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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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Mesmo vendo centenas de filmes por ano, pela primeira vez assisto a um filme que pede desculpas ao espectador pela sua ousadia. É o que faz ao final o excelente "Tara Maldita", de 1956. Estou há anos tentando encontrá-lo, e finalmente consegui. Clássico do suspense;  a primeira criança vilã do cinema; final censurado... São muitos selos marcantes. Mas o que permanece ao longo desses 62 anos é o brilhantismo de seu elenco de atrizes todas indicadas ao Oscar: Nancy Kelly, Pat McComarck, e Eileen Heckart (que viria a ganhar muitos anos depois). 

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10 hours ago, SergioBenatti said:

A considerar que eu sou a mais pró-Lava-Jato que você vai conhecer. Então eu tendo a gostar. Os que são contra a Lava-Jato tendem a exagerar os defeitos - que realmente existem.

Sou absolutamente a favor da lava jato, e achei o filme uma merda!

Haha 

Os problemas que ouvi não eram de caráter ideológico. Enfim, vou dar uma olhada.

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"Yojimbo", pai, entre tantos, de "Por um Punhado de Dólares". "Yojimbo" foi indicado ao Oscar de Figurino em 1962, entre os preto-e-branco, o que a foi a primeira indicação do nunca mencionado Yoshiro Muraki, grande cenógrafo japonês, várias vezes indicado pelo design, como, por exemplo, pelo maravilhoso "Ran".

Akira Kurosawa, mestre dos mestres.

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Tô ainda perplexo com o poder desse filme. Que foda! "Rebeldes do Deus Neon"(gramaticamente, "Néon"), de 1992, é considerado um dos melhores Tsai Ming-Liang e agora eu sei por quê. Juventude transviada orientalizada, à luz dos fliperamas! A China de Tsai é superpovoada de luzes, infiltrações, melancias, e solidão. Diálogos, em sua obra, são raros. Mas quando acontecem é só poesia:

"_ Nunca tive sorte em toda a minha vida. Idiota."

"_  Acredito que eu sou a que nunca tem sorte."

"_ Por quê?"

" _ Porque te conheci."

ou

"_ Quero uma cerveja."

 "_ Mas sua boca está toda inchada."

" _ Dê-me uma garota, então. Uma garota para abraçar."

"_E onde vou encontrar uma garota para abraçar? Por que não pega emprestada essa da parede? Não rasgue."

 

Meu ranking Tsai agora está assim:

1) Rebeldes do Deus Neon;

2) O Sabor da Melancia;

3) O Rio;

4) I don`t want to Sleep alone;

5) O Buraco

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"La Piel Fria" é um bacanudo conto fantástico que, muito bem feito, pode ser visto de duas formas: como estudo sobre solidão e dominação; ou como spin-off de "A Forma da Água". 9-10

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Den of Thieves" é uma espécie de "Fogo contra Fogo" pra nova geração. Como thriller de ação funciona feito qualquer filme B e é bem esquecível, pois não tem o peso e grandiosidade do filme do Mann. E o Gerrard Butler tá bem longe de ter o carisma do De Niro ou Pacino. 7,5-10

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"Gun Shy" é uma comédia de ação sem graça. Parte duma premissa ridicula e se leva no pastelão imbecil. Triste fim do Banderas e do Simon West.  4-10

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"Curvature" é um drama scy-fy de orçamento merreca e jeitão de telefilme. É um indie que dá pro gasto mas vingava bem mais pelo plot, ainda mais pela presença da eterna Linnda "Sarah Connor" Hamilton no elenco, de volta aos filmes de "viagem no tempo". 7-10

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120 BATTEMENTS PAR MINUTE  [2017]

Filme muito bem realizado, começando uma discussão geral, em torno do movimento ativista ACT UP em prol dos direitos dos soros positivos e pela luta de uma política do governo de prevenção e tratamento da AIDs, e caminhando gradativamente para a particularidade de um personagem em específico, o manifestante soropositivo Sean, vivido muito bem pelo argentino Nahuel Pérez Biscayart.

Há cenas em que a câmera sempre parece querer colocar o expectador ao lado dos personagens, seja nas festas ou mesmo em momentos de intensa dor ou prazer. A cumplicidade da câmera com os atores é um grande forte e resulta numa bela imersão do público.

O filme peca por ser um pouco longo demais, em seus 140’, podendo ter optado por uma edição um pouco mais enxuta. Mas talvez tenha sido escolha do diretor ir por esse caminho mais longo exatamente pela tentativa de abordar um assunto de forma ao mesmo tempo ampla (em torno do movimento e suas peculiaridades) e também intimista (com o personagem Sean e sua luta contra o HIV).

Um drama importante, consciente da força de seu tema.


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YOU WERE NEVER REALLY HERE [2017]

Belíssmo filme, despretensioso, um belo exercício da diretora Lynne Ramsay em torno do gênero noir. Lembra em muito Taxi Driver, mas guarda particularidade como a relação do personagem de Joaquin Phoenix com sua mãe e o uso (econômico) do humor negro. O roteiro é ágil, caminhando para algumas situações que normalmente se vê em filmes do gênero. O grande acerto é a escolha de Phoenix para o filme, numa interpretação intensa e violenta.

E, falando em violência, Ramsay tem méritos por sempre conseguir extrair da violência situações interessantes, como a de um assassino e do detetive deitados ao chão e interagindo ao cantarolarem, juntos, uma música que toca no rádio.

Baseado numa novela de Jonathan Ames, o filme tenta fugir dos clichês do gênero, mas também abraça outros. A questão em torno da violência contras as crianças que ronda a trama é algo muito recorrente. Um filme rápido, curto, mas que funciona muito bem.

 

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"Um Equilíbrio Delicado", peça do Edward Albee (que eu vi, quando os continentes estavam unidos, com Tônia Carrero e Walmor Chagas), estreou com Jessica Tandy no papel principal, mas quem comanda o show no cinema são os titãs Katharine Hepburn e Paul Scofield, ajudados por Lee Remick e, num papel menor, Betsy Blair . É uma avalanche de palavras pesadas, tal qual "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?". Em ambas uma sala de estar é transformada num ringue. Kate Reid dá um show como a irmã alcoólatra, que iria inspirar aqui no Brasil "Heleninha Roitman" em "Vale Tudo". "Não sou alcoólatra, sou uma alcoólatra", entre as diversas frases de suprema inteligência.

Como filme, é teatro filmado. Sofre dos mesmos males que tantos outros veículos transpostos sofrem. Filme do ganhador do Oscar por "Tom Jones", o britânico Tony Richardson.

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O filme do dia não podia ser outro. Não sou fã alucinado do universo Marvel, bem longe disso, mas eu procuro ver todos. Fiquei bem admirado com o trabalho de coesão desse "Avengers", não é fácil unir tantos personagens, universos estéticos diferentes, histórias, expectativas de público, objetivos comerciais, para culminar nesse colossal trabalho de 19 filmes. É difícil de fazer! Não é fácil!

O final pra mim, se é internamente satisfatório, perde de algum modo seu efeito dramático, pois sabemos todos que haverá continuação. Num sentido oposto: "Logan", pra mim, foi devastador.

Eu gostei muito do filme, principalmente - como é natural - quando aparecem meus personagens prediletos, que são a turma dos "Guardiões da Galáxia", que têm o humor inusitado, estranho, que eu adoro. 

No mais, vendo o cinema tão lotado, o público tão inflamado, sempre fico a desejar que a magia do cinema leve as pessoas a gostar da arte, da sétima arte,  como um todo, não apenas a gostar da sua manifestação como mercado, como entretenimento,  destinada a um cérebro pop infantilizado.

 

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16 hours ago, SergioBenatti said:

O filme do dia não podia ser outro. Não sou fã alucinado do universo Marvel, bem longe disso, mas eu procuro ver todos. Fiquei bem admirado com o trabalho de coesão desse "Avengers", não é fácil unir tantos personagens, universos estéticos diferentes, histórias, expectativas de público, objetivos comerciais, para culminar nesse colossal trabalho de 19 filmes. É difícil de fazer! Não é fácil!

O final pra mim, se é internamente satisfatório, perde de algum modo seu efeito dramático, pois sabemos todos que haverá continuação. Num sentido oposto: "Logan", pra mim, foi devastador.

Eu gostei muito do filme, principalmente - como é natural - quando aparecem meus personagens prediletos, que são a turma dos "Guardiões da Galáxia", que têm o humor inusitado, estranho, que eu adoro. 

No mais, vendo o cinema tão lotado, o público tão inflamado, sempre fico a desejar que a magia do cinema leve as pessoas a gostar da arte, da sétima arte,  como um todo, não apenas a gostar da sua manifestação como mercado, como entretenimento,  destinada a um cérebro pop infantilizado.

 

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Não li nadicas com medo de spoiler.. devo assistir amanhã com a muié daí comento ?

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Dramalhão que rendeu o primeiro Oscar a (japonesa!, de nascimento) Olivia de Havilland, em 1947. Ela está bem - carrega o filme nas costas - mas prefiro a atuação maravilhosa dela em "Tarde Demais", pelo qual iria ganhar anos adiante a sua segunda estatueta. Rumo aos 102 anos, legend!!!

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Estamos acostumados a ver essa história de "trás para a frente", não  seguindo essa trajetória de repressão. É um filme ok, assistível.

O diretor, Justin Kelly, tem um novo projeto muito aguardado sobre outro "fake", a escritora  inexistente JT Leroy, a ser lançado este ano. Poderemos tirar a média, pois "King Cobra", de anos atrás, é um vexame de ruim.  Nota-se que o conjunto das obras do diretor revela um interesse por gente considerada desprezível socialmente. Pena que lhe faltam as qualidades estéticas como diretor.

O curta de documentário sobre a história de Michael, igualmente disponível da Netflix, é legalzinho também.

 

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Sion Sono é um diretor brilhante. Que filme é esse? Plot:Uma androide entrega pacotes pelo universo. Jeff Bezos, fundador da Amazon, tinha que ver. 

Poderia ter mais trama, mais treta, pro meu gosto, mas ainda assim é de um existencialismo tocante. "Eu sou uma eu", entre outras frases lindas.

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Cinema italiano dos anos 1950...(Dá vontade de fazer um coraçãozinho sertanejo!).

Gina Lollobrigida virou referência de beleza, e o é até hoje para os mais antigos, mas nunca acrescentam o principal: ótima atriz! 

Excelente adaptação do livro de Alberto Moravia, um escritor que teria tantas obras de sucesso adaptadas com igual sucesso para as telonas. Entre elas:  "Duas Mulheres", "O Desprezo", e "O Conformista" (cuja adaptação renderia uma indicação a Roteiro para Bernardo Bertolucci em 1972). Na era pré-internet, a edição do livro no Brasil de "A Romana" saiu com a imagem da Brigitte Bardot na capa, em confusão com o filme do Godard. Vamos botar a mulher certa na capa! E que mulher!

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Continuando com as adaptações de livros do Moravia, eis o clássico que deu a Sophia Loren seu Oscar - o primeiro de atuação a um estrangeiro em Filme Estrangeiro. Ela está excelente (Ganhou Cannes também). A Direção é do meu preferido - Vittorio de Sica - que continua seu trabalho de expor a miséria humana. As pessoas têm fome, são bocas gigantes tomando o corpo; as mulheres trabalham o tempo todo, segurando baldes, cozinhando, carregando água...É maravilhoso como cinema dele é físico( Em "Ladrões de Bicicletas" são as mulheres, outra vez extenuadas, que precisam colocar no prego a própria roupa de cama.)! Uma fisicalidade de detalhes - aqui, Sophia Loren, em certo momento, bebe vinho em um prato! Isso pra mim é cinema! Os detalhes abissais, e os atores unindo seus sentimentos a um sentido maior.

Dêmos graças ao cinema italiano.

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Seguindo com as adaptações dos livros do Moravia, chegamos a "O Desprezo", de 1963. Descobri agora que as pessoas não o consideram bom. Se quando o vi pela primeira vez, o achei ótimo; agora o considerei uma obra-prima. Que perfeição! Cinema metalinguístico, cinema ao quadrado, narrativa sobre narrativa (não à toa,  tratam de Homero, o pai de todos os narradores). Crítica ao padrão comercial do cinema.

Brigitte Bardot deitada nua em superfícies vermelha (uma chaise), azul (um sofá), e  branca (um tapete felpudo): a bandeira da França. Nudez em cinemascope.

Trilha emocionante.

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Completando a sequência de filmes baseados em Alberto Moravia, "O Conformista", do Bertolucci. Direção primorosa, elegantíssima. Jean-Louis Trintignant, excelente. Já houve muitos estudos ligando caráter fascista, de figuras tidas como "fortes", à repressão sexual (No Brasil, nesse instante, podemos observar isso nitidamente). Quando falam desse filme é sempre: "Que fotografia!". Normal, é Vittorio Storaro. A trilha é do compositor de "O Desprezo", Georges Delerue, indicados tantas vezes ao Oscar, vencedor por "O Pequeno Romance", em 1980.

Bertolucci teria sua primeira indicação ao Oscar pela adaptação desse livro. Não ganhou. Seus concorrentes em Roteiro Adaptado, em 1972, eram simplesmente: Kubrick pelo icônico "Laranja Mecânica"; o extraordinário e inigualável "O Jardim dos Finzi Contini"; o lindíssimo "A Última Sessão de Cinema"; e "Operação França", que viria a ganhar. Tipo...só isso! Todos que leram o livro sabem que o que o Kubrick fez foi incrível. O livro é dificílimo de adaptar ( e cortar! Cortou toda a última parte.). Provavelmente meu voto teria sido para ele.

Foi muito bom ter visto todos esses filmes em sequência pois pude comprovar que diretores extraordinários fazem filmes com a sua cara, usando dos mesmos elementos presentes nos livros do Moravia: personagens centrais fortes experenciando uma libertação política.

Os quatro personagens principais de: Lollobrigida; Loren; Piccoli e Bardot; e Trintignant;  ao libertarem seus corpos (ou mantê-los libertos), também libertaram-se/mantiveram-se longe do sistema de poder.

 

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