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Forum Cinema em Cena

bs11ns

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Everything posted by bs11ns

  1. Olha eu de novo te enchendo o saco rsrsrsrs.....Queria saber onde tu viu. É que tenho um interesse imenso nesses filmes de temática LGBTQIA+, especialmente quando são europeus e é difícil achar na internet se não tiver em sites específicos. Desculpe o incômodo!
  2. Comecei a ver "The Last Thing He Wanted" por causa do elenco mesmo, já que adoro a Hathaway mas sem saber muita coisa sobre ele. Depois, fui atrás de mais informações e acabei descobrindo que a história de uma jornalista que larga a cobertura de uma eleição presidencial para cuidar de uma das "transações" do pai enfermo é baseada num livro e fiquei me perguntando porque fizeram essa adaptação. O boy desistiu do filme na metade e dormiu. Já era um indicativo de que seria difícil de se conectar com a trama. Muito confuso e com essa coisa de querer ser importante que o Sergio falou, o filme é tão embaralhado que eu só fui realmente entender o que tava acontecendo no final. Não consegui torcer por nenhum personagem ali por falta de identificação mesmo. A menos pior é a da Anne, que acaba tendo um desfecho muito nada a ver que eu e o boy (que acordou no fim) detestamos. Tô cada vez tendo mais preconceito com esses filmes da Netflix. Esse aqui nem deveria ter sido feito.
  3. Isso. 3 centrais e 4 ponteiros. Tem técnico q faz o inverso: 4 centrais e 3 ponteiros. No caso do Brasil, acho besteira abrir mão de um ponteiro tendo tantos em ótima fase. Também levaria Lucão e Isac. O outro seria Souza ou Flávio ou Éder, dependendo da SL que fizerem.
  4. Nossa, que vergonha de mim mesmo! Quando vi alguém postando aqui corri para ver e me animei para escrever o que tava lendo. Depois de Allen Ginsberg e Goethe desisti hahahahahahahahahahah.
  5. Sim, também acho que é momento mesmo ou deveria ser porque na seleção feminina ZRG vive chamando as mesmas da panelinha dele de sempre. Também acho que o Lucarelli tá em fase espetacular e que ele poderia até levar um ponteiro a mais ao invés de 4 centrais porque o Souza, o Isac e o Lucão dão conta do recado. Mas acho difícil ele não levar o Éder também porque tá fazendo uma grande SL: é o melhor sacador e terceiro melhor bloqueador em pontos feitos (não vi esse jogo que você falou). Também curto muito o Vaccari. Desde o Paulista ele vem arrebentando e na SL também tem ganho vários jogos pro Campinas. Fisicamente tá bem superior ao Borges embora seja mais novo e tenha pouca rodagem internacional. O Renan podia levar ele pra testar na VNL e definir a quarta vaga pois acho que Douglas, Leal e Luca estão garantidos. Cachopa evoluiu muito e ganhou rodagem no último ano, acho que briga com o William sim. Outro que queria muito ver na seleção é o Rapha mas acho difícil por causa da idade e porque ele não tem participado desse ciclo.
  6. O último filme do domingo (sob protestos do meu boy que não queria ver filme de assalto, rs) foi este exemplar do Steven Soderbergh, Logan Lucky - Roubo em Família, uma espécie de Onze Homens sem tanto charme, classe, elegância e astros. Ainda assim, dá pra ver a mão do Steven ali quando ele pega uma história bem clichezinha (dois irmãos que querem fazer um roubo astronômico de forma tão minuciosa quanto rocambolesca contando com a ajuda de tipos grotescos) e faz a gente manter o interesse até o final, mesmo sabendo qual será o desfecho. A trilha é bacanérrima, os figurinos são singulares e eficientes e o restante da parte técnica é apenas ok. Tem uma alfinetada ou outra aqui e ali (como a crítica às equipes automobilísticas "vendidas" que valorizam mais o patrocínio do que os pilotos), uma ou outra tirada cômica do texto, a criação de tipos "loosers" esquisitões e a presença de um competente elenco, do qual eu destaco o Adam Driver (irônico e caladão, bem diferente do emocionalmente destruído personagem que ele faz em História de Um Casamento e do obstinado e resiliente agente da CIA de The Report, a melhor das três atuações na minha modesta opinião) e o sempre competente Daniel Craig que rouba a cena em diversos momentos (tem ainda o gostoso do Chaning Tatum, a Katie Holmes, o Seth McFarlane e a Hilary Swank em participação curta no final). Os extensos 118 minutos de projeção poderiam ter sido enxutos ou contar com um andamento mais dinâmico, como outros filmes dele. Pra quem gosta do gênero ou Steven, vale a conferida.
  7. Sim, a Polônia é a grande rival do Brasil hoje, embora veja a Rússia com uma boa seleção também mas temos que ver qual será a decisão final sobre a permanência deles na disputa das Olimpíadas. Como eu acredito que eles irão mesmo que com bandeira neutra, vejo Brasil, Polônia, Rússia e EUA como favoritos por serem seleções que já jogam juntas há mais tempo, com jogadores mais experientes mesclados com outros mais novos. No último jogo entre Brasil e Polônia, ambos completos, o Brasil ganhou de 3x2 na Copa do Mundo. Talvez a Olimpíada seja o último ciclo de vários poloneses como o Kubiak, o Kurek, o Konarski, o Zatorski e o Drzyzga (todos já na casa dos 30). Última chance deles levarem medalha pra seleção, já que eles têm o costume de flopar bonito nos Jogos, assim como a Itália e a França. Como o grupo da Polônia é mais fraco, acredito que eles peguem França ou Rússia já nas quartas. O Brasil tem grandes jogadores em quase todas as posições. William e Bruninho; Wallace (gosto mais do Evandro mas já tem 37) e Allan; Douglas Souza e Leal; Lucão, Maurício Souza, Isac, Éder e Flavio; Maique e Thiago Brendle jogam em alto nível internacional. Pra mim a posição mais complicada é a ponta pq o Borges vive lesionado e o Lipe já tem idade. Não gosto do Loh, não vejo à altura do Leal e do Douglas. Tirando isso, vejo a seleção entre as favoritas. Mas é olimpíadas né? Tudo pode acontecer. Vamos esperar as convocações e a VNL pra ter mais parâmetros.
  8. Só falam de futebol por aqui? Não é crítica nem nada do gênero. Só dúvida mesmo!
  9. Sergio, tu acha que o vôlei masculino perde pra quem?
  10. Já tem um tempo que eu queria ver Mulheres do Século 20 por dois motivos: 1- amo qualquer coisa cinematográfica que tenha mulheres à frente; 2- amo qualquer coisa cinematográfica que tenha a Annette Benning. Pesquisando depois, descobri que esse filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 2017 (perdendo de forma justa para o sensacional Manchester à Beira-Mar) e que é dirigido pelo Mike Mills, que fez um dos filmes mais lindos que eu assisti na década passada, Beginners. Descobri também que Mills contou um pouco da história da mãe dele e que a casa onde se passam a maior parte das cenas foi inspirada na casa onde ele cresceu com a mãe. Tudo isso me fez ficar ainda mais encantado com o longa, que conta a história de uma mãe (Benning, maravilhosa como sempre) com algumas dificuldades de entender a fase pela qual seu filho (bem defendido pelo Lucas Jade Zumman, o Gilbert do seriado Anne com E) passa e pede ajuda para uma amiga dela (Greta Gerwig) e para a melhor amiga do filho (Elle Fanning, ótima, rouba a cena) neste intento. É verdade que a premissa de tentar entender as alterações ocorridas no mundo ao longo do séc. XX é um tanto quanto presunçosa e ambiciosa, já que se trata de apenas 2 horas de projeção. Uns detalhes de montagem (luzes de arco-íris em cenas com carros, aceleração de algumas cenas sem diálogos) e de fotografia eu achei excessivos por estarem um tanto dispersas do roteiro. Tirando isso, eu amei o discurso feminista da maior parte do filme (a personagem da Greta é um exemplo, me fez lembrar a Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito); amei a abordagem sobre a adolescência, a construção da sexualidade e a influência da mudança da sociedade nas dinâmicas familiares produzida pela passagem do tempo; amei a estrutura familiar já bem modernista pra época apresentada; amei a maior parte dos diálogos (em especial o diálogo na mesa sobre menstruação) ricos em leveza e ironia (mais uma vez Jane Austen me veio à cabeça). Sobretudo, o que mais me encantou foi a personalidade de origem tão forte quanto diametralmente oposta das três protagonistas, cada uma defendendo seu viés sociológico á medida que o tempo avança e (re)constrói ideais culturais ao longo desta passagem. Os dois boys principais (o filho da Benning e o pedreiro locatário dela, um Billy Crudup sensualíssimo que me lembrou o Chris Cooper no Adaptação) cumprem muito bem seus papeis secundários: um servindo como olhos do espectador frente às modificações, e o outro como ilustração da maneira particular com que cada uma das protagonistas lida com o gênero oposto (uma fala dele, em especial, na cena da mesa que eu citei é incrível). É um filme menor, quase indie, de baixo orçamento mas com roteiro muito bem executado, texto a serviço da ideia e atuações mega competentes que eu super indico, principalmente pra quem ama pegadas mais feministas.
  11. Ainda sob influência do Oscar desse ano, quis assistir ao documentário Indústria Americana também impulsionado pelo fato dos Obama terem-no financiado. Confesso que fiquei um tanto frustrado com o resultado final especialmente por conta do tom institucional utilizado na maior parte do tempo. Talvez por conta da minha expectativa mais emocional frente a este tipo de filme (que não é meu favorito), esperava algo mais degradante, de denúncio forte e que me levasse a uma identificação imediata. O filme, que conta a história da criação de uma montadora de vidros automotivos no estado de Ohio por conta de um milionário chinês usando onde tivera sido uma fábrica da GM, tem seus bons atributos ao retratar a exploração capitalista dos empresários frente a pessoas que precisam trabalhar para sobreviver e se sujeitam a receber muito menos do que antes com o argumento de que é melhor ter emprego do que nada. Também consegue interessar ao mostrar os abusos cometidos pelos patrões e a falta de interesse dos mesmos na vida pessoal dos funcionários (os chineses passam o ano sem praticamente visitar a família, a empresa não se importa com a segurança dos funcionários e investe pesado para que o interesse destes não seja defendido pelo sindicato), salientando uma tendência tanto no capitalismo ocidental quanto no socialismo oriental (no caso, dos chineses). Pra mim, no entanto, acabou faltando algo que também senti falta no Carta Para Além dos Muros, já que o debate sobre a origem dessas relações predatórias entre patrão e empregado ficou sublimado. De novo me pareceu que quiseram falar de muita coisa quando, na verdade, não conseguiram mostrar nada com muita profundidade. Achei tudo muito frio, distante, desumano, sem muita proximidade com os envolvidos. Talvez tenha sido proposital mesmo porque a fotografia e a iluminação do filme focam quase o tempo todo em cenários vazios com cores bem opacas. Talvez tenha sido só impressão minha por conta da falta de tato com documentários. Fato é que, embora trate de um tema bem interessante e atual, eu não consegui ser fisgado pelo vencedor da estatueta da categoria neste ano.
  12. O documentário Carta para Além dos Muros dirigido por André Canto aborda a AIDS sob vários pontos de vista, estabelecendo panoramas diferentes partindo justamente desses pontos de vista pra abordar a doença. Traz bastante conteúdo, dados e fatos históricos desde a descoberta da existência do vírus e da estigmatização das vítimas até notícias e números mais recentes do vírus. Sempre é um tema relevante, justamente por se tratar de algo incurável que torna os acometidos muito marginalizados e a direção do documentário pincela esse assunto através de alguns depoimentos. Acontece que a realidade dos soropositivos - especialmente quando se trata de gays - é bem pior do que a retratada no filme e isso ficou bem amenizado. Embora se trate de uma discussão que também acaba sendo política, achei que o filme pendeu mais para esse lado na maior parte do tempo e não explorou a realidade vivida pelos pacientes. Gostei do filme, principalmente quando o tom é mais humanístico e os depoimentos da área científica exercem seu papel esclarecedor. Agora, achei que faltou explorar mais um dos assuntos dentro do tema pois ficou um monte de coisas pulverizadas sem que houvesse muito aprofundamento em alguma delas.
  13. Que legal esse tópico aqui! Vou ler sempre. Já adoro teus textos na parte de filmes Sérgio. Sabendo que você escreve aqui também, sempre vou acompanhar. O esporte que mais acompanho é o vôlei, minha segunda paixão depois do cinema. Parabéns pelo tópico.
  14. Bem desnecessário acharem ruim de uma piada bem feita e que não falou nenhuma mentira, segundo o que eu li até agora a respeito. Nem falaram que o filme é ruim por conta dos efeitos que nem o Jailcante falou.....Eu adorei! Me diverti com a piada. Hoje tudo gera mimimi.....aff.... preguiça.
  15. Jóias Brutas começa bastante estriônico e barulhento, cheio de falas curtas que parecem desconexas e com cenas que se acotovelam, cheias de gente falando ao mesmo tempo. Acredito que tenha sido proposta do diretor mesmo porque o filme segue um tanto desenfreado o tempo todo. Sei lá se eu percebi certo mas fiz um grande paralelo com a vida, cheia de altos e baixos, de coisas boas e ruins, de acertos e erros e que, no final, não quer dizer muita coisa (o final do filme esfregou isso na minha cara). Torci muito pelo personagem do Sandler (em boa atuação, supreendentemente), que vai tentando fazer o que está ao seu alcance do jeito que ele sabe para resolver os problemas (e eles são muitos). O roteiro é muito baseado nas ações dele, então tudo o que ele fez ou faz reflete diretamente na vida de todos (os outros personagens quase não possuem nuances). Também vejo outra escolha aí, já que não há uma trama propriamente dita, ainda que se forme um arco bem feito para o explosivo desfecho. Gostei bastante do filme justamente por essa coisa de tentar, errar, tentar, acertar, tentar de novo e errar e seguir tentando. A resiliência (teimosia?) dele talvez seja a principal lição do filme.
  16. Lembrei dessa sua postagem quando esse curta ganhou o Oscar!
  17. Feliz demais que o Parasita ganhou ontem. Melhor filme que eu assisti ano passado, embora tenha uma safra boa. É das coisas mais contemporâneas e inteligentes já feitas. Viva o Boo!
  18. Último filme que assisti no cinema, O Escândalo trata da revelação dos casos de assédio sexual partindo do então CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow, com uma maquiagem impressionante) para com suas funcionárias. A revelação do escândalo do título demora pra acontecer, visto que antes todo o universo, tanto da Fox News como das figuras contraditórias que nela habitavam, é bastante esmiuçado e tratado de forma didática, o que impede o espectador de perceber essa relação Fox-toxicidade sozinho. Depois, é mostrada a importância da âncora-estrela controversa, Megyn Kelly (mais um baita trabalho de maquiagem dessa vez na Charlize Theron), através de seus embates aparentemente antagonistas com o futuro presidente Trump mas que, de fato, refletiram as lutas de vale tudo pela audiência travadas pela imprensa. Eu esperava bem mais de um filme retratando um escândalo de tão gigantes proporções cujo as portas se abriram para o surgimento de movimentos em defesa da integridade sexual das mulheres irrompidos pouco tempo depois. A questão do assédio é um tanto superficializada e as personagens, exceto Megyn, não são tão bem exploradas como poderiam. Há críticas bem construídas (ambiente tóxico empresarial, carreira x justiça) e momentos constrangedores (como a cena da Margot Robbie na sala do Roger) que te deixam enojado. As atuações são boas, com destaque óbivo para Theron, que muda o jeito de andar e o tom de voz para compor Megyn, agregando demais à personagem. Contudo, o roteiro ficou com aquele gosto de quero mais e aquela impressão de que poderia ter maior profundidade se tivesse outro tratamento.
  19. Último filme que assisti no cinema, O Escândalo trata da revelação dos casos de assédio sexual partindo do então CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow, com uma maquiagem impressionante) para com suas funcionárias. A revelação do escândalo do título demora pra acontecer, visto que antes todo o universo, tanto da Fox News como das figuras contraditórias que nela habitavam, é bastante esmiuçado e tratado de forma didática, o que impede o espectador de perceber essa relação Fox-toxicidade sozinho. Depois, é mostrada a importância da âncora-estrela controversa, Megyn Kelly (mais um baita trabalho de maquiagem dessa vez na Charlize Theron), através de seus embates aparentemente antagonistas com o futuro presidente Trump mas que, de fato, refletiram as lutas de vale tudo pela audiência travadas pela imprensa. Eu esperava bem mais de um filme retratando um escândalo de tão gigantes proporções cujo as portas se abriram para o surgimento de movimentos em defesa da integridade sexual das mulheres irrompidos pouco tempo depois. A questão do assédio é um tanto superficializada e as personagens, exceto Megyn, não são tão bem exploradas como poderiam. Há críticas bem construídas (ambiente tóxico empresarial, carreira x justiça) e momentos constrangedores (como a cena da Margot Robbie na sala do Roger) que te deixam enojado. As atuações são boas, com destaque óbivo para Theron, que muda o jeito de andar e o tom de voz para compor Megyn, agregando demais à personagem. Contudo, o roteiro ficou com aquele gosto de quero mais e aquela impressão de que poderia ter maior profundidade se tivesse outro tratamento.
  20. Gostei demais de Os Vingadores principalmente por ser um filme em que o direitor soube trabalhar com sua história um tanto limitada mas bastante bem resolvida, sobretudo quando coloca seus personagens frente a frente e se aproveita de suas emoções pra contextualizar os enredos dos outros filmes nesses embates (que chegam a ser físicos em várias oportunidades), resultando nos melhores momentos do filme. Os efeitos especiais são muito bons e utilizados sempre em prol da estória e quando necessários, ou seja, não há excesso ou desperdício. O texto é excepcional para um filme-pipoca, principalmente por apostar na diversão e priorizar os atores mais carismáticos, utilizando-se de seu talento para inserir as cenas cômicas em meio ás lutas. O elenco todo é bom mas o destaque maior fica por conta da interpretação dramática light de Ruffalo como Hulk e pelo sarcasmo desregrado cuja desfaçatez só poderia surgir de um ator com tanta carga irônica como Robert Downey Jr. Ele consegue se sobrepor ao restante do elenco com facilidade, liderando-o, embora esse papel estivesse claramente a cargo do Capitão América de Evans, que o defende com dignidade, ainda que não chegue aos pés de Downey Jr. O desfecho é bem clichê mas é o ápice do filme (muito bem feito por sinal) e deixa margem para uma continuação, que será muito bem-vinda. 9,5/10 Quando vi o final de Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez? fiquei bastante curioso para assistir o filme inteiro porque me pareceu o tipo de drama que te emociona do começo ao fim. Realmente a estória é bem bonita, sobretudo por ser inspirada num livro que foi escrito por um cara que a vivenciou e passou as experiências das semanas em que cuidou de seu pai acometido por um câncer. Acontece que todo o questionamento proposto logo no começo, bastante poético e representado por uma paisagem belíssima, é bastante diluído nas quase duas horas de filme e tem-se a sensação de que Blake (protagonista) é um menino mimado e que cria birra pelo pai excêntrico e gozador. Este tenta se aproximar a todo custo do filho, ficando claro que tenta fazer o melhor pra criança, embora não consiga. Então, a tão esperada resolução das pendengas criadas entre pai e filho prometida por Blake acaba não acontecendo, frustrando as expectativas de quem tentou se envolver com a estória. A família de Blake também é pouquíssimo explorada, bem como as atrizes que fazem sua mãe e irmã. Há uma pequena participação de Carey Mulligan que mostra o quão iluminada é a moça mas que não agrega valor ao roteiro, muito mal conduzido por Anand Tucker embora a cena final seja lindíssima. Agora, o que salva o filme, o tornando até agradável por mais que o roteiro tropece são as atuações de Jim Broadbent como pai (maravilhoso, principalmente quando está doente) e do poderoso Colin Firth como Blake. Brilhante do começo ao fim, Firth empresta seu jeito recluso e seu olhar perdido e disperso a um personagem que frequenta a tênue linha entre o real e o ficcionário o tempo todo. A cena final de Firth abraçando o pai é tocante e extraordinária pela facilidade que ambos os atores têm de representar as emoções necessárias, o fazendo com uma naturalidade impressionante. Por essas e outras (A Single Man, Tinker Taylor, King's Speech) é que me pergunto porque diabos esse cara fabuloso ficou tanto tempo fazendo comédias românticas meia-boca (ele já tem mais de 50 anos) com o talento estrondoso que tem? Vai saber! 7,0/10 Joe Wright vem demonstrando bastante habilidade em construir longas tecnicamente perfeitos. Fez isso com Atonement e repetiu a dose em Hanna, onde figurino, direção de arte, montagem (primorosa) e, especialmente, trilha sonora e paisagem são fundamentais pro contexto da estória. Acontece que, assim como ocorreu em Desejo e Reparação, que transformou num dramalhão mexicano, Wright abusa da preocupação com a questão técnica em detrimento do roteiro. Aqui, ele tinha um material bastante interessante, que poderia ter se transformado em ótimo drama de ação não fosse sua tendência pra resolver da forma mais simples possível suas estórias. Aliás, as escolhas de elenco do diretor também não são acertadas. Enquanto em Atonement tínhamos um McAvoy com ares de galã marrentinho e uma Knightley com aquele queixo resultando num eterno bico irritante, em Hanna, Eric Bana (que nunca me convenceu) faz o "pai" da personagem-título com uma displicência e uma má vontade de dar ódio. A sempre maravilhosa Cate Blanchett também não encarna com brilho a vilã, deixando-a no piloto automático o tempo todo (com uma cara plastificada que dá medo por lembrar Kidman). No entanto, quem se sobressai (mais uma vez) é Saoirse Ronan carregando o filme, a estória, a paisagem, o texto, o pai, a mãe, a casa e tudo o mais nas costas. O longa é dela, parece ter sido feito pra ela e, se não foi, ela o roubou completamente. Talentosa de dar gosto, se joga completamente na personagem, assim como o fez em Atonement, Olhar no Paraíso e no maravilhoso The Way Back, entregando uma atuação vigorosa e até acima do que eu esperava, num filme nunca entrega o que promete. 6,0/10bs11ns2012-05-14 09:06:06
  21. Como disse em outro tópico, gostei bastante do filme. Só acho que tem umas referências ao livro que não são compreensíveis pra quem não o leu e que há um excesso na composição dos figurinos das pessoas mais "abastadas", parecidas com o público presente numa parada gay. Também não gosto do Hutcherson (bastante minguadinho pro papel) e do irmão mais novo, mais fraco e mais feio do Thor. Mas a estória é muito legalzinha, principalmente por causa da abnegação da protagonista e da feliz construção da jovem Katniss, muito forte na pele da gatona e talentosíssima Jennifer Lawrence. As paisagens também são bem trabalhadas, a montagem é dinâmica e Stanley Tucci está impagável como uma espécie de Pedro Bial ás avessas (até porque, pelo que entendi os tais dos jogos se transformaram num big brother conforme o tempo passou), bem como o Harrelson (que amo). Que venha a continuação!
  22. Na onda das críticas positivas e do sucesso de público, decidi assistir Jogos Vorazes principalmente quando descobri que a protagonista era o meu novo amor: Jennifer Lawrence. E é especialmente por ela que o longa funciona bem na maior parte do tempo. Embora não seja daqueles filmes que você precisa ler o livro pra entender o que acontece, ainda senti que algumas cenas e partes do texto foram introduzidas pros milhares de leitores que transformaram-no num best-seller. De qualquer forma, a estória é bonita, bem conduzida, faz sentido e é ajudada pela fotografia e pela montagem a atingir seu objetivo. Não gostei muito daqueles personagens todos vestidos como se estivessem na parada gay de Tóquio (procurem as fotos e me digam se aquilo não é o ó) e nem entendi seu sentido, ainda que estivesse clara a crítica á cultura das massas e á manipulação feita por certos governos e pela mídia, para a qual o personagem do Tucci (impagável) é fundamental. A protagonista te carrega com ela e te faz torcer por ela o tempo (acho até que tem vida própria e é mais inteligente do que quem a escreveu) e os olhares da Lawrence são tão incrivelmente bem feitos que dá vontade de você aplaudi-la (ô menina f.... de boa)!!! O final mostra que haverá sequência. 8,0/10 Finalmente matei a vontade de ver a única atriz indicada ao OSCAR desse ano que ainda não tinha visto. Fiquei um pouco decepcionado com Sete Dias com Marilyn não por causa do resultado final de sua estória, bastante fraca, esquematizada e sem muito direcionamento ou firmeza na condução. Desde o começo (chatíssimo, por sinal, que me fez dormir no cinema) já vi que não podia esperar muito dali e talvez o filme tenha justamente nisso sua maior qualidade: não ser pretensioso. Só que é complicado você contar uma estória sobre um grande mito da história do cinema e não querer se aprofundar nele seja lá porque motivo for. O restante do elenco é razoável. Watson, Dench (me dói dizer isso) e o carinha que faz o Colin estão no piloto automático e não ajudam em nada a protagonista (exceto Branagh). Enfim, nada disso me deixou tão desapontado quanto a falta de força na atuação da Williams. É, sim, uma boa composição pautada em gestos, trejeitos, vestes, modo de andar, postura corporal e voz modificados em razão da personagem. Louvável da parte dela se dedicar assim mas, e o resto? Faltou mais intensidade, mais dinamismo, mais garra, mais olho, expressão. É uma atuação linear, centrada e sutil de uma atriz que parece nunca se entregar de verdade ao que faz (o DiCaprio se entrega ao seu J Edgar e se sai extremamente bem). Gosto demais da Williams pra vê-la se apagar tanto diante do furacão que era Marilyn. Filme bem rasinho! 6,0/10 E amanhã verei os tão falados Vingadores (porque hj não tinha mais ingresso no cinema)!
  23. Só agora que vi que os escolhidos já haviam sido divulgados. Como disse no começo, não votei porque não consegui assistir filmes como Super 8 e Hanna, que foram indicados além de outros. Mas gostei da premiação em geral principalmente pela Lawrence (arrasou mesmo no Inverno da Alma), pelas indicações para Caminho da Liberdade (amei demais esse filme) e pelas vitórias de Portman e de Cisne Negro. Só não entendi a indicação do Plummer. Toda Forma de Amor foi lançado em dvd no ano passado? Se soubesse que podia votar nele, seria um voto certo! Espero conseguir ter tempo de colaborar mais no ano que vem.
  24. Também fiquei feliz com essa notícia do Moura! Um grande ator que merece ter destaque internacional. Só pra comentar: tenho certeza de que a Moore está incrível como a Palin porque é uma atriz acima de qualquer média e não me lembro de ter visto uma atuação apenas boa dela. Como não vi ainda, não posso dizer se é tão extraterrestre quanto a Streep no Iron Lady. Mas acabei de ver a Williams no My Week With Marilyn e não acho nem que ela merecia ter sido indicada. É uma boa composição, sensível e sutil sem tornar-se caricata e fugindo de estereótipos. Mas só! Ainda insisto que ela é uma atriz sem força, sem intensidade e que frequentemente não dá a suas personagens tudo que elas realmente necessitam, embora seja talentosa! Espero que evolua muito e ganhe tudo que merecer ganhar!
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