primo

Não concordo com o FelDias, mas também não sou da turma que defende argumento na base do "tudo fantasia" e "cinema é entretenimento". Uma coisa é inserir em um filme apenas situações comumente observadas pela maioria, diariamente. Outra coisa é retratar com verossimilhança uma "realidade fantasiosa". Nos flashbacks da primeira temporada de "Lost", vemos os personagens em situações comumente observadas pela maioria do público, seja diretamente protagonizadas por essa maioria ou nos telejornais que assistem. Ou seja, aquelas tais situações "reais". Jack e cia cuidam de doentes, são perseguidos por policiais, ganham na loteria, etc. O seriado mostra ao espectador que os personagens são como ele. Mostram que pessoas de vida comum podem ser surpreendidos, de uma hora para outra, com uma realidade que não admitiam (por não terem sido apresentados ainda a elas) que pudessem existir. Nesse caso, esse elemento é a ilha. Não há como negar a eficiência da proposta de Lost, sem esquecer que o mérito não é do que foi feito, mas da forma como foi feito. Jack foi apresentado a nós em um contexto próximo e mais possível. A realidade de Jack antes do acidente, aqui, é similar ao contexto mais possível de "Batman begins". Superman é a ilha. É o elemento que surge, repentinamente, nessa realidade já apresentada ao público. Essa realidade vem pra amaciar o espectador, para ele abrir a cabeça e se enxergar dentro daquela realidade. O público, então, fica mais disposto, como em "Lost", a admitir que existem coisas que ele e o personagem da trama não compreendem pois essas possibilidades ainda não lhe foram apresentadas e, portanto, eram irreais, impossíveis. Nesse caso, o sucesso do universo apresentado em "Batman begins" é essencial para atrair um público ainda maior para um possível "Liga da Justiça", que uniria o possível ao aparentemente impossível.

ô, Questão... tremi literalmente com Tróia... achei muito bem conduzido e a forma como Aquiles foi abordado foi digna de um Superman na sua frase, trocaria Wolfgang por Ratner.

Christopher Nolan produz / apadrinha Jonah escreve JJ Abrams dirige = D

Eu não vejo problema em uma possível decisão de se inspirar na fase Byrne, bem como não vejo problema em misturar o que há de melhor nessa fase com elementos de outras abordagens sobre o personagem. Geoff está aí pra provar que isso tem potencial, se conduzido corretamente. A versão "Kal-El" (como costumamos dizer aqui) é aquela que o personagem usa com Lana e Martha. Só não vejo necessidade dessa versão ser tão diferente assim do Superman de uniforme, que grita para um soldado da Unidade de Crimes Especiais e o cabra diz "Sim, senhor". A única diferença é que, em casa, o herói não precisa fazer pose. É igual o seu patrão. Ele não é o mesmo em casa e no trabalho. E, "inspirado" na versão Byrne, o repórter Clark Kent pode continuar sendo um pouco apagado, mas sem ser idiota. Ele é competente, sagaz, mas ainda recebe provocações de Steve Lombard na redação, por não ter aquela "atitude" que alguns esperam ser compatível com o potencial.

mesmo concordando de modo geral com você, LEospider, acredito que seios grandes (não bitelos) seriam bem vindos no caso da Mulher Maravilha

É só convidar o Neil Blomkamp (de "Distrito 9"). Além da experiência com ETs, ele tem a de já ter sido apadrinhado por um diretor consagrado...

O filme "Cloverfield" é um bom exemplo de abordagem verossímil com personagem fantástico. A questão, creio, não é mudar o personagem, mas o universo no qual ele está inserido. É o mesmo princípio básico de qualquer filme cuja trama mostra a visita de um ET. Temos personagens humanos em um cenário real (abordagem do Nolan), que se supreendem com um ser que eles não acreditavam poder existir (Superman vem do céu e impede que um tiro mate um policial). É simples. Nolan já fez isso em "O grande truque". A gente é que complica.

e quem nasceu pra interpretar a Halkgirl foi a Biel óia

interessante notar que, dos exemplos citados - de cenas feitas pela empresa contratada -, nenhum apresenta boneco digital ou efeito direto em figura de formato humanóide. Destacam-se nos exemplos também cenas com cara de vinheta gráfica (como nas partes de "Presságio" em que o Cage imagina os números em movimento) ou de mero retoque de efeito sobre cenas prontas. Seria um indício de que "Thor" será bastante "orgânico", não precisando de muito CG?

Quando eu disse que optaria por algo mais "pé no chão", referia-me à consequência direta de uma ação de Brainiac. Nesse caso, acho essa consequência (o planeta girar ao contrário) um pouco viagem. Pode até ser plausível fisicamente, mas me soa estranho. Imagino que soaria ainda mais estranho para o espectador leigo. Mas não tenho uma sugestão alternativa, por enquanto.

não não ou melhor: não necessariamente digo mais "pé no chão" as consequências diretas de qualquer ação dele

não faz isso, Ursa ! Vou até sonhar com isso agora !

algo me diz que o público leigo não vai aceitar bem várias duplas de rostos "gêmeos"... sei não...

Acabei de assistir ao décimo episódio, "Disciple". Bacaninha, mas com muito diálogo batido. À espera do episódio duplo, com a Sociedade da Justiça !!

Agora eu fiquei com muita vontade de ver os extras de "Superman returns", só pra caçar mais asneiras como essa aí que a maquiadora chefe disse. Soa como se as pessoas-chave na produção do filme tivessem caído de paraquedas nesse mundo dos quadrinhos, mas sem humildade suficiente para reconhecer que deveriam pesquisar "um pouco" mais. Pior é saber que isso me lembra algumas frases ditas no fórum do Cinema em Cena na época da produção de "Batman begins". Comentários condenando a busca do diretor pela verossimilhança.

sunder, ao invés de vc escrever uma história sozinho, não topa contribuir com idéias para o nosso roteiro em conjunto, não ?

vai passar no próximo dia 22