Peter Jackson

[Questão]

 Visto O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA

 

 

 

 

  Na trama, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) é um jovem Hobbit que vive na pequena vila do condado, quando é procurado pelo mago Gandalf (Ian McKellen) que o convida para integrar a comitiva liderada pelo Anão Thorin Escudo de carvalho (Richard Armitage) que pretende viajar até a Montanha Solitária para reclamar o seu reino de volta, devastado pelo dragão Smaug anos antes. Relutantemente, Bilbo acaba aceitando fazer parte da jornada de Thorin, sem saber que pode estar entrando em uma contenda que porá em jogo o destino de toda a Terra Média.

 

  Quase dez anos depois do fecho da trilogia O SENHOR DOS ANEIS, Peter Jackson retorna ao universo criado por R.R Tolken no primeiro capítulo desta nova trilogia. O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA revela-se o filme mais leve que Jackson dirigiu dentro do universo de Tolken. O humor se faz muito mais presente, e a violência gráfica é mais amena e suavizada. Isso não é somente uma questão do estúdio tentando buscar uma obra mais abrangente para arrecadar bilheteria (como de fato fez), mas um reflexo do próprio material base, já que O HOBBIT era uma leitura muito mais pueril do que os livros da trilogia O SENHOR DOS ANÉIS.

 

  Ainda assim, o roteiro escrito a oito mãos, inclui elementos na história que não só a tornam mais épica do que aquela originalmente imaginada por Tolken, ao acrescentar subtramas como a do Orc vingativo que persegue Thorin, como também ao adicionar uma ameaça que existe no romance original, mas a que o filme dedica muito mais atenção, com o claro intuito de expandi-la nas duas vindouras sequências. Além disso, personagens que não estão presentes no romance original, surgem aqui para fortificar as relações com O SENHOR DOS ANÉIS, vide a participação de Christopher Lee reprisando o seu papel como Saruman, e o prólogo com o velho Bilbo (Ian Holm) e seu sobrinho Frodo (Elijah Wood).

 

 No geral, O HOBBIT: UMA JORNADA INESPERADA é um ótimo entretenimento, e um bom retorno de Jackson ao universo que o consagrou. Vale a conferida.

[conan]

Acho o Jackson daqueles diretores de um filme (trilogia) só. Fora isso, não acertou muito não. Acho King Kong muito superestimado. Acho que o Jackson perdeu a mão na caracterização da ilha. Parece design de video game. Aliás, o filme todo.

 

O melhor, depois do SDA, é o fome animal. Mas é um filme escrachado no qual não dá para ver a genialidade do diretor ali. É tudo jogado na tela sem cerimônias que fica difícil falar se o filme ficou bom por competência ou por puro "guilty pleasure" dos fãs de filmes trash.

 

Os espíritos é um filme que acho sem sal. Novamente, tudo é jogado na tela bem escrachado, mas desta vez não funciona. O tom cartunesco não fica orgânico na história, e a alternância de humor e terror não ocorre de modo natural

 

Aliás, é interessante ver como ele dirigiu um SDA obra-prima, mas sendo que o resto de sua filmografia não acompanhou o nível desta série. É um diretor meio Ridley Scott com seu Alien e Blade Runner.

[Questão]

 Pessoalmente eu gosto de KING KONG. Depois da trilogia SDA é o que eu mais gosto dele. Acho o visual do filme muito bacana.

[Questão]

 Visto OS ESPÍRITOS

 

 

 

 

 

   Na trama, Frank Bannister (Michael J. Fox) é um médium que usa a sua conexão com os espíritos para aplicar golpes na pequena cidade de Fairwater. Entretanto, quando uma série de mortes estranhas começam a acontecer, Frank passa a acreditar que o caso possa estar relacionado de alguma forma a morte de sua esposa, ocorrida anos antes. Com a ajuda da médica Lucy Linskey (Trini Alvaredo) Frank tenta deter as mortes ao mesmo tempo em que é perseguido pelo agente Milton Dammers (Jeffrey Combs) que acredita que o médium é o verdadeiro responsável pelas mortes.

 

  Antes de despontar de vez para o estrelato com o primeiro filme da trilogia "O Senhor dos Anéis", Jackson dirigiu esta comédia de horror estrelada por Michael J. Fox, o eterno Marty McFly. O terrir a esta altura era um subgênero ao qual Jackson estava mais do que acostumado, vide NÁUSEA TOTAL e FOME ANIMAL, embora OS ESPÍRITOS seja um filme muito mais clean e família do que seus trabalhos anteriores. Este provavelmente era o maior orçamento com que o diretor havia trabalhado até então, e ele parece saber utilizar muito bem os recursos que ganhou.

 

  O visual do filme é bem interessante, evocando uma estética gótica, que evoca tanto o caráter sombrio da história, quanto a sua atmosfera fantasiosa, através de cenários como a casa de Patricia, o cemitério da cidade, e a casa semi construída do protagonista.. Os efeitos CGI são muito bem utilizados também, embora alguns tenham ficado inevitavelmente datados, vide a figura do Ceifador.

 

  Entretanto, o roteiro escrito a quatro mãos escrito pelo próprio Jackson e por Fran Walsh,(esposa do diretor que colaborou com ele em quase todos os seus filmes) acaba tendo alguns problemas. Lucy tem uma fé inexplicável e incômoda em Frank, algo bem estranho já que ela basicamente acabou de conhecer o cara. E embora tenham sido claramente criados como alívios cômicos, os personagens de Jeffrey Combs, e dos dois espíritos que acompanham o protagonista em seus trabalhos acabam não funcionando nem como alívio cômico e nem como personagens uteis, entrando e saindo da trama de forma bem desordenada.

 

 Enfim, OS ESPÍRITOS é uma diversão descompromissada, que marca o período de transição entre o Peter Jackson diretor de filmes de horror vindo de um cinema mais independente para o Peter Jackson diretor de mega produções recheadas de efeitos especiais.