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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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"Creep 2" dá uma sequência digna e bem bacana ao primeiro, um found footage sobre um serial killer pateta e carismáticamente perigoso. Quinem o original, o filme te prende pela imprevisibilidade e tensão constantes. Só decai no desfecho, abrupto demais. E Mark Duplass carrega novamente o filme nas costas, se firmando como um dos grandes psicos do cinema. Que venha o terceiro! 8,5-10

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"The Sandman" é outra bobagem teen de terror sobrenatural onde tentan criar um novo Freddy Krueger, so que feito todo de areia..vai vendo!  Cretinice apenas passavel pra criancas.. 6-10

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"A Morte te da Parabéns" é uma bobagemzinha teen divertida que recicla "Panico" num formato "Feitico do Tempo". Só deve fazer mais sentido praqueles que nunca viram algum filme das franquias citadas..8-10

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"Totem" é um bom thriller sobrenatural numa producão acima da média ianque. Redondinho, com reviravolta final pouco previsível e alguns sustinhos, dá pro gasto esta nova fita do diretor do foderoso "Deadgirl". 8,5-10

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"Radius" é uma scy-fy indie de horror que tem uma interessantissima premissa, que a aproxima muito com a HQ "Manto e Adaga", e que te prende do inicio ao fim. Sim, tem seus defeitos, ar de telefilme, precariedade técnica, etc.. mas ainda assim vale a bizoiada. 8-10
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 Visto O RASTRO

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   Na trama, João (Rafael Cardoso) é um méedico que atingiu relativo sucesso na carreira administrativa na secretaria de saúde do Rio de Janeiro.. Ele leva uma vida feliz ao lado da esposa Leila (Leandra Leal). Entretanto, quando João fica responsável pela transferência dos pacientes de um hospital administrado por seu antigo mentor Heitor (Jonas Bloch) prestes a ser fechado por corte de verba, uma das pacientes, uma menina chamada Julia (Natalia Maciel Guedes) desaparece sem deixar rastros. João inicia então uma investigação para encontrar a criança, tornando-se cada vez mais obcecado a medida em que passa a ser assombrado por aparições fantasmagóricas.

 É sempre bom ver o cinema tupiniquim aventurar-se no terror, já que este é um gênero muito pouco explorado em nossa filmografia. O RASTRO torna-se um exemplo ainda mais raro por perceber-se certo investimento financeiro no projeto, com alguns efeitos especiais bem feitos, e nomes globais de relativo peso no elenco, como o casal protagonista, Claudia Abreu, Felipe Camargo, e até mesmo o falecido Domingos Montagner em um de seus últimos papéis antes de morrer. Por isso é uma pena constatar que um projeto que conseguiu atrair esses nomes, que poderiam chamar atenção para o gênero tenha um roteiro tão confuso e mal arranjado, em um filme que claramente não consegue decidir que história quer contar. Novos plots vão surgindo do nada ao longo da narrativa sem que haja um mínimo de preparação. O filme é uma bagunça completa, que não consegue provocar um mínimo de tensão, e ainda apela da forma mais sem vergonha possível aos sustos faceis. Há bom exemplos de filmes de terror em nosso cinema recente, o horror B Gore de Rodrigo Aragão ou os horrores psicológicos de Marco Dutra e Juliana Rojas. Mas não foi dessa vez que tivemos um bom blockbuster de horror brasileiro.

 

  

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 Visto NO CAIR DA NOITE

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  Na trama, o mundo parece ter sido atingido por um apocalipse viral. Paul (Joel Edgerton) vive isolado em uma casa no meio da mata juntamente com a sua esposa Sarah (Carmen Ejogo) e o filho Travis (Kelvin Harrison JR). A família vive sob uma rígida rotina, que visa evitar a contaminação e o ataque de estranhos. A rotina da casa é quebrada quando Will (Christopher Abbot) um homem alegando ser um pai de família, tenta invadir a casa, em busca de alimentos. Essa invasão desencadeia uma série de eventos que colocara a a prova a humanidade de Paul e de sua família.

  Se tem uma coisa que o falecido George Romero nos ensinou com seus filmes de mortos vivos, é que em cenários apocalípticos, o que mais se deve temer não são propriamente os agentes do armageddon, sejam eles zumbis ou uma praga letal, e sim a própria natureza humana. É dessa fonte que AO CAIR DA NOITE parece beber para construir o seu universo. O roteiro escrito por Trey Edward Shults, que também dirige o filme acertadamente não detalha o universo onde se passa a narrativa mais do que o necessário, deixando até mesmo algumas perguntas no ar, o que parece ser adequado com o clima de paranoia do projeto.

 Claro, essa é uma premissa que já foi vista um bom numero de vezes, e é em sua estética e construção atmosférica que estão as verdadeiras ambições de AO CAIR DA NOITE. É propício que a campanha de marketing do filme o tenha divulgado como sendo um filme dos mesmos produtores de A BRUXA, pois há muito em comum entre o filme de Robert Eggers e esta película. Ambos os filmes tem jovens como protagonistas que são corrompidos de alguma forma pelo mal oriundo do mundo dos adultos, e trabalham com planos longos e extensos momentos de contemplação de personagens, algo pouco comum ao gênero. Mas em AO CAIR DA NOITE isso muitas vezes parece apenas um exercício vazio. É muito válida a ambição do filme de dramatizar tais tensões do típico cenário apocalíptico, mas ele não sobrevive as suas próprias ambições.

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 Visto A MULHER DO DESEJO

 

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    Na trama, Marcelo (José Mayer) é um homem que descobre ter se tornado o único herdeiro de seu tio Osman (Também Mayer) um parente com o qual ele já não tinha mais contato. Marcelo viaja com a esposa Sonia (Vera Fajardo) até a cidade de Ouro Preto, já que para tomar posse da imensa fortuna do tio, o testamento determina que ele deve viver por alguns meses no casarão do falecido. Chegando lá, o casal se depara com um estranho mordomo (José Luiz Nunes) que o testamento proíbe de dispensar. A medida que os dias passam, Marcelo passa a ser acometido por estranhos pesadelos com o tio morto, enquanto Sonia começa a perceber estranhas transformações no comportamento do marido.

  Apesar do que o título, ou o poster possam sugerir, A MULHER DO DESEJO não se trata de algum soft porn brasileiro, mas de um filme de terror gótico setentista, fortemente inspirado pelo clássico conto de H.P Lovecraft "O Estranho Caso de Charles Dexter Ward", e em menor escala, pela adaptação intitulada O CASTELO ASSOMBRADO, dirigida por Roger Corman em 1963. O diretor Carlos Hugo Christensen, também responsável pelo roteiro, parece ter uma grande paixão pelo terror gótico, e enche a sua narrativa com elementos clássicos desse tipo de história, vide o casal inocente que se vê assombrado por fantasmas do passado, velhos empregados de intenções duvidosas que sabem bem mais do que dizem, e mesmo a religião cristã, representada na figura do Padre Paulo (Neimar Fernandes) como unica tabua de salvação para os protagonistas. No lugar da típica arquitetura européia, temos os cenários da velha Minas Gerais em Ouro Preto, muito bem explorados pela fotografia do filme. A fotografia, devo dizer, é um dos grandes destaques do filme, utilizando-se muito bem das sombras e penumbras do casarão onde se passa a maior parte da história para criar imagens belas e impactantes.

 Quanto ao elenco, o único destaque vai mesmo para um José Mayer em início de carreira, que manda bem no papel duplo de Marcelo/Osman, e consegue fazer a transição de forma natural a medida que o jovem Marcelo começa a se comportar de forma cada vez mais semelhante ao velho tio. No geral, A MULHER DO DESEJO pode não ser nenhuma pérola escondida, mas é um terror brazuca divertido, que não deve nada a algumas produções da Hammer ou da Amicus, que atuavam na mesma época. Uma prova que não é de hoje que o Brasil tenta fazer terror, e que ele existe muito além do Zé do Caixão de José Mojica Marins.

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Jogos Mortais - Jigsaw (Jigsaw, Dir.: The Spierig Brothers, 2017) 2/4

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Já não odeio a série como odiava antes, talvez porque gostei mais das continuações finais do que as iniciais (apesar de achar que ela deveria ter terminado no 6º filme, não no 7º). Esse vai na qualidade dessas últimas sequels (pro bem ou pro mal). Esse tem um twist que até me pegou, e gostei de como resolveram isso.

Não tem razão maior de existência, já que não acrescentou nada, e a série ainda é recente pra ter sentido alguma falta. Mas ok. Assistível.

Spoilers:

 

 

Pergunta: Cadê a tal "seita" do 7º filme? Sumiu, o cara daqui faz tudo sozinho. E do sétimo pra cá, não tiveram mais armadilhas pelo que se diz, então a seita deve se encontrar só pra papear mesmo... Até falam que tem um site que mostra tudo que jigsaw fez e pessoas os seguem, mas não se tem noção se tem mais gente recriando as armadilhas do jigsaw. Ficou só no cara daqui mesmo.

E até gostei do novo jigsaw, se a série continuar com ele, tudo bem. Aceito. Apesar dele aqui estar se envolvendo numa trama de vingança (que é algo que o jigsaw original não aprovava), mas depois da série ter ficado presa com o detestável Hoffman por 4 filmes, qualquer um que vier é lucro, e com esse talvez dá pra remontar algo como o jigsaw original era.

 

Todas Cores da Escuridão (Tutti i Colori del Buio, Dir.: Sergio Martino, 1972) 2/4

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Sem muita coisa pra dizer. Não curto tanto os filmes do Martino. Esse aqui vai junto. Tem algo ali legal, mas no geral não me prende tanto. Esse foi influenciado pelo Bebê de Rosemary (Sergio mesmo diz isso numa entrevista que vem no DVD). Esse coloca tudo como se a trama fosse o tempo todo meio subjetiva (muita cena de sonho, até o talo), mas no fim não seria. Tudo se resolve e fim. Não sei se isso seria qualidade ou defeito. Nem isso o filme me intrigou em analisar. Acabei assistindo meio apático mesmo.

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"Os Estranhos 2" é uma sequência tão esperada quanto desnecessária. Banalizaram o que havia de melhor no primeiro. Nem precisava desse titulo pois home invasion como esse agora existem as pencas, bem melhores. 7,5-10

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"The Hatred" é um terror bem pobre, uma producão genérica até não poder mais que tem a única funcão de encher linguica na grade de servicos de streamming. 7-10
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On 04/12/2017 at 10:49 AM, Jailcante said:

Jogos Mortais - Jigsaw (Jigsaw, Dir.: The Spierig Brothers, 2017) 2/4

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Já não odeio a série como odiava antes, talvez porque gostei mais das continuações finais do que as iniciais (apesar de achar que ela deveria ter terminado no 6º filme, não no 7º). Esse vai na qualidade dessas últimas sequels (pro bem ou pro mal). Esse tem um twist que até me pegou, e gostei de como resolveram isso.

Não tem razão maior de existência, já que não acrescentou nada, e a série ainda é recente pra ter sentido alguma falta. Mas ok. Assistível.

Spoilers:

 

 

Pergunta: Cadê a tal "seita" do 7º filme? Sumiu, o cara daqui faz tudo sozinho. E do sétimo pra cá, não tiveram mais armadilhas pelo que se diz, então a seita deve se encontrar só pra papear mesmo... Até falam que tem um site que mostra tudo que jigsaw fez e pessoas os seguem, mas não se tem noção se tem mais gente recriando as armadilhas do jigsaw. Ficou só no cara daqui mesmo.

E até gostei do novo jigsaw, se a série continuar com ele, tudo bem. Aceito. Apesar dele aqui estar se envolvendo numa trama de vingança (que é algo que o jigsaw original não aprovava), mas depois da série ter ficado presa com o detestável Hoffman por 4 filmes, qualquer um que vier é lucro, e com esse talvez dá pra remontar algo como o jigsaw original era.

Nem me interessei em ver esse quando eu soube da reviravolta. Perderam uma chance de encerrar a franquia com dignidade no sexto filme mesmo.

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"M.F.A" é um bom thriller de vinganca com mensagem subliminar bem forte sobre abuso sexual, indo além do rape-revenge basicão de "Doce Vinganca". A filha delicinha do Clintão ja mostrava ser boa em chutar traseiros em "The Vault" e "Angels and Demons", e aqui ela dá uma de Dirty Harry contra estupradores num campus, sem falar que ela nos dá uma boa mostra de como veio ao mundo, gatíssima.. 8,5-10
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"Super Dark Times" é um thriller dramático bem curioso que bebe da fonte nostalgica de "Stand by Me" e da fantasia de "Donnie Darco" com resultados irregulares. É interessante mas não é pra qualquer um. Ainda digerindo.. 8-10

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"The Night Watchmen" é uma comédia de horror razoável que bebe da fonte de "Drinque no Inferno", "Bloodsuckyng Bastards" , "Fright Night" e qualquer terrir com vampiros. Em tempo, recomendável apenas pra quem curte besteirol imbecil mesmo pois uma ou outra piada funciona, apesar de bem feitinho e com gore de dar gosto.  8-10

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 Visto A TRANSFIGURAÇÃO

 

 

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  Na trama, Milo (Eric Ruffin) é um garoto solitário de Nova York, que vive no Queens com o irmão mais velho. Milo tem um fascínio por vampiros, e passa a acreditar que de fato é um deles, o levando em uma onda de assassinato. Quando Milo conhece Sophie (Chloe Levine) uma garota tão solitária quanto ele, e que sofre maus tratos nas mãos do avô, uma ligação forte surge entre os dois, logo evoluindo para um romance juvenil. Mas as fantasias vampirescas de Milo podem se mostrar uma ameaça não apenas par o relacionamento dos dois, mas também para a vida de Sophie.

 Filme de estréia de Michael O'Shea, que também é responsável pelo roteiro, este indie vampiresco (não sobrenatural, é bom salientar) é um interessante estudo de personagem, que coloca o vampirismo do protagonista meramente como um detalhe da violenta comunidade onde vive, onde tem que conviver com o racismo, a violência das gangues e a brutalidade da polícia. O diretor filma o filme de forma muitas vezes quase documental, usando trilha incidental somente em momentos muito pontuais, e com uma fotografia discreta, que chama pouca atenção para si, embora ainda seja bastante orgânica. Em um filme em que o personagem principal vive apontando quais filmes de vampiro acredita serem "realistas" ou não, parece que A TRANSFIGURAÇÃO decidiu ser realista.

Tematicamente, o filme lembra THE GIRL WALKS HOME ALONE AT NIGHT que também mostrara um romance condenado pelo vampirismo em um contexto de violência urbana, embora pareça buscar mais inspiração mesmo no clássico sueco DEIXE ELA ENTRAR (que não por coincidência, é descrito como o filme favorito de Milo). O roteiro de O' Shea tem um bom diálogo com a cultura pop vampiresca, incluindo referências a NOSFERATU, TRILOGIA KARNSTEIN, CREPÚSCULO e TRUE BLOOD de forma orgânica, de modo que tais referências colaboram com a trama e ajudam a construir o casal protagonista. É curioso inclusive como tais preferências parecem mesmo sinalizar a natureza mais romântica e ingênua de Sophie por trás do ar mais marrento que tenta passar em suas primeiras interações com Milo.

  Os dois jovens protagonistas são muito bem dirigidos, e conseguem transmitir o grau certo de inocência da primeira paixão sem soar meloso em excesso. De fato, Milo e Sophie tem um comportamento bastante verossímil como adolescentes (mesmo o primeiro sendo um serial killer lunático) inclusive no certo constrangimento inicial com que se relacionam. O aparentemente distanciamento do jovem Eric Ruffin como Milo pode parecer atuação ruim em primeira instância, mas acho que tal distanciamento era o que o personagem pedia. 

No fim das contas, A TRANSFIGURAÇÃO não chega a ser genial, mas é um bom filme de estréia para Michael O'Shea. Vale a conferida, especialmente pela pegada "realista" dada ao vampirismo e ao bom trabalho do jovem casal principal.

   

  

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 Visto UM CONTRATEMPO

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  Na trama, Adrian Doria (Mario Casas) é um jovem e bem sucedido empresário que é acusado pelo assassinato de sua amante Laura (Barbara Lennie). Adrian alega inocência, mas todas as provas estão contra ele, e a polícia não vê como alguém poderia ter entrado e saído do quarto de hotel onde aconteceu o crime sem ser visto. Para ajudar Adrian em sua defesa, seu advogado Felix (Francesc Orella) contrata a ajuda de uma experiente preparadora de testemunhos, Virginia Goodman (Ana Wagener). Mas percebendo inconsistências na história de Adrian, Virginia faz com que o rapaz lhe revele aos poucos os eventos que podem ter levado alguém a incrimina-lo pela morte de Laura, o que envolve um crime anterior.

  Escrito e dirigido por Oriol Paulo, que já havia comandado o ótimo O CORPO, este UM CONTRATEMPO se revela um excelente thriller de suspense espanhol, que manipula de forma competente e de forma dinâmica os entrecortes da história, que não só vai e volta no tempo, como também assume vários pontos de vista, e mesmo diferentes versões do mesmo acontecimento. O filme também se utiliza muito bem de sua estética, com uma fotografia competente que trabalha com cores frias, além de trazer uma narrativa onde absolutamente nada é o que parece ser. 

  UM CONTRATEMPO guarda muitas semelhanças com o trabalho anterior do diretor, o já citado O CORPO, com ambas as narrativas girando em torno de mulheres supostamente perigosas, que já começam a história mortas, crimes do passado que voltam para assombrar os protagonistas e plot twists de explodir cabeças. Mas apesar das semelhanças (estéticas inclusive) este filme mais recente de Paulo mostra um amadurecimento como realizador, tanto na direção quanto no roteiro. O texto constrói os personagens de modo a dar-lhes camadas e naturalidade, ao mesmo tempo em que deixa claro que nenhum deles seja completamente confiável. A decupagem funciona perfeitamente para ressaltar a tensão, especialmente nas sequências mais simples, como a sempre tensa conversa  entre Adrian e Virginia, que serve como a espinha dorsal da narrativa, e vai tornando o ambiente do apartamento de Adrian mais claustrofóbico a medida em que a narrativa avança. O diretor encontra tempo memo pra demonstrar algum virtuosismo técnico que soa extremamente integrado na narrativa, através de uma bela cena onde vemos em uma fusão o isqueiro de Adrian afundando em uma fonte em contraposição a um carro afundando em um lago.

  O filme conta com um elenco muito bem escolhido, e bastante a vontade em seus papéis. O maior destaque acaba ficando mesmo para Ana Wagener e sua brilhante Virginia Goodman, vivida pela atriz como uma mulher forte e sagaz, que parece capaz dever através das omissões e mentiras não só de seu cliente, mas daqueles que surgem em sua história. A bela Barbara Lenine brinca com o arquétipo da Femme Fatale, como certo personagem observa em certo momento ao conceder a Laura imenso carisma, mas também uma praticidade que pode evoluir rapidamente para a frieza, embora também consiga transmitir as vulnerabilidades da personagem. Mario Casas também consegue conferir a dualidade necessária para Adrian, revelando as pequenas camadas de seu personagem aos poucos, fazendo com que suas transições nos pontos de virada da trama surjam naturalmente.

 

 Disponível na Netflix, UM CONTRATEMPO com certeza vale a conferida pra quem curte um suspense psicológico que explora as várias versões de uma mesma história, mas que como diz um personagem a certa altura do filme, esconde a sua verdade nos detalhes. Recomendadíssimo.

  

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Giallo Vol. 4

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Terminei de ver os 4 filmes do pack. E infelizmente foi o pack mais fraco. Talvez porque já pegaram os filmes principais do gênero nos outros packs e aqui sobrou pouca coisa. Sobre o pack em si, ainda colocando os filmes dublados em italiano sem possibilidade de pegar o áudio original (pelo jeito já era tudo filmado em inglês pra pegar distribuição internacional).

1º filme já tinha comentado antes:

On 04/12/2017 at 10:49 AM, Jailcante said:

Todas Cores da Escuridão (Tutti i Colori del Buio, Dir.: Sergio Martino, 1972) 2/4

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Sem muita coisa pra dizer. Não curto tanto os filmes do Martino. Esse aqui vai junto. Tem algo ali legal, mas no geral não me prende tanto. Esse foi influenciado pelo Bebê de Rosemary (Sergio mesmo diz isso numa entrevista que vem no DVD). Esse coloca tudo como se a trama fosse o tempo todo meio subjetiva (muita cena de sonho, até o talo), mas no fim não seria. Tudo se resolve e fim. Não sei se isso seria qualidade ou defeito. Nem isso o filme me intrigou em analisar. Acabei assistindo meio apático mesmo.

Demais filmes:

O que Ele Fizeram a suas filhas? (La Polizia Chiede Aiuto, Dir.: Massimo Dallamano, 1974) 2/4

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Esse aqui apesar de uma boa trama de investigação policial (não tem tanta morte assim como outros giallos, esse é focado na investigação mesmo), o filme, no final, não liga muito as pontas e em relação ao assassino fica a pergunta: Porque ele resolveu matar todo mundo ali? Ligação dele aos personagens que morreram era zero ou próximo a isso. Ou talvez tenha perdido alguma explicação no meio do caminho, sei lá...

(Spoilers - Minha melhor explicação seria que ele era um dos namorados da menina que morreu no começo, aí pra se vingar foi atrás da organização responsável pela morte dela. Mas se a explicação era essa, não explica porque foi tentar matar a promotora que investigava o caso. Sei lá mesmo)

O Perfume da Senhora de Preto (Il Profumo della Signora in Nero, Dir.: Francesco Barilli, 1974) 2/4

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Entregando spoilers, já que aqui não conseguiria evitar: O filme mistura Psicose com Bebê de Rosemary. Acho que deveria ter ficado só no Psicose mesmo, já que melhor parte é a mulher surtando depois de reencontrar a versão infantil e macabra dela, e matando outros personagens. O filme estica depois numa seita estranha que faz algo estranho ali e sem muito propósito. Enfim, um final extra meio brocha. Deveriam ter parado no suicídio da mulher.

A Rainha Vermelho Mata 7 Vezes (La Dama Rossa Uccide Sette Volte, Dir.: Emilio Miraglia, 1972) 2/4

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Considero o melhor filme do pack. Tem problemas aqui e ali, como o prólogo mostrar a história de 2 irmãs, mas, no tempo presente são 3 irmãs (uma surgiu do nada), e a resolução é meio rocambolesca demais, mas ok, é mais focado no que quer e entrega uma boa trama de "quem é o assassino?".

 

Ranking do pack ficaria: 1- A Rainha de Vermelho Mata 7 vezes; 2 - O que eles fizeram a suas filhas?; 3 - Todas cores da escuridão, e 4 - O Perfume da Senhora de Preto. Mas todos mantém uma certa média. Não tem nenhum muito melhor que o outro.

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"Daemon Runner" é uma bacanuda scy-fy de horror que nem parece indie de tão bem feito que é. Imagina um mix decente de  "Ghosbusters" com "Evil Dead"...é isso! É tudo o que o reboot dos Caça Fantasmas quis ser e não foi...no caso, Caça-Capetas...kkk. Que venha a sequencia!! 9-10

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"Tragedy Girls" é uma divertida comédia de horror, ou uma homenagem estilosa e sangrenta ao gênero slasher do naipe de "Final Girls" ou do recente "Better Watch Out".  Curiosidade é ver a dupla de psicos teeens ser composta pelas mutantes Tempestade e Negasonic Teenage Warhead, ambas mandando bem. O filme decai  de ritmo na metade, mas vale a bizoiada.  8,5-10

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"Soldiers of the Damned" é um filme que começa interessante como thriller bélico, feito "Dunkirk" ou "Resgate Soldado Ryan", mas depois se torna confuso quando adentra o elemento sobrenatural, sem graça e com uma ou outra morte que preste. Mas no geral o resultado é ruim pois é bem precário tecnicamente. 7-10

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"Most Beautiful Island" foi a grata surpresa indie da semana, de longe. Uma alegoria tensa, macabra e claustrofóbica sobre a imigracão. É uma espécie de "O Albergue" ás avessas, minimalista e contundente. 9-10

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"The Sound" é um thriller sobrenatural fraquinho mas bem intencionado. Confuso e cheio de pequenos defeitos, o melhor é a deliciosa Rose McGowan no papel principal, que faz o que pode pra alavancar esta bodega. 7-10

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"Madre" é um thriller psicológico chileno bem eficiente que reverbera "A Invasora" e "A Mão que Balança o Berço". Não chega aos pés dessas duas produções, mas faz um mix decente e tenso deles, pecando apenas pelo desfecho borocoxô. 8-10

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"Veronica" é um terrorzão espanhol sobre possessões bem eficiente. Emulando "O Exorcista" e até "Ouija" , acompanhamos a via crucis de sua infeliz protagonista, calcado num caso real. Sustos efetivos, reviravolta e bastante cagaco completam esta obra que aparenta ser redondinha, mas não é. 8,5-10

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"Dementia 13" é o remake dum obscuro filme de inicio de carreira do Coppola. Este aqui segue os passos do original pois continua mediocre e mais do mesmo, com ar telenovelesco, confuso e ruim. 6-10

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"Mother!" é um terror psicológico confuso e cheio de metáforas, conforme se enxerga. É tenso e claustrofóbico, parecendo um "Bebê de Rosemary" quase em primeira pessoa e bem estiloso. A Jennifer Lawrence até se sai bem aqui, mas é facilmente ofuscada pelo Bardem. Ainda tô digerindo... 8-10

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 Visto AS FILHAS DO FOGO

 

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  Na trama, Ana (Rosina Malbouisson) é uma garota que viaja até a serra para visitar sua namorada Diana (Paola Morra), que vive em uma isolada casa de campo no meio do bosque. Logo, as duas conhecem a estranha Dagmar (Karin Rodrigues) a vizinha mais próxima, que alega ser médium, e tem um passado misterioso com Silvia (Selma Egrei) a falecida mãe de Diana, que cometeu suicídio naquele mesmo bosque anos antes. Ao mesmo tempo que uma série de coisas estranhas começa a acontecer, um forasteiro (Serafim Gonzalez) aparece nas proximidades pedindo comida e bebida.

  Escrito e dirigido por Walter Hugo Khouri, AS FILHAS DO FOGO é um thriller sobrenatural, que tem uma atmosfera muito bem construída, e onde os olhares dos personagens dizem muito mais do que as suas palavras. Assim como na incursão anterior de Khouri no gênero, o curioso O ANJO DA NOITE, filmado seis anos antes, esta produção de 1978 é bastante contemplativa, trabalhando com forte simbolismo, resultando em um filme que parece dialogar muito mais com o abstrato do que com o concreto, lembrando um pouco a atmosfera das obras de Edgar Allan Poe (com o desconto da linguagem, é claro).Gravado na Serra Gaucha, a fotografia se utiliza muito bem das paisagens naturais, que conseguem ser belas e sufocantes ao mesmo tempo. A direção de arte é simples, mas competente na construção de cenários como a casa de Diana, expondo a opulência e a herança européia da garota, enquanto a casa de Dagmar mostra-se um ambiente mais simples, com mostras sutis do interesse da mulher pelo oculto e pelo sobrenatural. A trilha sonora de Rogério Duprat consegue transmitir a atmosfera do filme de maneira igualmente sutil, sem nunca soar intrusiva, embora também não se destaque. É interessante observar que nem no roteiro e nem no visual, o diretor parece buscar a tal da "brasilidade" cobrada por muitos, e aqui isso é bom, pois muitas vezes a tal brasilidade acaba saindo como caricatura. Assim, AS FILHAS DO FOGO acaba saindo como um filme universal, e não há problema nenhum nisso.

  O filme trabalha com temas como espiritismo, parapsicologia e bruxaria de forma discreta, mas eficiente. Curiosamente, Khouri também insere toques fortemente freudianos em sua história. A protagonista Diana parece nutrir um desprezo pela figura paterna (que nunca aparece e é referido por ela como um vagabundo) e tem uma imagem idealizada da mãe falecida, parecendo indicar fortes conotações edipianas.. E não parece ser coincidência que a sua foto favorita da mãe é de quando ela estava grávida. O filme também claramente pinta a figura masculina como algo desprezível e traiçoeira, já que além do pai de Diana, o único outro personagem masculino do filme é o andarilho, que não parece ter nenhuma virtude, e paga bem caro por desafiar o poder feminino. Entretanto, todo os personagens do filme parecem desconectados e alienados de certa forma, isolados em seu próprio mundo, excetuando Mariana (Maria Rosa) a empregada que viveu a vida inteira na casa de campo, e que acaba se envolvendo com o andarilho. Não por coincidência, ela também é a unica personagem que é natural daquela região.

  Embora comece com uma sequência de nu, e deixe bem claro a homossexualidade do casal protagonista, o lesbianismo de Diana e Ana não é tratado de forma apelativa, e sim lírica, além de ter função narrativa ao criar um paralelo entre Diana e a mãe, que também tinha uma relação lésbica com Dagmar. Na parte das atuações, a péssima dublagem da dupla protagonista pode tirar um pouco o público da inserção, mas nada que não se possa revelar. Mesmo que não diga uma unica palavra o filme inteiro, Selma Egrei é a melhor em cena com a sua fantasmagórica Silvia, soando incômoda e ameaçadora com seus olhões azuis e sorriso enigmático. Vale comentar também o trabalho de Serafim Gonzales como o irônico Andarilho, que concede o grau certo de mistério e ironia ao seu personagem, além de um certo ar patético.

 Pecando apenas por um final um pouco metafórico demais para o meu gosto, AS FILHAS DO FOGO é um interessante filme de terror nacional com uma atmosfera muito bem construída, mas que não deve agradar a todos, especialmente pelo seu ritmo lento.

  

  

 

  

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Contos da Escuridão (Tales from the Darkside The Movie, 1990) 3/4

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Já tinha visto esse filme num passado distante, mas resolvi dar uma revisada. Segundo George A Romero, esse indiretamente seria o "Creepshow 3". É que depois do Creepshow 2, veio essa série de TV chamada "Tales from the Darside", depois resolveram fazer o filme pra cinemas baseada na série. Esse filme acabou herdando uma das histórias rejeitadas no Creepshow 2 (esse teria 5 histórias como o original, mas 2 histórias não foram filmadas e o filme ficou com 3 histórias): The Cat from Hell - O Gato do Inferno.

Particularmente, curto mais o Creepshow 2 que o 1, e esse aqui vai junto. Gostei bastante das 3 histórias daqui (que pena Cat from hell não ter ido no Creepshow 2 - ainda bem que as outras duas histórias daqui são tão boas quanto), se bem que tem uma história extra que liga as outras 3.

Vi no youtube, numa versão dublada do SBT.

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"Nails" é um terror irlandês que tem uma boa premissa, tomando elementos de "Louca Obsessão" e, principalmente,  "Monkey Shines", do Romero. Ele vai muito bem até a metade (até pq tem dois bons atores colaborando), quando dali resolve entrar no automático de qualquer genérico da Blumhouse. 7,5-10

Nails.jpg
 

"Once Upon a Time in Chrismas" é um slasher natalino com boa premissa sobre um casal de serial killers aprontando numa cidadezinha, mas que resultou num telefilme bem ruim. O que dizer duma mamãe Noel vestida de Arlequina, saída do refugo de "Esquadrão Suicida"? 5-10

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"La Noche del Virgen" é um curioso (e indigesto) terrir que não é pra todos os gostos. Imagina um "American Pie" ou "O Último Americano Virgem" tocado pelo diretor de "A Mosca". É isso, mas prepare-se pra sair salpicado de sangue, gosma e sêmen. 8-10La-Noche-del-Virgen-Poster.jpg

 

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Nunca Diga seu Nome (The Bye Bye Man, Dir.: Stacy Title, 2017) 2/4

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Acabei vendo esse filme porque o vi sendo citado nuns 2 ou 3 vídeos de "piores filmes do ano "que resolvi ver no fim de 2017. Fiquei com curiosidade mórbida e fui lá ver, já que tá no Netflix. No fim, achei exagero o colocar na relação de "piores do ano". É meio fraco sim, mas não é pra tanto. Tem coisas piores por aí. Só acho que quiseram criar um novo Freddy Krugger aqui (até a lógica dele se alimentar do medo das pessoas foi copiado sem dó), mas a trama nem pedia um monstro atacando ali necessariamente. Então, ele ficou meio avulso. E o modo que ele "se espalha" é boa, mas não foi muito bem desenvolvida (porque tinham que socar o monstrão ali, o que atrapalhou o desenvolvimento total). Enfim, achei meio blé, mas assistível se não esperar grande coisa.

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On 29/12/2017 at 2:05 PM, Jailcante said:

Contos da Escuridão (Tales from the Darkside The Movie, 1990) 3/4

tales-poster.jpg

Já tinha visto esse filme num passado distante, mas resolvi dar uma revisada. Segundo George A Romero, esse indiretamente seria o "Creepshow 3". É que depois do Creepshow 2, veio essa série de TV chamada "Tales from the Darside", depois resolveram fazer o filme pra cinemas baseada na série. Esse filme acabou herdando uma das histórias rejeitadas no Creepshow 2 (esse teria 5 histórias como o original, mas 2 histórias não foram filmadas e o filme ficou com 3 histórias): The Cat from Hell - O Gato do Inferno.

Particularmente, curto mais o Creepshow 2 que o 1, e esse aqui vai junto. Gostei bastante das 3 histórias daqui (que pena Cat from hell não ter ido no Creepshow 2 - ainda bem que as outras duas histórias daqui são tão boas quanto), se bem que tem uma história extra que liga as outras 3.

Vi no youtube, numa versão dublada do SBT.

Assisti esse ainda criança, quando era comum passar filmes de terror á tarde na TV Aberta. A história do gato é fantástica mesmo (foi escrita pelo Stephen King) e a terceira história do bicho gargula é bem atmosférica também, e tem uma reviravolta que me deixou bastante impressionado na época.

 

8 hours ago, Jailcante said:

Nunca Diga seu Nome (The Bye Bye Man, Dir.: Stacy Title, 2017) 2/4

220px-The_Bye_Bye_Man_poster.jpg

 

Acabei vendo esse filme porque o vi sendo citado nuns 2 ou 3 vídeos de "piores filmes do ano "que resolvi ver no fim de 2017. Fiquei com curiosidade mórbida e fui lá ver, já que tá no Netflix. No fim, achei exagero o colocar na relação de "piores do ano". É meio fraco sim, mas não é pra tanto. Tem coisas piores por aí. Só acho que quiseram criar um novo Freddy Krugger aqui (até a lógica dele se alimentar do medo das pessoas foi copiado sem dó), mas a trama nem pedia um monstro atacando ali necessariamente. Então, ele ficou meio avulso. E o modo que ele "se espalha" é boa, mas não foi muito bem desenvolvida (porque tinham que socar o monstrão ali, o que atrapalhou o desenvolvimento total). Enfim, achei meio blé, mas assistível se não esperar grande coisa.

Achei esse bem ruim. Vi na Netflix também, e achei que pouquíssima coisa se salvou.

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É a tal expectativa vs realidade. hehe

Talvez a questão é que quando vi esse filme nessas listas de piores do ano, achei que seria algo como se você come algo e logo cospe fora porque é muito ruim, mas no caso, só achei que é algo sem sal, mas dá pra continuar comendo (mas ser "sem sal" até não deixa de ser ruim também). 

É que no meu conceito pra por um filme nesse tipo de lista tem que ser algo "maior do que ruim", tem que ser algo pra ser odiado, talvez (pelo menos, da minha perspectiva quando vejo esse tipo de lista). E não vi motivos pra odiar o filme. Só algo que se assiste e logo esquece.

Até porque quando se odeia algo, acaba se criando "um cultuamento negativo" ao filme, e um cultuamento, mesmo negativo, acaba sendo algo que vai valorizá-lo, ou que o faça ser lembrado de alguma forma. Daí, que não vi o filme merecendo nem isso. Ele é só algo pra passar em branco mesmo.

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"Thelma" é um tipo de "Carrie" norueguês que é bem interessante mas que demora pra emplacar. O contexto sexual dá margem a trocentas interpretações e as periguetes protagonistas mandam bem. Melhor pelo menos que o recente remake do filme do De Palma. 8,5-10

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"Swamp Freak" é um terror onde se aplica a lei do mínimo esforço em todos os sentidos em sua projeção. Cópia descarada e mal feita dum dos primeiros (e vergonhosos) filmes do Wes Craven, "Swamp Thing", parece que tudo se repete com intenção de disfarçar sua nulidade como cinema.  3-10

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"The Killing of Sacred Deer" é daqueles terror pós-moderno-cabeça que funciona apenas até um certo ponto, tipo "It Follows". Até a metade é uma beleza como drama, mas depois viaja demais na maionese.  7,5-10

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"Dismissed" é uma produção de suspense doméstico com ar de telefilme, mas que funciona principalmente por conta do empenhado elenco. É uma espécie de "Atração Fatal" ou "The Roomate", versão high school. 8,5-10

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"Museum" é um bom thriller japonês que pega emprestado elementos de "Seven" e os insere na cultura nipônica. É bem legal pela leitura japa aos filmes de serial killer, embora um pouco longo. Uma meia hora de filme cairia bem.  8,5-10
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arrisquei filmes de zumbi e caí feio do cavalo...duas merdas! Fujam..:(:ph34r:

"Day of Dead Bloodline" é ruim até não poder mais. Ainda bem que o Romero não ta aqui pra ver o que fizeram com um de seus clássicos. Recomendável apenas pra masoquistas.  4-10

Day-of-the-Dead-Bloodline-movie-poster.jpg?ssl=1
 

 

"Granny of the Dead" é uma bobagem acéfala de terrir que desaconselho sobre vovôs-zumbis... Mal feita como terror e sem um pingo de graça como comédia, a terceira idade desmorta devia ir mesmo pro túmulo de uma vez. 3-10

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Sociedade dos Amigos do Diabo (Society, Dir.; Brian Yuzna, 1989) 2/4

220px-SocietyPoster.jpg

Não tenho muito a dizer sobre o filme a não ser: Bizarro. 

Cerna final é meio chocante (hoje é meio risível, já que o festival de borracha rola solto ali), mas não acho que o diretor não extraiu muito dela, já que perde tempo com piadas desnecessárias e não, necessariamente, conclui bem alguma coisa ali no tom de paranoia do resto do filme. A cena é chocante, mas não 'foda', digamos assim.

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