Jump to content
Forum Cinema em Cena

Casamento Real


Jorge Soto
 Share

Recommended Posts

  • Members
pelo menos o William tem melhor gosto q o pai... a tal Kate e bem mais bonitona (e gostosa) q a Lady Di' date=' q mais lembrava o Cocada, de A Praca e Nossa..  

06 

%5bcocada.jpg%5d 

 

lady-diana-2max.jpg
[/quote']

 

06

 

Mas vá, ela não era feia, não, Soto. E casando com isso aqui, você queria o quê?

 

principe-charles1.jpg

 

06

 

Mas a Diana soube envelhecer. Ficou mais bonita quando ficou mais madura e tals. 
Jailcante2011-04-30 00:00:08
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Sobre esse auê desse casamento, eu tava até meio alheio a isso já que não vi muita TV nesses tempos, mas hoje fiquei puto porque tem um programa que assisto (The Soup) no E! e não passaram essa semana porque tavam reprisando o casamento. (Blergh. Porque esse casamento não foi no sábado?11)

 

Mas fazendo uns comentários futéis aqui: O William já tá carequinha da silva e só tem 28 anos. E desculpa por dizer isso, mas tal da Kate tem cara de puta (nada contra). E a maquiagem fez ela ficar mais velha...

 

Casamento real: ele jovem careca e ela com cara de puta veia. Nossa! 

 

site_1_rand_1657239160_kate_william_rings_l_110429_getty.jpg
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ainda bem q terminou a badalação em volta dessa baboseira...  Poucas vezes na vida vi algo tão brega quanto esse casamento e a babação em torno. Já é ridículo em pleno 2011 ainda vermos monarquias... A única coisa "ùtil" q a família real inglesa produziu nos últimos 30 ou 40 anos foram incontáveis escândalos, que foram úteis segundo a ótica dos ridículos jornais sensacionalistas ingleses. Fora isso, a cada 25 anos sai tb um casamento entre um "nobre" e um plebeu, q alimenta os jornais, vende uma fortuna em quinquilharias inúteis e comove gente mais romântica (ou idiota, como preferirem...) Não tem nada mais arcaico e estúpido do que uma monarquia nos dias de hoje. Todo esse jogo estúpido que idiotiza os ingleses e encanta um monte de

abobados mundo afora não resiste a 10 segundos de pensamento racional...

Neguinho q herda a teta pra mamar(só a teta, o poder não mais, já q faz horas q a família real especialmente no Reino Unido, não manda nada - o q torna a monarquia AINDA MAIS inútil...) apenas por ter tido a sorte (ou azar, questão de pto de vista) de nascer naquela família... Gente cuja única qualidade notável (e o q é pior, a única usada como critério...) é ser fruto de uma "trepada real". Hoje li no jornal daqui uma definição q me pareceu perfeita do príncipe Wiliam. "... é um sujeito mediano, cuja única função é esperar que o pai morra ou abdique depois da morte ou abdicação da rainha, para assumir um trono sem função."

 

Link to comment
Share on other sites

 

 

Ainda bem q terminou a badalação em volta dessa baboseira...  Poucas vezes na vida vi algo tão brega quanto esse casamento e a babação em torno.

Eu simplesmente não entendi. Não consigo ver a menor justificativa para essa bobajada. Tá, a mídia é sensacionalista e coloca o que quiser em voga e tudo o mais, mas não consegui realmente ver a menor lógica (nem histórica, nem política, nem coisa nenhuma) na divulgação grotesca desse troço todo e porque (o pior) as pessoas se mobilizaram em torno disto.

 

Mr. Scofield2011-04-30 10:13:43

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Esse casamento foi tremendamente visto, no mundo inteiro.

Alguns dizem que o que atraí a atenção do mundo é essa celebração do romance, tipo conto de fadas, das mulheres sonharem com algo assim, príncipe, romeu, bla bla bla...
Eu já acho que seja um lance de status.

 

By the way, essa princesa promete ser tão "indomável" qto diana (ou não), já que prometeu tudo ao príncipe... menos obediência!

Dá-lhe, Kate!!!!

 

 

 

By the way :

 

Princesa%20Beatrice,%20prima%20de%20William,%20e%20seu%20arranjo%20de%20gosto%20duvidoso

 

060606

 
MariaShy2011-04-30 17:26:17
Link to comment
Share on other sites

  • Members
Ainda bem q terminou a badalação em volta dessa baboseira...  Poucas vezes na vida vi algo tão brega quanto esse casamento e a babação em torno. Já é ridículo em pleno 2011 ainda vermos monarquias... A única coisa "ùtil" q a família real inglesa produziu nos últimos 30 ou 40 anos foram incontáveis escândalos' date=' que foram úteis segundo a ótica dos ridículos jornais sensacionalistas ingleses. Fora isso, a cada 25 anos sai tb um casamento entre um "nobre" e um plebeu, q alimenta os jornais, vende uma fortuna em quinquilharias inúteis e comove gente mais romântica (ou idiota, como preferirem...) Não tem nada mais arcaico e estúpido do que uma monarquia nos dias de hoje. Todo esse jogo estúpido que idiotiza os ingleses e encanta um monte de abobados mundo afora não resiste a 10 segundos de pensamento racional... Neguinho q herda a teta pra mamar(só a teta, o poder não mais, já q faz horas q a família real especialmente no Reino Unido, não manda nada - o q torna a monarquia AINDA MAIS inútil...) apenas por ter tido a sorte (ou azar, questão de pto de vista) de nascer naquela família... Gente cuja única qualidade notável (e o q é pior, a única usada como critério...) é ser fruto de uma "trepada real". Hoje li no jornal daqui uma definição q me pareceu perfeita do príncipe Wiliam. "... é um sujeito mediano, cuja única função é esperar que o pai morra ou abdique depois da morte ou abdicação da rainha, para assumir um trono sem função."
[/quote']


O pior é que a monarquia parlamentarista tem utilidade sim. O mérito não está na excepcionalidade da família (desde que ela aja corretamente do modo mediano esperado).
Mas é uma ferramenta bastante útil para estabilidade política e evitar excessos.

E justamente no fato da família real reinar mas não governar que está a utilidade.

O mais irônico é que o oposto da monarquia parlamentarista parece ser os regimes "totalitários" (fascistas ou soviéticos). Em todos os casos, estes regimes só surgiram depois que aboliram a monarquia.
Conan o bárbaro2011-04-30 14:24:12
Link to comment
Share on other sites

  • Members

A família real britânica tem poder político, sim. Tecnicamente falando, o rei ou rainha continua sendo chefe de estado e tem poder até para remover o primeiro ministro ou declarar guerra. Por sorte, existe o bom senso de que a realeza não deve usar esse poder, e não usa.

 

 

 

Eu tenho uma amiga neozelandesa que me contou um tempo atrás - antes dessa falaçada de casamento - que o fato de eles contarem com a "cobertura" da monarquia é fonte de segurança pra eles (a rainha Elizabeth tb é a chefe de estado da Nova Zelândia), e que houve até um caso envolvendo uma interferência direta dela que agradou bastante o povo de lá, que estava bastante contrariado com uma ideia do primeiro ministro neozelandês.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

A família real britânica tem poder político' date=' sim. Tecnicamente falando, o rei ou rainha continua sendo chefe de estado e tem poder até para remover o primeiro ministro ou declarar guerra. Por sorte, existe o bom senso de que a realeza não deve usar esse poder, e não usa.

 

 

 

Eu tenho uma amiga neozelandesa que me contou um tempo atrás - antes dessa falaçada de casamento - que o fato de eles contarem com a "cobertura" da monarquia é fonte de segurança pra eles (a rainha Elizabeth tb é a chefe de estado da Nova Zelândia), e que houve até um caso envolvendo uma interferência direta dela que agradou bastante o povo de lá, que estava bastante contrariado com uma ideia do primeiro ministro neozelandês.[/quote']

 

Tecnicamente eu sei q vc está absolutamente certo, mas na prática tenho certeza absoluta q isso não se concretiza. Tenho certeza q a Rainha nunca declararia guerra contra ninguém sem a anuência do primeiro ministro e/ou do parlamento. E se declarasse uma guerra (só pra ficar no mesmo exemplo) á revelia do ministro e do parlamento, tenho certeza q não haveria guerra alguma. O não uso desse (suposto) poder não é só bom senso, é falta de legitimidade prática mesmo. Se usar pra algo assim, certamente dará início a uma crise... E muito provavelmente " aordem não será cumprida". Não quero chamar sua amiga neozelandesa de mentirosa, mas me dou com uma porção de súditos da rainha (ingleses, australianos e canadenses) e já vi (com exceção dos canadenses) o quanto esse pessoal é "contaminado" pela idéia de q a rainha é mesmo uma escolhida, e q há um quê de mágfico, especial e glamuroso em tudo q ela faz... Dou um desconto grande em tudo q ouço q a rainha fez, pq a coisa é meio superestimada mesmo, sempre revestida dessa "aura de nobreza", q eu particularmente considero patética mas q arranjo briga com qqr bretão se expressar essa opinião... De qqr modo, se eu vivesse em uma monarquia defecaria na imagem do rei!! Por mais q vcs insistam q a ramília real tem utilidade - eu acho q tem muito pouca, mas podemos discutir - isso não invalida o absurdo e irracional de alguém herdar as regalias (e, vá lá, o poder) pq tem como mérito ser filho deste ou daquele... O colega referiu regimes totálitários ali acima, então aproveito pra lembrar q muitos deles guardam com a monarquia essa semelhança. Na Síria, no Iêmem e na Coréia do Norte, temos ditadores que herdaram o poder do papai... Evidente q morar num desses lugares é 1000 vezes pior do q sob a batuta da rainha Elizabeth, mas a lógica de poder é a mesma: sorte ou azar de ter nascido da 'trepada real' (ou 'tirânica no caos dos ditadores.. eheheh), e é essa a parte q eu considero mais absurda e inaceitável... Sem contar o fato de eu preferir um tiro na nuca à ser súdito de alguém...

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Eu me referi às monarquias parlamentaristas...


A utilidade é que, como o Jack Ryan disse, há a divisão do chefe de estado e o de governo.
E como é um poder baseado na tradição, é um obstáculo para qualquer poder carismático arrebatador. O rei não tem poder no que se refere à administração do país, mas ainda assim o poder é exercido em nome dele. Desta forma, nenhum político pode pretender ocupar o cargo máximo, que já está ocupado pelo chefe de Estado, o monarca. Não tem espaço para líderes populistas que almejam a supremacia política. O primeiro ministro é mais um cargo "técnico", um "funcionário", um administrador... sem espaço para maiores ambições.

 

Eu particularmente tenho o mesmo sentimento com a festa que fazem aqui com o presidente. Lula, Dilma... são estrelas e cultuados do mesmo modo (só que não é unanimidade). O Obama é pior ainda. Ele parece um ator de Hollywood, um ator de stand up comedy. As aparições públicas dele é cheio de gracinha, piadinha, dancinhas, frases de efeito...
Conan o bárbaro2011-05-01 00:04:05
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Sorte dos britânicos que sustentam uma família só com os seus impostos. E Nós que sustentamos mais de centenas de vagabundos naquele congresso? Suas viagens, sua pompa e toda a grana que eles carregam, inclusive na cueca?

 

 

 

Antes tivéssemos só uma família para bancar...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Nós sustentamos várias famílias por gerações. Sarney, Magalhães, Roriz e uma porrada de outros mercenários sanguessugas.

 

 

 

No fim das contas, a democracia é isso ai. A maioria dos britânicos é a favor da permanência da família real. Eles têm autonomia para decidirem o que querem enquanto nação. A realeza é como um zoológico urbano com humanos sendo exibidos diante de uma platéia ansiosa por intrigas, traições e fofoquinhas babacas. Eles querem pagar por este espetáculo. Lavo minhas mãos...Scarlet Rose2011-05-01 11:56:46

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Eu sei que a maior parte do que foi dito depois do meu post não era dirigida a mim, mas quero esclarecer que não sou a favor de poder político hereditário, estava apenas dissecando o valor prático do poder real na Grã-Bretanha.

 

 

 

E, como o próprio Highlander disse, o povo de lá tem sim um apreço pela realeza (embora essa questão mágico-religiosa não tenha surgido entre os meus conhecidos britânicos - talvez eu me dê com gente menos supersticiosa, hehehe), é daí que vem a legitimação do poder, contanto que ele não seja usado de forma vã. É óbvio que nenhum rei ou rainha poderia declarar guerra à França pq não gostou de um vinho que comprou lá, mas em situações que necessitem mediação, o peso político do monarca pode sim ser o "fiel da balança". E, se eles acham isso positivo, bom pra eles. Como disse a Scarlet, nós temos problemas bem piores pra resolver por aqui.

 

 

 

Eu me referi às monarquias parlamentaristas...

 

A utilidade é que' date=' como o Jack Ryan disse, há a divisão do chefe de estado e o de governo.E como é um poder baseado na tradição, é um obstáculo para qualquer poder carismático arrebatador. O rei não tem poder no que se refere à administração do país, mas ainda assim o poder é exercido em nome dele. Desta forma, nenhum político pode pretender ocupar o cargo máximo, que já está ocupado pelo chefe de Estado, o monarca. Não tem espaço para líderes populistas que almejam a supremacia política. O primeiro ministro é mais um cargo "técnico", um "funcionário", um administrador... sem espaço para maiores ambições.
[/quote']

 

 

 

Gostei muito das tuas observações, Conan. Bastante perspicazes. 10.gif

Link to comment
Share on other sites

  • Members

<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Vendo o papa beatificado e o príncipe casando nunca as palavras do anárquico Diderot não estiveram mais atuais e lúdicas. As sociedades humanas nutrindo a ignorância de instituições inúteis, enquanto temos famintos e miseráveis vivendo pior que um animal. Repetindo os dizeres de Diderot da minha assinatura.

 

O homem só será realmente livre quando o último monarca ou governante  for enforcado nas tripas do último sacerdote.

 

549px-O_que_urge_fazer_%28A_Lanterna,1916%29%5B1%5D.jpg

 

O casamento do príncipe e a celebração da desigualdade<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Inglaterra - Resenhas

Segunda, 02 Maio 2011 02:00

 

010511_casamento2Correio da Cidadania - [Duarte Pereira] Nunca o casamento de um príncipe foi acompanhado por tantos plebeus embevecidos quanto o do príncipe inglês William na última sexta-feira. Arrebatados pela ostentação das cerimônias, a riqueza das roupas e a simpatia do jovem casal, muitos desses plebeus em Londres e pelo mundo afora não se deram conta de que a sobrevivência de monarquias e de seus rituais representa uma das limitações significativas das transformações democráticas na Europa. O aclamado casamento do príncipe William demonstra que, no Velho Continente orgulhoso de ter abolido os privilégios de nascimento e instituído a igualdade de todos perante a lei, ainda há famílias que são mais iguais do que as outras e ainda existem chefes de Estado que herdam tronos seculares pelo simples acaso de nascerem em berços privilegiados.

 


 

A demolição da estrutura medieval de estamentos, com suas desigualdades reconhecidas nas leis e nos costumes, iniciou a construção de regimes democráticos modernos e a expansão do capitalismo na Europa. Foi particularmente importante a revogação da sujeição da gleba, que vinculava os camponeses aos feudos e a seus senhores num regime servil e opressor. As grandes revoluções democráticas burguesas, como a francesa, foram feitas sob as bandeiras das lutas pela abolição dos privilégios de sangue e pela liberdade e igualdade.

É claro que essa igualdade era e continua sendo essencialmente jurídica, preservando a desigualdade econômica, que se renovou e aprofundou. A própria igualdade jurídica consagrada nas novas constituições sofreu durante muito tempo restrições, como a do direito de voto, que excluía as mulheres e discriminava os homens que não alcançassem determinados níveis de renda ou de instrução. Foi necessária uma luta prolongada dos trabalhadores e das mulheres para que o direito de voto se universalizasse e as liberdades de organização partidária e sindical se estendessem.

Em alguns países europeus, onde a luta democrática impelida pela participação dos camponeses e dos trabalhadores urbanos avançou mais, outra desigualdade jurídica importante, a das monarquias com seus chefes de Estados hereditários e vitalícios, saídos de famílias nobres, foi eliminada pela proclamação de regimes republicanos, com chefes de Estado e de governo temporários e eleitos.

Houve países europeus, no entanto, em que as burguesias locais preferiram chegar a um pacto com a nobreza territorial, preservando as monarquias e freando a democratização e a ameaça dos trabalhadores. Com o passar dos anos e a consolidação do predomínio burguês, os privilégios da nobreza foram sendo restringidos e os reis e rainhas obrigados a reinar cada vez menos. Ainda assim, nesses países em que as monarquias foram mantidas e o Poder Legislativo chegou a ser dividido entre uma Câmara dos Comuns eleita e uma Câmara dos Lordes nomeada, como no Reino Unido da Grã-Bretanha, os soberanos reais continuaram desempenhando uma função política e cultural muito importante para a estabilização das novas desigualdades burguesas e imperiais. O casamento festivo e aclamado do príncipe William é uma demonstração da importância dessa influência ideológica conservadora e antidemocrática das casas reais.

Os monarcas europeus, para sobreviver ao avanço do capitalismo e das lutas democráticas dos trabalhadores (até mesmo para resistir aos escândalos que abalaram de tempos em tempos suas famílias, lembrando que elas não são excepcionais nem detêm qualidades natas para exercer as funções estatais que monopolizam) tiveram que fazer concessões a seus súditos plebeus, admitindo, por exemplo, o casamento de príncipes herdeiros com noivas milionárias, mas plebeias. Essas noivas, é verdade, logo foram agraciadas com títulos de nobreza e integradas, com maior ou menor êxito, nas tradições seculares de suas novas famílias.

Outro expediente dos soberanos europeus que se tornou comum foi a outorga de títulos de nobreza a intelectuais de renome, a desportistas famosos ou a cantores de grande popularidade. Na Grã-Bretanha, após o desgaste sofrido pela coroa por causa dos maus tratos infligidos à princesa Diana, a rainha-mãe decidiu festejar o aniversário de sua coroação com uma concorrida apresentação nos jardins reais de alguns dos artistas mais consagrados da música pop internacional.

Não se pode desconhecer que esses esforços, com a repercussão multiplicada pela cobertura favorável da mídia capitalista mundial, surtiram efeitos, como evidencia o sucesso da festa britânica da última sexta-feira. Num momento em que as grandes potências capitalistas invocam com insistência a defesa da democracia para justificar suas intervenções interesseiras e armadas nos assuntos internos de nações mais débeis, milhões de pessoas foram induzidas a aclamar um casamento que simboliza, contraditoriamente, a continuidade de uma desigualdade antidemocrática e pré-moderna.

As famílias trabalhadoras, que penam diariamente para garantir sua subsistência, precisam, em face de comemorações manipuladas como esta do casamento do príncipe William, abrir os olhos e as mentes para não desempenharem o papel de vítimas tolas que batem palmas para sua própria opressão e pobreza.

Duarte Pereira, 72 anos, é jornalista e escritor.

 

Plutão Orco2011-05-02 11:27:22
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Algumas pessoas preferem ser lambe botas de uma aristocracia parasitária. Fazer o que! Que assim seja! Estas instituições só não fazem nada pelos povos e em troca os otários para pagam o luxo de suas vidas ao custo de seus bens. Mesmo assim não são todos. Vejam:

 

Mais de 50% dos ingleses não têm interesse no casamento real<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Inglaterra - Reportagens

Domingo, 01 Maio 2011 01:55

010511_rainhaEsquerda - Numa sondagem recente – divulgada a menos de três dias do casamento –, 56% dos britânicos ouvidos disseram não ter interesse no evento,e 55% acreditam que a imprensa está a fazer uma cobertura exagerada. Por Wilson Sobrinho, correspondente da Carta Maior em Londres


 

Poucas coisas podem ser mais britânicas que chá e ironia. Talvez por isso a "eu não sou uma caneca de chá do casamento real", vendida pela Internet pelo grupo inglês Republic, esteja esgotada. Aproveitando o frenesi mundial que cerca o casamento entre os possíveis futuros rei e rainha britânicos príncipe William e Kate Middleton, esse grupo de pressão está a fazer o que pode para espalhar a ideia de que a monarquia – outra tradição britânica – também chegou ao esgotamento e deve ser substituída por uma república.

"Estamos entusiasmados", disse Emily Robinson, representante do Republic, num debate no segundo principal canal da televisão aberta britânica, dois dias antes do casamento. "Temos muito mais apoio do que tínhamos no passado. Muito mais do que dobramos a nossa base desde o anúncio do noivado", afirmou Robinson.

Ela vê o recente crescimento do grupo como um resultado de maior discussão e debates fomentados pelos holofotes dos média sobre o casamento real. "É algo que as pessoas não pensam a respeito a maior parte do tempo. A monarquia é algo que está lá simplesmente – as pessoas acham que não importa e não afecta a forma que se faz política nesse país. Mas quando ganha atenção, como está a acontecer agora, nós normalmente vemos um aumento no apoio [ao movimento republicano]".

Para capitalizar esse aumento de apoio popular e chamar a atenção para as suas bandeiras republicanas, o grupo, que passou de sete para 14 mil associados desde Novembro do ano passado, está a organizar uma festa alternativa ao casamento real. Cerca de 300 pessoas são esperadas para a "não festa do casamento real", que ocorre a poucos quilómetros da abadia de Westminster, onde William e Kate trocam alianças e votos nessa sexta-feira. Os números nem de longe são comparáveis aos do casamento real, cujas cifras são medidas com escalas usadas em olimpíadas e mundiais de futebol, mas nem por isso motivam lamento entre os republicanos.

"Tomámos as 'tradicionais' festas de rua que celebram a realeza como inspiração, mas com uma diferença chave – estaremos a celebrar a democracia e o poder popular ao invés de privilégios herdados", diz o convite da festa.

"Com comida e entretenimento, a festa de rua alternativa da Republic certamente será uma forma divertida de passar o dia, mas também tem uma mensagem muito séria – os republicanos britânicos não serão ignorados e certamente não estarão a esconder-se", diz, em referência a sondagens de opinião que apontam que cerca de 20% dos britânicos são favoráveis à extinção da monarquia do país. "Significa que pelo menos 10 milhões de pessoas votariam pelo fim da monarquia – o mesmo número que votou no partido que venceu as últimas eleições gerais", argumenta o grupo.

"Essa é a primeira vez que os republicanos organizam os seus próprios eventos durante uma grande actividade real, portanto é um momento histórico para o republicanismo", diz Graham Smith, membro da directoria do Republic.

Para Smith, os eventos organizados pelos republicanos e o avanço da base de apoio do grupo faz do do casamento de William e Kate um ensaio para o jubileu de diamantes -- o aniversário de 60 anos da coroação de Elizabeth II – no Verão de 2012.

Ele diz que a festa paralela ao evento real "é o auge do período de maior sucesso de nossa campanha desde que nos tornamos um grupo de pressão. Estamos à espera de ainda mais intensas campanhas, conforme nos preparamos para o ano do jubileu".

Os membros do Republic sabem porém que ainda está longe o dia em que o país irá escolher um presidente pelo voto directo. "Uma visão minoritária que faz campanha para se tornar popular por vias pacíficas é a essência da democracia ", diz um documento no site que explica as ambições do grupo. "Muitas das grandes reformas do último século – como o sufrágio universal e o fim da escravidão – começaram com o interesse de minorias e muito pequeno apoio popular."

"Há uma frase do Gandhi que diz algo assim: 'primeiro eles te ignoram, depois riem de ti, então eles te combatem e então você vence'. Estamos passando entre as fases do riso e do combate neste momento", afirmou Smith para o The Independent na semana passada. Ele estabelece o ano de 2025 para que sua campanha encontre sucesso completo.

No sábado, depois da festa, um encontro da Aliança Europeia de Movimentos Republicanos acontece em Londres, com grupos de republicanos de países europeus que ainda mantém monarquias como Espanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Holanda e Bélgica juntando-se aos britânicos. É a primeira vez que esse movimento republicano internacional recém-nascido se encontra, depois da sua criação em Estocolmo, no ano passado, durante o casamento da princesa Vitória, a herdeira da coroa sueca.

Numa sondagem recente – a menos de três dias do casamento –, 56% dos britânicos ouvidos disseram não ter interesse no evento. Enquanto 55% acreditam que a imprensa está a fazer uma cobertura exagerada do casamento. Porém 69% responderam favoravelmente à manutenção da monarquia, 20% se disseram contrários e 11% não souberam responder.

"Sondagens atrás de sondagens mostram que a maioria dos britânicos simplesmente não se importa com o casamento e acha que a imprensa não está a entender o sentimento da nação", afirma Smith.

Actualmente, os cidadãos britânicos elegem o Parlamento e o primeiro-ministro, que é quem toma as decisões políticas fundamentais do país, cabendo à realeza do palácio de Buckingham um papel mais decorativo do que político.

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

Announcements

×
×
  • Create New...