Festival Hitchcock!

[rubysun]

Sobre qual filme que vc escreveu?

[Dook]

Surprise...

[silva]

Bom Dia a Todos!!!!

Este ano estamos iniciando uma nova era em termos de Festivais por aqui no fórum!!

Ano passado, após a criação do sub - fórum "Cineclube em Cena" (criação esta feita pelo Nacka), um espaço onde podemos discutir mais abertamente sobre vários assuntos inerentes à sétima arte, tivemos dois festivais deicados a dois gêneros: o "19 Dias de Terror", dedicado ao Terror/Suspense; e o "Perdidos no Espaço", dedicado á Ficção Científica. Ambos tiveram grande repercussão e tiveram boas discussões, belíssimos textos (alguns deles concorrendo no 4º Pablito de Ouro) e, sobretudo, vários filmes citados, comentados e dissecados para que todos àqueles que acessam o fórum possam guardar no seu caderninho como sugestões de filmes à assistir.

Neste início de ano, por intermédio meu e do Ltrhpsm, mais conecido como It ou Sopa (O Duas Semanas com Kubrick vem aí!!!), teremos mais dois Festivais, desta vez, enfocando grandes diretores!! E, acredito eu, não têm melhor diretor para começar do que esse!! O Gordinho que nasceu em 1899 e que, em mais de 50 anos de carreira (passando pelo cinema mudo, pelo cinema em P&B, e pelo Techinocolor), executou algumas obras - primas do suspense e do cinema.  Sendo assim, dou início ao "Festival Hitchcock"!!!!

 

E a primeira lista também não poderia ser melhor. Foi feita por um companheiro ainda relativamente novo aqui no fórum, mas que já disse a que veio e agora está "confinado" no nosso BBB CeC. E a crítica dele é sobre um filme que eu não escondo de ninguém que é o meu preferido do Mestre!!!!Com vocês, a lista do:

 

Dan...

 

 

LISTA:<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

05. Os Pássaros

Ver crítica logo abaixo.

 

04. Festim Diabólico

Uma das experimentações técnicas mais excepcionais de todo o cinema, Festim Diabólico é um filme único na carreira do diretor. Filmado em apenas oito planos, de dez minutos cada, o resultado obtido é brilhante técnicamente e, além disso, tenso como poucos filmes conseguiram ser. É incrível como Hitchcock torna uma história aparentemente simples, com o mínimo de enredo, em uma experiência de fazer o sangue gelar, o corpo suar e sua adrenalina explodir. Impossível não arrepiar-se, seja com a situação, ou com o incrível trabalho visual do diretor. Destaque, obviamente, para James Stewart, em mais uma de suas excelentes atuações.

 

03. Psicose

Falar sobre Psicose é fazer chover no molhado. Tudo aquilo que poderia ser dito sobre o filme, já fora dito anteriormente. Apesar de não considerá-la a grande obra-prima do gênero, como muitos o fazem, admiro muito a inteligência e a ousadia de Hitchcock ao (SPOILER - ou nem tanto assim) matar a personagem principal da obra (não literalmente, já que quem a assassinou foi um outro personagem, hehe), em pleno segundo ato, dando uma reviravolta genial no tema principal e fazendo do filme um marco no cinema. Ainda reservo espaço para citar as maravilhosamente tensas seqüências do chuveiro e da escada (minha preferida), onde Hitch demonstra o quanto era brilhante em seu trabalho com a câmera, com enquadramentos e cortes muito bem pensados.

 

02. Um Corpo Que Cai

É incrível a heterogeinedade de temas encontrada em Um Corpo Que Cai. Isso faz dele um filme especialíssimo, extremamente singular. Hitchcock mescla seu habitual suspense com uma história de amor dramática e profunda, pincelando-o ainda com fortes traços de film noir, numa mistura que, embora pareça teoricamente estranha, é irretocável quando filmada através das lentes deste gênio. Ademais, o roteiro do filme é um dos mais impressionantes já escritos, cheio de seqüências tensas e reviravoltas que deveriam servir de lição para todos aqueles novos cineastas que insistem em permear seus filmes com mudanças abruptas e incoerentes de suas narrativas, apenas com o intuito de surpreender (e muitas vezes, com isso, criam furos absurdos em suas histórias). Um brilhante estudo do amor e da obsessão e um dos melhores filmes já feitos.

 

01. Janela Indiscreta

Janela Indiscreta é um dos meus 10 filmes preferidos. O melhor suspense de todos os tempos, perfeito como poucos filmes, em toda a história do cinema, conseguiram ser. É inacreditável como Hitchcock consegue, apenas com uma única locação, um único mísero cenário, construir um mundo rico, completo e cheio de sutilezas. O filme é tão inteligentemente trabalhado, tão brilhantemente detalhado, que esmiuçá-lo torna-se uma das experiências mais fascinantes que um cinéfilo pode ter em sua jornada cinematográfica. Não obstante, a direção de Hitchcock ainda é a melhor de sua carreira, e uma das mais excelenciais do cinema. O trabalho de câmera do filme é fantástico, cheio de movimentações ousadas e planos milimetricamente estudados, contribuindo muito para transformar Janela Indiscreta no número 01 da filmografia do diretor.

 

CRÍTICA “OS PÁSSAROS”

 

O que aconteceria com a humanidade se, de um instante para outro, certa espécie de animais se revoltasse contra ela? Teriam os homens poder suficiente para defender seu espaço e, conseqüentemente, sua vida, desse terrível algoz? É indiscutível que, em meio à sociedade em que vivemos, temos total controle sobre praticamente todas as espécies animais que habitam este planeta. Desde os mais selvagens (leões), até simbolos característicos da liberdade (aves) e da grandiloqüencia (girafas) são encontrados sem muita dificuldade sob nosso poder, em ambientes como zoológicos ou até mesmo em residências (no caso dos pássaros, obviamente – por sorte, continua sendo incomum encontrar girafas e leões sob posse de civis). Porém, essa fenomenal obra do mestre do suspense, Alfred Hitchcock, nos remete às questões abordadas no início deste texto de forma bastante interessante, em um belo estudo sobre a fragilidade humana.

 

 

 

Despreocupado em mastigar respostas ao espectador, Hitchcock utiliza seu apuro técnico e narrativo para nos mostrar a história de Melaine Daniels (Tippi Hendren), uma bela e vigorosa moça que, enquanto apanhava uma encomenda em uma loja de animais, conhece um charmoso homem, Mitch Brenner (Rod Taylor), pelo qual desperta imediato interesse. Após fazer um levantamento de dados completo a respeito do tal homem, Melaine dirige-se à sua residência em uma cidade litorânea chamada Bodega Bay, onde, pouco a pouco, acaba se deparando com uma macabra e inexplicável situação: misteriosamente, todos os pássaros do local decidem, repentinamente, atacar os moradores, provocando uma onda de caos que toma proporções catastróficas.

 

Primeiramente, é necessário ressaltar que, àqueles que sempre buscam ou esperam resoluções e motivações lógicas para os acontecimentos de uma obra, “Os Pássaros” será uma experiência bastante decepcionante. Utilizando-se, pela primeira e única vez em sua carreira, de um surrealismo kafkiano puro e surpreendente, Hitchcock arma diversas situações de suspense acerca de uma metáfora que, pelo menos ao meu modo de analisar a obra, não possui, de maneira alguma, explicações biológicas ou naturais. Tentar apontar uma motivação para o ataque dos pássaros seria, traçando um paralelo com a obra-prima do escritor e filósofo Franz Kafka, uma heresia tão grande quanto tentar encontrar respostas plausíveis para o porquê da transformação do caixeiro viajante em uma barata.

 

 

 

Em “A Metamorfose”, Kafka delineara, a partir desta transformação, um complexo e instigante estudo sobre os preconceitos e a necessidade de adaptação dos homens, entre muitas outras coisas, sem precisar, para isso, explicar o motivo dessa improvável metamorfose (o fato de o homem ter se transformado em barata é mero detalhe). Já em “Os Pássaros”, Hitchcock utiliza a metáfora do ataque para demonstrar a fragilidade da espécie humana, a única considerada racional neste planeta. Mesmo sendo animais ditos “irracionais” (que, convenhamos, muitas vezes demonstram, através de seus instintos, serem mais espertos do que muitos seres racionais), pássaros ou qualquer outra espécie de seres vivos podem perfeitamente representar um enorme risco à humanidade. Com isso, Hitchcock nos ilustra o fato de que, apesar das aparências, nossa raça não possúi o controle total do planeta, sendo suscetível a qualquer anomalia que possa vir a ocorrer em nosso sistema.

 

Porém, para uma obra de tamanha ousadia temática dar certo, é indispensável que sua parte técnica e dramática não seja preterida, já que, afinal, não deixa de se tratar de uma obra cinematográfica (quanto mais por ser uma obra de Hitchcock, cujo público costumeiro procura, em sua grande maioria, apenas diversão descompromissada – algo que o próprio diretor admite ser sua área de trabalho, já que sua única intenção cinematográfica sempre fora o entretenimento). E, para nossa alegria, tanto o desenvolvimento narrativo da obra quanto sua parte técnica, que, ainda por cima, é uma das mais impressionantes do cinema (sem exagero algum), ficam à altura de toda essa complexidade moral.

 

Para a criação das cenas dos ataques, que continuam a impressionar até os dias de hoje, mesmo com a proliferação do uso de computação gráfica em todos os gêneros cinematográficos (na verdade, sou suspeito para falar do assunto já que, a meu gosto, as técnicas cinematográficas da era pré-digital eram muito mais interessantes), Hitchcock (e, lógicamente, sua equipe) demonstra seu enorme apuro técnico, utilizando técnicas de sobreposição de imagens e equipamentos extremamente aperfeiçoados (importados dos estúdios Disney) que, dentre outras vantagens, evitavam aquelas bordas desagradáveis proporcionadas pelo Croma-key. Com isso, Hitchcock conseguira sobrepor diversas camadas de imagens e, ao mesmo tempo, alcançar um nível de realismo extremamente satisfatório.

 

Tomemos como exemplo a cena do ataque à cabine telefônica, que ocorre no momento mais tenso e espetacular do filme (a investida dos pássaros ao posto de gasolina). Nela, foram utilizadas três camadas de imagens diferentes: na primeira, eram filmados os personagens e objetos cênicos, juntamente com alguns pássaros, que proporcionariam um visual mais realístico à cena; na segunda, fora filmado um bando de pássaros amalucados cruzando a tela em alta velocidade e, na terceira, fora utilizada apenas uma pintura como pano de fundo. Sobrepondo essas três camadas de imagens, o resultado é dos mais brilhantes já conquistados no cinema: uma seqüência extremamente tensa e impactante, além de visualmente perfeita, que viria a ser, ao meu ver, a mais eficiente da obra.

 

 

Mesmo assim, existem ainda vários outros grandes momentos de êxitos técnicos e de intensidade climática. A seqüência da festa de aniversário, onde várias gaivotas iniciam um ataque às crianças, além de estéticamente muito bem realizada, também demonstra-se assustadoramente emocionante, já que, afinal, o alvo dos ataques são meras crianças em meio a uma brincadeira despretensiosa (algo que remete também à ótima seqüência da fuga das crianças da escola, outro primor em tensão e belesa visual). Outra cena extremamente marcante (e até ousada para os moldes da época), é a cena em que a Sra. Brenner encontra um cadáver sem olhos em uma fazenda da região. A maneira com que Hitchcock aproxima a visão do espectador da face do cadáver é magnífica (três cortes secos com zoom crescente), e revela também o maravilhoso trabalho de maquiagem da obra (o realismo da cena é até chocante).

 

 

Outro quesito que merece imprescindível atenção, trazendo novamente à tona a genialidade da parte técnica da obra, é a trilha-sonora. Durante toda a duração do filme, Hitchcock optou por abster-se de música, utilizando apenas os sons emitidos pelos passaros como trilha-sonora. Até mesmo os créditos de abertura (inovadores, por sinal,  com pássaros rasgando a tela), nos quais a trilha sonora é praticamente onipresente, utilizam aqui apenas os sons das aves. Para tanto, foram produzidos, através de sintetizadores, sons eletroacústicos que imitavam os ruidos produzidos por pássaros. Esse processo de criação, do qual fizeram parte os compositores Remi Gassman e Oskar Sala, fora supervisionado pelo maestro e parceiro habitual de Hitchcock, Bernard Herrman, o que garante a qualidade da produção.

 

Por último, vale comentar sobre o polêmico final em aberto, outra ousadia narrativa do diretor. Nele, Hitchcock não utilizara nem o habitual letreiro “The End”, indicativo do término da obra, já que, como podemos perceber, a história não apresenta nenhuma espécie de resolução. Por isso, vale dizer que, apesar da intenção do diretor de deixar em aberto todos os elementos remetentes à atitude dos pássaros ser digna de aplausos, a obra acaba por carecer de uma resolução no tocante à parte dramática (não apenas o romance entre o casal de protagonistas, mas sim tudo aquilo referente à todos os personagens da obra), o que, para mim, criou uma lacuna um pouco encomodativa na história. Para suavisar este pequeno defeito, forço-me a acreditar que a intenção do diretor fora eliminar qualquer resquício do terceiro ato da obra, terminando-a grosseiramente no meio da narrativa. De maneira alguma tiro o mérito dessa decisão de Hitchcock (a seqüência final é mesmo muito boa), apenas notifico esse pequeno sentimento, que não sei se fora sentido por todos.

 

 

De qualquer forma, fica registrada minha recomendação a esta excelente produção de Alfred Hitchcock. Uma obra de temática surpreendentemente surrealista e parte técnica irretocável, que prova, mais uma vez, a genialidade deste que é o maior diretor de filmes de suspense de toda a história da sétima arte. Mesmo não sendo uma obra-prima à altura de “Um Corpo Que Cai” e “Janela Indiscreta”, os dois melhores filmes de Hitchcock, “Os Pássaros” é uma obra muito acima daquilo que pode ser encontrada no gênero (até mesmo dentro da filmografia do diretor), principalmente pelo impressionante número de questionamentos que suscitam ao seu término. Praticamente indispensável para quem gosta de aventurar-se em histórias tensas ou que permitam múltiplas interpretações.

 

Hitchcock pode ser considerado "O Mestre do Suspense"??? Por Quê????

 

RESPOSTA:  É claro que Hitchcock merece ser conhecido como o Mestre do Suspense. Durante o auge de sua carreira, ou seja, os anos 50, imperava em Hollywood um repreensor código de censura, chamado Código Heyes, que impossibilitava os diretores cinematográficos de utilizar em suas obras qualquer tipo de elemento temático ou visual mais ousado. Ou seja, nada poderia ser explícito na tela, os detalhes deveriam ser sutis e a tensão deveria ser criada através da insinuação, da capacidade de fazer o espectador imaginar. Em meio a este complicado desafio, Hitchcock conseguia extrair de seus espectadores o mais profundo desespero, a mais terrível angústia, transformar uma simples sessão cinematográfica em uma experiência despertadora de medo. E, o que ainda é melhor: passados mais de 50 anos, seus trabalhos continuam a impressionar pelo perfeccionismo e pelas extraordinárias construções narrativas, cheias de seqüências tensas e filmadas com precisão inigualável. Mesmo comparadas a produções contemporâneas, nas quais os autores têm a liberdade de expor o que quiserem livremente (violência gráfica, temáticas ousadas, etc.), suas obras são únicas no tocante à capacidade de proporcionar momentos aterrorizantes ao espectador. Ou seja, a filmografia do diretor é indispensável àqueles que pretendem se chamar um dia de “fãs do cinema de suspense”, já que ele delineou muitas das principais características das produções que viriam a ser produzidas subseqüentemente dentro do gênero. Ninguém além de um mestre seria capaz disso.

 

Bom, está aí a primeira lista!! Divirtam - se!!!

silva2007-02-19 18:35:58

[Nacka]

Execelentes comentários, gostei particularmente de como o Dan detalhou os aspectos técnicos do filme. Silva, a primeira figura não aparece e quando será postada a próxima lista?

[silva]

Execelentes comentários' date=' gostei particularmente de como o Dan detalhou os aspectos técnicos do filme. Silva, a primeira figura não aparece e quando será postada a próxima lista?

[/quote']

 

Valeu pelo aviso, Nacka!!! Já foi editado (inclusive coloquei mais algumas figuras).

 

A próxima lista será colocada na quarta - feira. Portanto, vocês têm dois dias (hoje e amanhã) para comentar sobre a crítica postada (e a resposta à pergunta também).

[Jailcante]

E o Festival começou. Ótimo!

 

Essa lista do Dan... faltou ele comentar quantos filmes do Hitch ele viu. Seria interessante a título de curiosidade. Só.

 

Mas nada mais  dizer, está excelente. O cara manda muito bem.

 

Vamos esperar os próximos competidores...

 

E silva, você já tem a comissão que vai julgar as listas? Já poderia adiantar pra gente que são?

 

P.S.: Que imagem LINDA!

 

 

Líder da semana no BBBCeC.

[silva]

Fala Jail!!

 

Ainda não escolhi a comissão, mas já tenho alguns nomes em mente...

 

P.S.: A última imagem é linda mesmo!!! Eu encontrei em um blog de um russo (acredite se quiser!!!). Eu achei ela por acaso, e agora essa imagem é o meu papel de parede!!!!

silva2007-02-19 21:21:59

[Dook]

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05. Os Pássaros

Ver crítica logo abaixo.

 

04. Festim Diabólico

Uma das experimentações técnicas mais excepcionais de todo o cinema' date=' Festim Diabólico é um filme único na carreira do diretor. Filmado em apenas oito planos, de dez minutos cada, o resultado obtido é brilhante técnicamente e, além disso, tenso como poucos filmes conseguiram ser. É incrível como Hitchcock torna uma história aparentemente simples, com o mínimo de enredo, em uma experiência de fazer o sangue gelar, o corpo suar e sua adrenalina explodir. Impossível não arrepiar-se, seja com a situação, ou com o incrível trabalho visual do diretor. Destaque, obviamente, para James Stewart, em mais uma de suas excelentes atuações.

 

03. Psicose

Falar sobre Psicose é fazer chover no molhado. Tudo aquilo que poderia ser dito sobre o filme, já fora dito anteriormente. Apesar de não considerá-la a grande obra-prima do gênero, como muitos o fazem, admiro muito a inteligência e a ousadia de Hitchcock ao (SPOILER - ou nem tanto assim) matar a personagem principal da obra (não literalmente, já que quem a assassinou foi um outro personagem, hehe), em pleno segundo ato, dando uma reviravolta genial no tema principal e fazendo do filme um marco no cinema. Ainda reservo espaço para citar as maravilhosamente tensas seqüências do chuveiro e da escada (minha preferida), onde Hitch demonstra o quanto era brilhante em seu trabalho com a câmera, com enquadramentos e cortes muito bem pensados.

 

02. Um Corpo Que Cai

É incrível a heterogeinedade de temas encontrada em Um Corpo Que Cai. Isso faz dele um filme especialíssimo, extremamente singular. Hitchcock mescla seu habitual suspense com uma história de amor dramática e profunda, pincelando-o ainda com fortes traços de film noir, numa mistura que, embora pareça teoricamente estranha, é irretocável quando filmada através das lentes deste gênio. Ademais, o roteiro do filme é um dos mais impressionantes já escritos, cheio de seqüências tensas e reviravoltas que deveriam servir de lição para todos aqueles novos cineastas que insistem em permear seus filmes com mudanças abruptas e incoerentes de suas narrativas, apenas com o intuito de surpreender (e muitas vezes, com isso, criam furos absurdos em suas histórias). Um brilhante estudo do amor e da obsessão e um dos melhores filmes já feitos.

 

01. Janela Indiscreta

Janela Indiscreta é um dos meus 10 filmes preferidos. O melhor suspense de todos os tempos, perfeito como poucos filmes, em toda a história do cinema, conseguiram ser. É inacreditável como Hitchcock consegue, apenas com uma única locação, um único mísero cenário, construir um mundo rico, completo e cheio de sutilezas. O filme é tão inteligentemente trabalhado, tão brilhantemente detalhado, que esmiuçá-lo torna-se uma das experiências mais fascinantes que um cinéfilo pode ter em sua jornada cinematográfica. Não obstante, a direção de Hitchcock ainda é a melhor de sua carreira, e uma das mais excelenciais do cinema. O trabalho de câmera do filme é fantástico, cheio de movimentações ousadas e planos milimetricamente estudados, contribuindo muito para transformar Janela Indiscreta no número 01 da filmografia do diretor.[/quote']

 

Boa lista... Vamos aos coments:

 

Festim Diabólico: Nada a comentar aqui, colocações sublimes. Um dos filmes do mestre que dei nota máxima, mas não está no meu Top 5 pq outros foram melhores... hehehehe... E continuo sem entender como tem gente que acha o filme 'razoável apenas'...

 

Psicose: não o considero A grande obra prima (se é que tem uma) do gênero, mas o considero o segundo melhor filme de Hitch e, sim, uma OP. Hitch foi sutil em relação ao tema que o filme aborda e ao mesmo tempo chocante e elegante. Um filme atemporal.

 

Vertigo: best Hitch ever... meu favorito, period.

 

Janela Indiscreta: adoro Janela, está no meu Top 5 junto com Vertigo e Psicose... O que mais me impressiona é a quantidade de informações que Hitch consegue colocar em um único take do cenário, dentro da diminuta janela de 1,66:1, aspecto em que o filme foi filmado. Tem gente que não consegue fazer isso hoje com a janela 2,35:1 (sim, estou falando do Bay...)

 

 

 

Sobre a crítica de Os Pássaros, achei fascinante. Não é o meu filme preferido do mestre, mas está muito bem cotado na lista. E é difícil dizer o que vi nele que não me agradou como os outros. Inclusive, até o tema moral me estava distante, tendo-o percebido só agora... Engraçado é que se trata de algo tão óbvio que se fosse uma cobra teria me mordido... brrrrr... Enfim, vou rever o filme sob essa nova perspectiva.

 

Hitchcock pode ser considerado "O Mestre do Suspense"??? Por Quê????

 

RESPOSTA:  É claro que Hitchcock merece ser conhecido como o Mestre do Suspense. Durante o auge de sua carreira' date=' ou seja, os anos 50, imperava em Hollywood um repreensor código de censura, chamado Código Heyes, que impossibilitava os diretores cinematográficos de utilizar em suas obras qualquer tipo de elemento temático ou visual mais ousado. Ou seja, nada poderia ser explícito na tela, os detalhes deveriam ser sutis e a tensão deveria ser criada através da insinuação, da capacidade de fazer o espectador imaginar. Em meio a este complicado desafio, Hitchcock conseguia extrair de seus espectadores o mais profundo desespero, a mais terrível angústia, transformar uma simples sessão cinematográfica em uma experiência despertadora de medo. E, o que ainda é melhor: passados mais de 50 anos, seus trabalhos continuam a impressionar pelo perfeccionismo e pelas extraordinárias construções narrativas, cheias de seqüências tensas e filmadas com precisão inigualável. Mesmo comparadas a produções contemporâneas, nas quais os autores têm a liberdade de expor o que quiserem livremente (violência gráfica, temáticas ousadas, etc.), suas obras são únicas no tocante à capacidade de proporcionar momentos aterrorizantes ao espectador. Ou seja, a filmografia do diretor é indispensável àqueles que pretendem se chamar um dia de “fãs do cinema de suspense”, já que ele delineou muitas das principais características das produções que viriam a ser produzidas subseqüentemente dentro do gênero. Ninguém além de um mestre seria capaz disso.

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Eu não estava a par desse lance do Código Heyes... Sem dúvida tá aí uma das explicações para a sutileza de 90% dos filmes do diretor...

 

 

 

 

E cadê a próxima lista, sr. silva?

[rubysun]

Mas a questão do Código Heyes nem era tão importante, se vc tem mais ou menos uma noção de como era a sociedade nas décadas de 40 e 50. Uma das coisas que eu mais admiro no Hitch é em como ele consegue criar suspense justamente pela expectativa, pela sugestão de que algo pode acontecer (ou, por exemplo, as máscaras de seus personagens caírem).

 

Sobre a participação do Dan, bom, acho que posso dizer adeus para as chances de levar algum prêmio ou mesmo destaque...

Sobre Os Pássaros: só discordo sobre o comentário sobre a conclusão do filme. Eu adoro o final desse filme. Provavelmente foi a fonte de onde caras como John Carpenter beberam...

[silva]

Você não é o único a adorar esse final, Rubysun. Aliás, é a única coisa que eu discordo da crítica do Dan, acho que o final causou exatamente o que o Mestre queria: uma sensação de desconforto imediato no espectador...Aliás, Ruby, isso de dizer que agoraq você não tem mais chances de ganhar é tática??? Por que você disse a mesma coisa do "Perdidos no Espaço" e acabou ganhando...

 

Mas vamos a nossa segunda lista. Desta vez, alguém que é ainda mais fanático pelo mestre do que eu (sim, existem pessoas mais fanáticas por Hitch do que eu...). Não só isso, a crítica dele é sobre um filme do mestre que ainda não vi...Com vocês, a lista do...

 

 

Highlander

 

Não vou numerar os filmes pq adoro esses 5, mas não necessariamente nesta ordem.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

*Festim Diabólico

 

            Festim Diabólico foi o primeiro filme do Mestre que eu assisti. Era criança e fiquei boquiaberto. Foi esse filme que me fez procurar os demais, me fez querer conhecer a obra do diretor. A partir dele catava na locadora(na época em VHS)tudo o que tinha o nome Hitchcock, e a cada filme gostava mais. Mas considero o filme maravilhoso. Primeiro filme colorido de Hitchcock, e surpreendentemente renegado pelo diretor anos mais tarde,afirmando que a montagem é a essência do cinema; Festim Diabólico é um dos seus melhores filmes. Filmado todo dentro de um apartamento, com apenas uma câmera, os cortes são discretíssimos e feitos apenas quando era necessário trocar o rolo de filme. Foi quase como filmar uma peça de teatro. O fato de ser filmado em tempo real torna o filme dinâmico. Desde o início o espectador já sabe que houve um assassinato e quem são os assassinos, mas a maioria das personagens não; e é isso que torna o filme inquietante para o espectador, sendo que o suspense fica reservado para se e como os assassinos serão descobertos.Mesmo não sendo uma de suas melhores atuações, James Stewart esbanja charme e classe como o professor Rupert. Atuações interessantes também de J. Dall e F. Granger, um como assassino frio e convicto, e o outro como o medroso e cheio de dúvidas. Embora não haja nenhuma alusão explícita,o que é compreensível dada a época em que foi filmado(1948), fica evidente que há uma relação homossexual entre os 2 protagonistas.

 

 

 

*Psicose

            Suspense clássico do Mestre. Tensão absoluta o tempo todo com atuação estupenda do Anthony Perkins , final surpreendente e a mega clássica cena do chuveiro q entrou pra história do cinema. Nota 10.

 

*Interlúdio

Como a crítica q estou mandando é de Interlúdio, ficaria repetitivo comentar aqui na lista.

 

 

*Os Pássaros

Esse filme me encanta não só pela estória interessante  e direção precisa do Mestre, mas tb pelos incríveis efeitos extremamente realistas com os pássaros. Se levarmos em conta q o filme tem mais de 40 anos, e que foi feito sem nenhum computador, é ainda mais surpreendente. O componente de tensão está presente, mas desta vez sem o componente de humor q Hitchcock gostava de colocar. Outro filme estupendo.

 

*Janela Indiscreta

Hitchcock nos transforma em voyers e nos faz ver o mundo pela janela de Jeff(James Stewart em outra ótima atuação). O fotógrafo Jeff, imobilizado em função de uma perna quebrada, passa o tempo espiando os apartamentos vizinhos pela janela. Jeff espia um e outro apartamento, alternando como se "zapeasse" com o controle remoto. Ele poder ver quase tudo q se passa na volta, mas , engessado, não tem como intervir. A tensão fica por conta da suspeita de um assassinato num dos apartamentos vizinhos e do perigo q a namorada do protagonista corre em frente aos seus olhos sem q ele, imobilizado, possa fazer nada. Filmaço.

 Interlúdio

Considero-me suspeito pra fazer uma análise sobre um filme de Alfred Hitchcock, tendo em vista o fato de eu ser fã ardoroso do Mestre do Suspense. Interlúdio só reforçou essa minha condição.

Ingrid Bergman é Alicia Huberman, uma alemã naturalizada norte-americana contratada pelo agente do governo americano Devlin (Cary Grant) para se infiltrar numa organização nazista que atua no Brasil. Para cumprir a missão Alicia deverá se aproximar do líder da organização, Alex Sebastian (Claude Rains) para espionar suas atividades. Mesmo apaixonada por Devlin e correndo perigo, Alicia aceita casar-se com Sebastian afim de obter êxito na missão. Devlin por sua vez não acredita no amor de Alicia, e os dois são obrigados a disfarçar o que sentem para que a missão continue.

 

 

 

 

Interlúdio, é um suspense clássico nos dois sentidos da palavra. Tanto por ser um tanto ortodoxo, tradicional mesmo no que tange à montagem de um suspense com todos os seus ingredientes – intrigas, paixões, tensão, medo - quanto no sentido de ser um filme excelente e perene, portanto clássico. Como em quase todos os filmes do diretor, a trama é o que menos importa. Ela é apenas um pano de fundo pra que Hitchcock possa manipular as emoções do espectador como bem entende .O componente de suspense está presente de forma magnífica, deixando o espectador tenso durante quase todo o tempo. A cena em que o agente Devlin revista a adega da mansão de Alex Sebastian é de roer as unhas. É um daqueles momentos em que o espectador na poltrona tem vontade de gritar para o mocinho na tela e alertá-lo da aproximação do vilão. E são cenas como essa, nas quais Hitchcock era um especialista, que dão o tempero desse filmaço.

 

O diretor Alfred Hitchcock dispensa apresentações, e é possível, como em quase todos os seus filmes, sentir a mão do diretor a cada cena. O modo Hitchcock de fazer cinema é perfeitamente perceptível; basta que o espectador já tenha assistido pelo menos 3 ou 4 filmes do mestre.O modo como um objeto simples como uma chave ou uma xícara de café podem tomar a tela como centro da ação, e principalmente do suspense também refletem um expediente que o diretor utilizava com maestria. Embora visualmente o filme seja "comportado", os diálogos e insinuações são um tanto fortes para a época – foi gravado em 1946. A própria personagem de Bergman tem um quê de mundana, de mulher fácil. O trio principal está soberbo, e Cary Grant e Ingrid Bergman me fazem parar para pensar como as estrelas de cinema do passado conseguiam aliar beleza física com muito talento; união difícil de encontrarmos nos dias de hoje. Claude Rains, interpretando o vilão, recebeu merecido Oscar de melhor ator coadjuvante por sua excelente atuação neste filme. Aliás, este ator teve o privilégio de co-estrelar alguns dos melhores filmes da história, entre eles Casablanca e Lawrence da Arábia.

 

 

Além da qualidade do filme; cinema de primeira categoria, vale a curiosidade de curtir um pouco da paisagem do Rio de Janeiro de meados dos anos 40, quando esta ainda era uma cidade maravilhosa.

 

 

 Hitchcock pode ser considerado como o mestre do suspense? Por quê??

 Hitchcock pode e deve sim ser considerado o Mestre do Suspense. Em primeiro lugar porque foi um especialista no gênero. Muitos outros diretores fizeram bons filmes de suspense, mas ninguém se dedicou tanto a esse gênero quanto Hitchcock. Mesmo nos filmes que não eram um suspense clássico, na acepção mais rigorosa da palavra, como em "O Terceiro Tiro", o componente de suspense está presente. Além dessa dedicação quase exclusiva do diretor ao gênero, Hitchcock criou algumas das cenas mais memoráveis da história do cinema – a cena do chuveiro em "Psicose", Kim Novak em "Um Corpo Que Cai", quando Judy se traveste de Madeleine ou quando o marido leva o copo de leite supostamente envenenado em "Suspeita", e o avião que persegue Cary Grant por quase sete minutos em Intriga Internacional – só pra citar algumas. Hitchcock foi um dos poucos diretores famosos e consagrados a se dedicar a praticamente um único gênero, conseguiu imprimir sua marca de competência a cada filme e dirigiu alguns dos melhores filmes de toda história do cinema. Muitas técnicas, "manhas" e artifícios que hoje em dia são usados quando se faz um filme de suspense saíram da cabeça criativa e genial de Hitchcock, um gênio em manipular as emoções da platéia. Poucos diretores foram tão imitados.Por tudo isso Hitchcock é o Mestre do Suspense.

[Dook]

Lista do High é muito boa! Mas não vou comentar sobre Interlúdio pq foi um dos (muitos) Hitchs que ainda não vi...

[Jailcante]

Eu já tinha dito pro silva que ia participar só pra marcar presença mesmo no festival... Ganhar algo só em sonho mesmo.

 

Mas tô vendo que o prêmio vai ser bem disputado. As listas estão no mais alto nível.

 

P.S.: O último lugar ganha algo, silva?

[cinefila03]

Eu já tinha dito pro silva que ia participar só pra marcar presença mesmo no festival... Ganhar algo só em sonho mesmo.

 

Mas tô vendo que o prêmio vai ser bem disputado. As listas estão no mais alto nível.

 

P.S.: O último lugar ganha algo' date=' silva?

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Quando chegar a minha lista o nível vai cair. 

[silva]

Bom, Jail. Infelizmente o último lugar não ganha nada, até por quê a minha verba nao e tão grande assim para sair distribuindo prêmios. Quem sabe se surgir algum patrocinador...

 

Mas vamos a próxima lista. Desta vez temos uma participação feminina no "festival". Inclusive, em sua lista, ela citou um filme que, talvez nãoseja muito conhecidode todos, foi um fracasso de bilheteria, mas com certeza têm o seu valor. Ela fez o seu post logo aqui em cima, e ela disse que o nível cairá quando chegar a lista dela. Será??? Com vocês, a lista da:

 

 

Cinefila03

 

 

Lista dos filmes comentados:   

1) Interlúdio (Notorious)

Ano de lançamento:1946.

 

Comentário: Quando Alfred realizou Interlúdiojá possuia no currículo trinta e dois filmes e um acúmulo de experiências.Neste ele as descarrega e realiza um filme espetacular com excelentes planos.

 

2) Os Pássaros (The Birds)

Ano de lançamento:1963

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Comentário:Os Pássaros tem a mesma definição dos créditos iniciais do longa onde os voadores atravessam a tela, criam e destróem os letreiros iniciais: Inquietante e Ambíguo.

 

3) Psicose (Psycho)

Ano de Lançamento:1963

 

Comentário:O filme mais comercial e marcante na carreira do mestre do suspense, teve um orçamento de 800.000 e um lucro de mais de 130.000.000. Nesta adaptação do livro de Robert Bloch, Alfred joga o tempo todo com o público e faz o que mais gosta: Nos fazer gritar de pavor.

 

4) Cortina Rasgada (Torn Curtain)

Ano de lançamento:1966.

 

Comentário: Todos os elementos Hitchcockianos estão presentes: o jogo com as expectativas do público, o seu singular humor e a atmosfera de intenso suspense. Precisa dizer que é um feito inesquecivel na espetacular filmografia do mestre.

 

5) Festim Diabólico (Rope)

Ano de Lançamento:1948

 

Comentário: Com certeza é uma obraprima que nos surpreende pelas inovações técnicas e pelo clima de tensão do início ao fim.

 

 

Crítica: Festim Diabólico

 

 

 Tudo começa em uma tarde tranquila em NY. Em uma rua, Alfred filma acompanhado de uma camêra lenta e de uma tensa trlha sonora, o interior de um apartamento.Neste apartamento, rapidamente já nos é revelado a trama macabra que nos quer contar. Philip e Brandon são dois jovens alunos brilhantes que assassinam uma amigo. Além de cometerem o crime realizarão um jantar no qual servirão drinques e coquetéis sobre o baú no qual o morto estará escondido.Motivo do assassinato: Saber qual a sensação de tirar a vida de alguém. Pois sendo o colega um ser humano ordinário e desinteressante é então julgado por Philip e Brandon( seres superiores) como inferior. Para eles essa inferioridade é motivo de de morte.

 

 

Na verdade, eles aplicam a teoria do professor Rupert Cadell (o sempre colaborador e ótimo James Stuart) onde seres tidos como fracos não merecem a vida. È como se fosse aplicado a lei da Seleção Natural.

 

 

Pode um homem se autojulgar superior e ao fazer esse autojulgamento eliminar aqueles que para ele são menos valorosos? Festim nos faz refletir sobre esse delicado assunto e as terríveis consequências dessa doutrina facista.

 

 

Rope é baseado na peça de Patrick Hamilton e foi um grande fracasso comercial. È difícil entender o fracasso pois além do excelente roteiro há inovações técnicas pois cada bobina terminava em um muro ou nas costas de algum personagem para dar a ilusão de ser filmado em um único plano. È através de sagacidades como essa que o mestre da uma  aula de cinema em muito diretor atual que tem ajuda do CGI.

 

 

 

Hitchcock pode ser considerado como o mestre do suspense?

 

 

Sim. Pois todo mestre faz escola e tem alunos.Sei que é uma resposta simples, mas andei pensando. Será que filmes como Duble de Corpo, Vestida para Matar e Um Tiro na Noite existiriam sem Alfred. Ou melhor: será que Brian De Palma teria seguido a carreira de cineasta (já que é um admirador e seguidor do mestre)? Ele não é o mestre "só" porque em sua extensa filmografia quase todos são obras primas, mas porque também  mesmo tendo seus filmes sido realizados nas décadas de quarenta, cinquenta e sessenta deixa muitos diretores atuais auxiliados por cgi e efeitos especiais no chão.

 

 

[Highlander]

Cinéfila. Compartilho da sua opinião sobre o, pra mim, soberbo Festim Diabólico. Curioso é q o próprio Hitch anos depois renegaria esse filmaço, q ele considerava apenas válido como experiência... E q experiência!!!! Da sua lista, não me agrada tanto Cortina Rasgada, embora não seja um mau filme(Hitchcock não conseguia fazer filmes ruins)acho q está longe dos seus grandes momentos. E Paul Newman(q eu venero) me parece, digamos...pouco confortável no papel... De qqr modo, uma boa lista a sua...

 

Obs. Não concordo quanto á alusiva queda de nível/qualidade na sua lista/crítica, tão boa como as outras...

 

 

[Minduim]

Meu Deus, se a lista da Cinéfila está ruim, imagina a minha.....

 

Gostei muito das críticas Cinéfila, parabéns !

[cinefila03]

valeu gente. È que nesse fórum só tem fera e fiquei um pouco(quero dizer bastante) insegura. Gostei muito das listas e das criticas. Uma dúvida: no festival passado teve participação feminina?

[silva]

Que isso, cinéfila!!! Aqui só tem pessoas que amam a sétima arte e gostam de discutir sobre ela!!!E, se eu não me engano, você é a primeira participação feminina em algum festival que tivemos por aqui (me corrigam se eu estiver errado), e esperamos que tenham cada vez mais participações femininas por aqui....

 

Mas vamos ao que interessa. A quarta lista é de um usuário no mínimo inusitado, que já causou muita discussão por aqui. E a lista dele não deixa de ser menos inusitada. Com vocês, a famigerada e inusitada lista do....

 

 

(Õ.õ) 

 

Gostaria de parabenizar os criados do tópico e demonstrar a minha satisfação em poder colaborar com um projeto extremamente agradável útil.

Eu tive a felicidade de ver uns 15 filmes de Alfred Hitchcock, isso porque em BH, alguns amigos meus antes do colégio, se reuniam para assistir um numero de filmes por tarde de sábado, e a cada sábado um era sorteado para escolher um filme do pacote, os outros filmes eram sorteados aleatoriamente, e por 10 semanas seguidas um Cara sempre era sorteado, eu ficava abismado com a “sorte” dele, e sempre escolhia um filme de Hitchcock, o Cara era conhecido como o “filho de Hitchcock” Rsrsrsrsr...

Nesta lista tem dois filmes que estão na minha lista do Festival dos 19 dias de horror:

Vamos a lista:

1º: Os 39 Degraus

Ano: 1935
Direção: Alfred Hitchcock
Gênero: Drama/Policial/Suspense
Origem: Reino Unido
Duração: 86 minutos

Breve Comentário: Esse é sem duvida o mais importante da vida de Hitchcock, é a sua maior bilheteria, e o primeiro grande sucesso não têm preço.

2º: O Ringue

Gênero: Arte
Direção: Alfred Hitchcock
Legendas: Mudo
Ano: 1927 (Inglaterra)
Duração: 72 min

Breve comentário: Arrisco dizer que é um grande precursor de tudo quanto é filme entre lutas de Boxes (Rocky e Cia), além de ser o primeiro filme de Hitchcock, filme que ele dirigiu por completo, em 25 ele trabalhou em Jardim dos Prazeres, mas só tomou conta da direção depois que o primeiro diretor ficou doente.


3º: Psicose

Título Original: Psycho
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 107 minutos
Ano de Lançamento (E.U.A.): 1960
Direção: Alfred Hitchcock

Crítica abaixo

4º: O Homem Que Sabia Demais

Título Original: The Man Who Knew Too Much
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (E.U): 1956
Direção: Alfred Hitchcock

Breve comentário: O Titulo já diz tudo, a história de um homem que presencia um assassinato, antes que ele relatasse o fato a policia, sua filha é seqüestrada.

5º: Assassinato

Ano: 1930
Origem: Inglaterra
Duração: 76 minutos
Distribuição: Century Vídeo
Gênero: Drama/Policial/Suspense
Direção: Alfred Hitchcock

Breve comentário: Eu gosto desse tipo de suspense, no qual há crença e uma caçada fanática pela verdade e um suspense improvável, com possibilidades que na época eram quase um escândalo.

 

Critica: Psicose

Os anos 60 necessitavam de um estilo que atraia o publico, e o fizesse ficar assustado e ao mesmo tempo querer saber até o ultimo minuto do filme, quem ou o que lhe assustou, e de repente um diretor chegar e simplesmente muda os anos 60 para anos Hitchcock.

 

 

Foi o suspense mais puro que já foi feito na história do cinema, um conjunto perfeito de produção, direção, roteiro, música, direção de arte e fotografia, foi tudo bem elaborado, e eu dou destaque aos destaques que foram à direção, música, arte e fotografia, Alfred soube aproveitar o excelente roteiro que lhe proporciona o aguçamento da curiosidade dos fãs, um suspense que não terminou antes do filme, e a cada sonora de Bernard Herrmann, eu ficava mais curioso para decifrar aquele suspense, que fazia com que vc se sentisse dentro dos personagens, como se vc tivesse interpretando as cenas.


Alfred Hitchcock pode ser considerado como "O Mestre do Suspense"?? Por Quê???

R: Merece, porque antes de Hitchock tínhamos zuspense e com ele temos suspense!

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silva2007-03-06 17:12:29

[(Õ.ô)]

Boa noite. Amigos e Amigas!

 

 

 

Eu poderia ter feito uma critica em cima de um filme menos conhecido do grande publico, como "Os 39 Degraus", mas não estou com muito tempo.

 

 

 

T+!

[silva]

Bom dia, pessoal!!! Já vamos para a nossa quinta crítica, e os comentários por aqui estão sendo escassos. Será que o pessoal gastou todos os seus comentários antes de começar o Festival??? Vamos lá pessoal, comentem. Não podemos esquecer que está valendo prêmio!!!

 

A quinta lista é de um usuário que, após perambular por vários tópicos (e ainda perambula por eles), se estabeleceu na nossa querida CMJ (assim como vários por aqui). Com vocês, a lista do...

 

Minduim

 

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1°) Festim Diabólico (1948)

2°) Janela Indiscreta (1954)

3°) Os Pássaros (1963)

4°) Psicose (1960)

5°) Disque M Para Matar (1954)

 

Janela Indiscreta (1954)

 

Seu jogo de câmera logo no início do filme é magnífico. Ao vermos esse filme temos certeza de que nossos vizinhos não são quem parecem. Uma aula de cinema.

 

Os Pássaros (1960)

 

Um grande ponto a favor de Hitchcock é o resultado obtido pelo filme sem a disponibilidade das atuais técnicas de computação gráfica de criação de efeitos visuais. Isso só prova a tese de que não se faz uma boa obra cinematográfica apenas com muito dinheiro e alta tecnologia; é fundamental ao menos um domínio razoável das técnicas da linguagem fílmica. Apesar de várias montagens fotográficas utilizadas por Hitch para algumas das cenas de ataque dos pássaros, ele teve de usar também pássaros reais e treinados, inúmeros deles.

 

Psicose (1960)

 

Primeiro e inesquecível filme que eu assisti do mestre ! Tudo graças a bomba Psicose 4 - A Revelação !  Isso mesmo, assisti a essa bomba no início dos anos 90's e tive a curiosidade de ver os filmes antigos e quando vi Psicose (1960) com sua fotografia preto e branco.....a cena do chuveiro.....bom, quem é fã sabe !

 

Disque M Para Matar (1954)

 

É simplesmente genial a forma como Hitchcock consegue nos enganar a todo instante, para depois inventar um novo fato e fazer com que acreditemos nele também. Quem nunca assistiu a esta obra-prima irá se surpreender com tantas reviravoltas no roteiro e no caráter das personagens, e, pior, ficará embasbacado ao ver que seguiu a linha de raciocínio que Hitchcock esperava que seguisse. Assista !

 

Festim Diabólico (1948)

 

Muito difícil escolher um filme entre muitos do mestre do suspense !

Um comentário sobre o filme ?

 

Magnífico ! Este filme inaugurou o que seria a série de filmes "um cenário" de Hitchcock. No mesmo molde ainda iriam surgir os excelentes e famosos "Disque M Para Matar" e "Janela Indiscreta" !

 

 

A história é toda baseada no caso Leopold-Loeb e mostra dois estudantes (John Dall e Farley Granger, brilhantes) que, influenciados na teoria do "Super-Homem" (do alemão Friedrich Nietzche), que seu professor (James Stewart) pregara, tentam executar o crime perfeito matando um estudante e o colocando dentro de um baú, convidando ainda toda a família do tal estudante para um "festim". Detalhe: o buffet seria servido em cima do baú.

 

 

Aliando uma excelente história às atuações perfeitas de John Dall e Farley Granger e a genialidade de Hitchcock nós temos este filme, feito em 8 takes de 10 minutos, uma verdadeira proeza técnica jamais antes realizada.

Essa técnica, contudo, nunca mais foi usada, pois apesar dos incansáveis ensaios, o custo de uma produção desse escalão era muito elevado. Em todos os seus filmes, aliás, os planos eram estudados a fundo, muitas vezes o poupando da necessidade de olhar pelo visor da câmera com a certeza de que o pensado iria funcionar na prática.

 

 

Infelizmente somente hoje as pessoas reconhecem que este filme é uma obra-prima.

 

"Alfred Hitchcock pode ser considerado como "O Mestre do Suspense"?? Por Quê???"

 

Sim, é claro ! Por quê ? Cite um diretor que conseguiu nos prender do início ao fim de seus filmes ?

 

Nunca havia assistido um filme como Festim Diabólico, Os Pássaros, Psicose, Um Corpo Que Cai, Janela Indiscreta, entre outros ! Tente comparar qualquer filme de suspense atual com os de Alfred Hitchcock, não tem comparação.....é chover no molhado !

silva2007-02-27 15:41:00

[Minduim]

Fala silva ! Acho que você duplicou as minhas resenhas.....

[rubysun]

Pois é...

 

Festim Diabólico é um filme que eu esperava um pouquinho mais, pq ele foi considerado OP, e tal. Existe sim a dificuldade de se fazer num cenário único (coisa que explorou, IMO, com muito mais habilidade e profundidade em Janela Indiscreta...), mas não gostei muito dos atores principais não, achei os personagens um pouco mais afetados do que a média, além de não ter gostado muito da maneira simplista que é feito o arco dramático do personagem mais forte do filme, que é o de James Stewart; que desde o início é bem mais forte e rouba a cena da dupla principal. Quem sabe eu revejo um dia se me animar...

[Jack Ryan]

Dos filmes citados até agora, os únicos que eu não vi foram Interlúdio e O Ringue. No geral, as listas tão boas, um tanto variadas, o que so reflete a grandeza do mestre.

 

Comentários específicos

Me surpreendeu ver Cortina Rasgada em uma das listas. Gostei do filme, é verdade, mas não vi nele todo o brilhantismo de outras obras do Hitch.

 

Eu já tava estranhando que em tantas listas de alto nível, ninguém mencionasse a fonte de inspiração de Festim Diabólico, o conceito de Super-Homem de Nietzche. Parabéns, Minduim, pelo comentário preciso. E mais, uma das maiores - se não a maior - obras da literatura aborda o mesmo tema. Me refiro a Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievsky.

 

Os 39 Degraus é um filmaço, e gostei de vê-lo citado aqui. Uma das melhores idéias de filmes de espionagem de todos os tempos, e um dos melhores finais do Hitch.

 

Ninguém citou A Sombra de uma Dúvida

[Minduim]

Dois filmes que estou louco para ver e ainda não tive a oportunidade são Frenesí e Trama Macabra, que, por coincidência são os dois últimos filmes do mestre !

[silva]

Pois é...

 

Festim Diabólico é um filme que eu esperava um pouquinho mais' date=' pq ele foi considerado OP, e tal. Existe sim a dificuldade de se fazer num cenário único (coisa que explorou, IMO, com muito mais habilidade e profundidade em Janela Indiscreta...), mas não gostei muito dos atores principais não, achei os personagens um pouco mais afetados do que a média, além de não ter gostado muito da maneira simplista que é feito o arco dramático do personagem mais forte do filme, que é o de James Stewart; que desde o início é bem mais forte e rouba a cena da dupla principal. Quem sabe eu revejo um dia se me animar...

[/quote']

 

Ruby, sobre a "afetação" dos personagenss principais de "Festim Diabólico": no romance que inspirou o filme, os personagens principais eram homossexuais, característica essa que HItch pretendia, de início, mantê - la; mas, por causa do Código Heyes, isso teve que ficar mais "implícito"....

 

 

Ah, e sobre os filmes citados que ainda não apareceram em nenhuma lista, fiquem calmos: Mais precisamente dois deles, "Frenesi" e "A Sombra de Uma Dúvida", foram citados nas listas ainda não - publicadas...

 

P.S.: A "duplicação" da lista do Minduim já foi consertada. Valeu pelo aviso...

silva2007-02-27 19:31:06