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Forum Cinema em Cena

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MEIA-NOITE EM PARIS - 7/10 - A proposta do filme é bastante manjada: explorar aquela velha máxima de que as pessoas tendem a ter uma visão romântica do passada como uma forma de negar o presente e que invariavelmente vai criando um círculo vicioso de insegurança e insatisfação, deixando de aproveitar de fato o que há de bom para se aproveitar. Allen realiza um filme leve, suave, carismático, a sua verborragia é até meio deixada de lado, o que inevitavelmente faz com que o roteiro passeie por inúmeros lugares comuns, nunca se revelando necessariamente criativo, especialmente para estabelecer a dinâmica do protagonista (Wilson) com sua esposa chatinha (McAdams), um núcleo pra lá de desinteressante como forçadamente tenta ser. É um filme mediano dentro da filmografia do diretor, mas tem lá seu charme. E que vontade que deu de conhecer Paris... Thiago Lucio2011-10-12 11:48:01
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Só pra comentar: Capitães de Areia terá que ser maravilhoso porque o livro é f... demais! 127 Horas é enérgico demais, muito over pela proposta dramática, ainda que seja bom no geral. Meia-Noite em Paris é belíssimo, inspirado, lindo em quase tudo..... E também quero conhecer Paris, mas quando chove!

Vi a refilmagem do A Hora do Espanto e gostei pela construção do Charlie de Yelchin e, principalmente, pelo vampirão do Farell. Segurou o filme grandão em mais uma ótima atuação dele (to virando fã). O resto é bem clichê, não acrescentou nada de novo. Ri o tempo todo! 6,5/10

 

Trama Internacional. Eita filmezinho enrolado do caramba! Mas eu gostei bastante do roteiro que expôs a nossa fragilidade frente ao cartel bancário. Tem umas cenas bem movimentadas explorando o vigor do Clive Owen (que só serve pra isso mesmo), sendo a melhor a do tiroteio no Guggenheim! Mas o resto é meio mal aproveitado, mostrado em cenas meio mornas que tentaram ser tensas mas só atravancaram a coisa toda! A proposta é boa e ás vezes os diálogos são muito bem elaborados! Só achei que poderiam ter aproveitado mais o roteiro sem tanta complicação! 7,5/10 
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Borboletas Negras

Cinebiografia das angustias e nóias da poetisa sul-africana Ingrid Jonker, q em sua curta e intensa vida, combateu o Apartheid com versos e teve de encarar o proprio pai, ministro da censura do regime segregacionista. Esta produção de drama alemã se sustenta basicamente na otima e hipnotizante performance de Carice van Heuten como a poetisa e ate do sumido Rutger Hauer como seu pai. Mas nao basta pq tem momentos deficientes q nao despertam atenção ou sao pouco aprofundados, assim como coadjuvantes sem essencia alguma. Personagens interessantes com dialogos rasos, no fundo. Otima trilha e paisagens deslumbrantes da Cidade do Cabo, embaladas em pungentes versos pontilham a producao de cabo a rabo. Arrastado e de certa forma surreal, nao tem como se emocionar no seu momento climax, ou seja, qdo o mais famoso poema da personagem principal é entoado por Nelson Mandela em seu primeiro discurso no parlamento africano, em 1994. Pra quem curte filmes de mulheres a frente do seu tempo, autodestrutivas e superando trocentos obstaculos, é prato cheio.. 8,5/10


borboletasnegras_1.jpg

Jorge Soto2011-10-13 08:28:05
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BIUTIFUL

 

JavierBardem_Biutiful4.JPG

 

Agora sem a colaboração de Guillermo Arriaga na confecção do texto, Iñárritu narra uma estória com vários personagens cujas vidas se interseccionam umas com as outras, mas ao contrário de seus títulos anteriores, o desenrolar é linear e os coadjuvantes orbitam em torno de um leading man claramente estabelecido, Javier Bardem. A recompensa é um ganho em densidade e foco.

 

Pessoas que se sentiram oprimidas pelo olhar sem concessões de Iñárritu sobre a pobreza, a doença, a morte e as crises familiares tacharam sua abordagem de "pornografia miserabilista". No entanto, o filme, apesar de duro, discorre, sobretudo, a respeito de uma boa pessoa que, ao saber de seu escasso tempo de vida, busca remediar algumas das bobagens que vêm cometendo - o que inclui o relacionamento com sua esposa, o legado que pretende deixar para seus filhos e, não menos importante, suas conexões com o submundo da ilegalidade.

 

Uma experiência absorvente do início ao fim.

 

B+ 

 

 

 

 

Cremildo2011-10-13 11:48:10

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Sexta-feira 13 Parte VII - A Matança Continua (Friday the 13th Part VII - The New Blood, Dir.: John Carl Buechler, 1988) 2/4

 

l.jpg

 

Depois do filme anterior (Sexta-feira 13 Parte VI Jason Vive) ter colocado uma dose de humor na série, esse aqui volta atrás e resolve ser um filme mais "sóbrio", sem tantas piadas e referências, tentando lembrar os episódios iniciais da série. O problema maior é que o diretor queria colocar uma violência mais gráfica no filme, mas na hora H o estúdio vetou tudo e tesourada daqui e acolá, o filme perdeu a violência extrema que o diretor planejava inicialmente (até hoje ele diz que colocaria a violência no filme em versões em DVD/BR se o estúdio permitisse). No fim, essa Parte 7 acaba perdendo espaço porque não consegue ser melhor que os filmes iniciais e nem melhor que o "terrir" (Parte VI) da série. Talvez se o estúdio não tivesse bloqueado a violência ele poderia ter funcionado melhor, ou pelo menos ter se destacado de alguma forma. Mas eu curto ele. Gosto dos 4 personagens principais (Tina, namorado, mãe e médico - funcionam bem), e a trilha sonora, que mesmo repetindo muita coisa, acaba soando diferente dos anteriores. E esse tornou memorável pra mim, porque foi o 1º da série que vi no cinema.

 

(esse é inédito em DVD por aqui, então o revi ontem quando passou no Syfy Channel)
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serendipity-1.jpg

 

 

 

Escrito nas Estrelas (2001) - Serendipity

 

 

 

Uma bela história romântica cheio de coincidências, não tinha assistido ainda, me lembrou o filme Os Amantes do Círculo Polar, porém com um final hollywoodiano e não um fim do tipo Romeo e Julieta, até que é bom o filme.

 

 

 

Basicamente duas pessoas se conhecem, começam a falar sobre coincidências e sobre pessoas destinadas a ficarem juntas e tal, os dois fazem um tipo de brincadeira anotando seus números e nomes em uma nota de 5 e num livro, se tais objetos aparecessem para eles, era o destino, então por acaso se separam quando ela acha que o destino não tinha funcionado, porém anos depois, os dois estão cada um num relacionamento, eles estão prestes a se casarem de cada lado de suas vidas, até que os dois começam a pensar sobre essa brincadeira do passado que aconteceu entre eles, um de cada lado da história, coincidências começam a acontecer, será que eles ficarão juntos?, tudo com uma comédia sutil e leve.

 

 

 

O filme fez uma referencia ao filme Cool Hand Luke, como sendo o melhor filme do protagonista, filme de Paul Newman, aproveitar essa e ver em Blu Ray, excelente filme pela critica e que vou ver-lo por inteiro agora, alias, uma das frases ditas no filme fez parte de uma musica do Guns n Roses, Civil War acho que chama.Angellus Lestat2011-10-15 03:24:37

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O ASSASSINO EM MIM

 

The-Killer-Inside-Me-Jessica-Alba-og-Casey-Affleck.jpg

 

Há filmes que você não entende. Tem os que não te entediam, mas tampouco mantêm seu interesse. Existem aqueles que te repugnam, passam a impressão de perda de tempo ou, pior, te fazem nunca querer revê-lo.

 

O Assassino em Mim acompanha um homem da lei com aparência inofensiva e de fala mansa (Casey Affleck). No fundo, ele é um psicótico homicida, esperto, safo, traíra, cujo alvo favorito são as mulheres com as quais relaciona (Kate Hudson, Jessica Alba).

 

Inexiste tensão, aprofundamento psicológico, guinadas narrativas. Winterbottom grava tudo com certa displicência profissional, se é que isso faz sentido. É um feijão-com-arroz carente de alma, incapaz de envolver, desbalanceado por escolhas estranhas na trilha musical e no instantes de humor esquisito e, no final das contas, para mim, insignificante.

 

Suspeito que algum preparado defensor irá contra-argumentar apontando méritos passados despercebidos na condução de Winterbottom, talvez destacando o empenho dos atores ou, quem sabe, destrinchando matizes psicológicas invisíveis aos meus olhos. Escutarei com atenção e abertura, mas, francamente, seria tarde demais: não estou nem aí para este exercício de sadismo inconsequente, e torço para que ele saia da minha memória o mais rápido possível.

 

C-

 

 

 

[/quote']

Nossa, muito difícil conseguir definir um filme para a gente assim como o Cremis fez nesse post, impressionante, ótimo comentário. Confesso que, por mais controverso que possa parecer, fiquei interessado no filme. 06

 

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Serendipity é bonitinho. Mas o que eu mais gosto do Cusack continua sendo o Alta Fidelidade. Perfeito em tudo!!! Gosto de Procura-se um Amor que Goste de Cachorros, principalmente por causa da química dele com a Diane Lane. Outro lindo dele é Nossa Vida sem Grace. Eu sou suspeito porque adoro aquela carinha de animalzinho perdido do Cusack. Acho ele o máximo até quando faz aqueles suspenses bem dark tipo 1408 e Identidade. Sou super fã dele!

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Confesso que, por mais controverso que possa parecer, fiquei interessado no filme. 06

[/quote']

 

Vai ser interessante se sua opinião for a oposta da minha. Seria legal ler argumentos a favor do filme (por enquanto, nem fui atrás de críticas).

 

Cremildo2011-10-15 15:50:29

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Esse O Assassino em Mim tem umas curiosidades, além de ser estrelado pelo irmão menos famoso do Ben Affleck, na época que passou no cinema, muita gente deixou o cinema pela tamanha intensidade e crueldade, principalmente com uma cena com a Jessica Alba que ficou bem desfigurada, alias dizem que nem mesmo a própria Alba conseguiu se ver no filme.

 

 

 

É um filme chocante em algumas partes, algumas cenas sádicas, principalmente em cima das mulheres (mulheres que saíram durante o filme), você espera algo assim em um filme de terror, as vezes por ser algo tradicional, você nem liga, mas num suspense como este chega a se sentir inconformado pela violência gratuita e pelas cenas bem reais, pela maquiagem e a transformação que fizeram nos personagens, é como ver um vídeo que o Greenpeace anda espalhando por ai de matança de animais, a pessoa fica impotente de ajudar e um aperto no peito.

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Esse O Assassino em Mim na época que passou no cinema' date=' muita gente deixou o cinema pela tamanha intensidade e crueldade, principalmente com uma cena com a Jessica Alba que ficou bem desfigurada, alias dizem que nem mesmo a própria Alba conseguiu se ver no filme.

[/quote']

 

 

Lembro de ter lido sobre isso nos jornais da época, quando o filme passou pela primeira vez em algum festival.

 

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Nem sabia que esse O Assassino Em Mim tinha estreiado nos cinemas aqui no Brasil, em Salvador pelo menos não deu as caras. Mas ele é uma das estreias do canal telecine acho que em novembro.

 

Pela premissa parece interessante, alem de que eu gosto bastante do Casey Affleck.

 

 

 
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ANTES QUE O MUNDO ACABE - 5.5/10 - Um filme apenas simpático conduzido de maneira burocrática por Ana Luiza Azevedo, co-autora do roteiro ao lado de Paulo Halm e Jorge Furtado, produtor do longa. Existe aqui e ali um certo frescor e senso de humor na abordagem do universo adolescente, especialmente pela inspirada narração em off de responsabilidade da irmã caçula do protagonista, que remete a projetos como "O Homem Que Copiava" e "Meu Tio Matou um Cara", mas falta conexão com os personagens. A frieza da estreante diretora coloca um distanciamento que impede que realmente haja um envolvimento com Daniel que está à beira de perder sua namorada para seu melhor amigo (e no processo, a amizade de ambos) ao mesmo tempo que estabelece contato com seu pai, um fotógrafo que o abandonou antes de nascer e que fotografa ao redor do mundo. Nada é especialmente marcante ou extremamente criativo, o roteiro se deixa prender pela burocracia de um evento de vandalismo ocorrido na escola, a figura dos pais são subvernientes e aquele algo a mais que parece assombrar o filme inteiro por não existir parece só dar o ar de sua graça em seus 15 minutos finais, apesar da previsibilidade. Nenhum dos jovens atores se destaca, logo trata-se de um filme dispensável, mesmo que o mundo realmente venha a acabar.

PS: "Escrito nas Estrelas" é uma das minhas comédias românticas preferidas, acho uma graça, tenho o DVD, já o vi várias vezes, gosto muito.

 

PS: "O Assassino em Mim" é fantástico, um estudo de personagem complexo e maravilhoso... ah, se não fosse seu desfecho chinfrim...

 

PS: Eu também quero conhecer Paris, chovendo, mas o filme foi um Allen mediano apenas...
Thiago Lucio2011-10-15 21:28:21
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De início ouvimos Jack falando sobre acontecimentos de sua infância, que afetou intensa e irreversivelmente sua vida.
Irreversível, o que vaticina algo sem cura, que não há prece, ciência, pedido de desculpas que conserte e por mais que Jack esperneie em meio a overdoses de estrogênio, esse passado o assombra, regendo seu destino.
Paralelo ao drama de Jack há o tráfico de hormônios, talvez uma metáfora sobre virilidade.
Desconfio que o filme não seria tudo o que é sem Matthias Schoenaerts.
Escrito e dirigido por Michael R. Roskam, esse é o filme escolhido da Bélgica p/ concorrer ao Oscar de filme estrangeiro.
Meu preferido, por enqto.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Rundskop” (Michael R. Roskam)- 11,0/10,0

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FLASHDANCE - EM RITMO DE EMBALO

 

Intere

ssante... Não vivi este fenômeno de bilheteria dos anos 80, já conhecia as músicas, por óbvio, mas, enquanto assisti a ele, senti como se estivesse experienciando um clássico pop nostálgico.

 

O enredo é previsível, batido e superficial: pobre garota trabalha como soldadora de dia e dançarina de bar à noite. Ela ama a dança e, em meio a complicações amorosas, busca realizar o sonho de ser admitida numa escola de balé.

 

Se o filme acaba pecando por sua mínima densidade dramática, ele compensa o espectador com uma energia cinética hipnotizante nas sequências musicais, filmadas, iluminadas e editadas com o intuito de causar o máximo de excitação sensorial. Funciona - a vontade é levantar da poltrona e chacoalhar o esqueleto junto de Jennifer Beals (que atuação de garra!).

 

E a trilha? Flashdance... What a Feeling e Maniac, dentre outras... Dispensa comentários, espero.

 

****/*****

 

 

[/quote']

Revi depois de anos sem vê-lo, e não consegui gostar muito. A história realmente é rasa, e a dupla dança+música deveria salvar, mas eu só gostei muito das três clássicas, e nas outras eu dormi.

 

 

A Casa Muda

Ótimo terror de suspense indie proveniente do' date=' pasmem, Uruguay! Trama de Atividade Paranormal e Bruxa de Blair feito com jeitão de [Rec'] resume esta produção q se propõe ser feita numa única tomada (“Medo real em tempo real”, diz a tagline), estilão Festim Diabólico

. Claro q não o é, até pq é facil adivinhar onde foram feitos os cortes

necessários no suposto plano-sequência de 80 minutos. Estória “baseada

num caso real”: pai e filha passam noite numa casa abandonada q

pretendem comprar nos cafundós dos pampas uruguaios, até q coisas

estranhas começam a acontecer. Logo a jovem se vê numa jornada

desesperada pra fugir dali com vida. Búúú! Com recursos mínimos, uma

câmera fotográfica digital e 4 dias, o diretor conseguiu extrair leite

de pedra ao criar um clima de tensão crescente, apesar de alguns furos

do roteiro. A lanterna da jovem passa a ser nosso único referencial

naquele mundo de sombras, espécie de câmera em primeira pessoa do q

acontece. Mas é ai q a perspectiva objetiva se funde com a subjetiva, e o

terror psicológico se mescla à realidade provocando desorientação até

culminar num final súbito e imprevisível, q deixa + interrogações q

respostas na cachola. Ah, existe uma cena significativa após os créditos

finais. 9/10

 

 

É incrível o que o diretor consegue fazer com tão

pouco. Infelizmente, perto do final, o filme entra numa confusão

sobrenatural que só atrapalha.

 

 

Uma Linda Mulher' date=' Garry Marshal (1990)

 

Milionario Edward Lewis(Richard Gere) se

perde em Los Angeles e acaba conhecendo a prostituta Vivia(Julia

Roberts) que ele contrata para passar 1 semana com ele, a simpatia e as

falta de modos de Vivian vai aos poucos conquitando o coração de Edward,

boa quimica do casal de protagonitas que faz a gente embarcar neste

conto de fadas moderno com momentos bem engraçados

 [/quote']

 

Quando a prostituta jeitosa propõe que o cliente

faça coisas com ela, e ele diz que quer conversar, fica mais do que

óbvio que é um filme para mulheres... Eu gostava muito quando assistia

nas noites da Globo, mas numa revisão nem consegui terminar de assistir.

Ao contrário do que eu esperava, gostei de Roberts. Ela está simpática.

 

Prefiro Melhor é Impossível também (aliás' date=' Nos

Bastidores da Notícia e Laços de Ternura tb são melhores), mas ficou no

saldo positivo sim. O Brooks força a barra em alguns momentos, mas há

cenas que elevam o nível (como a do Shalloub). [/quote']

 

Eu nem sabia da existência de Como Você Sabe. Dos

que você citou, prefiro Melhor é Impossível e Nos Bastidores da Notícia.

Laços de Ternura é bom, mas é quase genérico.

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2vah0g3.jpg

 

 

Thor (Kenneth Branagh, EUA, 2011) 3/5

 

 

 

O filme apresenta uma boa história só para ser negligenciada. Ao colocar

uma cientista no caminho de Thor, sugere um conflito entre ciência e

magia que nunca é desenvolvido. Mais importantes são os problemas

familiares, e são tratados de forma superficial. A transformação pela

qual Thor passa, ao deixar de ser irresponsável e arrogante, é ridícula,

porque é repentina e não tem um conteúdo que a justifique (aquele

romance aguado e desnecessário não justifica nem a própria existência). O

filme ensaia um drama que acaba sendo nulo, e o que sobra é suficiente

para garantir a diversão e torná-lo esquecível. A ação, a comédia e o

visual de Asgard entretêm e fazem o tempo passar voando.

 

 

 

Tanto nos cenários quanto no figurino, Asgard é um mundo extravagante

que combina perfeitamente com seus habitantes, e por pouco não é brega. O

visual é grandioso, mas o filme não consegue impressionar com a

grandiosidade daquela civilização. Em compensação, parece não ter

sobrado dinheiro suficiente para os cenários do nosso planeta, e é

estranho vê-los resumidos a pouco mais de uma rua numa cidade minúscula.

Praticamente não há o que comentar sobre os personagens, já que nenhum

deles se destaca muito. Loki é o mais interessante, com suas mentiras e

sua inveja, mas Thor não chega a desaparecer no fundo, e funciona bem

quando exploram suas possibilidades cômicas, além de ter um ótimo

uniforme que mal tem chance de aparecer. Mesmo com as falhas o filme

diverte, então não é um desastre completo, mas entrega menos do que

promete.

 

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BRAVURA INDÔMITA

 

true-grit-hailee-steinfeld-photo3.jpg

 

Os Coen seguem nutrindo um interesse peculiar pelo modo de ser do estadunidense médio, como se fossem, conforme já anotou algum crítico, trovadores daquele povo. Eles sempre tiveram, desde a auspiciosa estreia em Gosto de Sangue, um ouvido sensível para a sonoridade dos sotaques, um olhar não propriamente solene (antes, por vezes sardônico) mas minucioso para tipos, comportamentos e aparências.

 

Nesta nova adaptação do romance de Charles Portis, esse traço autoral é perceptível. Contudo, o enfoque temático é outro, de envergadura universal, cujo título já entrega: a coragem, a determinação e a honradez de se fazer o certo. O delegado assassino bebum, a garota determinada e de caráter forte, o Texas Ranger facilmente insultado e de habilidades postas em dúvidas. Esse trio tem diferenças, defeitos, rusgas, motivações destoantes, mas na hora H, todos demonstram "bravura indômita". É um conto moral, não moralista.

 

O filme vai ganhando força e beleza a passos lentos até culminar numa meia hora final de trágica poesia e salvação. Sua alma é proveniente do excelente elenco em papéis que lhes caem como uma luva. Hailee Steinfeld, Josh Brolin, Barry Pepper, Jeff Bridges, Matt Damon. É um prazer enorme passar duas horas observando essas figuras, acompanhando seus arcos dramáticos, assimilando o conflito de personalidades, tomado pela qualidade dos desempenhos.

B+

 

 

Cremildo2011-10-16 11:31:34

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Uma Noite Mais Que Louca

Quem curte filmes oitentistas' date=' isto é, q tenham a década de oitenta como pano de fundo assista a deliciosa comédia romantica “Take Me Home Tonight”.. Produção recente q foi mal nas bilheterias ianques e foi direto pras locadoras. Ainda bem. Com um pezinho na trama de Alta Fideldade (so q passada numa locadora) está matinezinha é tão inofensiva como agradável, do mesmo naipe de "The Wedding Singer", "Romy & Michelle" e do recente "Hot Tub Machine".. A trilha sonora então, maravilhosamente nostalgica: Duran Duran, The Buggles, Yazoo, Kim Carnes, Men Without Hats, Whang Chung, The Cure e Human League, entre outros.. Baixando imediatamente! 9/10

 

PS:  Veja o clipe da trilha sonora e repare nas trocentas referencias a varios classicos dos 80.. Rambo, Ghostbusters, Harry & Sally, Iluminado, entre trocentos outros.. Atente pro Michael Bieh durante a parodia do Terminator..06

 

 [/quote']

O vídeo é uma obra-prima! Que coisa mais linda. Os filmes da minha adolescência. emorike

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The Change Up            4,7/10

Mas que m* de filme é essa? Não é engraçado, queimou ainda mais a imagem do Ryan Reynolds (que já não ia bem com aquela porcaria de Green Lantern), cheio de escatologia tosca e de cenas absurdas. Mas tentaram fazer atrativos.

 Tem petchola e a beleza DESLUMBRANTE de Olivia Wilde. den Este é o motivo de 99,9% do público masculino. Vale a pena procurar as cenas com ela no youtube ou nos trailers e ignorar o filme. Ah, e 4,0 dos 4,7 são por ela.

 

 

 

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Soylent Green (Richard Fleischer, EUA, 1973) 3/5

 

Começa com uma ótima montagem, que, sem nenhuma palavra, dá uma mostra do quanto a tecnologia, a população e a poluição cresceram desde as últimas décadas do século XIX até 2020. É o ano em que encontramos um mundo empoeirado, sem cores, superaquecido, superpovoado, com o meio ambiente extremamente degradado e, para não perder o hábito, cheio de pessoas corruptas. Não sei se é a intenção, mas o filme acaba chamando a atenção para a diferença entre as classes sociais, pois é num apartamento de gente rica que nós vemos privilégios como cores, água quente e comida de verdade (ao invés do biscoito sem graça soylent green, que vem matando a fome do povo). Cada passo dado na investigação de um assassinato pouco importa. O que mais interessa é observar a distopia, que consegue se mostrar mesmo com a economia de cenários. É meio triste ver as pessoas numa felicidade patética quando têm acesso a coisas que para nós são comuns, como uma simples maçã, mas o filme poderia ser muito mais aflitivo. Assim como a descoberta da verdade sobre o soylent green poderia ser um momento devastador, mas não chega a tanto. Mesmo assim, com a solução do mistério e todo o resto, o filme consegue ser um tanto assustador.

 

 

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Como Esquecer. Tem momentos parecidos com A Single Man e os conflitos abordados me lembraram de metade do que Do Começo ao Fim poderia ter sido e não foi. Metade justamente porque não é tudo no filme que funciona e uma das coisas que mais me irritaram foi a intelectualóide e desnecessária narração em off. Aquele texto poderia simplesmente ter sumido e as cenas onde a potagonista aparece sozinha poderiam ser permeadas por trilha ou silêncio (como faz brilhantemente a Coppola no Encontros e Desencontros), uma vez que o filme também aborda solidão e desencontro.

 

A parte que funciona é a que mostra o sofrimento e a dor que atinge a vida da protagonista (embora hajam subtramas que também falam sobre a dor, os personagens que as representam - interpretados por uma Natalia Lage no máximo esforçada e por um Murilo Rosa apenas interessante - acabam servindo apenas pra potencializar o drama da personagem principal). É pela interpretação natural e corajosa de Ana Paula Arósio, por sinal, que esse drama consegue despertar um pouco de simpatia pois a personagem, retratada como uma mulher amarga, solitária, distante e fria, poderia facilmente cair na pieguice e despertar mais repulsa do que compaixão. Mas Arósio constroi uma atuação delicada, intimista, cheia de minimalismos e nuances que fazem vc torcer pra ela sair daquela tristeza toda.

 

Bianca Comparato passa pela vida da professora como um tufão que quer desenterrar uma bolha de aço. Mal colocada, acaba perdendo a função e mais perturba do que agrada. A artista plástica que dará novas cores á vida da protagonista cumpre sua função diretinho, ajudada pela beleza e talento de Arieta Corrêa.

 

O filme não é ruim. Só poderia ter aproveitado melhor seu roteiro, que acaba se resolvendo de forma um tanto aguada e rasa. Faltou acreditar mais na força dessa estória, que tem na bela composição de Arósio (surpresa pra mim, confesso) seu maior trunfo. 6,0/10
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Acabei de ver o The Help e a Viola Davis realmente merece as indicações que devem vir por aí (tem uma cena na metade do filme e outra no finalzinho em que ela está fantástica; que olhar poderoso ela tem!). O elenco todo é bom, aliás e, muito embora o filme seja, melodramático, datado, direcionado e autoajuda demais, eu gostei da história e de uma das subtramas (o assunto central é bem relevante).

 

Só não é todo esse espetáculo que justifique o grande sucesso de público e crítica em torno dele. Fosse mais curto, mais enxuto, com menos personagens e com um texto melhor elaborado, renderia algo muito mais interessante. De qualquer forma, só pela Viola já vale a conferida.  7,0/10
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