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Felicidade


Mr. Scofield
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Espiritualidade etc - essa é a mais difícil pra mim. Talvez por conta da indecisão. Merece ser mais elaborada.

 

 

Não acredito que "ter uma espiritualidade" ou ser religioso seja um patamar para se ter felicidade.

Esqueci de acrescentar a ausência de religiosidade e convicção ateísta, o que quis dizer é em relação a uma definição quanto a tais assuntos.

E não se esqueça que a discussão é de ser fator objetivo ou subjetivo (pois me parece bastante natural que algumas pessoas se sintam mais felizes por isso).

 

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Vou diretamente ao que eu, acredito, que seja a questão que eu gostaria de discutir por aqui... Felicidade: o que é isso?

 

Subjetividade, simples assim... A felicidade é algo que cada qual sabe qual é para ele mesmo... Óbvio isso? Sem dúvida alguma... Não tem como, no meu entender, se criar um padrão do "o que é ser feliz"... Ter dinheiro é sinônimo de felicidade? Então pq temos ricos com depressão?... Liberdade plena traz felicidade? Então pq suicídios em micro-sociedades anarquistas?

 

Bom... Complexo, e acho q nem deixei claro a minha abordagem nesse assunto...

 

 

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Vou diretamente ao que eu' date=' acredito, que seja a questão que eu gostaria de discutir por aqui... Felicidade: o que é isso?

 

Subjetividade, simples assim... A felicidade é algo que cada qual sabe qual é para ele mesmo... Óbvio isso? Sem dúvida alguma... Não tem como, no meu entender, se criar um padrão do "o que é ser feliz"... Ter dinheiro é sinônimo de felicidade? Então pq temos ricos com depressão?... Liberdade plena traz felicidade? Então pq suicídios em micro-sociedades anarquistas?

 

Bom... Complexo, e acho q nem deixei claro a minha abordagem nesse assunto...

 

[/quote']

Então você crê que a felicidade seria algo totalmente subjetivo. E quanto aos fatores que eu e o pessoal citamos, acredita que sejam todos subjetivos?

Quando falamos em saúde, por exemplo a coisa fica mais complicada. Seria esse um fator mais próximo da felicidade, mas só identificável com maior importância quando nós a perdemos (ou seja, um fator inconsciente E objetivo de felicidade?). Alguém que não tem saúde teria um fator A MENOS que os seres humanos idealizados, as quais seriam plenamente felizes em todas as situações?

 

 

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Aí vem minha primeira pergunta: esse fator objetivo é também plausível e, principalmente, REAL, pra vocês (ou seria somente uma necessidade para a discussão que se afastaria da realidade, mas a tornaria viável)?

Quais seriam os componentes objetivos da felicidade? E, enfim, o que é felicidade para você? E o que seria uma sociedade mais feliz? Ela é possível?

01

 

[/quote']

 

Felicidade para mim é conseguir o que quero/preciso e, em seguida, ajudar as pessoas das quais gosto a conseguirem o querem/precisam deixando-as felizes também.

 

Acho que isso é igual para todos. Algumas pessoas dizem que felicidade é ter dinheiro ou ter saúde ou estudo... No fim, para todos é basicamente ter o que se quer ou precisa.

 

Como nem sempre temos tudo que queremos ou precisamos, nunca temos felicidade plena. Ainda bem... felicidade plena deve ser um tédio. Não ter o que desejar, o que almejar, o que perseguir, pois já se tem tudo, deve tornar a vida vazia e sem objetivos.

Nostromo2009-08-06 21:36:45

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No sexo o importante é gozar não importa como!

Com a felicidade não é diferente é valido "gozar" também, liberando neurotransmissores como a serotonina e noradrenalina, enfim eu sei lá o rumo da discussão de vocês, mas creio que a felicidade esta intimamente ligada com cada individuo pois JAMAIS podemos julgar os motivos que fazem cada um de nós liberar neurotransmissores legais e encontrados em um sérei de psicoticos e alucinogenos...

 

huauhahuauha

 

 

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...Quais seriam os componentes objetivos da felicidade? E, enfim, o que é felicidade para você? E o que seria uma sociedade mais feliz? Ela é possível?
01
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Felicidade para mim é conseguir o que quero/preciso e, em seguida, ajudar as pessoas das quais gosto a conseguirem o querem/precisam deixando-as felizes também.

Como nem sempre temos tudo que queremos ou precisamos, nunca temos felicidade plena. Ainda bem... felicidade plena deve ser um tédio. Não ter o que desejar, o que almejar, o que perseguir, pois já se tem tudo, deve tornar a vida vazia e sem objetivos.

 

Concordo ..e discordo de ti 06.

Concordo que felicidade seja tu conseguir o que se quer/precisa.

Mas discordo disso de que felicidade plena seria um tédio... aff!

 

By the way, pq todo mundo associa felicidade com desmotivação?

Acho que infelicidade, depressão gera mais desmotivação  e inércia que a felicidade.

 

Tu mesmo cita que após conseguir o que te faria feliz tu ajudaria as pessoas das quais tu gosta a ser feliz tb.

Não acho que isso seria tedioso, não! 13
MariaShy2009-08-07 10:19:37
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Concordo ..e discordo de ti 06.

Concordo que felicidade seja tu conseguir o que se quer/precisa.

Mas discordo disso de que felicidade plena seria um tédio... aff!

 

By the way, pq todo mundo associa felicidade com desmotivação?

Acho que infelicidade, depressão gera mais desmotivação  e inércia que a felicidade.

 

Tu mesmo cita que após conseguir o que te faria feliz tu ajudaria as pessoas das quais tu gosta a ser feliz tb.

Não acho que isso seria tedioso, não! 13
[/quote']

 

Depois de conseguir o que quero e ajudar as pessoas que gosto (que não são muitas), não sobraria o que fazer... Não haveria mais o que desejar. Não haveria mais objetivos.

 

Não é a felicidade que eu associo com desmotivação. Só a felicidade plena.

 

E há também um ponto médio entre felicidade e infelicidade que vocês estão desconsiderando. Não existe apenas os que riem atoa e os que querem se matar. Não ser completamente feliz não significa ser infeliz.

Nostromo2009-08-07 13:53:54

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Postada por MariaShy


Concordo ..e discordo de ti 06.

Concordo que felicidade seja tu conseguir o que se quer/precisa.

Mas discordo disso de que felicidade plena seria um tédio... aff!

 

By the way, pq todo mundo associa felicidade com desmotivação?

Acho que infelicidade, depressão gera mais desmotivação  e inércia que a felicidade.

 

Tu mesmo cita que após conseguir o que te faria feliz tu ajudaria as pessoas das quais tu gosta a ser feliz tb.

Não acho que isso seria tedioso, não! 13

 

 

Depois de conseguir o que quero e ajudar as pessoas que gosto (que não são muitas)' date=' não sobraria o que fazer... Não haveria mais o que desejar. Não haveria mais objetivos.

Não é a felicidade que eu associo com desmotivação. Só a felicidade plena.

E há também um ponto médio entre felicidade e infelicidade que vocês estão desconsiderando. Não existe apenas os que riem atoa e os que querem se matar. Não ser completamente feliz não significa ser infeliz. [/quote']

Sei não...tu não acha muita ingenuidade pensar que fazer pessoas felizes seja algo fácil e que não tome tempo... muito tempo ?!

By the way, o número de pessoas a se fazer feliz não pára de crescer, cara!

Tem a sua família, depois sua mina, depois seus filhos, depois seus netos...

Se sua proposta de ser feliz inclui fazer quem tu ama feliz, vais passar o resto da vida fazendo isso.

Daí que tu tá condenado a ser feliz o resto da vida 06

 

Eu acho que todo mundo faz isso, se diverte na longa caminhada(busca) até o plenamente feliz.
MariaShy2009-08-07 14:10:43
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Concordo ..e discordo de ti 06.

Concordo que felicidade seja tu conseguir o que se quer/precisa.

Mas discordo disso de que felicidade plena seria um tédio... aff!

 

By the way, pq todo mundo associa felicidade com desmotivação?

Acho que infelicidade, depressão gera mais desmotivação  e inércia que a felicidade.

 

Tu mesmo cita que após conseguir o que te faria feliz tu ajudaria as pessoas das quais tu gosta a ser feliz tb.

Não acho que isso seria tedioso, não! 13
[/quote']

Olha, eu acho que o Nostromo entendeu EXATAMENTE o ponto da questão ao discutir no post anterior sobre a desmotivação e, Shy, acho que você ainda não conseguiu compreender o cerne da opinião (embora possa discordar, naturalmente).

 

Esse parágrafo do Nostromo é perfeito (e já havia sido enfatizado por mim anteriormente):

 

"E há também um ponto médio entre felicidade e infelicidade que vocês

estão desconsiderando. Não existe apenas os que riem atoa e os que

querem se matar. Não ser completamente feliz não significa ser infeliz."

 

Aliás, uma das primeiras questões do estudo do raciocínio lógico é esse. As pessoas tendem a achar que não satisfazer uma condição leva imediatamente ao extremo. Exemplo bobo, mas que poderia ser MUITO mais complexo e o utilizarei só para entenderem o que quero dizer: para destruir a hipótese "nenhum ser humano é capaz de voar" não preciso provar que "TODOS os seres humanos são capazes de voar", como muitos falariam, mas que "PELO MENOS UM ser humano é capaz de voar".

Ou seja, tendemos a utilizar o extremo OPOSTO para argumentar a favor de UM EXTREMO, talvez para enfatizar o que pensamos, mas é totalmente inadequado. Talvez uma das maiores "injustiças" do mundo seja o fato de que é necessário APENAS UMA exceção para falsificar de forma decisiva o "nunca", "sempre", "pleno", "completo".

Discordo do Nostromo só quanto a questão do ponto médio porque existem na verdade INÚMERAS, incontáveis gradações intermediárias, não há porque enfatizar somente o ponto médio. Todas elas contém certa felicidade, alguns estados muito satisfatórios inclusive. É irreal afirmar que qualquer um nesses inúmeros estágios é infeliz, MAS (e é aí que está o problema de falar em felicidade PLENA, que representa um extremo) basta UM FATOR que lhe proporcione mais felicidade do que tem para eu falar que você não vivia na felicidade plena. Como esses fatores sempre existirão, não creio que nenhum ser humano venha a ser plenamente feliz.

 

Quanto à discussão felicidade PLENA x desmotivação é MUITO válida. Para mim não há como assimilar a idéia de que alguém plenamente feliz lutaria por alguma coisa. No exemplo da Shy, se o fato do Nostromo ser intensamente feliz faria com que ele não quisesse nenhuma mudança na vida dele MAS quisesse que todos os amigos, parentes, etc fossem felizes e fizesse tudo pra que isso acontecesse, eu consigo imaginar um estado de felicidade DELE maior quando tanto ele quanto todas essas pessoas estivessem felizes JUNTO com ele. Logo, ele só seria feliz plenamente NESSE último estágio e, portanto, ele não seria plenamente feliz antes.

 

Mr. Scofield2009-08-07 21:33:49

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É um assunto subjetivo demais para mim, mais até que religião. Ao invés de pensar muito sobre isso e discutir, prefiro buscar vivenciar, das maneiras possíveis, assim como na questão espiritual/religiosa, em que nada que for dito superará o que obtenho ao longo da vida.

 

 

 

Para não dizer que não falei das flores, procuro traçar objetivos diversos, sim, mas já cansei de ficar à espera de momentos adiantes de significância, ainda mais quando você percebe a "Dona" chegar a ti e a próximos.

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Parece que a maior parte do pessoal acredita em uma influência muito mais subjetiva na felicidade que objetiva (na verdade, muitos acreditam que não haja objetividade nenhuma).

 

Mas também quero dar meu pitaco...pessoalmente, creio que existem fatores objetivos sim, mas eles só apresentam essência quando combinados. Por exemplo: uma pessoa que vive nas ruas aqui em BH (verídico) tem uma das pernas inchadas e mal consegue caminhar. Embora muitos acham que ela sofre de Elefantíase (doença erradicada da capital mineira há muitos anos), na verdade o problema é com um acúmulo de líquido nos vasos linfáticos por alguma outra doença da qual não me recordo desenvolvida de forma extrema por falta de tratamento. O que assusta é que ela não chegou a esse ponto por causa de ineficiência do sistema (que realmente é uma bosta também), mas por que, ao ser oferecido, ela simplesmente não aceitou.

Ela preferia viver doente pela facilidade com a qual recebia esmolas. Desse jeito, as pessoas tinha mais pena dela e mais pessoas contribuíam para que ela juntasse mais dinheiro para sobreviver.

Não acredito que realmente uma pessoa sem saúde seja feliz, o máximo que posso acreditar é em uma possível adaptabilidade por um motivo maior, um prejuízo ou inevitável (um acidente, por exemplo) ou como estratégia de sobrevivência (como o da senhora dita acima, que prefere a comodidade de não ter que trabalhar ao invés de ser curada).

 

Mas com essa crença e exceção não posso descartar, portanto, que a saúde não é um fator objetivo de felicidade. Só posso dizer que ela não é SOZINHA. Creio que se agregarmos à saúde uma condição financeira adequada, atingiremos mais pessoas e a idéia tende a ser mais objetiva. Provavelmente juntando mais fatores nos aproximaremos mais da realidade ainda.

 

Daí creio que a felicidade pode ser estudada, enfim. A descoberta desses fatores conjuntos poderia gerar um cidadão "médio" bem próximo da realidade a ponto de permitir uma pesquisa e análise comportamental válida em quase todas as situações, o que não acredito ser possível se considerarmos tudo como subjetivo (simplesmente pelo fato de serem variáveis demais).

Vale dizer que é inegável a existência de fatores subjetivos e eles primam ser a maioria avassaladora, mas o que quero dizer é que, segundo o que penso, a objetividade é plausível e também contribui para uma possível análise.

 

Mr. Scofield2009-08-09 07:42:49

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Tb acho que a felicidade pode vir da combinação de fatores que tu citou.

Mas sabe o que?

O cérebro nos prega armadilhas, daí o racional vai pro espaço.

Tipo o exemplo que tu citou.

Pode não ser a perna e o medo de não conseguir esmolas que faz ela optar por não se tratar. Ela saudável poderia trabalhar e melhorar de vida. Acho que ela não tem perspectiva nenhuma, daí está se boicotando. O motivo deve ser mais profundo do que conseguir esmolas.

 

Anyway, acho que a religião é o mais forte dos motivos p/ tu ser feliz. É ela que nos conforta qd estamos doente e torna a vida suportável. F...-se se é vista como alienação,  ópio... whatever...

A religião tb nos torna mais resignados (não conformado) e nos ensina a olhar mais p/ o espiritual que o material.
Daí, os problemas mundanos perdem parte do seu peso e a paz vem,  então tu se serena.

Sério, é tremendamente confortador tu saber que tu pode contar com Alguém onipresente, onisciente e poderoso!!!
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Paulo Coelho publicou em seu TWITTER:

 

"Felicidade é ter tudo que você quer. Alegria é curtir tudo que voce tem - mto mais interessante."

 

Acho que a felicidade está muito mais voltada às nossas expectativas. Hoje eu não me considero 100% feliz e creio que em nenhum momento da minha vida eu fui 100% feliz. Se eu acho isso triste? Aos poucos eu estou aprendendo que não e não se trata de conformismo. Hoje trabalho em um lugar que não me sinto feliz e nem realizado, mas é onde eu ganho o dinheiro que me traz a tranquilidade pra viver. Logicamente que estou em busca de outro emprego, mas a sensação de me sentir um mercenário - e ainda por tão pouco - me deixa deprimido. Mas ao pensar em um contexto geral, fico pensando que não me considero minoria, afinal de contas quantas outras pessoas não se sentem frustradas em seu trabalho, mas que ainda resistem porque sustentam a família, tem filhos pra criar e tal? Sei lá, podem ser coisas que invadem a minha cabeça apenas para que eu pare de reclamar e aceite as coisas como estão. Será que nós não estaríamos condicionados a sermos "apenas" 60, 70% do tempo feliz, afinal a felicidade plena não existe e o ato de viver é um eterno e contínuo exercício contra a frustração que nem sempre conseguimos superar?

 

Eu penso que se tivesse um outro emprego, eu seria 100% feliz. E será que qdo eu estiver nesse outro emprego, eu realmente estarei 100% feliz? Será que um emprego realmente tem a "obrigação" de me fazer feliz ou apenas me dar a oportunidade de me dar tranquilidade? "Aprendendo a ser feliz depois das 18 horas e nos finais de semana.", essa é a minha frase no MSN. É por isso que talvez muito mais importante que a felicidade seja justamente a alegria, a alegria de aproveitar aqueles seus 60, 70 % de tempo de felicidade... e será que talvez alguém não me diga que é apenas 30, 40% feliz??? E será que esta pessoa estaria errada em dizer que a vida vale a pena "apenas" por estes 30, 40% de felicidade? Quem sou eu pra julgar...

 

Ainda assim a minha felicidade está condicionada a um novo emprego, mas nem por isso perco tempo de aproveitar a minha atual percentagem de felicidade... ou seria alegria??? Pode ser as duas coisas ... sei lá...03
Thiago Lucio2009-08-09 10:17:01
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Anyway, acho que a religião é o mais forte dos motivos p/ tu ser feliz. É ela que nos conforta qd estamos doente e torna a vida suportável. F...-se se é vista como alienação,  ópio... whatever...

A religião tb nos torna mais resignados (não conformado) e nos ensina a olhar mais p/ o espiritual que o material.

Daí, os problemas mundanos perdem parte do seu peso e a paz vem,  então tu se serena.

Sério, é tremendamente confortador tu saber que tu pode contar com Alguém onipresente, onisciente e poderoso!!!
[/quote']

Discordo, pelo menos para o geral. Esse é um dos fatores mais subjetivos que existem e logicamente pode contribuir enormemente para a felicidade de alguns, os que acreditam, crêem nela. Não é à toa que quando coloquei na lista fiz questão de escrever algo como convicção do que acredita ou coisa do gênero. A maior prova de que ela não é determinante no geral é o número enorme de ateus ou que crêem em deuses completamente diferentes que esse onisciente, poderoso e onipresente ou que crêem na ciência somente ou são agnósticos como eu e que são felizes.

E digo mais: a religião pode ser uma faca de dois gumes, pois há muitos que se dizem religiosos, não seguem os preceitos e se sentem culpados em algum ponto da vida por não seguí-los. Nesse caso, elas serão atormentadas por ela e pode se tornar até mesmo um importante indicador de infelicidade.

No final depende de quem você é e não de quem você "acha" que tem que ser.

 

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Paulo Coelho publicou em seu TWITTER:

 

"Felicidade é ter tudo que você quer. Alegria é curtir tudo que voce tem - mto mais interessante."

 

Acho que a felicidade está muito mais voltada às nossas expectativas. Hoje eu não me considero 100% feliz e creio que em nenhum momento da minha vida eu fui 100% feliz. Se eu acho isso triste? Aos poucos eu estou aprendendo que não e não se trata de conformismo. Hoje trabalho em um lugar que não me sinto feliz e nem realizado, mas é onde eu ganho o dinheiro que me traz a tranquilidade pra viver. Logicamente que estou em busca de outro emprego, mas a sensação de me sentir um mercenário - e ainda por tão pouco - me deixa deprimido. Mas ao pensar em um contexto geral, fico pensando que não me considero minoria, afinal de contas quantas outras pessoas não se sentem frustradas em seu trabalho, mas que ainda resistem porque sustentam a família, tem filhos pra criar e tal? Sei lá, podem ser coisas que invadem a minha cabeça apenas para que eu pare de reclamar e aceite as coisas como estão. Será que nós não estaríamos condicionados a sermos "apenas" 60, 70% do tempo feliz, afinal a felicidade plena não existe e o ato de viver é um eterno e contínuo exercício contra a frustração que nem sempre conseguimos superar?

 

Eu penso que se tivesse um outro emprego, eu seria 100% feliz. E será que qdo eu estiver nesse outro emprego, eu realmente estarei 100% feliz? Será que um emprego realmente tem a "obrigação" de me fazer feliz ou apenas me dar a oportunidade de me dar tranquilidade? "Aprendendo a ser feliz depois das 18 horas e nos finais de semana.", essa é a minha frase no MSN. É por isso que talvez muito mais importante que a felicidade seja justamente a alegria, a alegria de aproveitar aqueles seus 60, 70 % de tempo de felicidade... e será que talvez alguém não me diga que é apenas 30, 40% feliz??? E será que esta pessoa estaria errada em dizer que a vida vale a pena "apenas" por estes 30, 40% de felicidade? Quem sou eu pra julgar...

 

Ainda assim a minha felicidade está condicionada a um novo emprego, mas nem por isso perco tempo de aproveitar a minha atual percentagem de felicidade... ou seria alegria??? Pode ser as duas coisas ... sei lá...03
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Pois é, Thiagão. Que bom vê-lo participando do tópico, dificilmente vejo você postando no Geral.  01

Acho que já discutimos um pouco do que você comentou. Na minha opinião pessoal a insatisfação parcial com seu emprego o faz se mover em busca de uma situação que lhe proporcione mais felicidade, você se mobiliza em torno de uma situação melhor que a anterior. Isso movimenta, te nutre, te leva em busca de algo, te sustenta. Como disse, vejo a coisa por outro lado e de forma muito positiva porque a situação anterior jamais quer dizer infelicidade, mas apenas um estágio inferior ao que você busca.

 

Sou intensamente feliz hoje, mas tem um monte de coisa que me deixaria ainda mais feliz e é por elas que estou sempre em transição e não permaneço estático.

 

Posso dar um pitaco no seu pensamento? Não creio que você será 100% feliz com seu novo emprego, se o conquistar (e torço para que isso se concretize) porque haverá obstáculos, desejos e uma nova visão das coisas, mas posso dizer que pelo que diz, você será mais feliz que hoje e isso pra mim já bastaria.

Mr. Scofield2009-08-09 19:03:59

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Anyway, acho que a religião é o mais forte dos motivos p/ tu ser feliz. É ela que nos conforta qd estamos doente e torna a vida suportável. F...-se se é vista como alienação,  ópio... whatever...

Sério, é tremendamente confortador tu saber que tu pode contar com Alguém onipresente, onisciente e poderoso!!!
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Discordo, pelo menos para o geral. Esse é um dos fatores mais subjetivos que existem e logicamente pode contribuir enormemente para a felicidade de alguns, os que acreditam, crêem nela... A maior prova de que ela não é determinante no geral é o número enorme de ateus ou que crêem em deuses completamente diferentes que esse onisciente, poderoso e onipresente ou que crêem na ciência somente ou são agnósticos como eu e que são felizes.
E digo mais: a religião pode ser uma faca de dois gumes, pois há muitos que se dizem religiosos, não seguem os preceitos e se sentem culpados em algum ponto da vida por não seguí-los. Nesse caso, elas serão atormentadas por ela e pode se tornar até mesmo um importante indicador de infelicidade.

No final depende de quem você é e não de quem você "acha" que tem que ser.

Uai, mas se se dizem religiosos e não seguem, são dubles, não são religiosos coisa nenhuma e aí a infelicidade deles bem pode vir dessa indecisão ou da insatisfação, do não retorno.

 

E não disse que a religião traz a felicidade, disse que dos fatores que tu citou, como saúde e outros a religião seria o mais forte deles.

 

E ainda que ateus não creem num Deus onipresente, onisciente eles provavelmente creem em algo (na Ciência,  Caos, no acaso) numa concepção pessoal do seu deus, que não deixa de ser religião.

 

Discordo de ti,  acho que importante é tu buscar ser o que quer ser e não se acomodar em ser o que é, se não está feliz.
MariaShy2009-08-09 19:57:25
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Uai, mas se se dizem religiosos e não seguem, são dubles, não são religiosos coisa nenhuma e aí a infelicidade deles bem pode vir dessa indecisão ou da insatisfação, do não retorno.

 

E não disse que a religião traz a felicidade, disse que dos fatores que tu citou, como saúde e outros a religião seria o mais forte deles.

 

E ainda que ateus não creem num Deus onipresente, onisciente eles provavelmente creem em algo (na Ciência,  Caos, no acaso) numa concepção pessoal do seu deus, que não deixa de ser religião.

 

Discordo de ti,  acho que importante é tu buscar ser o que quer ser e não se acomodar em ser o que é, se não está feliz.
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Não acho que seja tão simples assim. Existem seguidores fanáticos de que se privam de vários desejos reais em prol de sua religião, existem religiões que exigem muito dos fiéis e em alguns casos os sacrifícios são vistos como etapas de purificação para a pós morte e digo mais: às vezes não há como se escapar disso porque o universo a qual essas pessoas tem contato não permite escolhas (pela cultura, imposição dos pais também fanáticos, etc). Será que nesses casos as pessoas são necessariamente felizes? A religião pode ser um fator muito importante em sua vida (talvez o mais de todos), mas adentramos aí uma esfera subjetiva demais, não creio que possamos expandir tanto o conceito a ponto de dizer que é O MAIS importante.

 

Crer em algo todo mundo crê, concordo, mas discordo que a crença na ciência possa ser vista da mesma forma que a religião. A única semelhança (e muito importante, aliás) é a escolha por acreditar em algo e paramos por aí.

 

Como já disse milhares de vezes, pra mim, a fé na ciência diz respeito à fé na racionalidade e a fé religiosa tem origem em algo diferenciado, de origem psicológica e irracional (simplesmente se tem), que não exige as provas racionais para perpetuar e não pode ser falsificada por elas, simplesmente porque seria comparar uma letra com uma maçã. Ambas, entretanto, avaliam questões naturais com pontos de vistas distintos que não se entrelaçam (não é possível analisar religião com raciocínio cientificista, nem o oposto).

 

A última frase mostra que você não entendeu o que eu quis dizer. Já falei em algum tópico que achei muito legal em um filme a que assisti há pouco tempo atrás cujo nome também não me recordo na qual diz que existe em cada ser humano três pessoas: o que você acha que é, o que você quer ser e o que você é na verdade.

 

Em nenhum momento falei em se contentar com o que você é hoje. Aliás, isso entraria em contradição com TUDO, absolutamente TUDO que disse até agora. Tente ler de novo contextualizando o parágrafo anterior porque não consigo nem entender porque você acha que eu quis dizer isso.

Mr. Scofield2009-08-09 21:46:03

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Esse parágrafo do Nostromo é perfeito (e já havia sido enfatizado por mim anteriormente):

"E há também um ponto médio entre felicidade e infelicidade que vocês estão desconsiderando. Não existe apenas os que riem atoa e os que querem se matar. Não ser completamente feliz não significa ser infeliz."
[/quote']

 

Há outra coisa aí que é válido ressaltar (não sei se já foi citado, mas de qq forma, vale um repeteco) é que o que é infelicidade para alguns não necessariamente o é para outros.  
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Esse parágrafo do Nostromo é perfeito (e já havia sido enfatizado por mim anteriormente):

 

"E há também um ponto médio entre felicidade e infelicidade que vocês estão desconsiderando. Não existe apenas os que riem atoa e os que querem se matar. Não ser completamente feliz não significa ser infeliz."

[/quote']

 

Há outra coisa aí que é válido ressaltar (não sei se já foi citado, mas de qq forma, vale um repeteco) é que o que é infelicidade para alguns não necessariamente o é para outros.  

Bela observação. E isso necessariamente. Creio que a análise da infelicidade é idêntica a da felicidade e, portanto, predominantemente subjetiva (poderíamos inclusive analisar se existem fatores objetivos na infelicidade e haveria polêmica).

 

O caso do seguidor fanático religioso é bastante interessante, aliás. Analisando com mais cuidado...será que ele é infeliz mesmo, como citei no parágrafo anterior? Ou será que consideramos que ele é porque adotamos nossas próprias perspectivas sobre a vida dele?

 

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Paulo Coelho publicou em seu TWITTER:

 

"Felicidade é ter tudo que você quer. Alegria é curtir tudo que voce tem - mto mais interessante."

 

Acho que a felicidade está muito mais voltada às nossas expectativas. Hoje eu não me considero 100% feliz e creio que em nenhum momento da minha vida eu fui 100% feliz. Se eu acho isso triste? Aos poucos eu estou aprendendo que não e não se trata de conformismo. Hoje trabalho em um lugar que não me sinto feliz e nem realizado, mas é onde eu ganho o dinheiro que me traz a tranquilidade pra viver. Logicamente que estou em busca de outro emprego, mas a sensação de me sentir um mercenário - e ainda por tão pouco - me deixa deprimido. Mas ao pensar em um contexto geral, fico pensando que não me considero minoria, afinal de contas quantas outras pessoas não se sentem frustradas em seu trabalho, mas que ainda resistem porque sustentam a família, tem filhos pra criar e tal? Sei lá, podem ser coisas que invadem a minha cabeça apenas para que eu pare de reclamar e aceite as coisas como estão. Será que nós não estaríamos condicionados a sermos "apenas" 60, 70% do tempo feliz, afinal a felicidade plena não existe e o ato de viver é um eterno e contínuo exercício contra a frustração que nem sempre conseguimos superar?

 

Eu penso que se tivesse um outro emprego, eu seria 100% feliz. E será que qdo eu estiver nesse outro emprego, eu realmente estarei 100% feliz? Será que um emprego realmente tem a "obrigação" de me fazer feliz ou apenas me dar a oportunidade de me dar tranquilidade? "Aprendendo a ser feliz depois das 18 horas e nos finais de semana.", essa é a minha frase no MSN. É por isso que talvez muito mais importante que a felicidade seja justamente a alegria, a alegria de aproveitar aqueles seus 60, 70 % de tempo de felicidade... e será que talvez alguém não me diga que é apenas 30, 40% feliz??? E será que esta pessoa estaria errada em dizer que a vida vale a pena "apenas" por estes 30, 40% de felicidade? Quem sou eu pra julgar...

 

Ainda assim a minha felicidade está condicionada a um novo emprego, mas nem por isso perco tempo de aproveitar a minha atual percentagem de felicidade... ou seria alegria??? Pode ser as duas coisas ... sei lá...03
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Pois é, Thiagão. Que bom vê-lo participando do tópico, dificilmente vejo você postando no Geral.  01

Acho que já discutimos um pouco do que você comentou. Na minha opinião pessoal a insatisfação parcial com seu emprego o faz se mover em busca de uma situação que lhe proporcione mais felicidade, você se mobiliza em torno de uma situação melhor que a anterior. Isso movimenta, te nutre, te leva em busca de algo, te sustenta. Como disse, vejo a coisa por outro lado e de forma muito positiva porque a situação anterior jamais quer dizer infelicidade, mas apenas um estágio inferior ao que você busca.

 

Sou intensamente feliz hoje, mas tem um monte de coisa que me deixaria ainda mais feliz e é por elas que estou sempre em transição e não permaneço estático.

 

Posso dar um pitaco no seu pensamento? Não creio que você será 100% feliz com seu novo emprego, se o conquistar (e torço para que isso se concretize) porque haverá obstáculos, desejos e uma nova visão das coisas, mas posso dizer que pelo que diz, você será mais feliz que hoje e isso pra mim já bastaria.

 

Hoje a minha felicidade está voltada a essa mudança de emprego e não consigo me considerar plenamente feliz em função de uma situação que me desagrada. Já pensei até em pedir as contas e tal, mas sei que desempregado a minha "infelicidade" seria outra, outra que já havia experimentado antes. O meu grande desafio é justamente buscar equilibrar a minha insatisfação com a minha felicidade. Até que ponto estou infeliz, até que ponto estou insatisfeito. Estou infeliz por estar insatisfeito ou é a minha insatisfação que me deixa infeliz?

 

Eu não espero ser 100% feliz, seja com um novo emprego ou não, mas espero ter uma nova oportunidade de sentir que estou fazendo algo pra mudar a minha atual condição e pensando num futuro... e isso me leva inevitavelmente a um novo emprego.

 

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Aí vem minha primeira pergunta: esse fator objetivo é também plausível e, principalmente, REAL, pra vocês (ou seria somente uma necessidade para a discussão que se afastaria da realidade, mas a tornaria viável)?

Quais seriam os componentes objetivos da felicidade? E, enfim, o que é felicidade para você? E o que seria uma sociedade mais feliz? Ela é possível?

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Esse é um assunto sobre o qual raramente pensei a respeito, mas vamos lá:

 

Todos os elementos que você elencou (autosuficiência, religiosidade, beleza, status, sexual e condições financeira e familiar) são, a meu ver, elementos que geram satisfação, e que, em conjunto, podem trazer a felicidade. Não acredito que seja uma regra, apenas algo (muito) provável.

 

É que não vejo como os componentes da felicidade não possam ser inteiramente subjetivos mesmo, tanto quanto o da infelicidade. Pois por mais que se diga que saúde e condição financeira contribuem objetivamente para a questão, vai de cada um sua real importância, não tem jeito: eu mesmo, no ano passado, fui consideravelmente feliz, ainda que no sufoco da falta de grana e de emprego, e constantemente assombrado por uma doença muito chata e aparentemente sem cura.

 

Com relação ao seguir em frente depois de alcançar a felicidade, pra mim é bem simples: evoluir dentro dos limites que te proporcionam essa alegria exagerada. Pegarei como exemplo alguém que se julga feliz apenas por morar em Betim, cercado pelas pessoas que ama (esposa e os verdadeiros amigos), beleza? Basta ele trabalhar em cima disso, aprimorando esses detalhes, às vezes acrescentando coisas, como conseguir um emprego melhor a fim de melhorar a qualidade de vida (casa mais confortável e melhor localizada; alta tecnologia áudio-visual na sala; etc.). Acho que é por aí.

 

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Há uma questão interessante no livro que diz respeito a expectativas. Ele investiga o século dito como sombrio ou algo do tipo na Idade Média, dominado pela mentalidade feudal, teocêntrica e parasitária das relações de servidão e vassalagem, altos impostos, etc.

 

Com o advento do Iluminismo, a forma de pensar mudou, o foco se voltou para o homem, o antropocentrismo prometia livrar a humanidade dos excessos anteriores, a burguesia se firma como classe dominante e os senhores dantes tão respeitados são subjulgados com o passar do tempo. Os grandes avanços das ciências, matemática, física, química, a medicina, a mudança da visão das artes, muito mais centradas no homem prometiam a libertação futura total do mundo arcaico e da sociedade ultrapassada que entrara em decadência por suas próprias limitações.

 

Vislumbrava-se um mundo repleto de mudanças maravilhosas e uma sociedade intensamente feliz, bradada aos quatro ventos por teóricos e filósofos famosos.

 

A pergunta é: por que vocês acham que isso não aconteceu? O que deu errado? Porque será que todas as conquistas daquele tempo até hoje em todas as ciências, o aumento do padrão de vida, a diversidade de oferta, e outros ainda sustentam países miseráveis, pessoas como nós que, embora tenhamos muito mais que outras que não têm nada ainda nos questionamos se somos felizes ou não ou como sermos mais felizes em relação ao que somos hoje?

 

Mr. Scofield2009-08-10 13:28:37

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