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Forum Cinema em Cena

Gustavo Oliveira

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  1. Review: Joseph Gordon-Levitt, sem dúvidas, tornou-se uma das maiores revelações dos últimos anos. Destacando-se sempre em seus papéis carismáticos e identificáveis (sobretudo no ano passado, ao encarnar o Robin em “Batman – O Cavalheiro das Trevas Ressurge”), o ator vem, aos poucos, ganhando seu merecido reconhecimento. Diante dessa crescente inegável, o “astro” (se é que já podemos assim o chamar) não perdeu tempo e tratou logo de começar o processo de produção deste seu longa totalmente autoral, cujo roteiro e direção trazem seu nome na linha de assinatura. E o resultado é uma das mais gratas surpresas do ano, conseguindo, por incrível que pareça, a proeza de atingir o nível de filme “completo” e, ao mesmo tempo, “simples”. Completo por abordar vários temas acerca de uma narrativa que une paródia, crítica, romance e até certo drama; e simples por estabelecer do início ao fim um excelente ritmo através do desenvolvimento de um único personagem central, que, com total facilidade, segura o fio condutor da história de modo sempre envolvente e interessante. Jon (Joseph Gordon-Levitt) mora sozinho e tem orgulho da vida que leva, sem se prender a alguém. Por mais que goste bastante de sexo, ele segue a filosofia de que nenhuma relação sexual é tão boa quanto pornografia, já que lá ele encontra exatamente o que quer. Entretanto, sua vida muda após conhecer numa boate aquela que seria a mulher “nota 10”: Barbara (Scarlett Johansson). Ele tenta levá-la para casa, mas ela faz jogo duro e nada acontece. É quando Jon percebe que terá que mudar sua tática habitual, aceitando namorá-la e se submeter aos seus caprichos, caso queira ter algo com ela. O longa abre com um divertido prólogo narrado em off pelo protagonista no qual este faz questão de se apresentar e, com poucas palavras, resumir toda sua vida. Jon – conforme ele próprio diz – é um cara que se importa com poucas coisas, ainda que valiosas e fundamentais ao seu dia a dia; irônica e naturalmente, tais coisas são: seu apartamento, sua família, sua igreja, seu carro, seus queridos amigos, suas noitadas, suas relações sexuais e – principalmente – seus vídeos pornô, sagrados e insubstituíveis em sua vida. De acordo com a normalidade, Jon, profundamente viciado em pornografia, teria tudo para ser socialmente um “loser” (perdedor); mas, surpreendentemente, o jovem rapaz desfruta de tudo o que qualquer homem, em algum momento da vida, sonhou, conseguindo, sem a menor dificuldade, conquistar as mais exuberantes mulheres das baladas as quais frenquenta, de modo a fazer jus a seu apelido de “Don Jon” (que, inclusive, dá nome à versão original da obra). E este é, certamente, o grande acerto do roteiro: mostrar como problemas e vícios aparentemente comuns à natureza masculina podem conturbar a vida de qualquer homem, por mais “galã” que ele seja. Assim, não há como segurar as risadas quando observamos o carismático protagonista se masturbar várias vezes consecutivamente mesmo após ter acabo de apreciar uma bela transa com uma beldade. “Na vida real nada é como na pornografia”, lamenta Jon, constantemente abatido e frustrado por não poder realizar suas fantasias, ao mesmo tempo em que frases como essa (proferidas diversas vezes durante os 90 minutos de duração) expõe um dos grandes objetivos de todo o enredo: parodiar e, claro, criticar – sempre com muito bom humor – a obstinação do homem moderno em tratar seres humanos como meros objetos, muitas vezes lidando com sentimentos como se esses fossem pura “frescura”. Com isso, “Como Não Perder Essa Mulher” se torna, rapidamente, um agradável estudo de personagem, à medida que Joseph Gordon-Levitt demonstra realmente ter talento como roteirista, desenvolvendo um texto enxuto, inteligente, divertido e, em certos aspectos, inusitadamente tocante. Como diretor, porém, o astro decerto ainda tem um longo caminho pela frente para aperfeiçoar suas claras habilidades, já que seu primeiro trabalho na direção apresenta evidentes problemas de inexperiência, como movimentos de câmera óbvios, montagem instável, posicionamentos superficiais, abordagens repetitivas etc.; (mas – que fique bem claro! – nada que comprometa a experiência cinematográfica). Em relação à parte cênica, Gordon-Levitt garante o êxito total do protagonista com uma atuação segura, simpática e até mesmo caricata. Scarlett Johansson, por sua vez, nos entrega a melhor performance de sua carreira, vivendo poderosamente uma admirável mulher “nota 10”, jamais deixando a malicia de lado. Por fim, Julianne Moore (cada vez melhor com a idade, é importante ressaltar) possui uma excelente participação, fazendo uma personagem interessantíssima (ainda que desenvolvida de maneira um tanto quanto desajeitada). E antes que me esqueça, as participações de Channing Tatum, Anne Hathaway e Tony Danza estão entre as mais inusitadas do ano. O desfecho, embora escorregue um pouco nos quesitos ritmo e envolvência (perfeitos até então), conclui de modo absolutamente coerente, delicado e divertido esta bela e curiosa história. Só tenhas cuidado para não achar que o longa seja apenas mais uma dessas típicas e banais comédias românticas (o subgênero mais batido de todos os tempos!); afinal, em essência, o filme do nosso caro Gordon-Levitt é muito mais do que isso – e como é bom dizer estas palavras. Confira! Nota: 8 de 10. (****). 14 de Dezembro de 2013.
  2. Este filme estreou em: 06 de Dezembro de 2013. Sinopse: Jon (Joseph Gordon-Levitt) mora sozinho e tem orgulho da vida que leva, sem se prender a alguém. Por mais que goste bastante de sexo, ele segue a filosofia de que nenhuma relação sexual é tão boa quanto pornografia, já que lá ele encontra exatamente o que quer. Entretanto, sua vida muda após conhecer numa boate aquela que seria a mulher nota 10: Barbara (Scarlett Johansson). Ele tenta levá-la para casa, mas ela faz jogo duro e nada acontece. É quando Jon percebe que terá mudar sua tática habitual, aceitando namorá-la e se submeter aos seus caprichos, caso queira ter algo com ela. FICHA TÉCNICA Gênero: Comédia Direção: Joseph Gordon-Levitt Roteiro: Joseph Gordon-Levitt Elenco: Amanda Perez, Anne Hathaway, Brie Larson, Channing Tatum, Cuba Gooding Jr., Glenne Headly, Italia Ricci, Jeremy Luke, Joseph Gordon-Levitt, Julianne Moore, Lindsey Broad, Loanne Bishop, Rob Brown, Sarah Dumont, Scarlett Johansson, Sloane Avery, Tony Danza Produção: Ram Bergman, Joseph Gordon-Levitt Fotografia: Thomas Kloss Montador: Lauren Zuckerman Trilha Sonora: Nathan Johnson Duração: 90 min. Ano: 2012 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 06/12/2013 (Brasil) Distribuidora: Imagem Filmes Estúdio: HitRecord Films / Ram Bergman Productions / Voltage Pictures Classificação: 16 anos Comente aqui sobre o filme!
  3. Comentário: Antes mesmo da estreia, “Capitão Phillips” já possuía muitos elementos para agradar. Afinal, trata-se de um longa que aborda um fato real significativo e – o mais importante – interessante por sua complexidade. Além disso, o responsável pela obra é Paul Greengrass, que já se mostrou ser especialista quando o assunto é adaptação de acontecimentos verídicos – não esquecendo, claro, da presença de Tom Hanks, um dos melhores atores da atualidade, como protagonista da trama. Com isso, era difícil duvidar da promissora qualidade do filme, que, mesmo em tempos de blockbusters pop, ainda consegue ser acessível ao grande publico. Felizmente, após assistir a este poderoso drama, posso dizer que não há decepção alguma; pelo contrário, “Capitão Phillips” vai além das expectativas, além do convencional, se consolidando, à sua maneira, como uma das melhores produções do ano. Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. Uma estratégia inicial faz com que os agressores recuem, apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips utilize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles conseguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quando pensa ter conseguido negociar com os piratas, o comandante é levado como refém em um pequeno bote. Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde. A narrativa inicia-se da melhor maneira possível, envolvendo o espectador, chamando sua atenção, fazendo com que ele se simpatize e, posteriormente, se importe com o personagem central do enredo. E eis um dos pontos altos do filme: o protagonista. Durante todos os 134 minutos de duração, Tom Hanks segura o longa com uma das melhores – se não a melhor – atuações de sua brilhante carreira, transmitindo emoções de modo impecavelmente realista e visceral, encarnando o personagem, exalando humanidade, dor, sofrimento e sentimentos em sua construção cênica totalmente multidimensional. E não é só ele; o ator somali Barkhad Abdi também se destaca incrivelmente, compondo múltiplas facetas que alternam entre o impiedoso, o frio, o impulsivo, o ingênuo, o opressor e – sobretudo – o oprimido. Assim, Muse, o antagonista principal, simboliza, por si só, a opressão inegável que recai sobre grande parte do continente africano, onde se localizam muitos dos países que, em pleno século XXI, ainda convivem com problemas que contrariam os direitos humanos dos quais todo e qualquer cidadão deveria, por direito, usufruir. Com isso, é natural que “Capitão Phillips” se torne um filme politicamente crítico, complexo e sagaz, fazendo com que de fato indaguemos quem são os verdadeiros “vilões da trama”, de forma que, no final das contas, cheguemos à conclusão de que Muse e seu bando de piratas são, na verdade, vitimas de um sistema socioeconômico desigual e, muitas vezes, cruel, assolando indivíduos que anseiam por dignidade. Do outro lado, se encontram o capitão Richard Phillips e sua abastada tripulação, com todo o gigantesco aparato da marinha norte-americana. Desta forma, se estabelece um interessantíssimo jogo de opressão, no qual não sabemos realmente quem é o verdadeiro inimigo. Além de poderoso na parte dramática, o longa também se sobressai tecnicamente. Greengrass coordena uma excelente equipe, precisa e eficaz em todos os aspectos, com destaque para o design de som e edição. Igualmente, merece méritos o montador Christopher Rouse, que realiza um trabalho absolutamente perfeito, sendo, por isso, responsável por praticamente toda a carga de tensão da narrativa, do início ao fim. No terceiro ato, é impossível não se emocionar com o desfecho impactante da trama. Em seguida, é compensador deixarmos a sala de cinema com a certeza de ter acabado de assistir uma obra cinematograficamente hábil, artisticamente complexa, narrativamente brilhante e politicamente relevante. Impossível não embarcar. OBS*: Candidato forte às principais categorias nas premiações. Nota: 10 de 10. (*****). 29 de Novembro de 2013.
  4. Este filme estreou em: 08 de Novembro de 2013. Sinopse: Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo no início do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado com frequência nos mares por onde devem passar. A situação não demora a se concretizar, quando dois barcos chegam perto do cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o dinheiro a bordo. Uma estratégia inicial faz com que os agressores recuem, apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips utilize todos os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles conseguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quando pensa ter conseguido negociar com os piratas, o comandante é levado como refém em um pequeno bote. Começa uma longa e tensa negociação entre os sequestradores e os serviços especiais americanos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde. FICHA TÉCNICA Gênero: Drama Direção: Paul Greengrass Roteiro: Billy Ray Elenco: Amr El-Bayoumi, Angus Maclnnes, Anthony Rios, Bob Dio, Catherine Keener, Chris Mulkey, Corey Johnson, David Warshofsky, David Webber, George J. Vezina, Gigi Raines, IanRalph, John Magaro, Kapil Parikh, Kristin Waluk, Len Anderson IV, Louis Mahoney, Marc Anwar, Mark Holden, Max Martini, Michael Chernus, Peter Landi, San Shella, Suzanne Prunty, Terence Anderson, Thomas Grube, Tom Hanks, Tom Mariano, Vincenzo Nicoli, Will Bowden, Yul Vazquez Produção: Dana Brunetti, Michael De Luca, Scott Rudin Fotografia: Barry Ackroyd Montador: Christopher Rouse Trilha Sonora: John Powell Duração: 134 min. Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 08/11/2013 (Brasil) Distribuidora: Sony Pictures Estúdio: Michael De Luca Productions / Scott Rudin Productions Classificação: 14 anos Comente, aqui, sobre o filme.
  5. Comentário: Em 2009, “Tá Chovendo Hambúrguer” resultou em uma grata surpresa do gênero em tempos de caça-níqueis medíocres e banais. De fato, não foi difícil se tornar fã do filme, que convence, empolga e diverte com um roteiro deliciosamente criativo responsável por estabelecer um ótimo ritmo que, de tão envolvente, dá até água na boca. E como toda animação de sucesso gera uma continuação, era no mínimo óbvio que a Sony Pictures Animation não deixaria escapar essa oportunidade. Afinal, com o público já cativado, é relativamente fácil lucrar através de um produto que se embasa na obra que lhe dera origem (o que, de imediato, explica o bom sucesso deste segundo capítulo na semana de estreia nos EUA, abrindo com mais de 30 milhões, uma quantia considerável para o mês de Outubro, ainda mais tendo em vista que se trata de uma produção voltada ao público infantil). Infelizmente, tudo aquilo que temíamos se concretiza agora, com o longa entrando em cartaz em centenas de salas do país (grande parte em 3D), prometendo atrair muitos baixinhos acompanhados de seus pais que buscam por passatempo de final de semana. Embora possua os elementos necessários para divertir e proporcionar um entretenimento digno, “Tá Chovendo Hambúrguer 2” emula elementos do primeiro filme, praticamente deixa de lado a parte criativa e – o pior – se dedica no desenrolar de uma trama que dificilmente despertará interesse no espectador que já tivera a oportunidade de assistir a dois ou três longas do gênero. Após a desastrosa tempestade de comida no primeiro filme, o excêntrico inventor Flint Lockwood e seus amigos são obrigados a deixar Boca da Maré. Ele voltam à ilha natal e descobrem que a máquina que transforma água em comida continua ativa e transformou tudo numa grande fauna dos mais estranhos alimentos vivos, habitando um fantástico ecossistema. Sem saída, aceita o convite de seu ídolo, Chester V, e junta-se à The Live Corp Company, que reúne os melhores inventores do planeta. Flint precisa, então, decidir se destrói o mundo que se desenvolveu a partir de sua invenção - como deseja seu suspeito chefe - ou se lhe dá uma chance. O primeiro ato da animação é nitidamente problemático. Além da didática expositiva e desnecessária relacionando os eventos do original com esta continuação, o mediano roteiro de John Francis Daley e Jonathan Goldstein – embora se esforce – não consegue conduzir o espectador para dentro daquele universo novamente. Assim, a introdução se torna arrastada e desajeitada, conferindo grande destaque a um vilão realmente pavoroso, daqueles que atrapalham todas as cenas das quais participam. Na verdade, “Tá Chovendo Hambúrguer 2” sofre com quase todos seus coadjuvantes, que jamais roubam a cena ou arrancam grandes risos do público. Flint Lockwood, o protagonista, continua simpático, mas não tanto a ponto de carregar a narrativa sozinho, o que logo prejudica a personalidade e caracterização do próprio personagem, que se repete, se esgota. Se bem que, nesta continuação, tudo está menos criativo e inventivo, muitas das piadas não funcionam, o ritmo parece não embalar como deveria. [...] Ainda assim, não há como não apreciar o mágico mundo dos “animais comidas” – com nomes bem hilários, por sinal – que passam a habitar a ilha que outrora abrigara uma cidade. Aqui, ainda que não haja os lampejos de criatividade do primeiro filme, se torna mais divertido e interessante observar o que se passa ao redor do que se dedicar a seguir o que ocorre propriamente com os personagens inseridos em uma trama tão mal bolada e mal desenvolvida. Méritos, claro, para o excelente desing de produção, mantendo um nível altíssimo de qualidade. No caso, “Tá Chovendo Hambúrguer 2” encanta pelas cores, pelas intensas tonalidades, pela riqueza de detalhes de tudo o que se passa na tela (mesmo que não seja uma animação que preze pelo realismo das formas e dos movimentos). Sem dúvidas, o filme possui todos os elementos necessários para manter os olhos dos baixinhos grudados na tela do início ao fim, sempre os envolvendo em um universo fantástico que realmente atiça a imaginação de muitos – no que o 3D contribui muito ao gerar uma profunda imersão, explorando cuidadosamente o riquíssimo campo de tela. Enfim, apesar de não empolgar com uma trama desinteressante e desengonçada, a animação – em muitos aspectos – diverte e convence seu público (desconsiderando o terceiro ato que abusa da previsibilidade). Mas, no final das contas, não há como esconder que “Tá Chovendo Hambúrguer 2” pega carona no sucesso de seu antecessor para que, desta forma, possa repetir o feito, ainda que ofereça um material, em si, muito inferior ao do longa original – ainda a melhor opção para quem deseja se deliciar em um mundo dinâmico e alegre feito de muita comida e sobras, que, talvez, podem render mais uma pedida em breve, desde que o cardápio seja inovado. Nota: 5 de 10. (**). 06 de Outubro de 2013.
  6. Este filme estreou em: 04 de Outubro de 2013. Sinopse: Após a desastrosa tempestade de comida no primeiro filme, o excêntrico inventor Flint Lockwood e seus amigos são obrigados a deixar Boca da Maré. Ele voltam à ilha natal e descobrem que a máquina que transforma água em comida continua ativa e transformou tudo numa grande fauna dos mais estranhos alimentos vivos. Sem saída, aceita o convite de seu ídolo, Chester V, e junta-se à The Live Corp Company, que reúne os melhores inventores do planeta. Flint precisa, então, decidir se destrói o mundo que se desenvolveu a partir de sua invenção - como deseja seu suspeito chefe - ou se lhe dá uma chance. FICHA TÉCNICA Gênero: Animação Direção: Cody Cameron, Kris Pearn Roteiro: John Francis Daley, Jonathan Goldstein Elenco: Andy Samberg, Anna Faris, Benjamin Bratt, Bill Hader, James Caan, Kristen Schaal, Neil Patrick Harris, Terry Crews, Will Forte Produção: Kirk Bodyfelt Montador: Stan Webb Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh Duração: 95 min. Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 04/10/2013 (Brasil) Distribuidora: Sony Pictures Estúdio: Columbia Pictures / Sony Pictures Animation / Sony Pictures Imageworks (SPI) Classificação: Livre Informação complementar: Baseado nos personagens do livro Cloudy with a Chance of Meatballs escrito por Judi Barrett e ilustrado por Ron Barrett Comente aqui sobre o filme!
  7. Comentário: Não há dúvidas de que Rick Riordan se inspirou, de alguma forma, em elementos da memorável e eterna saga Harry Potter para compor e desenvolver seu conjunto de obras literárias com pano de fundo mitológico. Seja na dinâmica entre os personagens, seja em relação ao contexto de magia e fantasia, são muitas as semelhanças entre os filmes – não há como negar. Assim, “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” (2010) foi lançado como grande aposta para suprir um mercado que, no ano seguinte, ficaria carente com o fim da saga “HP”, deixando saudade em milhões de fãs que não poderiam retornar ao cinema outra vez para conferir uma nova aventura do bruxinho e sua turma. Pegando essa onda, “Percy Jackson” poderia se transformar facilmente em uma nova saga de sucesso, se ao menos o primeiro filme convencesse – o que, nem de longe, foi o caso. Odiado por muitos fãs, execrado pela crítica e não tão bem recebido pelo público em geral, “O Ladrão de Raios” simplesmente tirou todas as chances da (promissora) saga ter algum reconhecimento com o passar do tempo. Bobinho, ingênuo, fraco e com a profundidade de uma rasa folha de papel, o filme não só faz uma abordagem banal da clássica mitologia grega, como também traz protagonistas que, além de estereotipados, não apresentam nenhum grande carisma e tampouco criam identidade com o público. No entanto, a mediana arrecadação do longa fez com que os produtores, acreditando e apostando no respeitável sucesso dos livros (dos quais, diga-se de passagem, li somente dois títulos), investissem em uma continuação, que é, certamente, um dos segundos capítulos menos aguardados da história recente do cinema – o que explica o fracasso imediato nos EUA. O fato é que “O Mar de Monstros”, por incrível que pareça, repete os mesmos erros de seu antecessor, e, com base em um roteiro que parece ter sido escrito por uma criança, desenvolve uma narrativa ainda mais bobinha e ingênua, desenvolvendo personagens feito marionetes que, novamente, ficam longe de alcançar algum carisma ou profundidade. O aniversário de 17 anos de Percy Jackson (Logan Lerman) foi surpreendentemente calmo, sem ataques de monstros ou algo do tipo. Entretanto, uma inocente partida faz com que Percy e seus amigos se vejam desafiados a um jogo de vida ou morte contra um grupo de gigantes canibais. A chegada de Annabeth (Alexandra Daddario) traz ainda outra má notícia: a proteção mágica do Acampamento Meio-Sangue foi enveneada por uma arma misteriosa e, ao menos que seja curada, todos os semideuses serão mortos. Não demora muito para que Percy e seus amigos tenham que enfrentar o mar de monstros para salvar o local. Temos, aqui, uma nova trama retirada e adaptada com certa liberdade da obra de Rick Riordan. Trazendo Percy, Grover (Brandon T. Jackson) e Annabeth (Alexandra Daddario, compondo uma personagem que tenta emular irritantemente Hermione, de HP) exatamente com a mesma dinâmica que no filme anterior, “O Mar de Monstros” logo de cara escancara sua proposta de filme adolescente que, além disso, nada aspira. Entretanto, desta vez os verdadeiros Deuses gregos perdem o foco (na verdade, são somente citados vagamente) cedendo espaço ao irmão de Percy, um ciclope absurdamente desinteressante e que em momento algum justifica o destaque que ganha do roteiro. Para piorar, chega a ser espantoso o fato de o longa repetir a mesma estratégia que não funcionara no primeiro filme, desenvolvendo, com isso, uma narrativa infantil, sem nenhuma profundidade e que jamais empolga realmente. Acentuando ainda mais os problemas, o design de produção não justifica o investimento de uma superprodução hollywoodiana. Os efeitos visuais tentam impressionar pelas grandes proporções, mas pecam justamente na composição das criaturas mágicas e dos cenários em CGI, que soam visivelmente superficiais e sem nenhum tipo de acabamento detalhista. A direção de arte, por sua vez, não se destaca como deveria em um filme com temática fantástica e mitológica, elaborando cenários que se apoiam desesperadamente nos fracos efeitos. Assim, tendo em vista um conjunto negativo de fatores, a narrativa se desenvolve banalmente, sempre apelando a piadinhas sem inspiração e sequências de ação que nada oferecem. A propósito, chega a impressionar o número de clichês presentes no péssimo roteiro (escrito por Larry Karaszewski, Marc Guggenheim e Scott Alexander), que, como se duvidasse da inteligência do espectador, molda uma estrutura ABSURDAMENTE convencional, escancarando suas reviravoltas muito antes de acontecer, reutilizando vilões ridículos e exagerados, e, por fim, acabando com as chances de a franquia se consolidar ou ao menos convencer. Enfim, cometendo em dose dupla os mesmos erros do primeiro filme, difamando um belo universo mitológico, pecando nos aspectos técnicos e desenvolvendo personagens banais acerca de uma trama infantil moldada por um roteiro medonho, “Percy Jackson e o Mar de Monstros” é mais uma daquelas sequências que não servem para nada, nem mesmo como entretenimento barato de final de semana. Ao final da projeção, resta o alento de que, considerando o sucesso e a repercussão, esta é a segunda e última parte de uma franquia que deve ser esquecida, ou no máximo lembrada daqui a bons anos na sessão da tarde. Nota: 2 em 10. (*). 18 de Agosto de 2013.
  8. Este filme estreou em: 16 de Agosto de 2013. Sinopse: Para salvar nosso mundo, Percy (Logan Lerman) e seus amigos deverão encontrar o poderoso e mágico Velocino de Ouro. Para isso, eles embarcam em uma perigosa odisséia nas águas nunca navegadas do Mar dos Monstros (conhecido pelos humanos como Triângulo das Bermudas). FICHA TÉCNICA Gênero: Aventura Direção: Thor Freudenthal Roteiro: Larry Karaszewski, Marc Guggenheim, Scott Alexander Elenco: Alexandra Daddario, Anthony Head, Brandon T. Jackson, Daniel Cudmore, Derek Mears, Douglas Smith, Grey Damon, Jake Abel, Leven Rambin, Logan Lerman, Missi Pyle, Nathan Fillion, Robert Maillet, Sean Bean, Stanley Tucci Produção: Chris Columbus, Karen Rosenfelt, Michael Barnathan Fotografia: Shelly Johnson Montador: Mark Goldblatt Trilha Sonora: Andrew Lockington Duração: 108 min. Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 16/08/2013 (Brasil) Distribuidora: Fox Film Estúdio: Fox 2000 Pictures / Second Line Stages / TCF Vancouver Productions / Trireme Productions Classificação: Livre Informação complementar: Baseado na obra de Rick Riordan Comente sobre o filme!
  9. Este filme estreou em: 16 de Agosto de 2013. Sinopse: Para salvar nosso mundo, Percy (Logan Lerman) e seus amigos deverão encontrar o poderoso e mágico Velocino de Ouro. Para isso, eles embarcam em uma perigosa odisséia nas águas nunca navegadas do Mar dos Monstros (conhecido pelos humanos como Triângulo das Bermudas). FICHA TÉCNICA Gênero: Aventura Direção: Thor Freudenthal Roteiro: Larry Karaszewski, Marc Guggenheim, Scott Alexander Elenco: Alexandra Daddario, Anthony Head, Brandon T. Jackson, Daniel Cudmore, Derek Mears, Douglas Smith, Grey Damon, Jake Abel, Leven Rambin, Logan Lerman, Missi Pyle, Nathan Fillion, Robert Maillet, Sean Bean, Stanley Tucci Produção: Chris Columbus, Karen Rosenfelt, Michael Barnathan Fotografia: Shelly Johnson Montador: Mark Goldblatt Trilha Sonora: Andrew Lockington Duração: 108 min. Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 16/08/2013 (Brasil) Distribuidora: Fox Film Estúdio: Fox 2000 Pictures / Second Line Stages / TCF Vancouver Productions / Trireme Productions Classificação: Livre Informação complementar: Baseado na obra de Rick Riordan TRAILER: http://www.youtube.com/watch?v=K5duhJmB2J4 Comente sobre o filme!
  10. COMENTÁRIO: Sem dúvidas, 2013 está sendo mais um ano com grande número de apostas dos estúdios nas superproduções de animação. Tal realidade somente confirma as inegáveis tendências dos produtores para com os famosos blockbusters: se esforçar em entregar um filme esteticamente atraente, família, repleto dos mais incríveis efeitos visuais e, de preferência, leve, a fim de que não encontre restrições de censura. Dito isso, é mais do que clara a vantagem das animações em quase todos os quesitos, atraindo fortemente os baixinhos e, naturalmente, seus pais ao oferecer um produto de puro entretenimento para o final de semana. É claro que, vez ou outra, algumas animações conseguem fugir à regra, tornando-se verdadeiras obras primas (como, por exemplo, o fascinante “Toy Story 3”). Mas, no geral, o que vemos quase que semanalmente nos cinemas são produções do gênero comercialmente grandiosas, porém, por vezes, simples e banais. Na primeira para deste ano, em especial, fomos surpreendidos, por assim dizer, com os ótimos “Detona Ralph” e “Os Croods”, filmes para qualquer público, e nem tão surpreendidos assim com o fraco “Reino Escondido”. Já no tradicional verão norte-americano tivemos a oportunidade de nos divertir com “Universidade Monstros”, prelúdio do mega sucesso “Monstros S.A”, além de acompanhar a incrível bilheteria de “Meu Malvado Favorito 2” (bem simples, aliás), que, por exemplo, desbancou “Pacific Rim”, nos EUA, e ofuscou “O Homem de Aço”, no Brasil. Já “Turbo”, a mais nova aposta da Dream Works Animation, também não ficaria de fora da disputa, tanto é que teve sua estreia em umas das semanas mais concorridas do verão. No entanto, o fato é que, de acordo com as primeiras impressões, é difícil imaginar a animação desbancando seus concorrentes por dois claros motivos: em primeiro lugar, por apresentar uma temática automobilística, o filme já tem seu público-alvo naturalmente prejudicado, de modo a espantar os não apreciadores do tema e grande parte das garotas do cinema; em segundo, ao fundamentar-se em clichês e em um mediano roteiro, proporciona uma obra sem grandes momentos, que mal engata e já começa a derrapar. Turbo/Theo é um caracol que sonha em ser o mais rápido do mundo, assim como seu herói e ídolo, Guy Gagne, cinco vezes campeão das 500 Milhas de Indianápolis. Sua obsessão pela velocidade é motivo de vergonha para seu irmão Chet. Até que um acidente acontece na vida de Turbo, que pode, enfim, realizar seu desejo incomum. “Turbo” é, infelizmente, mais uma daquelas animações que tem seu ponto forte em seu visual, em detrimento do conteúdo em si. No caso, o trabalho de digitalização é, conforme esperado, impecável em todos os sentidos, conseguindo, inclusive, se destacar muito no uso da tecnologia 3D, sempre oferecendo diversos planos belos com abundância de cores, exaltando, assim, a energia que o filme, ao explorar sua temática, tenta a todo o momento transmitir (méritos para o diretor David Soren, que coordena muito bem um grande desing de produção). Além disso, não há como negar que a proposta da animação seja bem arriscada e ousada, pois, como já mencionado, o público-alvo certamente apresenta muitos espectadores que não se interessam nenhum um pouco por automobilismo. Com isso, o longa merece méritos por não tentar fazer condecorações e agrados para todos os públicos, sempre se mantendo fiel à sua proposta. Contudo, mesmo que a animação desenvolva uma narrativa ágil, envolvente e por vezes divertida, não há aqui nenhum grande momento e tampouco um personagem que possa ser lembrado por mais de uma semana; até o protagonista, embora inegavelmente simpático, não tem a força necessária para cativar o público ou atingir alguma popularidade (o que dizer dos coadjuvantes então...). Assim, ainda que tenha uma boa introdução, “Turbo” rapidamente perde a velocidade, apostando desmedidamente em clichês e não convencendo com diálogos fracos e realmente sem nenhum lapso de inspiração. Além do mais, a fantasia do filme, inusitadamente, se torna ridícula, mesmo para uma obra direcionada às crianças – ou seja, tudo o que convencionalmente funciona na maioria das produções do gênero não dá certo neste caso, nem mesmo as articulações de um universo tão somente infantil. Enfim, a narrativa com um bom ritmo, o belo visual e a válida – mais repetitiva – moral podem até convencer, mas o fato é que, seja lá o que pensaram, a aventura de um caracol que corre nas 500 milhas de Indianápolis não pega nem com turbo nem com mágica, consolidando-se somente como mais uma animação. Simples assim... Nota: 5/10 20 de Julho de 2013.
  11. Este filme estreou em: 19 de Julho de 2013 Sinopse: Turbo é um caracol que sonha em ser o mais rápido do mundo, assim como seu herói, Guy Gagne, cinco vezes campeão das 500 Milhas de Indianápolis. Sua obsessão pela velocidade é motivo de vergonha para seu irmão Chet. Até que um acidente acontece na vida de Turbo, que pode, enfim, realizar seu desejo. FICHA TÉCNICA Gênero: Animação Direção: David Soren Roteiro: Darren Lemke, David Soren, Robert D. Siegel Elenco: Ben Schwartz, Bill Hader, Ken Jeong, Kurtwood Smith, Luis Guzmán, Maya Rudolph, Michael Peña, Michelle Rodriguez, Paul Giamatti, Richard Jenkins, Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Snoop Dogg, Spencer Pratt Produção: Lisa Stewart Fotografia: Chris Stover Trilha Sonora: Henry Jackman Duração: 96 min. Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 19/07/2013 (Brasil) Distribuidora: Fox Film Estúdio: DreamWorks Animation Classificação: Livre Comente aqui sobre a animação!
  12. Comentário: “Existem duas possibilidades: ou estamos sozinhos no universo, ou não estamos; ambas são igualmente apavorantes”. Tal frase, em forma de letreiro, abre a narrativa de “Os Escolhidos”, de modo a anunciar mais um possível filme que tenta formular questões acerca dos maiores mistérios da humanidade. Em vez de grandes pretensões, batalhas interplanetárias e monumentais invasões, acompanhamos, no caso, um longa extremamente convencional, simples e direto. Felizmente, a ágil direção e o convincente roteiro de Scott Stewart prendem de maneira absurdamente fácil a atenção do espectador em praticamente todos os momentos, fazendo com que a produção cumpra sua proposta sem grandes dificuldades. Em síntese, depois de sofrer eventos perturbadores, a pacífica família Barret (composta por um casal e seus dois filhos garotos novos) percebe que uma força terrível e mortal a está perseguindo. A princípio, o ceticismo prevalece na visão da família em relação aos fatos inexplicáveis, até que acontecimentos sinistros apontam seres alienígenas como os responsáveis pela aterrorizarão dela, que, para piorar, passa por grandes crises econômicas ao mesmo tempo. Contudo, a situação muda radicalmente de quadro quando todos os indícios passam a sugerir uma grande intenção por parte dos “invasores” em abduzir membros da família, fazendo com que esta procure desesperadamente por ajuda. Como já disse, “Os Escolhidos” é um filme convencional em todos os sentidos. Desde uma superficial construção de personagens à típica ordem cronológica dos fatos (reparem como tudo acontece da forma que esperamos!), o suspense, de fato, carece de originalidade. Isso não quer dizer, porém, que o trabalho de Scott Stewart não valha de nada, ainda mais tendo em vista que é justamente sua dedicada atenção nos processos de produção do longa que o tornam plenamente convincente. E embora o desenvolvimento narrativo do filme seja tipicamente previsível e formulaico, não há como negar que “Os Escolhidos” envolva e desperte curiosidade. Afinal, apesar dos clichês, o “diferencial” da obra (se é que podemos assim dizer) consiste justamente em sua proposta direta, uma vez que, na atualidade, temáticas como essa são, na maioria das vezes, inseridas em enredos absurdamente mirabolantes e por vezes inconsistentes. E isso, naturalmente, não ocorre aqui, posto que o objetivo do longa é desenvolver uma simples trama acerca de uma interessante premissa (aliás, premissas com temática alienígena quase sempre são interessantes). Então, analisando por essa perspectiva, Scott Stewart merece muitos créditos por conduzir uma boa narrativa, desenrolada com muita câmera na mão, jogos de luz e sombra e, principalmente, muito suspense – anda que não leve a nada de fato assustador. Por outro lado, o roteiro de Stewart insiste erroneamente em seguir descartáveis subtramas no decorrer do enredo, principalmente conflitos adolescentes envolvendo o filho mais velho do casal. Desta forma, a quebra no bom ritmo torna-se inevitável, ao passo em que as sofríveis e superficiais atuações impossibilitam que os personagens do filme alcancem em algum momento algum êxito dramático, e quem dirá emocional. O clímax, como de costume, peca pelos excessos, mas, mesmo assim, não apresenta nada de comprometedor. Ao final das contas, “Os Escolhidos” pode ser classificado como um filme que, embora nem sequer sonhe em abordar questões mais profundas ou desenvolver uma narrativa mais complexa, convence naquilo que se propõe a fazer, tornando-se, à sua maneira, mais um mero filme sobre alienígenas bem recomendável, porém totalmente descartável. Nota: 6/10. (***). 26 de Junho de 2013.
  13. Este filme estreia em: 05 de Julho de 2013. Sinopse: Depois de sofrer eventos perturbadores, a pacífica família Barret percebe que uma força terrível e mortal a está perseguindo. FICHA TÉCNICA Gênero: Terror/Suspense Direção: Scott Charles Stewart Roteiro: Scott Stewart Elenco: Alyvia Alyn Lind, Annie Thurman, Dakota Goyo, J.K. Simmons, Jake Brennan, Josh Hamilton, Josh Stamberg, Kadan Rockett, Keri Russell, L.J. Benet, Marion Kerr, Myndy Crist, Rich Hutchman, Ron Ostrow, Tom Costello Produção: Jason Blum Fotografia: David Boyd Montador: Peter Gvozdas Trilha Sonora: Joseph Bishara Ano: 2013 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 05/07/2013 (Brasil) Distribuidora: Imagem Filmes Estúdio: Alliance Films / Blumhouse Productions TRAILER: http://www.youtube.com/watch?v=vcuBG1hy8wc Comente!
  14. Acabei de voltar do cinema e achei "Depois da Terra" um filme definitvamente chato. Aqui vai minha opinião: Comentário: Após afundar nas bilheterias nos EUA, somente uma grande campanha de marketing poderia salvar este “Depois da Terra” de um fracasso internacional. E isso explica o bombardeio de anúncios por todas as mídias, a fim de que tal medida ao menos surta efeito nas bilheterias mundiais – o que garantiria que o filme se pagasse. Contudo, mesmo que o longa venha a atrair certo público, nenhuma campanha é, naturalmente, capaz de tornar uma fraca produção em um bom filme. Aliás, a julgar por este primeiro semestre e principalmente pelo recente “Oblivion”, 2013 me parece um ano em que, até agora, boas ideias de ficção científica estão sendo simplesmente desperdiçadas por roteiristas que nem sequer conseguem desenvolver satisfatoriamente uma interessante premissa. Neste caso, o resultado rende um filme literalmente chato, nada empolgante e de certa forma entediante. Ao contrário do que ocorre no já citado “Oblivion” (cujas pretensões superficialmente filosóficas o impedem de convencer), “Depois da Terra” apresenta uma trama bem simples, ainda que relevante. Dirigida pelo instável M. Night Shyamalan, a ficção científica logo escancara seus problemas estruturais com um prólogo definitivamente mal montado e extremamente desorganizado, onde uma patética e absurdamente expositiva narração em off do personagem vivido por Jaden Smith faz questão de quebrar qualquer tensão que o filme poderia em algum momento alcançar. Além disso, a interessante premissa envolvendo um planeta Terra totalmente hostil e inabitável logo se revela frustrante, uma vez que percebemos qual será a principal linha narrativa do longa: acompanhar pai e filho, com vários problemas de relacionamento, em uma missão que exigirá a união e confraternização de ambos. Para piorar, o fraquíssimo roteiro de Gary Whitta e Stephen Gaghan sofre em muitos momentos em definir o foco dramático e científico da história, que alterna entre uma superficial traminha acerca de problemas ambientais e (como já disse) uma sofrível relação entre pai e filho. O fato é que após o broxante primeiro ato, ficamos de fato entediados ao seguir Jaden Smith por florestas ameaçadoras repleta de animais vorazes e de certa forma irritados ao vê-lo se esforçando para provar que é um ator de verdade, a fim de que paremos de classificá-lo eternamente como “o filho de Will Smith”. No entanto, o jovem ator, por mais que tente, não consegue mostrar seu talento (se é que possui algum), e entrega uma interpretação nitidamente exagerada, inconvincente e muito comprometedora, ao passo em que seu pai (Will Smith) também não convence ao realizar um trabalho bem superficial – ainda que atinja algum êxito dramático em isoladas cenas. Então, tendo uma dinâmica falha entre os protagonistas, um desenvolvimento narrativo assustadoramente ruim e um desenrolar dramático equivocado, “Depois da Terra” se apega em várias sequências de ação que, apesar de repetitivas, conseguem entreter em meio a uma essência tão banal – mesmo que, simultaneamente, somos obrigados a aturar constantes flash backs extremamente descartáveis e exageradamente melodramáticos. Já M. Night Shyamalan – abandonando sua característica atmosfera tensa e com um bom suspense, como nos convincentes “Sinais” e “Fim dos Tempos” – não demonstra estar inspirado e realiza uma direção apática e incoerentemente lenta, que, ao lado da fotografia de Peter Suschitzky, torna o filme inesperadamente cansativo. É importante ressaltar, também, que o altíssimo orçamento de quase 200 milhões de dólares não é capaz de garantir uma boa direção de arte, que deixa a desejar com inconvincentes efeitos visuais e uma assustadora falta de originalidade. E como se muitos erros ainda não bastassem, “Depois da Terra” perde a linha no terceiro ato ao exagerar nos mais batidos clichês de redenção e reconciliação. Com isso, no final das contas, a ficção científica resulta em mais uma obra do gênero fraca, carente de um bom desenvolvimento, foco, criatividade e brilho. 3/10.
  15. Para mim, Esta é a segunda refilmagem de “O Massacre da Serra Elétrica”, clássico de terror de 1974. A primeira foi lançada em 2003 e ganhou uma continuação três anos depois, “O Massacre da Serra Elétrica - O Início” (isso sem contar outros filmes com a mesma temática). O fato é que a franquia já está desgastada, perdeu fôlego e já deixou de surpreender e despertar interesse há um bom tempo. De qualquer forma, ainda há aqueles que (tendo como base a marcante tragédia de 1974, no Texas), arriscam em produzir uma nova versão a fim de lucrar em cima de fãs dispostos a pagar por um ingresso 3D para assistir simplesmente mais do mesmo. No entanto, antes de qualquer coisa, é importante saber o que esperar de um filme como esse; sendo assim, o longa não faz feio nos quesitos diversão e passatempo. Uma garota escapou de um massacre que matou cinco pessoas e é criada sem saber a verdade sobre seu passado. Já adulta, Heather Mills (Alexandra Daddario) é surpreendida ao ser informada que é a beneficiária da herança de uma avó que nem sabia existir. Ao lado dos amigos Nikki (Tania Raymonde), Ryan (Trey Songz) e Kenny (Kerum Milicki-Sanchez), Heather viaja ao Texas para conhecer a mansão que herdou. Entretanto, ela tem duas regras a seguir: não pode vender a mansão e precisa seguir à risca as instruções deixadas pela avó em uma carta. O problema é que, antes mesmo de abrir esta carta, Heather é surpreendida por outro parente que também sobreviveu ao massacre de décadas atrás. Uma coisa é certa: você tem que ignorar 80% das incoerências que tratam o espectador como ser incapaz de pensar, e, só assim, você terá chances de se envolver com uma narrativa despretensiosa e banalmente divertida de um filme que, de fato, escancara os problemas de criatividade que assombra Hollywood há anos – especialmente em relação ao gênero de terror, cada vez mais repetitivo. Afinal, o filme tem lá seus momentos bem feitos, que, embora pequem pelos clichês, resultam um tanto quanto convincentes. O primeiro ato conta com uma introdução bem sinistra que utiliza cenas do original para, em seguida, dar sequência na história a partir de uma premissa nada inspirada, que coloca a personagem Heather Mills no centro de tudo. Falando na protagonista, vale a pena ressaltar a disposição da bela Alexandra Daddario em gravar todas as cenas com a barriguinha de fora, nas quais contracena com os personagens mais estereotipados dos últimos anos. Apesar de o roteiro de Kirsten Elms e Stephen Susco ser inegavelmente fraco, “O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua” tem um bom ritmo que ameniza os demais problemas da produção, principalmente em relação à falha direção de John Luessenhop, que, ao lado da inconvincente fotografia de Anastas N. Michos, exclui praticamente toda a tensão que o filme poderia proporcionar, tornando, com isso, tudo muito previsível e definitivamente clichê. E basta conferirmos a primeira aparição de Leatherface (desta vez, nada amedrontador) para termos certeza que o grande problema do filme seria conseguir assustar o público, já calejado de tanta mesmice. À medida que a narrativa se desenvolve convencionalmente, vamos aturando, ao mesmo tempo, muitas cenas grotescas. E como se não bastasse ter que suportar os tropeços dos personagens correndo do vilão psicopata no meio da floresta, temos que engolir, ainda, um dos momentos mais ridículos que já vi em filmes do tipo: a protagonista Heather Mills, desesperada, corre de Leatherface até alcançar um parque de diversões, onde, mesmo tendo todas as opções possíveis para fugir, opta estupidamente por agarrar-se na roda gigante do local (!), ao passo em que o sujeito da motosserra atira sua arma por todos os lados. Por outro lado, é nó mínimo interessante constatar que o filme se dá conta de seus próprios problemas, não tentando, em momento algum, criar algo complexo acerca de um conteúdo tão raso. Sendo assim, é perfeitamente possível desconsiderar os elementos medíocres da obra e tentar ao menos se envolver com típicas matanças protagonizadas por um dos personagens mais marcantes da história recente dos filmes de terror. A conclusão, porém, pode irritar muitos fãs do original ao conferir certa dose de emoção superficial a Leatherface, com o objetivo de realizar uma sátira à cultura vingativa de muitos habitantes do sul americano. No mais, repito: saiba muito bem o que esperar de um filme com tal proposta antes de assisti-lo, para não se arrepender e jogar dinheiro fora – desta forma, há boas chances de se divertir com um filme banal mas de certa forma funcional, dadas as circunstâncias. OBS*: O 3D não faz a mínima diferença. Grotesco e excessivo. Nota: 4/10
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