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Forum Cinema em Cena

Adaptações de HQ, o Festival_Pag. 18.


Nacka
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5º Lugar do Festival vai para...

 

 

 

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Lista

 

 

Mesmo não conhecendo profundamente o universo HQ, e nem sendo fã, tenho um certo carinho por esse "gênero", porque minha paixão pelo cinema começou na época do auê da série Superman. Tanto que o primeiro filme que vi num cinema foi Superman III, ainda criança. Ali começou tudo. E apesar do tempo e dos defeitos que o filme possa ter, eu ainda consigo o ver atualmente com aquele impacto inicial (ou um pouco) que ele teve em mim.<?XML:NAMESPACE PREFIX = O />

 

Sobre o Top: Montei um com filmes que curti, independente se foi ou não boa adaptações. Mesmo porque nem li as HQs, então parto do suposto que se foi um bom ou ótimo filme, foi uma boa adaptação. Period.

 

Quis fazer uma lista enxuta, com poucos filmes, mas não deu. Tive que colocar os principais filmes dos “super-heróis oficiais” (Superman – Batman - Homem Aranha – Xmen), mais alguns filmes interessantes que surgiu nesse gênero, junto de outros filmes (os 3 últimos) que mesmo datados, mas na época que vi, quando era mais jovem, foram bem bons e marcaram de alguma forma. Vamos lá:

 

01) Superman – O Filme (Richard Donner, 1978)

 

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Superman funciona e sempre vai funcionar porque ele é a síntese do que é ser um super-herói. Um ser sem medo, forte, que sempre tenta agir da maneira correta e sempre está ali pra ajudar os outros. Outros super-heróis podem surgir colocando outras nuances dentro disso, mas a síntese está ali. E o filme aborda e muito bem tudo isso.

 

02) X-Men 2 (Brian Singer, 2003)

 

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Singer consegue acertar o que não estava muito bem no original e faz uma continuação perfeita e grandiosa.

 

03) Sin City – A Cidade do Pecado (Frank Miller e Robert Rodriguez, 2005)

 

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Chupinhar HQs pode dar certo? Sim, até pode. Principalmente, praqueles (eu) que não conhecem a HQ original, então o filme serve muito bem.

 

04) Superman II – A Aventura Continua (Richard Donner/Richard Lester, 1980)

 

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Seqüência em pé de igualdade com o original. Aproveita que a história já foi introduzida e foca mais nas ótimas cenas de ação, com um excelente trio de vilões.

 

05) Batman – O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

 

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Um vilão que rouba o filme literalmente, e uma trama "policesca", que encaixa bem no personagem gótico.

 

06) Homem Aranha 2 (Sam Raimi, 2004)

 

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Mais redondo que o primeiro filme, que já era muito bom. Raimi acerta as engrenagens aqui com cenas de ação espetaculares.

 

07) Homem Aranha (Sam Raimi, 2002)

 

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Não sou um grande fã de HA, mas Raimi conseguiu fazer filmes que não dá pra dizer não (pelos menos, os 2 primeiros). E aqui ele traz um pé no trash (onde ele começou) com um vilão com visual à lá Power Rangers, que não agradou a muitos, mas achei adequado.

 

08) Batman Begins (Christopher Nolan, 2005)

 

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Um ressurgimento oportuno do homem morcego nas telonas. Apesar dos exageros aqui e acolá, Nolan consegue fazer um filme bem amarrado, e no fim das contas como (re)início de série, funciona muito bem.

 

09) X-Men O Filme (Brian Singer, 2000)

 

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O filme que ressuscitou o gênero na década passada. Fez com que essas adaptações voltassem à tona e continuassem na ativa até hoje. Apesar de não ser 100%, a primeira incursão dos mutantes no cinema agrada e bem. É um filme redondo, mas seria superado e muito pela continuação.

 

10) Superman III (Richard Lester, 1983)

 

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Sim, o filme tem muitos defeitos, um humor exagerado principalmente, mas curto a história ter se centrado no personagem principal, com ele voltando às origens <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?XML:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em Smallvile, e lidando com outras coisas além da Lois Lane e Lex Luthor. Não tenho coragem de tirá-lo do Top 10 aqui.

 

11) O Máscara (Chuck Russell, 1994)

 

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A HQ original é séria e sóbria. Aqui resolveram muito bem partir pro humor e o personagem caiu como uma luva para as cara e bocas do Jim Carrey.

 

12) MIB - Homens de Preto (Barry Sonnenfeld, 1997)

 

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Uma agência do governo que cuida especificamente de ETs que habitam a terra. O visual deles é o grande destaque do filme.

 

13) Rocketeer (Joe Johnston, 1991)

 

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Não um grande filme, mas uma sessão da tarde legal, com boa reconstituição de época. Um filme simpático. E Jennifer Conelly...

 

14) Mulher Nota 1000 (John Hughes, 1985)

 

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Nem sabia que era baseado em uma HQ. É um dos filmes adolescentes notáveis da década de 80, apesar de meio datado. E Kelly LeBrock...

 

15) Howard, o Super Herói (Willard Huyck, 1986)

 

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História bizarra de um mundo habitado por patos e um deles é trazido pra terra por acidente. Efeitos toscos e situações noncense acabam por ajudar no filme, a ser, no mínimo, curioso de se ver. E vale dizer que é melhor um anão vestido de pato do que esses animaizinhos por computação que tomaram conta do cinema atualmente.

 

 

 

 

Superman II

 

 

 

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A primeira coisa a se dizer sobre Superman II – A Aventura Continua são as confusões que ocorreram nos bastidores da produção. O diretor Richard Donner tinha sido contratado para realizar dois filmes baseados nas HQs do Superman, e realizar dois filmes simultaneamente não é algo fácil, ainda mais naquela época (fim dos anos 70), então os problemas inevitavelmente surgiram. A intenção inicial era lançar ambos os filmes somente depois de os dois estarem prontos, mas com os vários atrasos que houve, Donner se viu obrigado a finalizar o primeiro filme, e lançá-lo antes de concluir o segundo. Só que depois do sucesso de Superman – O Filme, e como desde o início, a produção do filme se desentendia com a direção, os produtores se acharam no direito de demitir Donner, já que pouca coisa do segundo filme faltava para terminar, e chamaram o diretor Richard Lester para concluir tudo. Mas com a demissão do diretor, parte importante do elenco e equipe técnica saiu também da produção. Claro que é lamentável isso tudo que ocorreu, mas apesar disso, Superman II é uma ótima continuação. Donner tinha filmado quase tudo, faltando muito pouco para Lester acrescentar, e ele se limitou a só terminar o filme mesmo, não influenciando tanto o resultado final, já que não mudou muita coisa. Nem poderia mudar, porque se quisesse fazer isso, grande parte do elenco não estava mais lá para filmar qualquer cena extra. Com isso, mesmo que oficialmente quem dirigiu o filme foi Lester, quase tudo foi filmado e idealizado pelo Donner, então por isso me coloquei no direito de colocar o nome dos dois no topo do texto.

Falando do filme em si: Esse segundo filme trabalha muito bem uma característica que de cara beneficia muita continuação, que é a de não precisar apresentar personagens, já que essa tarefa ficou para o filme original, restando para continuação a função básica de movimentar a trama. Já conhecemos Superman, Lois Lane, Lex Luthor e todo mundo mais, e estamos dentro daquele universo, então não haveria necessidade de uma grande introdução, o que resulta assim em mais excelentes cenas de ação, e muitas delas em cima dos três vilões que surgem. Já o vimos antes no começo do primeiro filme: General Zod (Terence Stamp), Ursa (Sarah Douglas) e Non (Jack O’Halloran). Três malfeitores que foram capturados em Krypton, antes de sua destruição, e condenados à prisão eterna na Zona Fantasma. Se antes o Superman era o único que tinha sobrevivido à destruição de Krypton, sendo assim o único da sua espécie no planeta Terra, aqui vemos que ele não foi o único e que vai enfrentar três personagens tão fortes quanto ele.

No primeiro filme, se trabalhava a construção desse super herói, principalmente, na sua imponência por ter superpoderes na Terra, sendo assim indestrutível, mas esse segundo filme, se trabalha a quebra desse mito: Tanto a sua indestrutibilidade física como a emocional se rompem. Com a presença dos três vilões vindos de Krypton, Superman perde aqui sua indestrutibilidade física, já que Zod, Ursa e Non, tendo os mesmo poderes dele, e sendo em maior número, poderiam sim derrotá-lo e destruí-lo. Um perigo real assim se apresenta. E paralelamente, ao surgimento desses três personagens, também vemos o desenrolar da relação entre Clark Kent/Superman e Lois Lane, o que provoca a perda da indestrutibilidade emocional do herói. Essa parte emocional é um limiar que o personagem vive desde o começo. Superman veio para ajudar, e para se ajudar tem que haver essa compaixão, ele tem que se importar com as pessoas da Terra, mas ele só poderia ajudar vivendo às margens da sociedade, sem ser parte integrante dela. Através de sua relação com Lois, Superman não quer se sentir mais responsável pelo mundo. Não quer mais ser diferente, e ao se tornar mortal para viver ao lado dela, toma assim uma decisão drástica. O problema é que depois de tomar essa decisão, ele fica diante da situação dramática que o planeta passa quando General Zod e seus comparsas estão dominando o mundo. Essa é a sina do herói que vê que não pode deixar de ser herói, ao mesmo tempo em que sente essa extrema necessidade de não ser mais. Tudo isso termina na excelente batalha aérea nos céus de Metrópolis, quando os três vilões enfrentam o Homem de Aço. Com certeza, um dos pontos altos não só do filme, mas da série toda.

Uma dúvida que rola em relação a Superman II é até que ponto foi prejudicado com a demissão de Donner. Claro, que houve sim esse prejuízo, não dá para negar. Mas o filme ficou ótimo de qualquer forma, mesmo que o Richard Lester tenha colocado certas bobagens típicas dele na montagem final, só que, particularmente, não acho que nem o Superman III foi muito prejudicado por isso (opinão bem minha mesmo), e ele foi todo filmado pelo Lester. Sem falar que ao assistir Superman – O Retorno, tendo que presenciar toda aquela bobeiragem dramático-romântica do Bryan Singer, ficou a impressão de que se Donner tivesse continuado, poderia ter tentado colocar isso filme dele, e Superman II ter perdido sua essência de filme de aventura e caído na desgraça de tentar ser algo que não é. Isso pode ser exagero meu, mas o filme do Singer me deixou traumatizado a ponto de me perguntar: Que filme do Superman, eu vi? Será que foi o mesmo que o Singer viu? Será que foi o mesmo que Donner idealizou? Enfim. No final de tudo, me lembro daquela frase que diz que “Há males que vem para o bem”, então, me limito a acreditar nisso, e em vez de ficar imaginando o que o filme poderia ter sido com o Donner, fico curtindo essa ótima versão aqui mesmo. Ela tem qualidades mil, apesar de todos esses problemas que aconteceram na sua produção

 

 

NOTAS e Comentários:

 

Renato - 7.25/10

Thiago Lucio - 5.5/10

Mr. Scofield - 7,5/10

Fapreve - 8/10

Silva - 8.75/10

 

TOTAL: 37

Média: 7.4

 

 

 

Renato

Lista - 7
Resenha - 7,5<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

 

Thiago Lucio

 

5.5/10 - Fiquei um pouco decepcionado pelo conjunto da obra do Jailcante porque ele é capaz de realizar algo melhor do que publicou no Festival. A lista com o TOP acabou sendo extensa desnecessariamente já que se perdeu na mescla entre filmes relevantes para o gênero/filmes com apelo pessoal, embora tenha sido mais ousada e menos cômoda que a maioria e o resultado final ficou apenas satisfatório. A resenha sintetizou muito bem o apelo do filme, ressalta os aspectos positivos, mas sinto que ele se perdeu um pouco no embroglio envolvendo a saída do Richard Donner, como se quisesse justificar que o filme é bom mesmo com todas as variáveis tendendo a dizer o contrário.

 

Mr. Scofield

 

 

Lista 6/10 - Comentários insuficientes para justificar a presença na lista, meio preguiçosos mesmo como o Tensor disse. Mas brilha ao dar conhecimento ao leitor sobre o contexto psicológico do autor e sua relação (sincera) com as HQs originais.

Resenha: 9/10 - Excelente ideia de falar sobre os bastidores, pesquisando o filme resenhado, ficou muito interessante e atrativo. Os aspectos cinematográficos da obra foram uma forma magnífica de dar qualidade uma vez que o Jail não é fã dos quadrinhos, HQ (tampouco conhece-os ou sugere conhecer a ponto de enfatizar pontos de conexão). Ele consegue fazer, em uma ótima estratégia (mesmo que sem esse objetivo), no conjunto com o primeiro parágrafo antes da lista, uma participação muito legal e coerente com o que esperávamos dele na resenha. Uma pena os comentários da lista serem tão econômicos ou poderíamos ter um dos mais fortes concorrentes do festival.

 

Fapreve

 


Pena que alguns dos comentários sobre os filmes da lista sejam tão pequenos. Mesmo assim, com poucas palavras, ele consegue passar em quase todos eles os motivos pelos quais foram incluídos.
A resenha esta bem pessoal, o que sempre é bom de ler. Acho que ficou muito tempo no problema Donner x Lester. Tempo (linhas) esse que poderia ser investido na sua percepção do filme, já que a parte que ele esquece o problema do diretor, está bem boa. Ali o Jail consegue de maneira bem clara descrever o motivo que o filme merecia ser resenhado.

Nota 8,0

 

Silva

 

Lista - Bem diversificada. Por um momento pensei que ninguém citaria "Superman", que foi o primeiro a merecer um grande destaque, mas o Jail "consertou" esse suposto equívoco. Gostei muito das citações de "Rocketeer" (outro que esperava ser citado, gosto muito dele) e "Mulher Nota 1000" (que nem sabia que vinha de uma HQ). Pena que os comentários sobre alguns dos filmes da lista foram curtos demais, sem profundidade, o que acabou abaixando um pouco a nota dele.

Nota - 8,5/10

Resenha - A resenha está bem certinha, com um parágrafo inicial bem interessante, mostrando um pouco os "bastidores" da produção em questão. Só achei o texto um pouco conciso demais, tive a sensação de que faltou um parágrafo de conclusão. Enfim, apesar disso, um bom texto.

Nota - 9/10

 

 

 
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O 4º Lugar vai para...  

 

 

 

 

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Lista

 

 

The Dark Knight (2008 - Christopher Nolan)

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Não é exagero dizer que este filme é um marco. "O Cavaleiro das Trevas" supera os estigmas do gênero, podendo tranquilamente ser classificado como um filme policial no nível dos feitos por Michael Mann. Inspirado em célebres graphic novels como "O Longo dia das Bruxas" e "A Piada Mortal", Christopher Nolan atinge o auge do processo iniciado em "Begins" e finalmente transporta Batman em toda a sua essência para o cinema numa história densa, realista e impactante. E como esquecer do já clássico Coringa de Heath Ledger?

Sin City (2005 - Robert Rodriguez / Frank Miller)

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Talvez a adaptação de quadrinhos mais fiel ao material original já feita no cinema (rivalizando apenas com "300", de Zack Snyder, nessa questão), Sin City alcançou novos patamares narrativos. Aqui temos Frank Miller puro, tal como na grafic novel que o inspirou. Estão lá todas as marcas do autor: a violência urbana, a moralidade degradada, o tom noir, até mesmo o traço quadrado característico do seu desenho encontra ecos no rosto de Mickey Rourke, que aqui já sinalizava seu retorno ao estrelato interpretando o carismático Marv, destaque inquestionável do filme.

X2: United (2003 - Bryan Singer)

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Lendo esta lista, você provavelmente perceberá que eu sou um enorme fã dos mutantes da Marvel (e não tanto de Homem-Aranha, mas divago). E não nego: eu considero X-men a maior obra prima de Stan Lee. E aqui temos o melhor exemplar da franquia dos pupilos de Charles Xavier. O filme é irrepreensível do começo ao fim, contando com diversas sequências memoráveis: o assalto de Noturno à Casa Branca, a libertação de Magneto da prisão, a invasão dos militares à mansão de Xavier, o sacrifício final de Jean Grey, o encontro entre os Xmen e o presidente, entre outras.


Kick-Ass (2010 - Matthew Vaughn)

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A violência gráfica exagerada aliada a um humor negro divertidíssimo fazem este filme alcançar um patamar incrível. Contando com um protagonista inseguro e vulnerável que causa instantânea identificação com o expectador, Kick-Ass ao mesmo tempo se aproveita da figura marcante de Hit-Girl, uma menina de 12 anos altamente treinada em manejo de armas e combate corporal. Carregado de referências nerds, o longa funciona ainda como uma grande homenagem ao gênero, não sendo nem um pouco difícil estabelecer paralelos entre Kick-Ass e o Homem-Aranha, ou entre Big Daddy/Hit Girl e a dupla Batman/Robin, por exemplo.


Scott Pilgrim Vs the World (2010 - Edgar Wright)

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Talvez fosse mais apropriado enquadrar Scott Pilgrim no campo dos games, uma vez que o filme usa e abusa da linguagem destes dentro de sua narrativa. Os expectadores logo de cara percebem que verão algo diferente, com a logo da Universal sendo exibida em formato de 16 bits, característico de video-games antigos. Além disso, o longa investe em uma montagem ágil, fazendo uso de diversas elipses e gags absurdamente divertidas. Contando uma premissa que poderia passar apenas como comédia romântica comum, Scott Pilgrim é um filme que chama a atenção por sua enorme inventividade, ritmo e nerdice.


American Splendor (2003 - Shari Springer Berman/ Robert Pulcini)

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Aqui temos sem dúvida um exemplar de adaptação bastante diferente do usual. Não há heróis poderosos, cenas de ação, combates para salvar o mundo nem nada disso. Apenas a vida pacata de um sujeito rabugento que um dia teve a idéia de transformar sua vida em uma história em quadrinhos, que não por acaso é a mesma história que estamos vendo ser adaptada no filme. A metalinguagem é a alma do filme, que não hesita em contracenar os atores com seus próprios personagens em diversos momentos. Assim, quando o protagonista (maravilhosa interpretação de Paul Giamatti) entra em uma reflexão existencial onde se questiona se virou um personagem ou ainda é uma pessoa real, entendemos exatamente como ele se sente.


V for Vendetta (2006 - James McTeigue)

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É uma pena que Alan Moore tenha tamanho desprezo pelas adaptações de suas obras por Hollywood (mas também, depois do pavoroso "A Liga Extraordinária", quem pode culpá-lo?). Neste "V de Vingança", os irmãos Wachowski são particularmente felizes ao atualizar em seu roteiro todo o contexto histórico da cultuada grafic novel. Alfinetando claramente a política do governo americano pós 11 de Setembro, o filme ainda assim se mantém relativamente fiel à essência dos quadrinhos. Ainda contando com atuações talentosíssimas de Natalie Portman e Hugo Weaving (que dá vida a V mesmo sem mostrar o rosto uma única vez), o filme instiga o expectador à reflexão sobre até onde um dito "ato terrorista" pode ser aceitável se desferido contra um sistema tirano.


X-men: First Class (2011 - Matthew Vaughn)

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Eu não sou grande fã de prequels, que na minha opinião são quase sempre desnecessárias. Assim, foi com grande desânimo que vi o caminho que a franquia Xmen tomou depois do injustiçado "X3: The Last Stand" (filme do qual eu gosto). O medíocre Wolverine e a campanha de marketing porca da Fox me fez perder qualquer expectativa que eu poderia ter em relação a este "First Class". Quão errado eu estava! Investindo na interessante relação entre Xavier e Magneto, além do desenvolvimento de outros personagens (como Mística e Fera), o filme preenche diversas lacunas da trilogia original, nos fazendo encarar com um novo ponto de vista os fatos narrados naqueles filmes. Como se não bastasse, o visual retrô da década de 60 e o cenário histórico da crise dos mísseis de Cuba conferem um charme ainda maior ao filme.

 

Batman Begins (2005 - Christopher Nolan)

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Em 1997 Joel Schumacker quase sepultou de vez a franquia Batman com o terrível "Batman & Robin". Mas a grande verdade é que nunca antes havia sido realizado um filme que realmente tratasse o personagem com o cuidado que ele merecia (Os filmes de Tim Burton até podem ser interessantes, mas não passam de exercícios visuais do estilo fantástico/gótico do diretor). Foi preciso que Christopher Nolan, fã confesso das grafic novels mais aclamadas do homem-morcego, assumisse a direção para que o cinema percebesse que Batman é muito mais do que só um cara fantasiado. Se inpirando principalmente em "Batman Ano Um", de Frank Miller, o filme adota uma filosofia realista mais do que apropriada à história, fazendo os traumas e os desafios efrentados por Bruce Wayne bem mais profundos e palpáveis.


X-men (2000 - Bryan Singer)

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Houve uma época onde as HQs mais famosas só eram adaptadas em séries de TV e filmes-B que não eram levados a sério, até o momento em que foi produzido um filme que quebrou esse paradigma. Estou falando, é claro, do Superman dirigido por Richard Donner em 1978, que praticamente inaugurou o gênero em Hollywood. Infelizmente, no entanto, poucas foram as adaptações posteriores que trataram com o mesmo cuidado o material original e o gênero acabou caindo muito em qualidade. Apenas em 2000, com X-men, que as portas para as adaptações voltaram a ser abertas (e acabaram trazendo tantas adaptações quanto nunca se viu antes, não à toa que todos os filmes listados aqui datam depois de 2000). Contando com recursos modestos, o filme compensa sua limitação na ação captando o que os quadrinhos oferecem de melhor: o rico subtexto com relação ao preconceito sofrido pelos mutantes, e o enorme carisma de personagens como Wolverine, Xavier, Mística e Magneto.

Iron Man (2008 - Jon Favreau)

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Poucas vezes vi um personagem dos quadrinhos ser retratado com tamanha perfeição como foi Tony Stark. Marcando o retorno do excelente Robert Downey Jr ao mainstream de Hollywood, Iron Man conta com um protagonista que exala carisma com seu jeito playboy cínico de ser. É impossível não se cativar pelo personagem, ele é toda a força do filme. Vale ressaltar também os excelentes efeitos visuais, em nenhum momento o expectador questiona a armadura do personagem-título, o que é de suma importância para um filme como este. Representando também a estréia da Marvel como estúdio de cinema e o ponta-pé inicial do ambicioso projeto dos Vingadores, Iron Man ainda arruma tempo no seu roteiro para questionar a questão da venda de armas pela indústria, e é sempre gratificante quando filmes exibem preocupações maiores como esta.

Watchmen (2009 - Zack Snyder)

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Responsável por uma verdadeira revolução nos quadrinhos, a grafic novel Watchmen é exaltada frequentemente como sendo a maior obra prima da nona arte. Entretanto, muitos eram os que diziam que a obra era inadaptável. De fato a história densa e dividida em 12 volumes gerou um filme um tanto pesado, mas no fim a genialidade do material engrandece de sobremaneira o filme. Contando com atuações marcantes principalmente por parte de Jackie Earle Haley como Rorschach, o principal mérito deste filme foi conseguir melhorar o final da história, tornando-o bem mais orgânico e convincente do que aquele da HQ.


 

X-Men

 

 

X-men (2000 - dir. por Bryan Singer) Antes de Superman, de 1978, as adaptações em quadrinhos se resumiam a séries de tv em estilo camp e filmes-B sem muita notoriedade. Foi apenas após o filme de Richard Donner que o gênero ganhou notoriedade entre os estúdios. Entretanto muitas águas ainda teriam que rolar para que Hollywood realmente levasse as HQs a sério e entregassem filmes assim com maior frequência. Após a franquia do homem de aço se perder em continuações fracas e Joel Schumacker destruir os filmes de Batman, as adaptações de HQ pareciam estar em franca decadência. Até que em 2000, sob a direção de Bryan Singer, essa adaptação da história dos mutantes de Stan Lee inaugurou não apenas a entrada dos personagens da Marvel no cinema, mas uma verdadeira retomada do gênero em Hollywood.

X-men investe sobretudo no rico subtexto sobre preconceitos contra minorias existente na obra. Assim, somos apresentados a diversas situações que possibilitam reflexões sobre o tema. Afinal, o quão sóbrio soa o discurso do sen. Kelly, ao defender a lei que obrigaria os mutantes a se identificarem, em nome da "segurança do povo"? E quão tocante é o drama de Vampira, impossibilitada de tocar as pessoas que ama, sob o risco de matá-las? Aí está verdadeiramente a força da história, e seria uma pena se o filme desprezasse isso em nome da ação desenfreada pura e simplesmente.

Lidando com o problema de ter vários personagens para contracenar, afinal é uma história de um grupo de heróis, o filme é hábil em administrar o tempo em cena daqueles que justamente terão maior importância para a história. Assim, somos economicamente apresentados à juventude sofrida de Magneto nos campos de concentração logo na primeira cena, ao drama de Vampira ao quase matar seu primeiro namorado e, é claro, ao carismático Wolverine, encarnado com perfeição por Hugh Jackman. Ao mesmo tempo, o longa encontra espaço para apresentar conceitos interessantes que viriam a ser melhor explorados posteriormente, como a personagem Mística e a fantástica dinâmica existente no relacionamento entre Magneto e Xavier.

Tendo sacrificado um pouco a ação em nome do desenvolvimento de seu rico e ambicioso roteiro, além da necessidade de apresentar seus personagens e seu orçamento limitado, o filme mesmo assim não deixa esse quesito a desejar, concebendo cenas incrivelmente inventivas, sem jamais deixar de usar os poderes de seus personagens de forma criativa. Um ótimo exemplo é o confronto que ocorre entre Xavier e Magneto, quando este rende as equipes de policiais que o cerca.

Contando com efeitos visuais absolutamente convincentes, ainda que alguns já apresentem hoje sinal de envelhecimento (principalmente as transformações da Mística), o longa toma uma série de liberdades visuais em relação ao seu material de origem, o que se revela uma decisão acertada. Afinal, todo o esforço da trama em ser levada a sério seria imediatamente sabotada ao mostrar personagens usando os uniformes coloridos e espalhafatosos dos quadrinhos. O roteiro do filme chega a sinalizar isso em algumas piadas bem sacadas.

Entretanto, ainda que tenha estabelecido certa tendência ao sair do tom infantil das HQs e procurar uma abordagem mais séria (tendência que seria seguida de perto por Christopher Nolan na franquia Batman), o filme se mantém fiel e trata com absoluto respeito aquilo que a obra tem de melhor: sua abordagem inteligente acerca do preconceito e intolerância presente na sociedade. E não é à toa que este filme abriu portas para a enxurrada de adaptações que viriam a seguir, todo filme de quadrinhos deve sua parcela de gratidão à franquia dos mutantes.

 

 

NOTAS e Comentários:

 

Thiago Lucio - 7.5/10

Silva - 7.5/10

Renato - 7.25

Mr. Scofield - 8/10

Fapreve - 8/10

 

TOTAL: 38.5

Média: 7.65

 

 

 

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7.5/10 - Posso dizer que o Feldias foi extremamente objetivo na sua resenha, deixou muito claro a sua disposição pelo filme, foi suscinto, não se perdeu totalmente nos elogios e fez com que o conjunto da obra se torna-se bastante consistente e coerente. Da lista "Anti-Herói Americano" foi uma lembrança muito bacana, mas esperava um pouco mais de diversidade e/ou ousadia. Até entendo que não temos uma grande variedade, mas isso poderia ser compensado por um TOP mais curto, mas divago já que é uma lista bastante pessoal. Ainda assim está no mesmo nível de Tensor e Paola pelo conjunto da obra (lista/resenha), mas ainda está faltando aquele algo mais que ainda não apareceu por aqui.

 

Silva

 

Lista - A lista do FelDias, por enquanto, é a mais equilibrada em colocar os tradicionais "arroz-de-festa" do gênero com alguns outros pouco citados (a presença de "American Splendor" e "V de vendetta" - mesmo achando o último um pouco superestimado - mostram isso). E as "micro-resenhas" estão lá, estruturadas e bem justificadas (mesmo que não concorde com boa parte delas...<?xml:namespace prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" />).

Nota - 8/10

Resenha - Resenha-padrão, abordando os aspectos mais relevantes do filme em questão. Nada de espetacular ou digno de uma nota máxima, mas bem estruturado.

Nota - 7/10

 

Renato

 

Lista - 6,5
Resenha - 8,0

 

 

Mr. Scofield

 

Lista: 8,0/10 - Boa lista. Mas considero necessário um pequeno cuidado ao escrever curtos comentários quando se quer demonstrar a importância do filme em uma lista temática. Por exemplo, em Scott Pilgrim vs The World, o Fel divaga sobre a "melhor classificação do filme como de games", o que curiosamente, afasta o filme de uma listagem de filmes representativos de...HQ. Melhor seria ponderar sobre isto (não há nada de errado aí) mas enumerar motivos pela qual ele poderia se encaixar nos dois "conceitos", justificando sua presença na lista.

Resenha: 8/10 - Gostei muito do primeiro parágrafo do Fel, enfatizando a inserção do filme no universo HQ e sua importância histórica e de investida em novas produções vinculados a ele. Entretanto, criei uma expectativa do "mais" a respeito, já que ele tocou no assunto, hehe. Daí afirmativas sobre a qualidade do filme são muito importantes, como ele fez, mas consideraria muito mais legal se ele permeasse os comentários seguintes se aprofundando nas similaridades/diferenças com relação à HQ que lhe deu origem. Entenda: o primeiro parágrafo serve como introdução ao que será dissertado nos seguintes (pelo menos na estrutura de escrita clássica), daí é natural que esperemos por um destrinchamento tanto da justificativa de estar na lista (qualidade) quanto do Universo Marvel dos Quadrinhos.

 

Fapreve


Resenha bem legal que é simples (no bom sentido) e vai direto ao ponto sobre o que ele gosta em X-Men.
Mesmo tendo na lista um filme que não gosto (Watchmen) ele consegue nesse e em todos os comentários resumir bem o motivo deles estarem ali. E ainda tem dois filme que adoro, Sin City e V de Vingança.

Nota 8,0.

 

 

 
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Thiago Lucio: não havia necessidade para tanto "X-Men" e "Homem de Ferro" por melhores que sejam já que outras obras nem tanto conhecidas' date=' mas com qualidade semelhante poderiam ser lembradas.[/quote']

 

 

 

What? Como assim não há necessidade se essa é a preferência da pessoa? Tem vários filmes diferentes ótimos, mas não seria desonesto criar uma lista apenas pra ser diferentão, pra agradar? O legal da brincadeira não é realmente conhecer a preferência daquela pessoa?

 

 

 

Por isso que eu falei durante o festival todo, acho bobagem julgar os filmes da lista em vez de considerar o que a pessoa fala sobre eles.

 

 

 

Pro próximo festival fica anotado: colocar um amontoado de filmes diferentes pra ter mais chances de levar o prêmio.

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300 é um bom filme e está perfeitamente inserido dentro da proposta do Festival... 06.gif

 

 

 

Tem o lado bom, eu sou fã do Znyder, e esse seria o único filme dele que eu não compraria espontaneamente, então assim é mais fácil de completar a coleção kong_chorando.gif

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Rufem os tambores.... o 3º Lugar do Festival de Adaptações HQ, levando os seguintes prêmios: O dvd do filme 300, adaptação estilosa de Zack Snyder para a HQ de Frank Miller e aquele que é considerado por alguns como o melhor filme do diretor indiano M. Night Shyamalam, Corpo Fechado, é:

 

 

 

 

Scarlet Rose!

 

 

 

 

DVD 300 - Edição Especial- Duplo

 

 

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* Imagens meramente ilustrativas.

 

 

 

 

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Lista:

 

Quando comecei a fazer esta lista, confesso que não consegui pensar em muito mais do que 10 filmes para criar um top. Isso porque as HQs já nos trouxeram inspiração para filmes maravilhosos, mas também para muita porcaria. Pretendo, inclusive, fazer um top "ao contrário" em breve, listando as maiores bombas que já vieram dos quadrinhos.

A lista é controversa, sim. Procurei deixar claro o critério das escolhas para fundamentar melhor a posição dos filmes no ranking. Haverá discordâncias dramáticas e elas já são esperadas, mas este é um ranking pessoal, baseado nas experiências que tive com cada filme.

Comentários de aprovação (ou desaprovação, claro) serão muito bem vindos.

Esta é a lista  dos 10+, com algumas menções honrosas dos que ficaram de fora dela:

 

10 - Constantine (Dir. Francis Lawrence, 2005)


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Gosto bastante desse filme e sei que não é um dos preferidos da galera. Acho que Keanu Reeves consegue convencer pela primeira vez e justamente com um personagem que só precisa de suas expressões faciais congeladas para dar certo. A composição do personagem ficou perfeita. Keanu tem toda a presença arrogante e mal-humorada de John Constantine, comparável às deliciosas interpretações de Humprey Bogart. Acho o filme divertido, visualmente agradável e exagerado quando necessário. Longe de ser um filmão, mas uma adaptação correta da HQ ajudada pela performance satisfatória de Keanu.

9 - Homem de Ferro (Dir. Jon Favreau, 2008)

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E se Tony Stark não fosse Robert Downey Jr.? Muito difícil saber se o filme daria certo sem Robert ou não, mas uma coisa é inegável: ele faz do personagem algo muito mais interessante do que estamos acostumados a ver em filmes assim. Tony é arrogante, metido, piadista, ishperrrtinho, sacana, enfim...um tipo meio estranho para super-herói. Só que funciona. Graças a esse papel, Robert Donwney Jr. voltou com louros ao estrelato, mostrando que grandes atores, a parte do fuzuê que pode ser sua vida pessoal, continuam valendo o ingresso. O tema da Guerra no Afeganistão ajuda a criar um clima mais realista (de que ficaram refém os filmes de super-herói na era Nolan), mas nunca fica pesado, insistente ou fora do universo fantasioso do personagem. Falta a esse filme, no entanto, um vilão de grande calibre. Não falo de um melhor ator, pois Jeff Bridges é talentosíssimo, mas de um anatagonista mais vivaz e interessante do que o chato Obadiah. Bridges, em certo ponto do filme, se entrega aos clichês, vivendo um vilãozinho comum, com voz ameaçadora e risadas maléficas no pior estilo desenho animado. É muito pouco para o background que o filme criou. Faltou inspiração aqui para o vilão e é por isso que Homem de Ferro fica com a 9ª posição.

8 - Batman Begins (Dir. Christopher Nolan, 2005)

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Esse é um caso controverso. O Batman de Christopher Nolan sintetiza com muita competência as histórias em quadrinhos do personagem, mostrando Gotham como uma cidade corrupta, arrasada pela bandidagem bancada por mafiosos ricos e influentes. Já Bruce Wayne é um milionário órfã excêntrico que resolve criar uma armadura especial para combater o crime nessa cidade que seus pais ajudaram a construir. Um Batman mais obscuro é uma grande idéia e funciona a maior parte do tempo nos filmes de Nolan (nesse aqui e em O Cavaleiro das Trevas). Acontece que adotar a verossimilhança é um caminho de trevas (sic) para um material como esse. As provações são inúmeras e o tom da linguagem precisa ser muito bem filtrado para que a história não se perca e acabe caindo no ridículo (caso do confuso Watchmen). O filme tem cenas de ação rápidas demais, pouco eficientes para um filme de super-herói, além da franzina trilha sonora de Hans Zimmer (cada vez mais no automático) e a horrorosa frase "Fique calma. Você foi envenenada", dita pelo próprio Homem Morcego à recém dopada Rachel Dawes (Katie Holmes). Isso tudo acaba transformando Batman Begins em um interessante drama,o que lhe garante a 8ª posição, mas em um apenas regular filme de super-heróis. Why so serious, Chris Nolan?

7 - Scott Pilgrim Contra o Mundo (Dir. Edgar Wright, 2009)

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Já vou logo avisando que não conheço a história que inspirou o filme. Não estou fazendo um julgamento baseado em fidelidade ao material, mas em eficiência da trama mesmo. Esse filme é uma das coisas mais bestas e engraçadas que já vi nos últimos tempos. Scott Pilgrim (Michael Cera) toca em uma banda de rock, vira o queridinho de uma garota japonesa grudenta, mas se apaixona mesmo é pela complicada Ramona Flowers. Para ficar com a garota, Scott tem que passar pelos ex-namorados dela, caras bizarros e com poderes aniquiliadores, o que gera algumas batalhas bem engraçadas, com efeitos sonoros e visuais de video game. Tudo muito dentro do universo do personagem. Cada vez mais me convenço de que adaptação é um questão de tom. O de Edgar Wright funcionou perfeitamente comigo. Ficou divertido, diferente e , ao mesmo tempo, uma metáfora interessante sobre relacionamentos. Bem de leve, mas está lá.

6 - X-Men (Dir. Brian Singer, 2000)

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Embora o centro das atenções seja Wolverine (Hugh jackman), o filme consegue convencer como uma metáfora óbvia, mas muito bem explorada, da rejeição a minorias. Os personagens são bem desenvolvidos, embora a caracterização fique por vezes presa a seus conflitos com a mutação. Mostrou-se uma adaptação acima da média, conferindo novamente respeito aos quadrinhos e dando um tratamento no mínimo digno a um dos times mais famosos das HQs.

5 - X-Men 2 (Dir. Brian Singer, 2003)

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X-Men 2 resgata o que deu certo no primeiro X-Men e ainda consegue surpreender com novas abordagens dos personagens antigos e apresentaçõos satisfatórias de outros membros da trupe que não deram as caras no primeiro filme. O drama mutante ganha mais traços humanos, à medida que o conflito com a sociedade ganha ainda mais emoção. Impossível não relacionar a história a coisas que vemos todos os dias por ai. Brian Synger acertou em cheio. De novo.

4 - Oldboy (Dir. Chan Wook Park, 2003)

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Oldboy conta a história de Oh Dae-Su, que foi sequestrado e mantido em cárcere privado por 15 anos. Quando é libertado, o personagem tem pela frente o desafio de encontrar em 5 dias o mandante de seu sequestro, bem como descobrir o motivo, antes que algo ainda pior lhe aconteça. O filme é sádico, cruel até dizer chega (hello, Chan Wook Park) e feito para estômagos resistentes, pois as frequentes cenas de tortura (física e psicológica) a que o personagem é submetido deixam um nó duplo na garganta. Não conheço o material da HQ, mas dizem que a adaptação foi bem coerente. Filmão de qualquer jeito.

3 - Marcas da Violência (Dir. David Cronemberg, 2005)

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Tom Stall vivia em uma cidadezinha pacata com sua família, levando o que se pode chamar de vidinha típica de uma família americana. No entanto, um ato de heroísmo é suficiente para resgatar todo seu passado de crimes encomendados e envolvimento com o gângster Carl Fogarty (Ed Harris). O maior mérito do filme, escondido no título original, é a história de violência motivada pelo revanchismo, a vingança sangrenta que vocifera contra a razão. Não é só Tom quem experimenta o sabor amargo da violência (e as marcas que ela deixa). Toda sua família é tragada pela revelação de seu passado, exceto a filha mais nova, que em uma cena emocionante coloca o prato do pai sobre a mesa, o único que faltava, oferecendo talvez a inconsciente misericórdia que os outros membros lhe negaram.

2 - Batman: O Cavaleiro das Trevas (Dir. Christopher Nolan, 2008)

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Esse aqui é polêmico. Há quem diga que o grande (algun dizem o único) mérito do filme é a atuação de Ledger, estando todo o resto relegado à mediocridade. Confesso que Christopher Nolan não empolga nas cenas de ação e tem um estilo de filmagem meio morno, sem grandes ousadias. Ele faz o feijão-com-arroz, mas penso eu, faz bem o bastante para ser reconhecido por isso. Talvez para os mais apaixonados por cinema falte tempero à mistura de Nolan, mas para a parte menos exigente do público, O Cavaleiro das Trevas é um filme competente em divertir e sábio ao não desviar o foco do seu maior trunfo: a atuação inesquecível de Heath como Coringa. A caracterização se tornou icônica em parte pelo trabalho brilhante de Ledger, mas muito em função das circunstâncais misterisoas de sua morte e a possível ligação de seu mau estado psicológico à construção da psiqué do Coringa. Considero essa afirmação de "Ledger leva o filme nas costas" completamente equivocada, já que o mesmo poderia ser dito de Marlon Brando em O Poderoso Chefão ou Jack Nicholson em O Iluminado. As escolhas do diretor contribuem para o produto final, sendo também mérito seu, portanto, aquilo que deu certo e impactou o público. Nolan escolheu Ledger (escolha polêmica na  época) e deu a ele o escopo do personagem, conduzindo-o através de sua direção para um último grande espetáculo. Palmas para ele e para o filme.

1 - Homem Aranha 2 (Dir. Sam Raimi, 2004)

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Homem-Aranha 2 leva a medalha de ouro por muitos predicados, mas principalmente pelo equilíbrio com que trata o universo irreal do herói junto a angústias e fraquezas tipicamente humanas, como a ambição de Mary Jane, a insegurança de Harry e a sedução do poder representada pelo cientista Otto Octavius, mais tarde convertido no vilão Dr. Octopus. Spider 2 é divertido, denso, interessante até o último minuto sem que Raimi tenha que pesar a mão em absolutamente nada. O filme sabe de onde veio e não quer entrar demais em questões que destoem da história do herói. Peter Parker é um loser que consegue salvar a cidade e a mulher amada atrás de uma máscara, mas todos os perigos que seu alter ego enfrenta acabam ficando pequenos diante do desafio maior que o espera: o crescimento, as contas a pagar e uma simpática tia velhinha que ele também deve proteger, ainda mais depois da morte do tio e sua participação indireta nela.

Homem-Aranha atira em poucas direções, mas acerta em todas elas. É um filme simpático, leve, mas muito inteligente e empolgante e é por isso que se tornou a minha adaptação preferida de uma história em quadrinhos.

 

 

Constantine

 

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Constantine (2005), de Francis Lawrence, é baseado no personagem dos quadrinhos de Alan Moore, mais especificamente em uma das sagas do personagem: a HQ Hellblazer de 1988, ambientada na Inglaterra. John Constantine, o protagonista, é um caçador de demônios forçado, já que transformou em profissão o dom indesejável de enxergar criaturas de outro mundo em seres humanos aparentemente comuns. Constantine é rodeado de toda uma curiosa mitologia envolvendo amuletos, armas contra cada "categoria" de demônio e uma série de artefatos bizarros que usa como ferramentas de exorcismo.

O filme de Lawrence tem todos esses elementos reunidos e boa parte deles funciona bem. Keanu Reeves, uma escolha improvável, surpreende como o protagonista, conservando a atitude niilista e debochada do personagem, ao mesmo tempo que confere certa dramaticidade ao tipo quando mostra a angústia do próprio Constantine buscando se redimir e evitar o inferno, o que parece impossível diante das palavras do anjo Gabriel (Tilda Swinton): "Você fuma 30 cigarros por dia desde os 15 anos. Você está fodido". A morte prematura e a vida tão esquisita e sombria tornam Constantine especial, pois a partir de sua "condenação" à morte, ele parece ser o menos temente aos demônios que persegue.

O roteiro acerta em cheio ao mostrar a familiaridade de John com as criaturas diabólicas, além de definir o personagem como uma espécie de enciclopédia ambulante de fenômenos sobrenaturais demoníacos. Reeves faz um tipo muito parecido com o Humphrey Bogart de Casablanca: Expert em piadinhas ácidas ("Somos uma fazendinha de formigas para Deus"), o cara parece não se importar com nada nem ninguém, mas toda essa indiferença é na verdade um escudo contra as desagradáveis lembranças de seu passado. Conformado com a inevitabilidade de uma morte iminente, Constantine parece fazer pouco da vida.

John redescobre seus próprios conflitos ao investigar a morte de Isabel, gêmea da policial Angela Dodson (Rachel Weisz) a fim de descobrir se a garota se matou ou se foi induzida por maus espíritos. O resultado acaba sendo  surpreendente para Angela e para o espectador. Ambientado em um submundo em que soldados do demônio batalham discretamente com enviados de Deus pelo controle das almas, o filme entrega mais do que uma adaptação de quadrinhos comum. O roteiro é inventivo o bastante para jogar com os dogmas religiosos tratando de maneira curiosa tanto agentes do bem quanto do mal. A fotografia de cores extravagantes ilustra de forma interessante o que seria o inferno. O CGI é satisfatório, muito embora os demônios tendam a parecer apenas gárgulas raquíticos em alguns momentos, retirando deles qualquer potencial de profundidade.

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Falando em sustos, se por um lado a adaptação falha em nos fazer temer pelos seres malignos que caminham entre os humanos (se é que havia essa intenção), Lawrence mostra competência ao utilizar o fator surpresa nos momentos corretos, causando um efeito similar ao utilizado em Arrasta-me Para o Inferno de Sam Raimi. Pouco impactante em si mesmo, o CGI consegue funcionar com mais êxito como alívio cômico em certas partes, especialmente nas lutas corporais entre John Constantine e os demônios.

Competente é também o grupo de coadjuvantes. Tilda Swinton é o melhor apoio cômico do filme, já que sua persona encara com perfeição a criatura andrógina do Anjo Gabriel e suas falas são, de longe, as mais espirituosas (e ousadas). Djimon Hounsou vive o Papa Midnight, dono de uma casa noturna que funciona como zona neutra para anjos, demônios e mestiços. Gavin Rossdale, ex-vocalista do Bush, encarna o mestiço Baltazar em rapída participação e Peter Stormare, como Lúcifer, surge imponente fechando o grupo fantástico de atores que apoiam a história e engrandecem a figura blasé de Constantine.

Incapaz, talvez, de reproduzir com intensa fidelidade o cenário e a aparência física do personagem original (loiro, inglês e mais velho que Reeves nas HQs), o filme triunfa em divertir com boas sacadas filosóficas e uma dose cavalar de humor negro. Brincar com símbolos religiosos com tal sofisticação não pode significar tão pouco. É por isso que defendo a qualidade desta adaptação  Talvez ela não em interaja corretamente com todos os elementos presentes nos quadrinhos, mas para o espectador neutro (não conhecedor do material) o filme impressiona ao criar uma narrativa sólida, com diálogos e construções inteligentes, além de um time de atores muito bem escolhido, a começar por Keanu, com razão subestimado, mas que caiu como uma luva para o papel.

 

NOTAS e Comentários:

 

Thiago Lucio - 7,5/10

Renato - 8,25/10

Mr. Scofield - 8.0/10

Silva - 8.5/10

Fapreve - 7.0/10

 

TOTAL: 39.25

Média: 7.85

 

 

 

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7.5/10 - A lista da Paola é muito boa, sendo que dá espaço tanto a filmes comerciais quando a filmes mais independentes, mas sem querer ser repetitivo, entendo que a lista é pessoal e o intuito nem era montar uma lista definitiva quanto às melhores adaptações da História, mas assim como os demais, gostaria de ter visto mais diversidade do que as repetições de "Batman" e "X-Men", perdendo a oportunidade de considerar outros 2 filmes e não necessariamente pelas menções honrosas. Os resumos de cada filme foram muito assertativos (queria muito ver a resenha dela para "Marcas da Violência", filme que escolhi para o Jack Ryan, mas ele acabou saindo fora, ela me deixou "salivando" pelo pouco que escreveu; e ela não foi muito clara no seu resumo, mas espero que o Festival tenha a oportunidade de reconhecer os méritos de "O Cavaleiro das Trevas" como um excepcional filme que é e não apenas pela excepcional atuação do Ledger). A resenha de "Constantine" me desperta reações antagônicas, pois não gosto do filme, ele certamente não estaria em nenhuma das minhas listas, não gosto da atuação do Keanu Reaves, ou seja, discordo consideravelmente do conteúdo da crítica, mas ainda assim ela consegue defender com ótimos argumentos seu filme escolhido, cria um texto equilibrado que sabe chamar a atenção para aspectos técnicos que ela julga relevantes, mas principalmente por realçar a personalidade do personagem central. Certamente poderia dar uma nota maior, mas é inevitável que a cada participante você estabeleça comparação entre eles, por isso a coloco no mesmo nível do Tensor e repito a nota. Difícil dizer qual dos dois realizou o melhor conjunto por enquanto...

 

 

 

RENATO

 

 

Lista - 7,5

Resenha - 9

 

 

MR. Scofield:


Lista 6.0/10 - Muito embora goste um bocado da lista, não fui muito fã das justificativas porque se dedicam demais a um resumo dos filmes, com algumas exceções. Para um comentário curto e que tenta justificar sua posição na lista, não me agrada muito. Por outro lado, soou leve e muito agradável a estrutura de uma "parada" de filmes, lembrou mesmo aqueles programas de tops principalmente destinados ao público jovem.

Resenha 10/10 - Excelente. Sem mais.

SILVA

Lista - Lista boa. Sem surpresas (exceto por Constantine, que eu gosto muito), e com as escolhas bem justificadas, ainda que os micro-textos elaborados não sejam espetaculares.

Nota – 7,0/10

Resenha - Eu sou um dos defensores de Constantine. Não acho o filme perfeito, mas ele têm muitas qualidades, e, na minha opinião, aborda bem o Universo da HQ. A Scarlet demostrou isso muito bem com a resenha dela. O equilíbrio que ela consegui em ser direto ao ponto, mas com pinceladas de detalhes tornam a resenha bem agradável de se ler, além de causar a curiosidade acerca do filme resenhado. Por enquanto, a resenha do festival para mim.

Nota - 10/10

FAPREVE

O problema pra mim está nos pequenos comentários dos filmes preferidos dela. Alguns são quase que somente resumos e em outros ela fala mais mal do que bem do filme, quase que pedindo desculpas pela escolha. Mas gostei da inclusão de OldBoy e de Batman Begins, que a maioria detona, e do pequeno comentário de “Marcas da Violência”, que me lembra muito bem da maioria das coisas que gostei no filme. Acho que uma resenha desse filme feita pela Scarlet seria bem interessante.
A resenha é de um filme que eu achei muito ruim. Mas até aí sem problemas se a resenha conseguir criar simpatia pelo filme. Mas não aconteceu comigo. A resenha não é ruim e é bem completa, mas me pareceu muito comum.

Nota 7,0.

 

 
Nacka2011-07-23 16:34:48
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Nada contra o Caco' date=' mas eu não to entendo essas notas do Renato. Po, a Lucy, o Fel e o Jail não entregaram um material superior? Como assim? Até o próprio cara admitiu o vacilo.

Não consegui entender mesmo.[/quote']

 

Superior na opinião de quem?

 

Não entendo você vir me cornetar.

 

O Caco não fez uma boa resenha, mas fez uma boa lista. A nota é justa.

 

A Lucy sequer elencou 10 filmes, sendo que dos 9 metade era x-men e a outra homem ferro.

 

Acho que minhas notas foram justas.

 

Mas você tem razão, a ausência de justificativa alimenta a mania de perseguição.
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O NACKA TA NA PÁGINA 18' date=' E NA PÁGINA 18 TEM A MINHA LISTA, ELE TA PEGANDO A MINHA LISTA!!!!!!!!!!!!! 16.gif16.gif16.gif[/quote']

 

 

Besta... 06 Estou com quatro páginas abertas do Festival, vc nunca saberia.... sei lá, pensando em publicar só amanhã... um suspense a mais sempre cai bem... 16

 

 
Nacka2011-07-23 16:54:15
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Nem sempre conseguimos aquilo que queremos, participar de um Festival em um fórum de cinema, mirar o 2º Lugar (por causa do prêmio) e conseguir é tarefa espinhosa. 

 

Então, aconteceu. O 2º Lugar do Festival de Adaptações HQ vai para o:

 

 

 

Tensor!

 

 

 

Vai levar o tão sonhado prêmio, o Box com os 3 filmes do Homem Aranha.

 

 

 

 

 

Box: DVD Homem Aranha - A Trilogia

 

 

 

*Imagens meramente ilustrativas.

 

 

 

 

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Lista:

 

 

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15. Kick Ass (Matthew Vaughn, 2010)

Começa como uma grande brincadeira envolvendo a mitologia do herói de quadrinho, e das mais divertidas, cheia de situações hilárias envolvendo cultura pop atual, nerdiadas e etc. Pra logo em seguida virar um drama de ação cômica de respeito. E filmado com autoridade por esse baita diretor. Kick Ass, Big Daddy, Red Mist... Todos divertidíssimos. Mas quem detona mesmo é essa insana da Hit Girl. E aí eu descubro um baita diretor e uma baita atriz.


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14. O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan, 2008)

Coringa. Heath Ledger. Essa figura eleva o que seria um bom policial envolvendo o morcegão, para um filme com um dos mais impressionantes representantes da insanidade que vimos no cinema. Um psicopata a ser pego como referência. Um personagem tão forte e marcante que hipnotiza cada vez que entra em cena. Eu até poderia falar de mais alguns méritos aqui e ali, mas enfim, seria insignificante demais comparado ao que foi o Coringa nesse filme. Ao que foi o Heath Ledger.


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13. Watchmen (Zack Snyder, 2009)

Sensacional em desglamourizar toda a mitologia dos super heróis. Em fazer entrar em choque com a realidade comum. Em mostrar heróis quase marginalizados pelo ambiente que vivem. Mas acho que esse filme não foi massacrado quanto ao seu conteúdo, e sim pela estética, narrativa, etc. Todo o Way of life Snyderniano, e que eu adoro. Poucas vezes a câmera lenta funcionou tão bem comigo. Ela é “limpa”, mostrando uma pancadaria sem frescura, violenta, quase como em uma briga de rua. Tanto Dylan quanto Simon and Garfunkel quanto etc apenas amplificaram a fodisse das imagem em questão pra mim, em uma inclusão ousada, claro, mas super eficiente. Acho que sofre um problema de fluidez, em alguns momentos fica um pouco arrastado, mas os méritos e as recompensas pela insistência tornam esses eventuais problemas insignificantes.

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12. Sin City (Robert Rodriguez, 2005)

Vou confessar, não sou nem um pouco fã das histórias em quadrinhos. Li algumas e achei bem medianas. Então se fosse transportada exatamente como no material original, eu não teria gostado. Acontece que isso aqui é cinema dos bons. Um noir estilizado e modernizado, com uma alegoria de personagens tão estilosos e violentos quanto a estética que os cercam. Seja acompanhando o brutamonte Marv (particularmente meu personagem e momento preferido do filme) em sua busca sangrenta e destrutiva pelo assassino da sua puta preferida, ou o desiludido Dwight em sua guerra suburbana noturna com prostitutas armadas, isso aqui é tão bacanamente filmado e tão bacanamente narrado que pra mim definitivamente é um dos melhores representantes do gênero. E aquela cidade fede.


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11. X-Men (Bryan Singer, 2000)

Na década de 70 superman foi o primeiro a conseguir transportar o universo fantástico dos heróis para telona de forma que toda a magia não se perdesse, não se tornasse deslocada. Já na de 80 vemos o Burton levar esse conceito pra outro patamar, mais próximo com o que consideramos o cinema de essência, em se expressar com imagens carregadas com aquele virtuosismo visual característico dele. Mas ainda faltava uma coisa. A essência do material adaptado se mantinha, mas em compensação a complexidade e grandiosidade desse se perdia, ou era apenas ridiculamente apresentada. X-Men veio pra ser o terceiro nome, para fechar a ultima lacuna que faltava. Não temos apenas a essência da HQ, nós temos um universo tão rico, relevante e grandioso quanto. O Singer reinventou o gênero.


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10. Homem de Ferro (Jon Favreau, 2008)

Poucos heróis são mais adaptáveis quanto Homem de Ferro. Ele não possui qualquer poder fantástico (apesar de toda a tecnologia impossível do universo, mesmo assim é tecnologia), Tony Stark é um beberrão, arrogante, mulherengo, sarcástico, cínico, fanfarrão, ou seja, uma persona bem conhecida e querida da arte, até com ares meio Bogardianos só que muito mais exagerados, claro, e que se captassem o tom certo seria difícil não sair algo divertido. O grande mérito é ter saído insanamente divertido. A escolha do protagonista foi perfeita. Até hoje não existiu ator que conseguiu captar tão bem o ar do personagem que interpreta. O cara conseguiu elevar uma história que já seria por si só interessante, divertida, para o nível de filme mais engraçado entre todas as adaptações do gênero.


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09. Homem Aranha (Sam Raimi, 2002)

Esse aqui sempre foi o meu herói, de infância e depois =P Então minha empolgação quando assisti era quase incontrolável. Lembro até hoje quando cheguei no cinema, entraram quatro atores vestidos de bandidos na sala, ficaram em frente da tela tocando o terror, e do nada surgiu um homem aranha lutador de capoeira e deu cabo dos putos todos. Eu vibrei com aquilo, foi patético e empolgante, emocionante mesmo =P Então da pra sentir o que esse personagem significa pra mim. A forma que é mostrada a descoberta dos poderes pelo Peter, aquela empolgação que ele sentia em se balançar com as teias de prédio em prédio pela primeira vez... Talvez seja isso que lá na década de 70 tenha causado aquela comoção toda quando o Super voava pela primeira vez. Algo equivalente me atingiu nesse aqui.


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08. Oldboy (Chan-wook Park, 2003)

Nada além do que o clichê do homem em busca por vingança, o diferencial é que esse conceito ganha contornos exageradíssimos até mesmo pra esse. Tudo aqui parece estar no volume máximo, amplificado, o chan-wook cria uma jornada cega em busca da purificação, e essa não poderia ser diferente do que o ódio sendo totalmente exteriorizado. Lotado de uma violência estilizada, uma narrativa nervosa que não se desvia em momento algum do objetivo explosivo final, o cara cria cenas empolgantes e perturbadoras. Da pra citar duas que ao meu ver já se tornaram clássicas, como aquela insana luta no corredor, e a embasbacaste revelação final (ou o final completo). Já ouvi brincadeiras dizendo que o Martin Scorsese é o Abel Ferrara com camisinha, nesse sentido da pra dizer que o Chan-wook é o Takashi Miike com camisinha, e isso é pra ser um elogio. Porque mesmo que mais suavizado, pelo menos no que se refere ao gore da coisa, Oldboy ainda te deixa arrasado no final.


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07. Scott Pilgrim Contra o Mundo (Edgard Wright, 2010)

Por mais que o material original seja HQ, pra mim esse aqui tem como inspiração principal os games. Uma linguagem não apenas original, mas revolucionária. A maioria dos filmes hoje baseados em videogame narram praticamente suas cutscenes, e esquecem a linguagem principal dessa arte, que é a parte interativa. Scott Pilgrim transporta justamente a parte interativa da coisa. Depois a remodela e a transforma em um cinemão super estilizado da melhor qualidade, recheado de material nerd perfeitamente enquadrado. Como me diverti assistindo essa maluquice.


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06. Batman Returns (Tim Burton, 1992)

O Batman, na minha modestíssima opinião, é uma franquia antes de qualquer coisa sustentada por seus vilões extremamente interessantes (e não digo isso de forma negativa), e nesse aqui é onde essa característica é melhor realçada. A Michelle Pfeifer cria uma Mulher Gato impressionante, um dos melhores personagens da história do cinema. Sexy e ameaçadora, graciosa e imponente. Absolutamente animalesca, criando a melhor rivalidade com o Batman de toda a franquia. E pra ocupar o posto de vilão principal, de ameaça desprezível, temos o Pinguim que mostra uma característica tanto visual quanto psicológica absurdamente monstruosa e repulsiva. E fora que eu, que não sou nem um pouco fã dessa estética Burtoniana, tive que me render nesse aqui. É um espetáculo no que se diz ao visual. Melhor Batman disparado pra mim.


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05. X-Men 2 (Bryan Singer, 2003)

Comentário pequeno porque talvez resenhe: provavelmente o filme baseado em HQ com o maior número de cenas extraordinárias.


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04. Homem Aranha 2 (Sam Raimi, 2004)

Comentário pequeno porque talvez resenhe: O filme mais empolgante de quadrinhos.


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03. X-Men: First Class (Matthew Vaughn, 2011)

Comentário pequeno porque talvez resenhe: O mais épico.


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02. Battle Royale (Kinji Fukasaku, 2000)

Eu vou confessar que só o argumento disso aqui me fez babar. Quando fiquei sabendo que um filme desses existia fiquei salivando, na expectativa de ser o melhor filme do mundo. Não foi o melhor do mundo, mas de qualquer forma absurdamente divertido. Uma perseguição empolgante de todos contra todos, transformando aquela ilha no ambiente mais insano que eu já vi no cinema, fazendo cada estudante ter que virar um gladiador adaptado, e a selvageria rolando solta, e um gore delicioso explodindo em cada canto.   


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01. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)

O Cronenberg filmando um personagem aparentemente pacato que carrega um demônio oculto no corpo. E o inferno dessa vida passada batendo na porta o querendo de volta, e arrastando quem for que seja para isso. E daí é aquela selvageria visual que o Cronenberg faz com a câmera, com aquela sexualidade explosiva, com atuações que nenhuma chega a menos do que visceral... É difícil eu dizer o quanto gosto desse filme, ele é absolutamente perfeito. Uma OP indiscutível, um dos 10 melhores que assisti na vida. E apesar de adorar cada um dos outros da lista, a diferença pra esse ainda é de um abismo.

 

 

 

X-Men 2 (Bryan Singer, 2003)<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

A maior dificuldade que eu tive na hora de escrever esse texto foi decidir se me apegaria exclusivamente a X-Men como filme, ignorando o material original que gosto tanto, ou se as HQs, desenho animado e tudo mais que sou tão fã entrariam em jogo na hora da análise. E aí que eu pensei que seria bobagem excluir qualquer coisa.

Sei que uma caralhada de gente desse fórum tem o pensamento que “filme é filme, livro é livro, HQ é HQ”, e etc, e um lado disso eu concordo, óbvio, mas por outro eu não poderia discordar mais, pelo menos no conservadorismo que eu vejo em parte desse pensamento. Claro, eu acho que na hora de se criar uma adaptação tu deve ter a precaução de fazer com que aquele material seja muito bem transportado de forma que ele não entre em conflito com a mídia que está sendo jogada. Seja HQ ou qualquer coisa, ele tem que virar CINEMA. Até aí perfeito. E também não vejo problema algum em desprezar certos elementos, e até distorcer outros, em prol de um melhor comodismo do material na tela. Mas se por um lado alguns xiitas ficam revoltados se seu objeto de adoração não é exatamente mostrado como no original, por outro alguns cineastas se apóiam nessa “muleta”, de o cinema não ter obrigação de fidelidade com o que quer que seja (e realmente, não tem), para lançarem sua visão superficial e muito fragmentada em relação ao que está sendo adaptado, em um conformismo desnecessário em ser menos relevante. Acontece que eu acho que hoje em dia, principalmente as histórias em quadrinhos, alcançaram um certo amadurecimento narrativo, uma riqueza e relevância conteudistica (nota: pesquisar se essa palavra realmente existe), que seria de certa forma frustrante não ver isso refletido na tela. Até porque não se repelem. Como os games, as HQs de hoje também estão se aproximando e muito de uma narrativa mais cinematográfica, de forma que as mídias se diferem em pouca coisa. E por isso, eu pelo menos não me contentaria mais em ver apenas a “essência” refletida. Porque, sinceramente, isso é pouco perto do que elas se transformaram, perto do potencial que apresentam. Do potencial cinematográfico que apresentam e que não está exposto na camada mais visível da HQ. Então tava precisando vir um cara e dar uma sacudida geral, mostrar esse amadurecimento todo que falo, transportar a essência e um pouco mais, e muito mais. Como esse sujeito fez. E por isso, Singer, eu te saúdo.

 

X-Men 2 não é só um puta filme de ação (e que puta filme de ação é, mas falo disso depois), ele é sem medo de ser feliz o responsável por transportar toda a relevância e grandiosidade que vemos nas HQs direto pra tela, sem se contentar em fazer apenas o que poderia ser um episodeozão muito bem filmado (tudo que veio antes dele), e por isso é tão bom. É tão bom porque ele não arranha o material original, ele explora de forma irretocável até sugar a ultima gota do que existe de melhor ali. Ele acertou mais do que os outros justamente por não se afastar do material, mas sim por admitir a relevância desse e respeitar o máximo possível. Os X-Men não são os uniformes extravagantes, ou a origem e personalidade dos personagens impecavelmente respeitadas, como o Singer não fez questão de respeitar. X-Men é justamente o que vemos nesse filme. Aquela ambigüidade moral, a distorção da nossa realidade, dando poderes para os que seriam discriminados e vendo a decisão que tomariam com eles.  Fazendo com que a guerra que seria apenas fria saia do campo das possibilidades e role solta, e um outro punhado de gente tentando evitar isso. Esse filme pode ser apreciado não apenas pelo apelo óbvio, de seres que nascem com poderes legais (sendo que isso já é muito legal), mas sim como um drama riquíssimo que retrata toda a nossa intolerância intrínseca. E etc. E por isso First Class é sensacional do jeito que é, porque ele repete esse.

 

E é um puta filme de ação. Eu não acho o Singer um EXCEPCIONAL diretor. Daqueles que quando morrer entrará no Hall da fama ao lado de caras como o Tarantino, Carpenter, Cronenberg e Peckimpah (que todos sabem que são os melhores, né?), mas o cara tava em estado de graça nesse aqui. Esse pra mim é o grande diferencial para o primeiro filme (que já é ótimo), o salto de qualidade... Quando se pensa em X2, além da interessantíssima estória retratada, ele é totalmente sustentado também por momentos grandiosos. Daqueles que te acompanham por anos depois, mesmo que o todo se perca da tua lembrança, alguns momentos ficam cravados perpetuamente. Como o bom cinema tem que ser, aquele cinema que não se contenta em lhe entregar uma empolgação de momento. Tudo o que Singer filmava nesse aqui virava ouro, é incrível. Eu fiz questão de rever o filme antes de escrever, não que precisasse já que já o assisti muito, mas até pra relembrar melhor certas passagens e etc. E assistir aquela invasão do Noturno na casa branca foi tão empolgante quanto há oito anos atrás quando assisti no cinema pela primeira vez. Singer, o que tu tomou, rapá? Mas não deve se vender em farmácia. E esse grau de maestria dura incrivelmente o filme inteiro. Pega essa invasão da casa branca, pega a invasão dos subordinados do Striker na mansão do Xavier, e os mutantes fugindo desesperados, e o Wolverine atacando ensandecido, pega a antológica cena do Magneto escapando da prisão adaptada “acho que você está com muito ferro no sangue”, e a maravilhosa seqüência final onde todos os personagens importantes (Wolverine, Mística, Magneto, etc), têm seu showtime especial. A absurda gama de personagens também não atrapalha em nada, até porque os responsáveis tiveram a idéia bem clara de quem é suficientemente interessante para conduzir o filme e quem seria interessante apenas para engrandecê-lo mais ainda. Pegando exemplo da Lady Letal, entra muda e sai calada, e mesmo assim é responsável pela mais fabulosa cena de ação do filme inteiro. Aquilo ali chega a doer na gente de tão animalesco. E outra coisa incrível, como isso flui! Eu sinceramente não sei se é mais mérito do roteiro ou da montagem (sempre tenho dificuldade pra saber quando é mais de um ou de outro), mas o filme não é simplesmente ágil, ele voa. 

 

Enfim, é um negócio cheio de méritos, feito apenas de acertos, e apesar de todos os envolvidos, o grande responsável é o Bryan Singer. Foi a mão apaixonada dele que fez esse aqui se transformar nessa OP maravilhosa que é. Nesse terceiro pilar dos filmes baseados em quadrinhos, em unir de vez as duas mídias fazendo com que o melhor de ambas apenas se amplifique, realce. E Os Vingadores vem aí pra ser o quarto, espero eu.

 

 

 

NOTAS e Comentários:

 

Fapreve - 9/10

Renato - 8.25

Silva - 8/10

Thiago Lucio - 7.5/10

Questão - 9/10

 

 

Fapreve

Antes de começar a fazer algo que por si só já tem uma certa camada de presunção, que é julgar a opinião de alguém, já que mesmo tentando partir para a avaliação do modo como a pessoa externou em palavras o que achou de um filme, ainda será em parte um julgamento de gosto, me vi na situação de tentar não ser influenciado a simplesmente dar uma nota boa por geralmente gostar do que o Tensor escreve. Mas o cara me vem com um texto que por si só é uma conversa de boteco entre amigos sobre um filme. Aí pensei que deve ser muito bom conversar sobre um filme tomando uma cerva com caras como o Tensor, bat, Kako, Rob, entre outros, que tem essa visão tão peculiar e ao mesmo tempo simples sobre cinema, que eu gosto tanto, mesmo muitas vezes não concordando com os gostos deles.

Voltando a resenha do Tensor, ele conseguiu resumir muito bem o que eu penso que deve ser uma adaptação de outro tipo de arte quando diz “tem que respeitar ao máximo” e “tem que virar CINEMA”. Perfeito. Assim como quando fala que a falta de fidelidade é usada somente como muleta por alguns diretores preguiçosos. É aí que invariavelmente o filme fica ruim.

Enfim, crítica muito boa que cita a maioria do que eu gosto de X-Men 2, e ainda mantém aquela linguagem de conversa entre amigos que eu gosto muito.

Nota 9,0.

 

 

RENATO:


 

lista - 9
resenha - 7,5

 

SILVA

 

 

Lista - Como esperado, aquele entusiasmo característico dele, quase que contagiante, aparece de forma bem latente na sua lista (e nos comentários também), junto com a visão tão peculiar dele de cinema (e dos quadrinhos também). E isso dá uma aparência única e muito boa a lista dele.

 

Nota - 8/10

 

Resenha - Aqui temos também o entusiasmo característico do Tensão. Tanto é que assim que lia as cenas do filme destacadas por ele logo me via à mente a cena em si. E isso é uma das qualidades da resenha dele: te faz mergulhar fundo nas lembranças do filme, além de justificar com propriedade o porquê dele achar X-Men II uma obra-prima. Pena que o texto acabou sendo um pouco curto e ele não explorou um pouco mais os detalhes que fazem esse filme se destacar para ele.

 

Nota - 8/10

 

 

QUESTÃO

 

 

Nota para o TENSOR 9/10. Ótima resenha, que esmiuça bem o filme analisado. Abre uma interessante discussão sobre o papel do filme resenhado dentro da evolução das adaptações de hqs no cinema, mas por conseqüência abriu mão de se aprofundar um pouco mais no filme em sí.

 

 Nota: 09

 

 

THIAGO LUCIO

 

 

A lista do Tensor é muito boa e as sínteses que ele fez para cada um deles são bastante inspiradas. Talvez tenha "X-Men" e "Homem-Aranha" demais o que poderia ter permitido que outros filmes também fossem lembrados ou até que o TOP LIST fosse menor. A resenha foi bem eficiente, aposta em um estilo bastante informal que realça os méritos e a empolgação que ele sentiu ao ver o filme, talvez tenha arrastado a introdução mais do que devia e senti que ele cortou o barato da resenha de forma brusca ao final, o que não deixou o texto uniforme. Ainda assim é o conjunto da obra que representa o divisor de águas da competição já que é visivelmente superior ao do CACO, mas em contrapartida é apenas a 2ª resenha, por isso a nota geral que considero justa é 7.5/10.

 

 

 
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Nem sempre conseguimos aquilo que queremos' date=' participar de um Festival em um fórum de cinema, mirar o 2º Lugar (por causa do prêmio) e conseguir é tarefa espinhosa. 

 

 

 

Então, aconteceu. O 2º Lugar do Festival de Adaptações HQ vai para o:

 

 

 

 

 

Tensor!

 

 

 

 

 

Vai levar o tão sonhado prêmio, o Box com os 3 filmes do Homem Aranha.

 

[/quote']

 

 

 

Essa aí foi épica, hein? 06.gif Certeiro nas duas! Cantei no festival de ação que o que mais queria era a trilogia do Bourne, e nesse que queria a do aranha. 16.gif

 

 

 

E que façam um próximo valendo a quadrilogia do Alien den.gif06.gif

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