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Forum Cinema em Cena

Drive,Nicolas Winding Refn


CACO/CAMPOS
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Lamento, Lucas, eu entendo perfeitamente o personagem e sua intenção e acho a atuação do Gosling péssima, ele não me transmite nada disso. Aliás é sempre inexpressivo pra mim. Quanto ao filme considero que quer ser uma pérola e acaba sendo incrivelmente pretensioso e falho em tal intenção.

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Lamento' date=' Lucas, eu entendo perfeitamente o personagem e sua intenção e acho a atuação do Gosling péssima, ele não me transmite nada disso. Aliás é sempre inexpressivo pra mim.[/quote']

 

Não concordo com a sua definição principalmente porque eu vejo que a chave para entender (ou chegar próximo a entender) o personagem está na atuação do Gosling. O roteiro é propositalmente vago em definí-lo. É no que ele deixa escapar que vemos a humanidade do piloto sem nome.
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Eu vi o filme e gostei da atuação do Gosling. Como alguém escreveu antes, achei a atuação dele contida, introvertida, que dá apenas para subtender o personagem. Em momentos de expressão, ele também é contido, se expressando com um olhar, um sorriso tímido ou poucas, mas certeiras palavras. Outros já acham o cara uma porta e vão usar a minha argumentação para justificar outros atores que na minha opinião, são inexpressivos. Vem argumentos e contra-argumentos para justificar os 2 lados.

 

 

 

Eu acho o Keanu Reeves uma porta. Trocasse Ryan Gosling por Keanu Reeves e provavelmente eu não gostaria da interpretação. A questão da imagem pesa um pouco (um olhar perdido de algum personagem do Keanu Reeves pra mim parece um olhar perdido do próprio Keanu Reeves. O olhar perdido do Ryan Gosling em algumas cenas do filme, me pareceram um olhar perdido DO personagem). Já vi muitos filmes do Keanu Reeves e apenas dois do Ryan Gosling (o outro foi A Garota Ideal), e o Gosling me pareceu mais versátil que o Reeves.

 

 

 

Ryan Gosling interpretando uma porta provavelmente será melhor do que o Keanu Reeves interpretando uma porta.

 

 

 

Onde quero chegar? Afinal de contas, como distinguir o que é uma interpretação contida de uma inexpressividade? No final, quando os argumentos e contra-argumentos secarem, vai cair no campo da subjetividade.Shiryu2012-05-16 18:57:02

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Não concordo com a sua definição principalmente porque eu vejo que a chave para entender (ou chegar próximo a entender) o personagem está na atuação do Gosling. O roteiro é propositalmente vago em definí-lo. É no que ele deixa escapar que vemos a humanidade do piloto sem nome.

Acho que você não entendeu, Lucas. Eu compreendo perfeitamente que o personagem é duro e fechado nas suas intenções. Concordo que é complexo e pouco transparente.  Mas discordo que o Gosling reflita isto. O roteiro é plenamente capaz de me dar sinais por si só de como o personagem deveria ser, independente da atuação que considero ruim do garoto. Eu não vi nada em RG, vi uma porta que não me passou absolutamente nada da personalidade complexa do protagonista. Literalmente.

Aliás, nem vejo o roteiro brilhante que dizem por aí também, o que não ajuda muito.

O Shiryu fez acima um post MUITO bom. Os mesmos argumentos que funcionam para um lado, funcionam para outro. Se eu trocar o Gosling por outro ator, acho que há CHANCES de que gostasse um pouco mais (mas não muito), já que sou um antigo hater dele, como todo mundo sabe. 06

 

Eu gosto mais do Reeves interpretando a porta. 06

 

 

Mr. Scofield2012-05-16 19:23:36

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Quem for esperando um blockbuster com cenas e mais cenas de ação, vai encontrar um filme de silêncios perturbadores; Drive passa longe da verborragia, não tem diálogos "espertinhos" mas compensa com um protagonista visceral, daqueles que mexem com o espectador e em torno de quem todos os demais personagens orbitam. Bravo!

[/quote']

Não vi este filme. Mas vi outro com a porta humana Ryan Gosling (é visceral no sentido de eu querer arrancar minhas vísceras) e um desejo desesperador de ser cult forçadamente. Não funcionou, exceto nos primeiros minutos onde o RG não fala nada e atua como dublê de ator (não por acaso, claro). É claro que não é uma bomba, mas extremamente superestimado, lento e chato.

 

 

 

 

Discordo totalmente. Embora não ache que Gosling seja o melhor ator da sua geração, quando bem dirigido ele manda bem e é o caso aqui. Vi esse no cinema e não poderia discordar mais sobre ser lento e chato. Mas respeito sua opinião (como sempre).

 

 

 

 

 

 

 

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Acho que você não entendeu, Lucas. Eu compreendo perfeitamente que o personagem é duro e fechado nas suas intenções. Concordo que é complexo e pouco transparente.  Mas discordo que o Gosling reflita isto. O roteiro é plenamente capaz de me dar sinais por si só de como o personagem deveria ser, independente da atuação que considero ruim do garoto. Eu não vi nada em RG, vi uma porta que não me passou absolutamente nada da personalidade complexa do protagonista. Literalmente.[/quote']

 

Eu entendi. Apenas reintero que no meu ver a compreensão (ou tentativa de, ou aproximação da) do personagem se dá muito mais pelo o que a atuação do Gosling deixa escapar do que pelo roteiro em si. Ou seja, é nesse ponto que discordamos (fora o fato de você não ter achado o filme grande coisa em um todo, claro...).
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  • 3 years later...
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Alguém bem disposto poderia ler minha crítica?  :lol: Digam o que acham.

 

Tava vendo a lista de filmes que tinha por aqui e vi um muito discreto que quase passou despercebido. O filme em questão era Drive de 2011 com Ryan Gosling com direção de Nicolas Winding Refn - esse último sobrenome parece erro de digitação. A primeira coisa que podemos notar é que Ryan não tem cara de ator de ação, ele é o carinha modelo em filmes de comédiaromântica e dessa vez é o mais novo protagonista badass. "É ... promissor né" pensei, quando acabou tudo e rolaram os créditos, enfim ...
 

3.jpg
A fonte do nome do ator principal tá estilo Miami Vice, né não?

Sinopse:
Um rapaz (Ryan Gosling) que possui habilidades incríveis com automóveis, trabalha como mecânico, dublê de cinema e motorista em assalto nas horas vagas. Ele se envolve com uma vizinha que está com o marido preso. Após o retorno do homem, o motorista descobre que o marido da mulher que acabara de conhecer precisa assaltar uma loja de penhora que pertence a uma máfia milionária ou sua mulher e filho irão morrer. Assim, o personagem de Ryan Gosling decide ajudar a livrar a barra do ex-presidiário para salvar a vida da sua amada.

Então, o filme é excelente. Como está no título é um filme dos anos 80 que se passa nos anos 2010. Possui um tom extremamente estiloso, algo que se observa até na tipologia do pôster. A atuação da grande maioria dos atores está ótima: Ryan faz o típico herói sem nome de maneira muito convincente e contida, também temos a ilustre presença de Ron Pearlman que faz um mafioso perigosamente excêntrico, outro que pode ser citado é Bryan Cranston como o amigo mecânico do protagonista está com a atuação afiada.
 

Ryan-Gosling-Drive-movie-image-4.jpg
Ó os dois aí!

Quanto à fotografia, muito bonito. Cenas de contraste pontuais e sem exageros além do filme saber "brincar" muito bem com ângulos de câmera em cenas com os carros.
 

drive_ryan-gosling.jpg
RAIAN GOSLIM BOLADO PESQUISAR GOOGLE

E as cenas de ação? E a porradaria? Muito tiro? Muita gente morrendo? Sangue? Tripas? Excrementos? Tem. Tem sim. Mas, por incrível que pareça, são poucos esses momentos. Poucos e curtos. O filme nem é longo (1h40) e talvez por isso não se estende na ação por vias de fato. O roteiro exige mais takes reflexivos do que balas de festim às pampas ou socos ensaiados. Você pode pensar que quando o filme precisa ser brutal ele falha mas é o contrário. Por conta da falta de firula, Drive acaba sendo doloroso e visceral, momentos simples de violência que marcam de maneira impactante o telespectador.
 

screen-shot-2011-10-30-at-11-291.png
O ponto de foco é a cabeça do cara deitado para você que só prestou atenção nas meninas.

O roteiro começa muito simples aparentemente e vai se embaraçando em outras tramas até ficar devidamente mais complexo. Não muito, o filme apenas se preocupa em dar mais peso a própria história de maneira mais gradual. As falas em sua maioria funcionam e caem bem na interpretação dos atores. O pobrema que vejo no roteiro mesmo é por conta de um elemento que citei antes: o texto exige takes calmos, reflexivos. Muitas cenas são apenas o rosto de Ryan olhando para um ponto fixo. Entendo que servem para criar um clima de mais suspense - e funciona! - mas elas são excessivas fazendo com que o filme perca o bom ritmo.
 

drive_wallpaper_by_lfcjake-d4vd7tw.jpg
Roubei de um DeviantArt, me desculpa

Por fim, é muito bom. Me surpreendeu bastante! Bom roteiro, boa fotografia, bons atores. Todos os elementos que construíram um ótimo filme. Uma obra que me dirigiu a uma excelente experiência.

DIRIGIU. Sacou?
Bem bolado! Bem bolado! Dá cem reais pra ele!

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Alguém bem disposto poderia ler minha crítica?  :lol: Digam o que acham.

 

Tava vendo a lista de filmes que tinha por aqui e vi um muito discreto que quase passou despercebido. O filme em questão era Drive de 2011 com Ryan Gosling com direção de Nicolas Winding Refn - esse último sobrenome parece erro de digitação. A primeira coisa que podemos notar é que Ryan não tem cara de ator de ação, ele é o carinha modelo em filmes de comédiaromântica e dessa vez é o mais novo protagonista badass. "É ... promissor né" pensei, quando acabou tudo e rolaram os créditos, enfim ...
 

3.jpg
A fonte do nome do ator principal tá estilo Miami Vice, né não?

Sinopse:
Um rapaz (Ryan Gosling) que possui habilidades incríveis com automóveis, trabalha como mecânico, dublê de cinema e motorista em assalto nas horas vagas. Ele se envolve com uma vizinha que está com o marido preso. Após o retorno do homem, o motorista descobre que o marido da mulher que acabara de conhecer precisa assaltar uma loja de penhora que pertence a uma máfia milionária ou sua mulher e filho irão morrer. Assim, o personagem de Ryan Gosling decide ajudar a livrar a barra do ex-presidiário para salvar a vida da sua amada.

Então, o filme é excelente. Como está no título é um filme dos anos 80 que se passa nos anos 2010. Possui um tom extremamente estiloso, algo que se observa até na tipologia do pôster. A atuação da grande maioria dos atores está ótima: Ryan faz o típico herói sem nome de maneira muito convincente e contida, também temos a ilustre presença de Ron Pearlman que faz um mafioso perigosamente excêntrico, outro que pode ser citado é Bryan Cranston como o amigo mecânico do protagonista está com a atuação afiada.
 

Ryan-Gosling-Drive-movie-image-4.jpg
Ó os dois aí!

Quanto à fotografia, muito bonito. Cenas de contraste pontuais e sem exageros além do filme saber "brincar" muito bem com ângulos de câmera em cenas com os carros.
 

drive_ryan-gosling.jpg
RAIAN GOSLIM BOLADO PESQUISAR GOOGLE

E as cenas de ação? E a porradaria? Muito tiro? Muita gente morrendo? Sangue? Tripas? Excrementos? Tem. Tem sim. Mas, por incrível que pareça, são poucos esses momentos. Poucos e curtos. O filme nem é longo (1h40) e talvez por isso não se estende na ação por vias de fato. O roteiro exige mais takes reflexivos do que balas de festim às pampas ou socos ensaiados. Você pode pensar que quando o filme precisa ser brutal ele falha mas é o contrário. Por conta da falta de firula, Drive acaba sendo doloroso e visceral, momentos simples de violência que marcam de maneira impactante o telespectador.
 

screen-shot-2011-10-30-at-11-291.png
O ponto de foco é a cabeça do cara deitado para você que só prestou atenção nas meninas.

O roteiro começa muito simples aparentemente e vai se embaraçando em outras tramas até ficar devidamente mais complexo. Não muito, o filme apenas se preocupa em dar mais peso a própria história de maneira mais gradual. As falas em sua maioria funcionam e caem bem na interpretação dos atores. O pobrema que vejo no roteiro mesmo é por conta de um elemento que citei antes: o texto exige takes calmos, reflexivos. Muitas cenas são apenas o rosto de Ryan olhando para um ponto fixo. Entendo que servem para criar um clima de mais suspense - e funciona! - mas elas são excessivas fazendo com que o filme perca o bom ritmo.
 

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Por fim, é muito bom. Me surpreendeu bastante! Bom roteiro, boa fotografia, bons atores. Todos os elementos que construíram um ótimo filme. Uma obra que me dirigiu a uma excelente experiência.

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Um dos melhores filmes dos últimos anos. Sim, é uma reciclagem de um bocado de coisas, mas como alguém já disse, o cinema se alimenta do próprio cinema. E nisto que alguns acham ser o calcanhar de Aquiles do filme é justamente seu maior trunfo. Sem falar na classe do Refn dirigindo cenas espetaculares, seja de ação, seja de silêncio, seja nas sutilezas que pipocam aqui e ali. 

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