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Abismo do Medo


Daft Archer
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Bom, sou suspeito pra falar (pois indiscutivelmente prefiro gore a suspense), mas dá pra fazer ótimos filmes mostrando as criaturas de corpo inteiro.

 

O Stuart Gordon fez isso em Castelo Maldito, temos o "monstro" aparecendo de corpo inteiro praticamente todo o filme, e isso não o deixa pior em nenhum momento. Também temos a grotesca criatura de Possessão (com a Isabelle Adjani, um filme pouco conhecido) que com sua aparição dá toda uma dimensão bizarra ao filme...

 

Na verdade existem casos e casos, e achei a opção do Marshall excelente.

 

 

---

 

Outro ponto que esqueci de comentar: muitos reclamam da atitude "rambo" da Juno. Eu achei altamente plausível. Ela era visivelmente a mais preparada fisicamente e naturalmente era a líder do grupo. E pelo fato dela carregar todo um remorso por ter sido amante do Paul, ela assume o posto de protetora, sempre querendo voltar pra ajudar a Sarah. Mas, fora ela, todas as outras personagens têm caracteristicas diferentes, que a tornam unicas.

E as criaturas visivelmente eram atrofiadas, com pouco desenvolvimento muscular (viviam em cavernas, caçavam à noite). Logo, é completamente plausível uma luta mano-a-mano com uma mulher. Ambos tinham forças físicas equivalentes. O Marshall criou essa equiparação para dar algum poder de reação as mulheres - na falta do elemento masculino, alguém teria que tomar a iniciativa, partir pra luta - mas esse artificio serviu para deixar o filme mais plausivel. 

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Bom' date=' sou suspeito pra falar (pois indiscutivelmente prefiro gore a suspense), mas dá pra fazer ótimos filmes mostrando as criaturas de corpo inteiro.

O Stuart Gordon fez isso em Castelo Maldito, temos o "monstro" aparecendo de corpo inteiro praticamente todo o filme, e isso não o deixa pior em nenhum momento. Também temos a grotesca criatura de Possessão (com a Isabelle Adjani, um filme pouco conhecido) que com sua aparição dá toda uma dimensão bizarra ao filme...

Na verdade existem casos e casos, e achei a opção do Marshall excelente. [/quote']

Exato... existem casos e casos e aqui, Marshall quis tudo: um suspense ao não mostrar nada (ou pouco) para logo em seguida querer um suspense ao mostrar tudo. Não se pode ter os dois mundos.


Outro ponto que esqueci de comentar: muitos reclamam da atitude "rambo" da Juno. Eu achei altamente plausível. Ela era visivelmente a mais preparada fisicamente e naturalmente era a líder do grupo. E pelo fato dela carregar todo um remorso por ter sido amante do Paul' date=' ela assume o posto de protetora, sempre querendo voltar pra ajudar a Sarah. Mas, fora ela, todas as outras personagens têm caracteristicas diferentes, que a tornam unicas.
E as criaturas visivelmente eram atrofiadas, com pouco desenvolvimento muscular (viviam em cavernas, caçavam à noite). Logo, é completamente plausível uma luta mano-a-mano com uma mulher. Ambos tinham forças físicas equivalentes. O Marshall criou essa equiparação para dar algum poder de reação as mulheres - na falta do elemento masculino, alguém teria que tomar a iniciativa, partir pra luta - mas esse artificio serviu para deixar o filme mais plausivel. [/quote']

Não disse que não era plausível, apenas 'americano' demais...

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Tenho uma visão um pouco diferente da estória do que vocês, pelo jeito, pessoal. Tendo a concordar mais com o Daft.

Acredito que ao mostrar as criaturas o filme muda completamente de foco tradicional  e mostra que seu objetivo é outro. ESSE foi exatamente o momento que mais me surpreendeu. Não é fazer suspense a partir do mistério que envolve os monstros. O filme mostra que as criaturas, a caverna, a escuridão..nada disso é o foco...eles compõem (otimamente, diga-se de passagem) o filme...

Me assustou muito ver que as mulheres passaram a agir de forma tão violenta e lutavam tanto, adquirindo uma postura característica do macho, do homem...daí percebi que havia algo de estranho ali.

Na maioria das vezes que vejo um elemento "anormal/ridículo" mostrado com exagero em um filme há duas saídas..ou o diretor é muito ruim e não sabe lidar com a construção dos personagens, arruinando a estória ou estamos lidando com simbologias.

Aqui pra mim, pela qualidade do filme até então, a resposta era a segunda opção. Sim, o objetivo do filme não é esconder as criaturas para mostrá-las depois mas mostrar a postura masculinizada que as protagonistas assumem como forma de sobrevivência. O fato de lutarem por suas vidas matando, enganando, se destruindo e se deteriorando (chegando a nos irritar de tanto que ele esfrega isso na nossa cara) são tipicamente masculinas...hmmm..há uma crítica aí.

Mulheres independentes? Um filme onde os homens não tem a menor importância e o único que existe no início é aniquilado? Mas curiosamente as mulheres se portam como HOMENS? Não é contraditório propositadamente? E pra ficar mais contraditório tudo não precisa ser exagerado para GRITAR para o expectador que há algo errado? Que há uma mensagem?

Pra mim, o filme é mais que sons e ambientação.

 

Mr. Scofield2006-9-19 23:27:44

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Dook, ele passa a mostrar as criaturas, sim, mas em nenhum momento as explica. Apenas registra, para fazer um terror de sugestão na primeira metade e um violentíssimo gore atual na segunda, o que necessita do contato físico brutal (entre elas e as criaturas, entre elas mesmas).

Achei foda ficar tenso com as criaturas já reveladas, porém ainda misteriosas. Demais. E ele mostra numa crueza rara (Night shot! Night shot!), daí discordo da comparação com o Jeunet, que praticamente pinta/desfila seus aliens (e gostei!), criaturas que, ao contrário dessas de "Abismo do Medo", já foram deveras confidenciados ao público.

Quanto a Sarah, eu juro que vi ali um "chutar o balde" com o tipo de construção de "fortes personagens femininas". Não me refiro a um contexto social de feminismo (mal vi isso, exceto pela composição estrogênica do grupo), mas estruturalmente falando mesmo. Pode correr o risco de cair na própria armadilha, e talvez para você tenha caído, mas eu entrei na do Marshall e sorrindo.

Acho que o filme nunca larga Sarah. Está sempre com ela, podendo até ser todo baseado nela, que, como personagem, percorre praticamente todas as personas de gênero, inclusive criatura. Ela é trabalhada em estágios, passados por montagem de corte (o primeiro: acidente), "elipse" simples (1 ano depois...), processo narrativo (surtada no comportamento durante o filme) e, finalmente, desfecho.

E, sério, o final desiludido pode muito bem ser interpretado como uma risada cínica em direção a Sarah depois de todo seu "heroísmo", que Marshall havia filmado com enquadramentos, closes e movimentos antes não trabalhados no filme, como se realmente estivesse construindo ali uma fantasia de esperança de no fim dar tudo certo por causa de alguém. Sarah chega a fazer pose com tocha em punho. Mas depois, depois mesmo, porque gasta boa metragem com essa simulação, ele simplesmente destroça o sonho com um porrete daquela espessura.

Caralho, quero muito ver de novo.

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Dook' date=' ele passa a mostrar as criaturas, sim, mas em nenhum momento as explica. [/quote']

Se ele as explicasse, aí sim o caldo ia entornar...

Veja: não estou dizendo que mostrar o assassino/alien/monstro seja sempre ruim, apenas disse que, em The Descent, Marshall vinha num tom de extremo suspense mostrando nada ou extremamente pouco. Nesse sentido, não vejo necessidade do cara mostrar claramente como são as criaturas depois de um certo momento. Passou do suspense e do pavor para a correria desenfreada, tão comum em todos os filmes de terror.  

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Não sei se aqui é uma questão de necessidade. Não buscando comparação qualitativa, mas o Shyamalan, por exemplo, optou por mostrar o alien no final de "Sinais", e eu achei punk, apesar dos efeitos terem me decepcionado um pouco, mas só uma questão técnico-visual mesmo, porque tudo ali funciona muito bem pra mim.

Acho que o Marshall joga muito bem com o mostrar (e com o não mostrar). Em "Dog Soldiers" ele estruturou da mesma forma, com os lobisomens aparecendo alucinadamente da metade pra frente. Acho sensacional tudo o que ele faz lá, ao mostrar e ao guardar.

Esse negócio da correria eu reitero que "Abismo do Medo" é, também, um desses "todos os filmes de terror", mas porque Marshall quer fazer experimentos com ele(s). Relembro, mais uma vez, o final atrevidíssimo, justamente uma mister passada de rasteira na cartilha que, em parte, lhe serviu de cobaia.

Aliás, acho que o simples fato dele montar seu conjunto-vítima só com mulheres já demonstra os tipos de quebra que ele propõe.

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Não sei se aqui é uma questão de necessidade. Não buscando comparação qualitativa' date=' mas o Shyamalan, por exemplo, optou por mostrar o alien no final de "Sinais", e eu achei punk, apesar dos efeitos terem me decepcionado um pouco, mas só uma questão técnico-visual mesmo, porque tudo ali funciona muito bem pra mim.[/quote']

A comparação procede e achei o exemplo ótimo. Veja que Shy mostra o alienígena totalmente para na cena seguinte concluir a problemática com os alienígenas. Marshall, por sua vez, mostra as criaturas e cria mais um punhado de cenas de correria. Acho que o filme vinha ótimo sem isso.

Mas como disse acima, cada caso é um caso.

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critica do site bocadoinferno, especializado em gore..

 

ABISMO DO MEDO
por Filipe Falcão
 Um dos melhores filmes de terror de 2006. É dessa forma que Abismo do Medo (The Descent, 2005) ficará lembrado pelos fãs do gênero. A película, que teve estréia nacional no último dia 15, é uma bem sucedida trama que mistura fortes cenas de suspense, com genuínos momentos de horror, provocando medo na medida exata para quem assiste.
A história gira em torno de seis amigas aventureiras. Dentro da trama, destaca-se Sarah (Shauna Macdonald), que perdeu o marido e a filha pequena em um violento acidente de automóvel. Um ano depois da tragédia, ela resolve se juntar às cinco companheiras para explorarem uma caverna local. Um acidente faz com que aconteça um deslizamento de rochas, que bloqueia a saída do lugar, obrigando as amigas a
explorarem o espaço em busca de uma forma de escapar.
A situação, nada agradável, se complica ainda mais quando a organizadora da expedição explica que o grupo não está na caverna conhecida, mas sim em uma nunca antes explorada pelo homem. A justificativa para a troca de percurso seria das amigas descobrirem esse novo espaço e batizarem a caverna com o nome delas.
Presas, em um lugar desconhecido, semelhante a um labirinto com uma infinidade de corredores e túneis. Vai ser nesse ambiente que as seis amigas vão precisar trabalhar em equipe para encontrarem uma saída. Mas não vai demorar muito para o grupo perceber que a caverna é habitada por perigosas criaturas que vão se mostrar, além de asquerosas, bastante agressivas.
Dirigido pelo inglês Neil Marshall, Abismo do Terror consegue ser um agradável diferencial dentro de um gênero tão sobrecarregado de produções fracas ou medianas. Trabalhando com uma história simples, o roteiro, também assinado por Marshall, consegue prender a atenção do público ao apresentar esse ambiente hostil da caverna quase como um personagem dentro da trama. E a sensação para quem assiste à produção é de estar junto com o grupo, preso nesse lugar.
Uma das principais características de Abismo do Medo é a excelente ambientação claustrofóbica criada para o filme. O diretor não se limitou apenas a mostrar túneis apertados, embora eles existam e sejam realmente minúsculos, mas também soube utilizar a escuridão dentro desse espaço aumentando ainda mais a sensação de medo. Muitas vezes, os personagens estão utilizando apenas uma lanterna, ou um isqueiro e a visibilidade torna-se bastante precária. Tal decisão é bastante positiva, pois o que se está acostumado a ver em filmes de terror é uma pseudo-escuridão, na qual o telespectador enxerga claramente tudo, enquanto os personagens parecem estar cegos. Na maioria das cenas de Abismo do Terror, nem elenco nem público conseguem ver direito tamanha a escuridão.
Mesmo antes dos habitantes da caverna serem descobertos, Abismo do Medo já oferece grandes momentos utilizando apenas esses corredores escuros e minúsculos do lugar. Algumas cenas são especialmente aterradoras, como quando as amigas precisam passar por um pequeno túnel e uma das moças fica presa sem conseguir respirar. De tirar o fôlego, literalmente.
O susto também vem de forma bem trabalhada, pois o filme cria várias cenas onde se espera que algo aconteça, mas muitas vezes não ocorre nada, o que deixa o público tenso aguardando por alguma cena de impacto. Mas esses momentos de susto vão vir em outras sequências e sem muito aviso prévio, pegando as pessoas mais relaxadas e desprevinidas.

Seres da escuridão
Abismo do Medo foi gravado obedecendo à cronologia da história, o que possibilitou ao elenco conhecer os habitantes da caverna apenas na primeira cena em que eles são vistos. Um detalhe referente à aparição das criaturas deve ser dado, pois as mesmas só dão as caras na metade do filme. Mas a boa notícia é que a narrativa da película segue de forma tão bem construída que essa “demora” dos estranhos não prejudica em nada o andamento do filme, que vai trabalhando outros pontos até chegar nesse momento.
A primeira aparição dos bichos é de fazer gelar a espinha. Logo após o desabamento da caverna, a personagem Sarah começa a escuta estranhos barulhos, mas não consegue identificar o tipo de animal que poderia estar fazendo o som. Após uma das moças sofrer um acidente, em uma cena de forte impacto, Sarah parece escutar novamente o barulho e começa a procurar a origem do mesmo. A seqüência é extremamente bem realizada por mostrar a fraca luz da lanterna da moça percorrendo as rochas até encontrar, distante, um dos seres que, após se dar conta da estranha, desaparece na escuridão.
Tal cena é feita de forma simples, mas estabelece o tom que o filme vai seguir a partir de então. A reação imediata de Sarah, e do público, é de processar a estranha visão através do rápido raciocínio de que aquele ser, que parece um homem, mas não é humano, está na caverna com o grupo. Será que existem outros? São perigosos? A sensação final é de que as amigas precisam, mais do que depressa, encontrar uma saída.
Como homens que andam de quatro, sem pigmentação, cegos, mas com olfato e audição apurados, garras e dentes afiados e extremamente agressivos. Assim são os seres que habitam nessa perigosa caverna. Nenhuma das mulheres dá crédito a “visão” de Sarah e o grupo prossegue na tentativa de sair do lugar. Vai ser durante uma caminhada que os estranhos sons, que antes só uma delas escutava, vão soar audíveis para todas. Com pouca visibilidade, uma das amigas utiliza uma câmera de vídeo com infra-vermelho para observar o lugar e durante a panorâmica vai oferecer uma das, se não a melhor cena de todo o filme. É ver e tomar medo, de verdade.
A partir desse momento, o filme segue uma combinação de muita correria e pouca visibilidade. O grupo logo se separa e passamos a acompanhar os diferentes destinos reservados para cada garota. Nesse momento, o diretor Marshall nos apresenta uma série de cenas violentas e nojentas entre os estranhos seres e as mulheres, essas cada vez em menor número.
Vai ser nessa parte final que o filme vai dar algumas derrapadas de roteiro com certas situações bastante forçadas, mas nada que comprometa o produto como um todo. Basta fazer uma comparação de Abismo do Medo com outras produções que abordem temas semelhantes, como A Caverna (The Cave, 2005) para perceber que existe um grande abismo entre os dois filmes. Essa segunda produção foi tida como um dos piores trabalhos vistos nos últimos anos pelo péssimo roteiro, total ausência de situações de medo ou suspense e direção voltada para clichês e previsibilidade, o que é totalmente o oposto de Abismo do Medo.
Ou seja, mesmo com uma história simples, foi a linguagem utilizada por Marshall que deu direcionamento e fôlego ao filme. Até o elenco de seis mulheres deve receber crédito positivo, pois, se não é formado por nenhuma estrela, ao menos, soube segurar a peteca dentro de seus respectivos personagens. E para fechar com chave de ouro, o final de Abismo do Medo é uma agradável surpresa para os fãs do gênero, que vão ser pegos pela brincadeira do roteiro. Ratificando o que já foi dito, é por todos os motivos apresentados nesse texto que Abismo do Medo vai ficar considerado como um dos melhores filmes de terror de 2006. Por isso mesmo, corra para o cinema mais próximo da sua casa.

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1) Bom' date=' sou suspeito pra falar (pois indiscutivelmente prefiro gore a suspense), mas dá pra fazer ótimos filmes mostrando as criaturas de corpo inteiro.

O Stuart Gordon fez isso em Castelo Maldito, temos o "monstro" aparecendo de corpo inteiro praticamente todo o filme, e isso não o deixa pior em nenhum momento. 2) Também temos a grotesca criatura de Possessão (com a Isabelle Adjani, um filme pouco conhecido) que com sua aparição dá toda uma dimensão bizarra ao filme...

Na verdade existem casos e casos, e achei a opção do Marshall excelente.


---

3) Outro ponto que esqueci de comentar: muitos reclamam da atitude "rambo" da Juno. Eu achei altamente plausível. Ela era visivelmente a mais preparada fisiamente e naturalmente era a líder do grupo. E pelo fato dela carregar todo um remorso por ter sido amante do Paul, ela assume o posto de protetora, sempre querendo voltar pra ajudar a Sarah. Mas, fora ela, todas as outras personagens têm caracteristicas diferentes, que a tornam unicas.


4) E as criaturas visivelmente eram atrofiadas, com pouco desenvolvimento muscular (viviam em cavernas, caçavam à noite). Logo, é completamente plausível uma luta mano-a-mano com uma mulher. Ambos tinham forças físicas equivalentes. O Marshall criou essa equiparação para dar algum poder de reação as mulheres - na falta do elemento masculino, alguém teria que tomar a iniciativa, partir pra luta - mas esse artificio serviu para deixar o filme mais plausivel. [/quote']

 

1) Com certeza. O fato de mostrar explicitamente um monstro não afeta o suspense e o clima. Particularmente, em "Abismo do Medo" não vi isso como uma falha (mesmo porque seria uma "sacanagem" para com a equipe de maquiagem, pois o trabalho ficou ótimo...10)

 

2) Inquietante e ótimo filme. Pena que poucos o conheçam... Outro dia o vi sendo vendido por modicos R$ 9,90 na Lojas Americanas daqui de BH...

 

3) A atitude "Rambo" de Juno não me incomodou em nada, o ridículo foi a alteração das ações e de postura de Sarah. Isso sem falar nas caras e bocas... Hilário!!06       

 

4) Desculpe-me, mas acho que vimos filmes distintos. Discordo totalmente de você. E como disse nos meus comentários sobre o filme, aí reside parte da minha "birra" na caracterização das criaturas: SPOILER!!

 

Elas NÃO ERAM visivelmente atrofiadas muscularmente. Muito pelo contrário!! Só as cenas onde "sumiam" rapidamente (inclusive, escalando as paredes da caverna...) da frente das mulheres e a cena onde uma das criaturas encontra-se num "negativo" (de ponta cabeça) usando apenas as mãos e os pés e, ainda por cima ataca uma das amigas, ilustra que possuiam uma força fora do normal. 

 

 De qualquer forma, achei o filme bacana. Mas, longe da maioria e discordando de Krivochein e outros, não é o melhor filme de Marshal. 
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Gostei do terror que passa esse filme.

 

SPOILER!

 


Aquela parte que a mulher cai numa poça de sangue para escapar do bicho e quando ela levanta calmamente sem respirar o bicho levanta atrás dela também. AAAHHH!! Aquela cena foi histórica. Mas o final deixou muito a desejar. Esperei algo mais... mais... final de filme. Ficou um filme com começo e meio.
Bruno Carvalho2006-09-26 00:05:33
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Dook' date=' ele passa a mostrar as criaturas, sim, mas em nenhum momento as explica. Apenas registra, para fazer um terror de sugestão na primeira metade e um violentíssimo gore atual na segunda, o que necessita do contato físico brutal (entre elas e as criaturas, entre elas mesmas).

Achei foda ficar tenso com as criaturas já reveladas, porém ainda misteriosas. Demais. E ele mostra numa crueza rara (Night shot! Night shot!), daí discordo da comparação com o Jeunet, que praticamente pinta/desfila seus aliens (e gostei!), criaturas que, ao contrário dessas de "Abismo do Medo", já foram deveras confidenciados ao público.

1) Quanto a Sarah, eu juro que vi ali um "chutar o balde" com o tipo de construção de "fortes personagens femininas". Não me refiro a um contexto social de feminismo (mal vi isso, exceto pela composição estrogênica do grupo), mas estruturalmente falando mesmo. Pode correr o risco de cair na própria armadilha, e talvez para você tenha caído, mas eu entrei na do Marshall e sorrindo.

2) Acho que o filme nunca larga Sarah. Está sempre com ela, podendo até ser todo baseado nela, que, como personagem, percorre praticamente todas as personas de gênero, inclusive criatura. Ela é trabalhada em estágios, passados por montagem de corte (o primeiro: acidente), "elipse" simples (1 ano depois...), processo narrativo (surtada no comportamento durante o filme) e, finalmente, desfecho.

E, sério, o final desiludido pode muito bem ser interpretado como uma risada cínica em direção a Sarah depois de todo seu "heroísmo", que Marshall havia filmado com enquadramentos, closes e movimentos antes não trabalhados no filme, como se realmente estivesse construindo ali uma fantasia de esperança de no fim dar tudo certo por causa de alguém. Sarah chega a fazer pose com tocha em punho. Mas depois, depois mesmo, porque gasta boa metragem com essa simulação, ele simplesmente destroça o sonho com um porrete daquela espessura.

Caralho, quero muito ver de novo.

[/quote']

 

1) Acho que caiu, sim. E feio...

 

2) Excelente observação!! Concordo plenamente. Entretanto, justamente na persona criatura, a atriz que interpreta Sarah erra feio na caracterização e na mudança abrupta de comportamento. Seu "surto" soa fake, forçado, desnecessário, mal feito. E o pior é que não acredito que tenha sido culpa da atriz, mas de Marshal, o que é imperdoável. Claro, alguém pode dizer que ele quis conscientemente deixar a interpretação exagerada com o intuito de ser ironico face aos acontecimentos e toda a trajetória de Sarah, mas não funcionou... O resultado soa completamente distoante de tudo o que fora mostrado até então. Isso sem falar no epilogo de Sarah e Juno, onde uma cena forçadíssima (liçãozinha de moral completamente desnecessária...) tirou os 1,5 pontos de um filme que caminhava a passos largos para uma nota 5,0 com mérito...       
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"The Descent" é coeso do início ao fim. Todas as atitudes dos personagens soa natural (o que é raro em filmes desse gênero). Há muito tempo eu não ficava tão tenso com um filme.

SIMPLESMENTE PERFEITO!

 

"Spoiler"

 

Quando comecei a ficar decepcionado com o final, o filme se mostra competente novamente ao mostrar que Sarah na verdade não tinha conseguido escapar, ela apenas estava incosciente. A cena final mostrando ela imersa naquela imensidão, completamente absorta por sua mente perturbada é maravilhosa. A partir daquele momento, ela passou a ser um "deles", mas com certeza não sobreviveu por muito tempo!

 

__________________________

 

Quem não viu, não perca a oportunidade de assistir no CINEMA!
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Assistir Abismo do Medo não era a minha opção quando eu fui ao cinema naquela quarta-feira.. Eu não gosto de filmes de terror, apesar de ter gostado da sinopse... Naquele dia eu fui ao cinema com uns amigos, a gente ia ver Xeque-mate... Só que uma confusão fez com que um de nós comprasse o ingresso antes dos outros, o que fez com que todos nós, como amigos que somos, tivessemos que assistir Abismo do Medo, mesmo sem querer...

O resultado? Pra mim, o filme é tenso... Eu fiquei a ponto de passar mal, quando a Sarah fica presa naquela passagem.. a respiração ofegante, a sensação horrível... nossa, eu suei nessa hora... O filme é muito bom, tem cenas muito legais e um desfecho interessante... Só depois, quando eu ia pra casa, em silencio, entendi o porque da atitude da Sarah... Como alguém disse aqui, é um filme com atitudes bem humanas...
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Spoillerss

 

Galera qm leu sobre a teoria da sarah ter enlouquecido e matado todas as amigas???

 

para mim essa teoria tem suas falhas por isso fica sem fundamento....

 

apesar q tem um fundo de logica....mas num acredito nisso...

 

 

achei o filme mto legal mesmo....me deu mta tensão....tirando alguns momentinhos o filme não é exelente por pouco...

 

4/5
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  • 4 weeks later...
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http://www.californiafilmes.com.br/imagens/cgran/238.jpg

Abismo do Medo

Fazia

muito tempo que um filme recente não me botava tanto medo. Ao contrário

da maioria dos "terrores adolescentes" da atualidade, a principal

função deste filme não é "assustar a galera" e sim causar tensão com

uma direção e uma fotografia dignas de palmas.

 

Aliás,

A

príncipio, a escolha de mostrar o "monstro" de perto, detalhadamente

logo de primeira não tinha me agradado, mas depois percebi que o

diretor (preguiça de pesquisar o nome) não queria causar suspense

quanto a verdadeira forma do monstrengo, ele queria mesmo era causar

pura tensão durante seus ataques, como eu já disse acima.

 

 

Enfim, ótimo filme, mas que se perde muito no final, a partir do momento em que

a protagonista deixa a menina que tinha um caso com seu marido

machucada e cercada pelos bichos. Depois daquilo o filme despenca

.

 

Nota = 4/5 ou 8/10

 

 

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Eu tenho que discordar de você quanto a isso...

A Sara relmente tinha motivos pra fazer o que fez... Ela só está presente na morte de uma das amigas dela (eu acho), e essa foi deixada morrendo sozinha pela Juno... eu sei que foi sem querer que ela "a matou", mas ela a deixou sozinha conscientemente, quando outrora lutava com os monstros pelo corpo de uma delas... O caso é que ela mentiu pra Sara e a Sara só podia imaginar, que assim como ela pensava que Juno matou a amiga, teria matado as outras... Por esse pensamento, certamente ela seria a próxima... eu demorei um pouco pra entender a atitude dela, mas antes, quando perguntou se ela tinha visto a amiga morrer, ela estava dando a chance dela ser sincera.. ou seja, ela não tinha motivos pra pensar que podia confiar nela... foi mais do que uma traição com o marido dela... foi pela própria vida...

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  • 2 weeks later...
  • 1 month later...

Concordo com a grande maioria das opiniões aqui e como o Scofield acho que este aqui é muito superior a Dog Soldiers. O diretor demonstra uma técnica e um uso da câmera que eu não lembro no filme de estréia dele. Há algum tempo atrás fui com alguns amigos (na verdade um grupo grande, composto de homens e mulheres) explorar uma caverna aqui perto de Bsb, tínhamos um guia e houve uma palestra bem "didática" (pra falar a verdade achei bem enfadonha na hora) sobre o que era entrar em um buraco na terra. E foi tudo muito bem, exploramos o lago enorme, conversamos, comemos e aí chegou a hora de voltar. Como já tínhamos nos afastado bem da entrada principal o guia sugeriu que usássemos a outra saída da caverna. Aí o caldo entornou. Primeiro demoramos um tempão para encontrar a tal saída e quando encontramos vi para minha surpresa que não passava de um túnel bem apertado (imaginem o que eu lembrei quando certa personagem aqui fica entalada) e ingreme, só podíamos passar por ali, ficamos muito tempo na caverna, estávamos todos muito cansados para retomar o caminho da entrada principal. Confesso que nunca em minha vida achei que a coisas não fossem acabar bem como naquele dia e para completar, decobrimos que havia alguém cardíaco no grupo. Finalizando, o diretor de The Descent foi extremamente compentente, o filme deve ter cenas de estúdio, mas o que ele conseguiu ali é assustadoramente real.

 

Para mim o filme seria perfeito se ele apenas sugerisse as criaturas e mostrasse o grupo de mulheres lentamente perdendo a noção com o mundo real, uma guerra de nervos (na verdade ele fez isso, mas claramente não foi até o fim), por esta ótica, as criaturas foram redundantes.

 

No entanto fazia muito tempo que eu não me assustava tanto... o filme é seco e pessimista até o fim. Aliás tinha curiosidade de saber como foi o final americano, esse que vimos foi o britânico não?
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