não quer trabalhar com elementos-surpresa (com exceção dos papéis dos personagens secundários, o que independe da introdução). A introdução, aliás, é perfeita para, repito, o jeito “bedstory” de ser do filme. Adorei a direção, embora considere a menos inspirada, mas ainda capaz de enfeitiçar em quadros, movimentos, focos, montagem, som etc. A crítica ao enquadramento do box do banheiro, isso sim me parece ser “encheção de lingüiça”, um “procurar um motivo a mais para negativizar, mesmo que ninguém entenda exatamente”, assim como o apagar de luzes em “Kill Bill Vol. 1”, feito “apenas” para criar uma linda cena sob efeito de contra-luz. O enquadramento referido é belo, é inspirado, flui deliciosamente, e isso só pode ser positivo no meu julgamento. Sobre inicialmente ocultar o rosto de Cheung, também fiquei no ar nessa aí. Gostei muito da fotografia, um geral de “à meia-luz”, perfeito para o filme, que para mim é lindo. “Se proteger”? Talvez você tenha razão, mas talvez seja só paranóia. Não creio, de maneira alguma, que se tratar de uma “bedstory” seja para “proteção antecipada”, e sim o que justamente ele tenta fazer, e o que o filme não esconde ser em cada fotograma. E também sejamos sinceros: “Alice no País das Maravilhas” está longe de ser “para crianças”; até “Os Três Porquinhos” está meio distante. Não estaria você tentando preparar uma armadilha fatal: se diz que a melhor cena do filme é aquela protagonizada por Balaban e seu crítico desagradável, então isso o absolve de atacar “A Dama na Água” por supostamente ter ficado ofendido com a forma com que sua profissão foi retratada. Além do mais, é no mínimo irônico que você acuse o cineasta de arrogância, mas pareça questionar a capacidade interpretativa de demais espectadores que podem conseguir, e muitas vezes conseguem tirar outras leituras de obras artísticas (as de Shyamalan incluídas e evidenciadas): “Estou certo de que, assim como aconteceu com A Vila, surgirão aqueles que verão, em A Dama na Água, inúmeras metáforas sobre a “condição humana”, o espírito destrutivo do Homem e assim por diante.” – “Por outro lado, como há aqueles que encontram significado até mesmo na borra de café que permanece no fundo da xícara, não há como evitar que uma fraude como A Dama na Água ganhe novas interpretações.” E sei lá, teria sido John Huston um arrogante ao interpretar nada menos que Noé, deus, a serpente e o narrador em seu “The Bible”, por exemplo? Já comentado acima. Claro, “A Dama na Água” deve ser uma fraude, e novas interpretações será apenas mergulhos em maionese de LSD, em vez de... hmmm... novas interpretações, geralmente enriquecedoras da arte. Também como existem aqueles que encontram significado “até mesmo” na borra de café, há aqueles que encontram “deus” quando tudo parece ir bem na vida, não? Ou até mesmo na Bíblia... Qualquer material pode render bom Cinema. Só precisa de talento. Eu ainda vejo muito em Shyamalan. Serge Hall2006-9-3 4:48:12
  14. Seja amor ou TV, continua a mesma desgraça. As constantes analogias televisivas pra mim não passam de estrutura. O "amor" continua alicerçando tudo ali, em teoria. Serge Hall2006-9-2 19:55:5
  15. E surgem perguntas como: teria sido John Huston um arrogante?
  16. "A Dama na Água"; dir: M. Night Shyamalan - 8/10 Não vou falar muito porque tenho que correr pra devolver filmes na locadora (aliás, que doc magnífico sobre John Huston nos extras do Disc 2 de "O Tesouro de Sierra Madre"). Acredito que deva ser encarado da forma mais direta: "a bedstory" (by Shyamalan). Acho que se alguém falar que isso é "armadilha", é a mais pura balela. Sério, acho que é o mais complicado dele, por ser tão, tão... tão direto ao ponto, com uma casca tão grossa e assumida. Claro, as leituras das raças unificadas, da síntese da humanidade e civilização, guerra, tá tudo lá, e é ótimo, mas enfim, lá no final eu percebi que, como "bedstory", beira ao brilhante em alguns momentos. Shyamalan é do caralho pra filmar, pra conceber imagens, planos, com aquela fotografia do Doyle (mais sutil, mas tão apropriada, putz! Parece realmente para ser visto na cabeceira da cama, à meia-luz), e a trilha do infalível JN Howard. O conjunto é aquela coisa que a gente já espera do Night. Minhas restrições ficam por conta de um humor que, pra mim, aparece mais que o necessário e funciona menos do que eu esperava. Se ele não fosse tão bom pra conduzir cenas que vão de drama a suspense num pingar de chuva, algumas coisas eu olharia pra cima e "oh não, que coisa mais boba". Às vezes o inesperado salva esse tipo de sensação, como o simples fato de um dos secundários ser um cara que só malha um lado do corpo, heheeh. Dallas muito bem em um papel que nem tem tanto destaque, e pelo jeito é pra ser exatamente assim. Giamatti sensacional, ponto. Não fui breve. Estou atrasado agora. E está chovendo. Merda. --------------------- Também considero o mais fraco (ou "menos forte") dele que já vi (desconsiderando "Olhos Abertos", que até acho simpático, mas só). E, claro, vou rever, sem a menor idéia para onde a nota vai. Como disse, até o momento acho que é o mais complicado dele.
  17. E como todos sabem, Kubrick era fã de Spielberg. Acredito que a discordância do tom, sobre ser "otimista demais", apresentada no "Imagens de uma Vida", é de um respeito tremendo, mais para "eu teria feito diferente". -------------------- E só pra constar: "A Lista de Schindler" - 10/10 "O Pianista" - 10/10 "Jarhead" - 8/10 Serge Hall2006-8-31 21:30:33
  18. O que não diminui em absolutamente nada sua importância cultural ou alcance de seu enredo. Espero que Kubrick soubesse disso ao soltar a frase dúbia - do contrário' date=' não passaria de uma constatação imprecisa e tola. [/quote'] acho que kubrick foi equilibrado ao fazer essa colocação. o filme como metonímia parte/todo não serve, realmente. acho que o que ele quis dizer é que como spielberg é um cineasta de tanta importância, deveria ter optado por prioridades e teria um "dever moral" (principalmente sendo judeu) de esclarecer ou contemplar essa chacina que foi a segunda guerra. spielberg falhou nesse sentido e é lamentável. Não, não é. E essa mania de enxergar "deveres" em todo filme que aborda o Holocausto é irritante, vnida de Kubricks e Godards ou não. No Cinema, antes de "deveres", o próprio Cinema. Sempre. Primeiro que as prioridades foram outras, e ele tem esse direito, enquanto artista. Segundo que, pra mim, ele não deixa de fazer isso, nem que seja indiretamente. Terceiro que, de certa forma, é algo tão historicamente enorme que se esclarece já por nome e conceito - o que é ótimo, permite inúmeros olhares. Por esse lado, podemos pegar "O Pianista" e ver que o Polanski não fez "muito" além do que Spielberg. Apenas optou por leitura diferente, mas, pelo seu prisma, teria cometido as mesmas "falhas", embora decida por traços emocionais mais duros e passivos, bem ao estilo do cineasta. Não deixa, porém, de ser tão maravilhoso quanto "A Lista de Schindler", parecidos em algumas porções, distintos em algumas frações. ok. se você gosta dessa abordagem do tema, o problema é seu. agora, não me venha dizer que o filme é SOBRE o HOLOCAUSTO ou SOBRE a SEGUNDA GUERRA, o filme pode se PASSAR na segunda guerra. mas como kubrick disse "é sobre 400 pessoas que se salvaram". como já disse, esse filme é tão ruim quanto um Jarhead, por exemplo, que sendo um dos primeiros filmes sobre a guerra do iraque, aborbou o tema de forma convencional, sem o devido teor político que exigia, demonstrando uma certa covardia por parte do Mendes (quem odeio, só pra constar). Lista de Schindler se finge de grande, mas na verdade é um filme moralista que esconde a verdade (ou se aproveita dela pra vender seu moralismo). perdi 30 pessoas da minha família nessa guerra (sim, sou judeu) e esse filme não me traz emoção (assim como pianista menos ainda... aliás pianista < lista), só angústia e decepção pelo que ele podia ter sido, mas não foi. Claro que o problema é meu. É minha opinião, minha visão. O outro lado é problema seu, a forma como você vê e lida com isso. Estou expondo minha discordância aqui, independente do que você pensa disso. E, sim, eu "vou te dizer" que, sim, "A Lista de Schindler" é sobre o Holocausto. De uma forma distinta do conceito, do que se toma por definição, mas não deixa de ser. Não para mim. "Jarhead" acho ótimo. Gosto muito de Mendes, só pra constar. E a impessoalidade do filme, a meu ver, é uma de suas maiores riquezas. Não exigia teor político algum. E se exigisse, o "não tomar partido" já é tomar partido de algo. Sempre foi. Em "Jarhead", acredito que isso funcione muito bem. Sempre achei engraçado "moralista" ser dado tão bem a Capra e, hoje em dia, tão mal a Spielberg, a meu ver também um dos mais talentosos a trabalhar com moralidades e emoções vinculadas a tais. Seu desfecho, potencialmente piegas nas mãos de "n" diretores, e talvez ainda piegas aqui também, é arrebatador, destruidor, pegada na guarda baixa. "A Lista de Schindler" não esconde verdade alguma. Ele apenas não a exibe, o que é estrondosamente diferente. Sua moral é bem apresentada, executada e difundida. Não vejo mal algum nisso, e adoro quando um cineasta é talentoso o bastante para driblar meu cinismo, situação a qual não me sinto desconfortável em assumir, muito menos para filmes como "A Lista de Schindler". Se ele "se finge de grande", é outro de todas as questões de interpretação/opinião. Quanto a você "não se emocionar, mesmo sendo judeu e perdido 30 parentes na tragédia", isso é, claro, um problema seu e seu somente. Eu também não me emociono de chorar em "A Lista de Schindler". Aliás, me emociono menos do que a imensa maioria de seus adoradores. Sou perfeitamente capaz, contudo, de considerá-lo uma obra cinematográfica maravilhosa sem que "me emocione" com ela, mesmo que seu autor assim deseje claramente. Mas talvez eu me emocione ainda mais por razões cinematográficas, não humanas (embora também), por ver filmes assim diante de meus olhos.
  19. O que não diminui em absolutamente nada sua importância cultural ou alcance de seu enredo. Espero que Kubrick soubesse disso ao soltar a frase dúbia - do contrário' date=' não passaria de uma constatação imprecisa e tola. [/quote'] Sem querer meter o bedelho, já que A Lista é um dos meus crimes cinematográficos, já que não o vi, mas o comentário do Katsushiro tem a sua relevância... basta lembrarmos de Crash, um filme que se diz sem papas na língua com relação ao preconceito, mas que reforça estereótipos, segregação e - ironia - mais preconceito. Se o Holocausto versa sobre milhões que morreram sob as mãos dos nazistas e é feito um filme sobre não sei quantos que sobreviveram, será que podemos dizer que A Lista versa sobre o Holocausto? Por um lado, sim. Há histórias e histórias no Holocausto. É resumido e conceituado como "milhões morreram", mas lá também houveram aqueles que se salvaram, sejam eles judeus em uma lista ou pianistas solitários guiados pela sorte.
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