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O Lutador, de Darren Aronofsky


-felipe-
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Só tenho duas ressalvas a fazer quanto a O Lutador. Primeiro, a opção por filmar as costas do cara caminhando me encheu o saco logo no começo do filme. Mas isso é coisa pequena. A segunda ressalva é que o desfecho vem de forma muito rápida, meio largada até, em especial o que concerne a filha do Ram. Não deu pra sentir de forma muito definitiva aquilo como um catalisador do que vem a seguir. De resto, é um filmaço, uma estória muito interessante, e na qual o elenco mergulhou de cabeça, com três das melhores atuações do ano. Até agora, é um dos três únicos que não me decepcionaram em 2009.

 

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muito bonito. a opção de esquecer os tiques estéticos e dar espaço a um estudo de personagens é uma ótima opção. a constante câmera nas costas é bastante inteligente - sensação documental a lot - você apenas acompanha a trajetória de um ex ídolo, é isso, acompanha, literalmente. no mais beira o melancólico, e passa demais a sensação essencial da situação toda, a solidão. depois de gran torino, a melhor coisa do ano. e melhor coisa que o Aronofsky fez.

 

ah, sobre o Rourke... encarnado é a palvara. e que puta vontade de que ele ganhe esse oscar, nem só pela ótima atuação, mas por ele ser foda mesmo e calar a boca de um monte de imbecis que ficam pondo ele pra baixo por não ter "gabarito", não ser um ator "clássico", ora, vão se foder.

batgody2009-02-19 16:04:37

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É um filme importante no currículo do Aronofsky' date=' um diretor

cujos filmes anteriores considero fraquíssimos. Na torcida para que ele

continue melhorando.[/quote']até requiem?

Sim. Só não é pior que aquela coisa retardada chamada Fonte da vida.

Gago2009-02-19 16:18:49

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É um filme importante no currículo do Aronofsky' date=' um diretor

cujos filmes anteriores considero fraquíssimos. Na torcida para que ele

continue melhorando.[/quote']até requiem?

Sim. Só não é pior que aquela coisa retardada chamada Fonte da vida.

 

revoltado vc auhuah

 

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revoltado vc auhuah

 

Tenho até um moicano pintado de laranja, de tão revoltado que sou. Só não me pico porque esse filme do Aronofsky, no meio de tanta esquizofrenia cinematográfica, me ensinou que isso era ruim. Muito ruim.

 

 

Gago2009-06-30 21:29:32

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muito bonito. a opção de esquecer os tiques estéticos e dar espaço a um estudo de personagens é uma ótima opção. a constante câmera nas costas é bastante inteligente - sensação documental a lot - você apenas acompanha a trajetória de um ex ídolo' date=' é isso, acompanha, literalmente. no mais beira o melancólico, e passa demais a sensação essencial da situação toda, a solidão. depois de gran torino, a melhor coisa do ano. e melhor coisa que o Aronofsky fez.

ah, sobre o Rourke... encarnado é a palvara. e que puta vontade de que ele ganhe esse oscar, nem só pela ótima atuação, mas por ele ser foda mesmo e calar a boca de um monte de imbecis que ficam pondo ele pra baixo por não ter "gabarito", não ser um ator "clássico", ora, vão se foder.
[/quote']

 

pois é.. o filme o Rourke carrega nas costas apesar de suas imperfeicoes, por incrivel q pareça! Na verdade o filme é dele, sobre ele e pra ele! Qdo o cara pergunta no mercado " ei, eu nao te conehco dos anos 80, ou algo assim?"  O filme é uma biografia querendo ou nao, enfim, do Rourke.. Nao q isso valha Oscar e premio, mas q a similaridade c/ a vida real do homi claro q pesou p// isso ai!  alias, os cultuados filmes do Michael Moore sao apenas disso, ne?
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O Lutador (The Wrestler, 2008, EUA/França, Dir.: Darren Aronofsky) - 10/10

 

Randy

"O Carneiro" é lutador de luta-livre, muito famoso nos anos 80, mas

agora esquecido do grande público. Trabalha num mercado e, lutando só

em fins-de-semana com amigos, vê uma chance de voltar a ser famoso.

Pena que o destino é implacável com nosso amigo.

 

O filme mostra

com respeito os bastidores da luta-livre, mostrando como os lutadores

fazem o "teatro" deles (e eu sempre pensei que aquelas lutas eram de

verdade 06),

todos os truques e trapaças para fazer da diversão um espetáculo. E o

sofrimento que é permanecer neste teatro, mesmo quando seu corpo pede

para sair dele, e a alma não quer deixar.

 

Mickey Rourke numa

grande atuação (bem melhor que a de Heath Ledger em TDK, em minha

opinião), um elenco que segura bem toda a profundidade do roteiro e uma

trilha sonora muito boa, que procura não chamar a atenção para si,

culminam num final perturbador, em que você não sabe se fica feliz ou

triste (ou os dois). Gostei!

 

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A abordagem adotada pelo Aronofsky me lembrou demais dos irmãos Dardenne, não só pela câmera na mão e pela tentativa (muito bem-sucedida) de tornar tudo aquilo real, mas pela escolha de focalizar o personagem por seu ponto de equilíbrio emocional. Se em O Filho, o ponto de equilíbrio de Olivier era sua nuca, aqui o de Randy são suas costas - e essa opção acaba criando uma ligação forte entre o protagonista e a câmera (e consequentemente o espectador). Claro que Aronofsky não chega ao nível dos Dardenne, onde a ação parece documentada aos mínimos detalhes, mas essa idéia foi um toque de gênio (adjetivo que jamais pensei que iria atribuir a diretor como ele).

Marisa Tomei é uma daquelas atrizes que parecem não fazer nada em cena (tanto aqui quanto em Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto e Entre Quatro Paredes), mas que em retrospecto, você vê a complexidade e tristeza que ela entrega a sua personagem. Evan Rachel Wood está marcante, comunicando uma infinidade de emoções apenas com seu olhar. Merecia indicação.

 

Quanto a Rourke: monstro! O cara mereceu tudo o que vem levando e muito mais. Gostei até mais que Penn em Milk.

 

Mas a coisa que fez cair a ficha e dizer "porra, que filme incrível" foi o final, que funciona em vários aspectos: primeiro que frustra nossas expectativas ao esperar um final amarradinho; segundo que condiz com a abordagem do diretor, onde a vida jamais pode ser definida por um final; terceiro que mostra uma quase admiração do diretor por seu personagem, ao mostrá-lo em seus últimos momentos de glória; e quarto, ao intensificar o sofrimento que vem/viria a seguir. Quando eu penso no que acontece com Randy após aquilo ali, na tristeza de Pam e Stephanie, chego a engolir em seco.

 

E finalmente, ainda serve como uma enganação para o público, já que ao dar um final em aberto, o Aronofsky deixa para que o próprio espectador decida o destino do Randy (embora ele mesmo tenha dado as pistas de que Randy morreria). Assim, o público se agarra só na remota possibilidade de que Randy sairia vivo dali - o que só prova como o filme é demais.
Luizz2009-09-17 19:05:20
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Achei uma besteira esse negócio de "interpretou ele mesmo". O fato do Rourke entender quem é o Randy (método empregado por atores do porte de Meryl Streep), não significa que ele está simplesmente vivendo sua rotina enquanto era filmado.

O Rourke está magistral, e o filme é um ótimo estudo de personagem. Bem diferente de Réquiem e Pi. Mas particularmente ainda considero a fábula urbana Réquiem Para um Sonho o melhor do diretor.
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