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Forum Cinema em Cena

Pantera Negra


CACO/CAMPOS
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On 01/02/2018 at 9:39 AM, Questão said:

Pantera Negra | Grupo de fãs da DC organiza evento para sabotar nota do filme online

ROTTEN TOMATOES RESPONDE GRUPO QUE QUER BOICOTAR O FILME!

Rotten Tomattoes responde às “ameaças” infantis de um grupo de fãs da DC Comics. Finalmente chegou a hora que o “monstro” que criamos em cima das notas do Rotten Tomatoes se virar contra quem o alimentou. Ontem nós tivemos a notícia de que um grupo de fãs da DC Comics estava se organizando para boicotar a nota de Pantera Negra no site, afirmando que a Marvel compra os críticos para avaliar bem os filmes da Casa das Ideias em contra partida de afundar os filmes da DC. O próprio site, obviamente não poderia ficar calado quando uma situação dessas vem em público. Por isso, em nota público, o site do Rotten repudiou a iniciativa e declarou que: “Nós, na Rotten Tomatoes, estamos orgulhosos de nos tornarmos uma plataforma para fãs apaixonados para debater e discutir entretenimento e levamos a sério essa responsabilidade. Embora respeitamos as diversas opiniões dos nossos fãs, não toleramos o discurso do ódio. Nossa equipe de especialistas em segurança, redes e sociais continua monitorando de perto nossas plataformas e qualquer usuário que se envolver em tais atividades será bloqueado do nosso site e seus comentários serão removidos o mais rápido possível.”

 

:rolleyes:

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é cada coisa que se vê.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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wowww...trilha tupiniquim..:rolleyes:

 

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 Do outro lado da moeda

 

Fãs da DC vão ajudar crianças carentes a verem Pantera Negra no cinema

Por
 Caio Coletti
 -
 02/02/2018
T'Challa/Pantera Negra (Chadwick Boseman). T'Challa/Pantera Negra (Chadwick Boseman).
 

Enquanto um grupo de fãs da DC virou manchete por planejar uma sabotagem à nota do público de Pantera Negra no site de avaliações Rotten Tomatoes, outros admiradores da editora provaram que podem olhar além da rivalidade com a Marvel e fazer uma boa ação.

 

Comandada pelos irmãos Sheraz e Zayyan Farooqi, uma campanha no site GoFundMe pede que fãs da DCdoem dinheiro para ajudar crianças carentes do Bronx, em Nova York (EUA), a irem assistir ao filme da Marvel nos cinemas.

O objetivo da arrecadação é US$ 5 mil, a fim de poder levar mais de 300 crianças ao cinema – até agora, a campanha já reúne mais de US$ 2.800. Confira a página aqui.

 

FONTE: CINEPOP

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Diretor comenta sobre evento de Facebook

O diretor Ryan Coogler comentou, em entrevista ao Huffington Post, o boicote
divulgado em evento de Facebook que seria contra o filme "Pantera Negra".

"Quero mostrar o filme para todo mundo, independente das suas visões políticas. É isso que acredito."

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4 hours ago, Questão said:

 

 Do outro lado da moeda

 

Fãs da DC vão ajudar crianças carentes a verem Pantera Negra no cinema

 

 

o filme ta levantando a questão da representatividade e inspirando diversas campanhas pra financiar sessões especiais pra crianças carentes,inclusive com a participação de famosos:):rolleyes::

Man raises nearly $30,000 on GoFundMe to help Harlem kids see ‘Black Panther’

http://www.ajc.com/news/world/man-raises-nearly-000-gofundme-days-help-harlem-kids-see-black-panther/NzoRyc4f6TWl0fntGxHn9K/


Ellen DeGeneres Covers Cost Of ‘Black Panther’ Screening For Boys & Girls Club Of Harlem

https://www.vibe.com/2018/01/ellen-degeneres-black-panther-screening-boys-girls-club-harlem/


Snoop Dogg Donating Money for Kids to Go See 'Black Panther'

http://comicbook.com/marvel/2018/01/21/snoop-dogg-black-panther-fundraiser/


Octavia Spencer To Buy Out Screening Of 'Black Panther' For Mississippi Community

http://www.huffpostbrasil.com/entry/octavia-spencer-black-panther-theater-buyout_us_5a723c63e4b09a544b563491


Jemele Hill Helping To Send Detroit Students To 'Black Panther'

http://comicbook.com/marvel/2018/02/02/jemele-hill-helping-to-send-detroit-students-to-black-panther/

Além disso há em torno de 100 (!!!!) campanhas somente no site GoFundMe captando recursos para levar crianças carentes de diversas partes do EUA pra assistirem o filme:

https://www.gofundme.com/mvc.php?route=category&term=black panther

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1 hour ago, primo said:

Diretor comenta sobre evento de Facebook

O diretor Ryan Coogler comentou, em entrevista ao Huffington Post, o boicote
divulgado em evento de Facebook que seria contra o filme "Pantera Negra".

"Quero mostrar o filme para todo mundo, independente das suas visões políticas. É isso que acredito."

 DIRETOR COMENTA AMEAÇA DE SABOTAGEM CONTRA O FILME!

 Um suposto boicote criado e promovido na Internet contra o filme do Pantera Negra tem dado o que falar nos últimos dias. Organizado no Facebook, o protesto tinha como objetivo dar notas negativas para o longa-metragem no site Rotten Tomatoes, que agrega avaliações de usuários e de outros sites pelo mundo. Até mesmo o próprio Rotten Tomatoes já se pronunciou sobre o caso, mas agora é a vez do diretor Ryan Coogler, que foi questionado pelo site The Huffington Post, sobre o suposto boicote. Ele respondeu: “O que importa para mim é que todo mundo veja o filme. Quero compartilhar este filme com o público, não importa quais tipos de visões políticas eles tenham, e nisso que me garanto. O Rotten Tomatoes pode ser uma simplificação muito grande do que os críticos têm a dizer sobre um filme. É mais rápido ler sobre o consenso do que procurar ler os artigos. Mas sou o tipo de pessoa que respeita os críticos de filmes e aceito que faz parte do processo de desenvolvimento.” Há hipóteses de que grupos de “extrema direita” tenham organizado o boicote com base em preconceito e racismo, por conta de o filme ser estrelado quase que totalmente por atores negros. Por conta disso, Coogler citou “visões políticas”, mas ele realmente não parece preocupado com notas, avaliações ou boicotes.

 

pois é, Zod tava certo... a Terra ficaria melhor como Kripton se ela depender desses babacas..:rolleyes:

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eles pensam que vão parar o Panteroso..

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Facebook remove página de haters ao filme da Marvel

A mídia social Facebook tomou uma atitude contra um grupo troll, que quer sabotar o filme Pantera Negra no site de avaliações Rotten Tomatoes.Nessa sexta (02), o Facebook removeu a página Down With Disney’s Treatment of Franchises and its Fanboys (Contra a Disney e seu tratamento com as franquias e seus fãs, em tradução livre), que era liderada por um membro de um grupo da direita alternativa americana.Esse grupo adota posições políticas e ideológicas regressistas, como neonazismo, supremacia branca e preconceito. Esse mesmo grupo desejava sabotar o filme Pantera Negra no site de avaliações Rotten Tomatoes, dando notas baixíssimas, com a intenção de ser uma resposta às críticas que os filmes da DC possui.Não foi destacado outra motivação para o “ataque” ao filme no Rotten, e se há, não há ligação confirmada pelo longa da Marvel possuir protagonismo negro.
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sairam as primeiras criticas:o não preciso nem por no tradutor pra sacar que tão elogiandoi:rolleyes:

IGN 9/10
Black Panther delivers the goods as an adventure film, a political statement, and a cultural celebration. It shakes off a sluggish start thanks to a memorable cast of characters going up against Marvel’s best-realized villain in almost a decade. Some of the vibrance is drained by cartoonish visual effects that endanger the very human feel of the story, but the emotional weight of its themes and the cast’s compelling performances ultimately keep the film on track. Overall Black Panther is an exciting step forward for the MCU. Long live the king!
 

FORBES

"After a record-setting $2.59 billion year at the box office in 2017, Marvel Studios hopes to challenge or surpass that eye-popping figure this year, and their first entry Black Panther looks likely to start 2018 off in the right direction. The hype keeps getting bigger by the day, so the only question at this point is whether Black Panther can possibly live up to it. The good news for Marvel and for audiences everywhere is, the answer to that question is a resounding, "Most definitely."
"Black Panther is a tour de force, one of the smartest, most original action-packed blockbusters of the decade. This is bold and visually stunning filmmaking, unique and relevant in deeply emotional, truthful ways few films of the genre achieve. Believe the hype -- Black Panther rules!"

 

dá-lhe panteroso!!:P

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“Pantera Negra celebra a descendência do herói enquanto entregando um dos filmes solo mais satisfatórios da Marvel até hoje” – Variety.

“Graças a Deus pelas mulheres ao lado [de Boseman], incluindo dua mãe Ramonga (Angela Basset), a inteligente irmã mais nova Shuri e a destemida guerreira e proterota Okoye (Danai Gurira). Elas são indomáveis e tão maravilhosas e vívidas” – Entertainment Weekly

‘Com um timing fabuloso, Marvel leva seus super-heróis para um domínio que nunca foi habitado antes e é melhor por causa disso em Pantera Negra”. –Hollywood Reporter

“Você nunca viu nada como isso em sua vida”. – Rolling Stones

“Pantera Negra parece o começo de algo novo”. – Uproxx

“Interpretada por Letitia Wright, Shuri é uma revelação. Wright rouba todas as cenas com seu sorriso brilhante e timing de comédia perfeito”. – Polygon

“Pantera Negra é o antídoto para a fatiga dos filmes de super-heróis”. –FoxNews.com

“São 134 minutos de um épico divertido que quebra convenções e ainda consegue simultaneamente ser um blockbuster de quadrinhos, um thriller de espionagem e uma saga afro-futurista familiar”. – Empire Magazine
 

 

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Saiba tudo sobre as duas cenas

pós-créditos do filme

O embargo em relação aos detalhes de Pantera Negra foi levantado nessa terça (06), de forma que as duas cenas pós-créditos do filme foram reveladas pelo ScreenRant – spoilers a seguir. Na primeira cena, vemos T’Challa (Chadwick Boseman) dando um discurso na ONU, e mudando o destino de Wakanda para sempre quando finalmente revela as incríveis realizações tecnológicas que seu país manteve escondidas do resto do mundo. Seu discurso clama por “união em tempos difíceis”. Na segunda, temos o esperado retorno de Bucky (Sebastian Stan), acordado de seu sono criogênico, estabelecido no final de Capitão América: Guerra Civil. Com a memória recuperada, mas ainda sem seu braço mecânico, Bucky se diz pronto para voltar à ativa.

Michael B. Jordan e Chadwick Boseman em Pantera Negra.

Crítica | Pantera Negra

Pantera Negra é paradigmático em diversos sentidos e é uma das maiores surpresas do Universo Marvel (4.5/5)

Há uma matriz temática muito clara nos filmes da Marvel desde o início de sua segunda fase, não coincidentemente quando a Disney tomou conta de vez dos estúdios. A questão familiar é um ponto central em todos os filmes deste universo desde então, os próprios Vingadores tornam-se o exemplo de uma grande família e seus desentendimentos internos. Pantera Negra não é diferente, e se o primeiro Guardiões da Galáxia era ousado por alterar o modo de um filme de herói se relacionar com o público, adicionando a comédia escrachada ao gênero, o longa de Ryan Coogler tem a audácia de rever os parâmetros desse fundamento temático.
O cineasta conhecido pelo sucesso Creed com roteirista Joe Robert Cole fazem de Pantera Negra uma tragédia, onde o esfacelamento familiar é levado a um patamar de importância muito maior, movendo verdadeiramente todos os impulsos de heróis e vilões. Isso se relaciona com o ícone desse herói, que só agora ganha um filme solo, Pantera Negra não é apenas um super defensor, mas também rei de uma nação africana, guerreiro escolhido pelos deuses e o único herói negro desse universo. Fatores que fazem a noção de família tomar outra proporção, como se seus irmãos, pais e filhos se estendessem não apenas com aqueles de laço sanguíneo.
Pantera Negra é um filme sobre a cisão, sobre como é necessário perceber que uma separação está a caminho e que isso pode causar sérias consequências. Pior ainda, no longa essa dissolução familiar está o tempo todo escondida, sendo revelada aos poucos, traições que se mostram mais complexas, revelando outras traições. Quando isso está envolvendo tribos, tronos e monarquias esse patamar ganha dimensões shakesperianas, onde irmãos corroem-se por poder, juram lealdade a questões fugazes sem pensar naquele vínculo que ali existe.
O longa parte do momento em que T’Challa (Chadwick Boseman) deve assumir o posto de rei de sua nação, iniciando sua narrativa logo após os eventos vistos em Capitão América: Guerra Civil. Aqui já fica claro que o longa não é uma simples narrativa de origem, o desafio desse herói não é lidar com seus poderes, ou com seus primeiros vilões, ele desde criança foi preparado para isso, o protagonista deve entender suas novas responsabilidades, entender o que ele deve fazer no comando de uma nova nação, na difícil missão de manter unidas as nove tribos que fazem parte de Wakanda. Mais do que isso, o herói deve pouco a pouco perceber quais foram os erros de seus antepassados e manter unidos irmãos tão opostos.
É bem verdade que a narrativa proposta pelo filme muitas vezes é repleta de voltas, de uma falta de concisão que freia o ritmo de Pantera Negra, mas é interessante observar como pouco a pouco, essa missão de T’Challa vai demonstrando-se mais complicada, onde seus emaranhados familiares demonstram complicações que não apareciam num primeiro olhar. É verdade também que parece um desperdício o longa ficar tanto tempo na persona interpretada por Andy Serkis, Klaue está longe de ser o vilão do longa e é mais uma peça narrativa para fazer com que o verdadeiro conflito do longa aconteça. O filme ganha uma energia extrema quando T’Challa encontra-se com Killmonger (Michael B. Jordan), quando finalmente esse emaranhado familiar é revelado, e essa cisão é colocada em questão.
Os prólogos que pareciam meras explicações começam a ser amarrados e o longa toma uma importância absurda. Realmente aqui está um vilão forte, com um herói tão forte quanto, mas isso ocorre, pois enxerga-se que as fronteiras entre o antagonismo e o protagonismo estão extremamente borradas. Os motivos de Killmonger são mais do que compreensivos, T’Challa está no posto de perceber os erros de sua linhagem, há ali um material humano muito forte, um filme que não trata suas personagens como meras figuras de ação prontas para se estapearem, mas busca entender suas complexidades. Michael B. Jordan é um típico gangster de filme policial dos anos 2000, e ele almeja vingança e violência, mas praticamente chora ao dizer que teve que matar irmãos negros para chegar naquele encontro com o Pantera Negra, seus objetivos por mais tortos que sejam também são legítimos. Chadwick Boseman é rei e super-herói, mas por um momento percebe que seu oponente tem suas razões, questionando a dinastia que agora ele serve, revendo seu próximo passo e seu próximo golpe. Chega a ser surpreendente quão humano são esses personagens dentro do universo Marvel.
Essa relação fica ainda mais interessante ao notar-se o sútil comentário político que o filme propõe. De um lado está um radicalismo, um homem que deseja chegar aos poderes e armar seus irmãos oprimidos e agir como opressor, pois o mundo fez sofrer e ninguém nega isso. Do outro, há praticamente um pacifista, que prega a defesa dos semelhantes, no máximo uma reação, mas de forma alguma um ataque. Situações opostas numa mesma posição, aqui claramente a luta contra o racismo e uma colocação negra, debate que vem desde Malcom X e Martin Luther King, algo complicado de se colocar num blockbuster, podendo cair num simples maniqueísmo da situação. A resposta vem nessa conciliação de olhares, de perceber o que há de sincero no discurso dos outros, ainda que um apresente-se como vilão, há a necessidade de compreender os motivos pelo quais se prega a violência como resposta, entender o processo como um todo. Pantera Negra faz isso através do filme de super-herói.
Mais potente ainda é como isso chega à tela sem uma pretensão, como tudo isso soa natural e espontâneo. Isso ocorre justamente porque Ryan Cogler consegue criar um universo extremamente coerente e muito crível, distanciando-se até mesmo das referências ao universo Marvel e seus filmes seguintes. Pantera Negra é dono de um universo único, e torna-se importante por conseguir fazer sua fantasia relacionar-se com a realidade. Se Thor sempre falhou em dialogar o mundo místico com o real, ou Guardiões da Galáxia conseguiu êxito sem tentar fazer uma ponte entre o mundo daqueles heróis e o planeta Terra, Pantera Negra rompe essa distinção e a magia de Wakanda, escondida via feitiço – quase como uma Atlântida moderna, habita o mesmo mundo de bairros negros da periferia americana, países em guerra entre outras coisas.
Esse relacionamento entre o real e o fantástico não está só na menção desses problemas de ordem real, mas na construção visual do longa. A cidade daquele reino é um misto de tribo africana, com metrópole futurista e um aspecto urbano periférico (a utilização constante dos grafites e pichações em cena), fazendo com que o ficcional tenha raízes naquilo que se encontra todos os dias na rua. O longa ainda tem uma atmosfera mágica quando os heróis podem se conectar com seus ancestrais e mais uma vez isso é muito bem realizado sem que seja contestada a verdade daquele mundo.
Ryan Cogler constrói uma caverna de uma exuberância estética única. Um jogo de cores entre o vermelho e o violeta faz com que haja uma preparação por parte do espectador. Essas cores e esse ambiente avisam que ali há uma passagem para um mundo outro. E o mais interessante é que o mundo espiritual, com seu céu estrelado e suas cores totalmente surreais (no mais variado sentido da palavra), pode habitar uma savana africana mística com panteras em cima das árvores, ou um pequeno apartamento na periferia na Califórnia. Mais uma vez é um filme que faz questão de se conectar com a realidade, mesmo quando ele está imerso na fantasia.
Essa questão é algo extremamente importante no filme de Coogler, mesmo nas cenas de ação, começando pelo fato que há apenas uma sequência dessas que acontece fora de Wakanda, evitando uma banalização da violência e de algum tipo de espetacularização. E mesmo assim é realizado um filme tenso e empolgante. As outras cenas de ação acontecem num ritual, onde o rei pode ser desafiado, e ali há todo um respeito à tradição e às regras do combate. Fora isso apenas no clímax há uma dessas gigantescas cenas de ação e ela vem imbuída de certa dor, de uma guerra que não deveria estar ocorrendo dentro de Wakanda. Coogler constrói muito bem essa tensão crescente, essa cisão que vai sendo pontuada, alimentada até se tornar uma Guerra Civil. E por mais que isso seja empolgante, é sempre duro ver dois irmãos em combate.
Ryan Cogler não apela para um jogo de edição frenético, e sua câmera que muitas vezes acompanha as batalhas em planos mais longos faz com que o espectador veja a guerra que acontece, e se é possível vibrar com a vitória dos heróis, também é necessário entender todo aquele processo e as motivações dos vilões, assim como as causas e consequências de um conflito. Se a cisão é o grande motivo do filme, a união entre os iguais é sua grande solução.
Pantera Negra talvez seja o filme mais consciente da Marvel, não só em matéria política, mas como trabalha a temática máxima do universo e como se mantém coerente com suas próprias escolhas ficcionais. O longa provavelmente marca uma mudança não só no universo Marvel, assim como abre a possibilidade de particularidades arrojadas dentro de um filme de herói sem que a empolgação seja deixada de lado. E além de tudo isso Ryan Coogler demonstra com Fruitvalle Station: A Última Parada, Creed e Pantera Negra um estilo muito pessoal, mesmo quando está munido com milhões de dólares e trabalhando dentro de uma grande franquia. Pantera Negra é paradigmático em diversos sentidos.

 

 

[CRÍTICA] PANTERA NEGRA – O QUE EU QUERO MAIS É SER REI!

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T’Challa, rei de Wakanda, já havia dado sinais de sua existência no vasto Universo Cinematográfico Marvel desde sua aparição em Capitão América: Guerra Civil, mas isso não foi o suficiente para transpassar toda a grandiosidade do personagem.
Muito pelo contrário, a participação serviu apenas para “arranhar a superfície” do que viria no filme solo.
A trama se inicia com uma belíssima animação sobre a história de Wakanda e o motivo de terem se isolado do mundo, bem como uma apresentação das tribos que fazem parte dela. Em seguida, vemos uma introdução que aborda o fato de que mesmo isolados, os wakandanos ainda permanecem infiltrados no mundo exterior, como espiões da civilização real, e é desse ponto que a trama segue.
A conexão com Guerra Civil existe, além de ser reforçado que Zemo foi preso graças a T’Challa (Chadwick Boseman), vemos o príncipe e toda a população de Wakanda lidando com a perda de seu rei.
Não resta dúvidas de que o ponto mais alto do filme é a força de sua identidade cultural, o longa “transpira África” em cada detalhe e se orgulha de nos mostrar uma nação tão rica e esplendorosa dentro de um continente que sempre foi subjugado e menosprezado.
Os rituais tribais, figurinos, sotaques, diálogos, as danças, TUDO remete à cultura africana e transporta o espectador diretamente para esse mundo tão rico não só de bens materiais, mas de cultura e beleza.
Chadwick Boseman apenas reforça o que havia mostrado em Guerra Civil, e prova ser digno do manto de Pantera, tanto fisicamente quanto espiritualmente.
O ator, assim como seus demais colegas de elenco, mergulhou de cabeça no papel, e nos entrega uma das melhores atuações dentre os heróis da Marvel, no qual consegue transparecer a seriedade e o poder de um rei sem se esquecer do carisma e da compaixão que são necessários para que o público se conecte com eles.
Apesar de Wakanda estar escondida do resto do mundo, isso não significa que eles não sabem o que se passa aqui fora, como citado anteriormente, os wakandanos estão infiltrados em nossa cultura, e alguns de nossos costumes são aderidos por eles.
Isso fica evidente principalmente por Shuri (Letitia Wright), irmã mais nova de T’Challa, e uma das personagens mais carismáticas do filme. Por ser ainda uma adolescente, a garota não nega ser fã de cultura POP, mas não se deixe enganar, sua pouca idade é rapidamente esquecida quando ela demostra sua inteligência absurda (é melhor tomar cuidado, Stark) e suas incríveis habilidades de combate.
Fica difícil falar sobre as Dora Milaje sem tecer elogios a elas a cada 3 palavras. Lideradas por Okoye (Danai Gurira), as protetoras da família real são guerreiras formidáveis, instintivas e extremamente leais ao rei e à Wakanda.
Gurira mostra que seu carisma e potencial são mais do que o suficiente para nos cativar fora das telinhas, e nos entrega mais um elemento crucial para o filme e para o Universo Marvel como um todo.
Todo o elenco merece um destaque especial, mas não seria possível transmitir em palavras a excelência de suas atuações, a sutileza e a força de Angela Basset como a Rainha Ramonda, o carisma e a presença de tela de Lupita Nyong'o como Nakia e todos os outros incríveis atores que compõe um elenco que dificilmente será superado por outra franquia.
Apesar de ser extensa a lista de boas atuações, seria injusto não dedicar um espaço para falar sobre mais uma exuberante atuação de Michael B. Jordan como Killmonger. Jordan mostra mais uma vez todo seu potencial e versatilidade, nos dando um vilão que, apesar de irreal, consegue ser extremamente crível e que se conecta perfeitamente com o nosso mundo.
Assim como Jordan, Andy Serkis coloca mais uma estrela em seu já iluminado currículo.
Serkis reprisa o papel de Garra Sônica, e mesmo tendo uma breve aparição, “tira de letra” o desafio proposto pelo papel e nos entrega um personagem extremamente fiel em essência a sua contraparte dos quadrinhos, sabendo equilibrar muito bem insanidade com vilania.
Toda a ambientação é reforçada pela incrível trilha sonora do filme, que mescla a riqueza da cultura africana e do misticismo que circunda a trama, com a modernidade do rap e hip-hop.
O CGI possui alguns problemas, mas não é nada que atrapalhe sua experiência ou deixe o filme menos grandioso, muito pelo contrário, o grande valor do filme está nos momentos em que ele não precisa do recurso, o que deixa tudo ainda mais memorável.
É impossível não enxergar algumas similaridades com a animação O Rei Leão, seja nas situações vividas por T’Challa, cenários, trilhas sonoras ou pelos personagens secundários, mas apesar de óbvias, isso só deixa o filme com mais peso e ainda mais cativante.
Ryan Coogler, diretor do filme, ficou famoso por Creed: Nascido Para Lutar, mostra mais uma vez que sabe trabalhar muito bem o material que tem em mãos e principalmente, sabe dar veracidade e profundidade a um filme de super-heróis.
Não espere um filme recheado de comédia pastelão, Pantera Negra é um marco cultural que merece respeito, e mesmo que tenha seus momentos de alívio cômico, eles não passam disso. O filme vai muito além do gênero no qual ele se enquadra e levanta inúmeras questões sobre o preconceito e discriminação racial através de uma abordagem diferente e única.
Wakanda Forever!

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Novo vídeo mostra a origem do herói

 

 

Columbia Pictures quase filmou um filme do herói na década de 90

Embora o filme do Pantera Negra esteja prestes a sair, os direitos de adaptação de um longa do herói nem sempre foram da Marvel.Como informou o Screenrant, a Columbia Pictures havia comprado os direitos do filme no começo da década de 90, junto com outras propriedades intelectuais do estúdio, como um filme do Homem-Aranha e um do Motoqueiro Fantasma.O estúdio buscava produzir um longa do Pantera Negra em 1994 que teria Wesley Snipes como o herói. Felizmente para a Marvel, o filme nunca aconteceu, e os direitos do Pantera Negra voltaram para a empresa de quadrinhos em 2005.Apesar da Marvel esperar que o novo longa bata alguns recordes, Pantera Negra tem sofrido com alguns trolls, que tem tentado atingir sites de críticas online para diminuir as notas do filme]
 

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Pantera Negra pode quebrar recorde de bilheteria de Deadpool nos Estados Unidos

Projeção estima abertura milionária para a Marvel
12/02/2018 - 18:36 - ARTHUR ELOI
 
As projeções para Pantera Negra continuam subindo, segundo o Hollywood Reporter. A NRG incialmente havia espitulado que o filme abriria com bilheteria entre US$100 e US$120 milhões, porém mais tarde subiu o número para US$150 milhões. Agora, a empresa projeta que o novo filme da Marvel deve arrecadar US$165 milhões ou mais durante o fim de semana.

Caso se concretize, o longa baterá o recorde de abertura de fevereiro, que é de US$ 152 milhõescom o primeiro filme de Deadpool. No Brasil, a pré-venda de ingressos já começou

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esse tipo de materia até o Tchalla emociona..:(

Astro de Pantera Negra visitou fãs mirins com doença terminal que não puderam ver o filme

O ator Chadwick Boseman se emocionou ao falar sobre sua experiência com dois fãs mirins do personagem Pantera Negra, que ele interpreta no vindouro filme da Marvel.“Durante as filmagens, eu mantive contato com esses dois garotos, sabendo que eles estavam com câncer terminal. Os pais me diziam que eles estavam tentando aguentar até poder assistir ao filme”, conta Boseman à SiriusXM. “A princípio, aquilo tudo parecia demais para mim. Eu pensava: ‘Como isso pode significar tanto para alguém?’. Mas então me lembrei da minha infância, de esperar ansiosamente pelo Natal, ou por um novo videogame, ou por qualquer coisa assim. Em muitos sentidos, vivemos nossas vidas esperando por essas coisas culturais”, diz ainda. “Quando eu soube que eles haviam falecido…”, começa o ator, se emocionando e parando de falar por alguns segundos (veja o vídeo mais abaixo). “O filme significa muito para muita gente”.

 

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Michael B. Jordan revela inspiração em Cidade de Deus para fazer o vilão Killmonger

Filme chegou aos cinemas hoje (15)
 


Em entrevista ao jornal O Globo, Michael B. Jordan revelou que assistiu Cidade de Deus como pesquisa para o papel de Killmonger, vilão de Pantera Negra:

"Quando a gente fez Fruitvale Station vimos o filme [Cidade de Deus] várias vezes. E pensamos em como nós, frutos do gueto, conseguíamos entender, até sem som, os personagens do Rio de Janeiro. Fiz pesquisa para meu personagem vendo o filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund, e ele se tornou um de meus favoritos na vida. Quando Ryan disse que ele queria que os meninos de Cidade de Deus se vissem na tela em Pantera Negra ele resumiu de uma forma bem crua o sumo deste nosso papo".

O ator também comentou o fato do personagem viver em um conjunto habitacional nos EUA: "A ideia era fazer as duas coisas ao mesmo tempo: um filme de aventura com cenas de ação inovadoras, passadas inclusive no projeto habitacional, mas também tratar de temas que são importantes para nós. Killmonger é um vilão com um passado, ele tem motivos para a revolta social e política que acaba sendo o centro da história. Isso também é inovador, ele sofre com a opressão sistêmica do modelo social americano. O combustível da raiva dele é explicitado de uma forma propositadamente expansiva. Creio que a trajetória dele é similar à de pessoas oprimidas em outras realidades, como o Brasil".

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VILÃO DO FILME FOI INSPIRADO NO FILME “CIDADE DE DEUS”!

Capa da Publicação

 Pantera Negra mal estreou nos cinemas brasileiros e já está dando o que falar.
O filme prometia ser um sucesso desde que as primeiras críticas de imprensa começaram a ser divulgadas, e em todas elas só víamos elogios para o novo filme da Marvel Studios.
Com a pré-venda de ingressos sendo um sucesso, parece que todo o esforço dos atores e da equipe de produção será recompensado.
Um dos grandes destaques do longa é o vilão Erik Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan. Um vilão frio e que representa um total contraste para o herói vivido por Chadwick Boseman.
Em uma recente entrevista com o jornal O Globo, Jordan revelou que uma de suas maiores inspirações para compor o personagem foi o filme brasileiro Cidade de Deus, e usou o retrato da vida sofrida nas favelas brasileiras como combustível para sua atuação.
“Quando a gente fez ‘Fruitvale Station’ vimos [Cidade de Deus] várias vezes. E pensamos em como nós, frutos do gueto, conseguíamos entender, até sem som, os personagens do Rio de Janeiro. Fiz pesquisa para meu personagem vendo o filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund, e ele se tornou um de meus favoritos na vida. Quando Ryan [Coogler] disse que ele queria que os meninos de ‘Cidade de Deus’ se vissem na tela em “Pantera negra” ele resumiu de uma forma bem crua o sumo deste nosso papo.”
O ator complementa sua declaração falando sobre as motivações do vilão e o motivo de toda a sua revolta:
“Killmonger é um vilão com um passado, ele tem motivos para a revolta social e política que acaba sendo o centro da história. Isso também é inovador, ele sofre com a opressão sistêmica do modelo social americano. O combustível da raiva dele é explicitado de uma forma propositadamente expansiva. Creio que a trajetória dele é similar à de pessoas oprimidas em outras realidades, como o Brasil.”
O ator com certeza conseguiu captar a essência de Cidade de Deus e transpassar isso em sua atuação, nos entregando um dos melhores vilões do Universo Cinematográfico Marvel.
 

:rolleyes:

 

DANAI GURIRA, A OKOYE, FALA SOBRE A REPRESENTAÇÃO FEMININA NO FILME!

Capa da Publicação

As personagens femininas são retratadas de forma primorosa em Pantera Negra, sendo elas parte crucial da trama. Tanto as Dora Milaje, quanto a família de T’Challa, são fundamentais para o desenvolvimento do herói e para Wakanda como um todo.
Em uma recente entrevista, Danai Gurira, a General Okoye, falou sobre a representatividade feminina na trama e como isso contribuiu para que Wakanda se tornasse a nação mais desenvolvida do mundo.
“É realmente algo onde se pode aprender quando as mulheres são capazes de entender e atualizar sua grandeza e seu total potencial sem que seja algo ressaltado de forma exagerada,” disse Gurira. “Apenas está lá, apenas é o que é e todos entendem – o rei entende, os homens entendem, todo mundo entende. Isso é o que permite nossa nação avançar e ter progresso para estar na linha de frente.”
“Esse realmente é o negócio,” adiciona ela. “Queremos progresso? Se queremos progredir, deixe as mulheres serem tudo o que elas podem ser. Não entre em seu caminho.”
A atriz complementa sua declaração ao descrever seu primeiro encontro com o diretor Ryan Coogler e como ela se preocupou em como as mulheres africanas seriam retratadas no longa.
“Eu estava tão animada por fazer parte disso e eu me sentei com Ryan, mas eu precisava ouvir a visão, que era tão fantástica e tao enraizada em autenticidade e mulheres reais e poderosamente interessantes porque isso é profundamente importante para mim – como mulheres africanas são retratadas, especialmente nessa escala,” ela disse.
 

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