Noonan
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Na verdade pra cá virão as versões estendidas mesmo, já que vão separar os dois.
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Big, veja direto pelo Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=J_hYs1jBy8Y
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Todos os Fogos o Fogo, do Julio Cortázar. O primeiro conto, A Autoestrada do Sul, é absurdo de tão bom.
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György Ligeti conta como compositor contemporâneo?
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Internetês é uma merda.
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Dando um up... Sem ordem de preferência: Shine On You Crazy Diamond - Pink Floyd L'Estasi dell'Oro - Ennio Morricone With a Little Help from My Friends - Beatles 9.ª Sinfonia - Ludwig van Beethoven Stairway to Heaven - Led Zeppelin My Way - Frank Sinatra Have You Ever Seen the Rain? - Creedence For Phoebe Still a Baby - Cocteau Twins Are You Lonesome Tonight? - Elvis Presley Let There Be More Light - Pink Floyd
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Lá vou eu me meter onde não devo, hauahuahua… E já vou avisando que vou repetir a palavra “história” um monte de vezes.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Bom, a minha visão é que a forma de contar uma história modifica a própria história. Não existe filme que traga uma história “pura”; o que vemos na tela é a visão do diretor (ou da equipe, que seja) a respeito dela, transmitida a nós através de imagens e sons (diálogos incluídos aí, embora não sejam imprescindíveis). Dessa maneira, considerando que a imagem e o som não só são o meio pelo qual a história chega ao espectador como também são elementos transformadores dela, na minha opinião a narrativa (que é exatamente a palavra que designa “a forma de contar a história”) é sim mais importante que a história em si. O que exatamente eu quero dizer? Imaginemos que Kubrick fosse dirigir Dogville, usando o mesmo roteiro que o Lars von Trier usou e sem ter visto a versão deste, para evitar influências. Creio que todos concordam que teríamos um filme radicalmente diferente, tanto na forma quanto no conteúdo, pois a forma modifica o conteúdo. Será que os dois filmes suportariam interpretações idênticas? Creio que não. Isso não significa que eu sou a favor de que se mande o conteúdo às favas, ou que eu ache que o conteúdo pode ser qualquer porcaria se a forma for boa (embora, sim, uma narrativa muito boa possa transformar para melhor uma história ruim, medíocre, etc.). Apenas quero dizer que há filmes em que a forma é tão, mas tão importante, que ela acaba se tornando parte do conteúdo, recebendo por isso ênfase total. 2001 é um bom exemplo disso, na minha opinião. A narrativa usada por Kubrick — baseada essencialmente em sentimentos/intuição e não na razão (como já foi dito várias vezes, é um filme para ser absorvido, não entendido) — interfere no conteúdo e o modifica de maneira tão drástica que o filme não faria o menor sentido sem ela. Outro exemplo é Herói (que suscitou uma discussão parecida há algum tempo, porém com um desenrolar meio infeliz): Yimou poderia ter ido direto ao ponto e mostrado apenas a versão final da história, sem os dois flashbacks “falsos” que ocupam a primeira metade do filme. Ignorando aspectos como a duração do filme, pergunto: seria a mesma coisa? Ou ainda, caso o diretor tivesse optado por manter as duas primeiras versões, mas sem a identificação visual… quem gosta do filme pode dar certeza de que gostaria tanto quanto agora? Será que Dogville seria a mesma coisa caso tivesse cenários? O filme do Von Trier é um caso interessante, a propósito. A forma modifica o conteúdo de maneira bem radical (a ausência de cenários, fator que não pode de maneira nenhuma ser desconsiderado numa análise do filme, é um elemento da narrativa, e não da história), mas ao mesmo tempo o diretor se esforça por diminuir a influência dela em outros aspectos. Se se escrevesse um livro a partir do filme, muitas idéias seriam preservadas, embora as idéias despertadas pelo elemento quase minimalista da inexistência de cenários fossem se perder. Já no caso de 2001, é só ler o livro de Arthur Clarke para ver que as diferenças em relação ao filme vão muito além do planeta-destino da viagem. Não estou falando de fidelidade aqui, não é isso; é apenas mais uma mostra de como a forma (determinada pelo autor) modifica o conteúdo, uma vez que Clarke e Kubrick partiram da mesma idéia principal. Talvez tudo o que escrevi não tenha ficado claro; relendo, acho que não ficou mesmo. Enfim, o que estou dizendo é que não se deve nunca tentar encaixar filmes num modelo preestabelecido que dita que todo filme deve necessariamente contar uma história e que essa história é o elemento principal; “o filme é visualmente estonteante, uma experiência sensorial mesmo, mas a história é simplória, então ele é ruim”. Isso é algo que se deve evitar. (Um pensamento final relacionado e ao mesmo tempo não relacionado com o assunto: e isso que estamos falando de filmes que trazem uma história, o que não é de maneira alguma obrigatório. Há uma visão bastante difundida de que, se não conta uma história, não é filme; como ficam obras como Um Cão Andaluz nessa?) Noonan2007-07-23 19:30:08
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Mas o próprio conceito de diversão é relativo. Afinal, o que é diversão? Como se define diversão? Como se mede o nível de divertimento proporcionado por um filme? O grande problema é que parece terem esquecido que não há uma maneira objetiva de se definir diversão. E há um conceito, não só aceito como também considerado absoluto por muita gente, de que para se divertir no cinema é estritamente necessário que o filme tenha explosões, lutas e dezenas de piadas. Esse conceito - do qual discordo - acabou se tornando tão aceito que levou ao surgimento dessa conversa de "diversão com ou sem inteligência", empregada como se fosse um sinônimo de "cenas de ação/comédia com ou sem inteligência". E isso, para mim, é uma grande besteira. Ora, quem disse que eu não posso me divertir vendo um filme de arte "lento e cheio de diálogos", como o Mad Tiger citou? Quem estabeleceu que um filme lento e cheio de diálogos é necessariamente não-divertido? Para mim, diversão abrange tanto me esbaldar em cenas de ação fascinantes e torcer pelos mocinhos numa história típica do bem contra o mal, como O Senhor dos Anéis, por exemplo, quanto me entregar a uma reflexão mais profunda proposta pelo filme a que estou assistindo. Se eu me ver envolvido por duas, três horas, em suma, se eu GOSTAR do filme, irei considerá-lo divertido, seja ele Star Wars ou 2001: Uma Odisséia no Espaço (com o qual me divirto muito, aliás - e é um filme lento e quase sem diálogos).
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Assim como também é problemático dizer que quem não gostou é pseudo-intelectual, mal-humorado, mal-amado, rancoroso... Se está havendo desrespeito para com a opinião alheia, é dos dois lados, tanto aqui quanto no outro tópico.
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Nem sabia também, mas, coincidência ou não, passei o dia todo ouvindo Beatles.
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Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
Noonan replied to Pablo Villaça's topic in Críticas e Publicações do Cinema em Cena
Ok, se você não se incomoda, qual a necessidade do redundante complemento "na minha opinião"? O post do Carioca resumiu bem essa questão. Enfim, se você acha mesmo que existe essa postura de se achar o dono da verdade nesse fórum, devia ler mais tópicos por aí... Lembra do Katsushiro? -
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
Noonan replied to Pablo Villaça's topic in Críticas e Publicações do Cinema em Cena
Não, essa frase não deveria estar no final de cada frase de cada um de nós aqui porque é ÓBVIO que tudo o que falamos aqui são opiniões pessoais e nada além disso. Se eu falo "O filme X é uma bosta", é lógico que é minha opinião. Está subentendido. Dizer "O filme é um lixo na minha opinião" é praticamente uma redundância. A menos que você não suporte que haja pessoas que não gostam de um filme de que você gosta. Com relação a Grindhouse, ainda nem vi, apesar de tê-lo aqui, mas gostaria de conhecer esse método revolucionário para se elogiar/detonar um filme vendo apenas uma imagem dele. Sério, eu me realizaria com isso, nunca mais gastaria dinheiro com filmes. É só ir no IMDb e pagar todos os meus pecados cinematográficos. E, por fim, é engraçado que os usuários que mais reclamam de não ter as opiniões respeitadas e blábláblá são exatamente os que classificam todo mundo que discorda deles de (pseudo-) intelectual.Noonan2007-07-09 16:53:31 -
Ele se referia à sua saída inicialmente misteriosa da moderação. Acho.
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Eu queria que o meu fosse 2 ou 1, mas é 3.
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Hm... qual será o preço desse livro?
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Mas sempre é mantido algo da obra original, e isso é mais uma questão financeira do que propriamente criativa: se o diretor vai alterar tanto a obra a ponto de ela se tornar irreconhecível, ele não estará adaptando, e sim tendo uma idéia a partir dela... e, portanto, será desnecessário comprar os direitos de adaptação. O Iluminado de Kubrick É uma adaptação do livro de King, apesar das várias mudanças; o mesmo vale para Dr. Fantástico, do Kubrick também, ou para o Drácula de Francis Ford Coppola. E mesmo para Nosferatu, do Murnau.
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E não só isso. O diretor é o AUTOR do filme (não importa se baseado ou não em alguma coisa) e, como tal, tem o completo direito de fazê-lo como der na sua telha. Se o Nolan fizesse o Batman usar um uniforme rosa e isso funcionasse na tela, por mim estaria ótimo.
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"Pisarem nele". [emoticon rolando de rir]
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Vi o primeiro episódio de Moonlight Mile. Ótimo traço, animação muito boa, mas hoje em dia nem se deve perder muito tempo falando da qualidade técnica dos animes. De resto, bem normalzinho; verei o segundo e, dependendo dele, decido se continuarei a série. Primeiro do Darker than Black, também. Depois do mediano Moonlight, fica difícil não considerar esse aqui muito bom. Vamos ver.Noonan2007-06-08 21:18:53
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Saída diretamente do cCc:
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Ergo Proxy (2006), de Shukou Murase. É uma mistura de quase tudo da cultura pop ligado a ficção científica, psicologia e filosofia; as influências (que vão de Blade Runner a Neon Genesis Evangelion, passando por 2001, Akira e Matrix, para ficar só no campo audiovisual) são tantas que o negócio quase vira uma antologia. (Interessante que o visual de Matrix se inspirou nos animes, e agora vemos um anime inspirado no visual de Matrix.) Mas Ergo Proxy não fica só nas referências, e consegue tratar de questões mais sérias, como a busca por uma razão de ser e a luta contra a própria natureza (Vincent Law), a procura por uma verdade nova, por assim dizer, depois de ver tudo em que se acreditou a vida inteira se desfacelar (Real Mayer), e até mesmo a existência ou não de alma em máquinas (o vírus Cogito, que faz os andróides que infecta "desenvolverem uma alma", nas palavras de uma personagem; e é significativo que esse desenvolvimento esteja associado à libertação das máquinas, que deixam de obedecer aos humanos). No entanto, o anime se caga um pouco com uma edição meio ruim nos episódios iniciais, e uma certa enrolação que começa lá pelo décimo quarto episódio e só vai terminar no vigésimo, com direito até a um inimigo por dia, a la Cavaleiros do Zodíaco. (Isso, claro, sem contar idiotices como o capítulo 15, que parece estar lá apenas para que o diretor e os roteiristas digam "Vejam como somos originais e ousados!".) Um dos efeitos colaterais da enrolação acaba sendo o final, que é ótimo, mas que foi contado muito apressadamente, nos três últimos episódios (quando poderia/deveria ter sido narrado em uns quatro ou cinco). Enfim, apesar dos problemas, muito bom mesmo. Grandes chances virar cult.Noonan2007-05-26 22:25:07
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Três Homens em Conflito (The Good, The...
Noonan replied to Administrator's topic in Filmes em Geral
Mais um admirador de Três Homens em Conflito... realmente, já podemos montar um fã-clube. Hm, é até difícil falar muito do filme que tem a melhor cena que já vi na vida (sim, é a do cemitério). Putz, é fantástica, acho que nem o macaco descobrindo a arma em 2001 ou os pássaros voando sobre o campo de batalha em Andrei Rublev conseguem igualá-la. -
Qualquer livro do Umberto Eco. O cara é um gênio.