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O Grande Truque (The Prestige)


Nacka
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O GRANDE TRUQUE 9/10

 

Os atores Cristian Bale e Hugh Jackman realizam um duelo em cena de tirar o fôlego. Dois atores talentosos e extremamente dedicados capazes de engrandecer ainda mais o espetáculo dirigido po Christopher Nolan, um diretor refinado e cuidadoso, da 1ª a última cena. O roteiro exerce um interesse fascinante pela atenção dada a cada uma das nuances de seus personagens ( Michael Caine está ótimo mais uma vez, a atriz que faz a esposa de Bale é ótima tb ), mas o grande mérito é que as reviravoltas são sensatas e bem "pé-no-chão" ( assim como é nos espetáculos ), porém o meu ponto de desagrado trata-se do núcleo que envolve o personagem de Bowie quando se tenta criar um embate cientifíco diante dos objetivos e obsessões dos dois ilusionistas ( ficou deslocado e cansativo ), mas é um filme maravilhoso, principalmente pelo seu diretor e seus dois atores ( os dois mandaram muito bem, mas Bale é o cara !!!!!! ).

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Spoiler:
Da mesma forma que o mágico chinês fingia ser aleijado' date=' inclusive fora dos palcos, a fim de justificar o andar trôpego que lhe permitia ocultar o aquário que era o seu grande truque de mágica, assim agiram os gêmeos Fallon/Borden durante décadas. A magia avançava para fora dos teatros, ou antes, o teatro se estendia de tal maneira em suas vidas que estas não eram mais do que um prolongamento de sua arte performática, e, como ela, plenas de ilusão e truques.
Também achei o roteiro do filme engenhosíssimo.[/quote']

 

Spoilers:

 

Não acho que seja absurdo eles se esconderem. Afinal, tudo o que eles fizeram foi se disfarçarem, a fim de se tornarem figuras distintas. É comum entre irmãos gêmeos serem conhecidos como 'os gêmeos' fora do círculo íntimo, até hoje. Então é normal que eles queiram se tornar pessoas diferentes. Pra mim, é completamente humano eles esconderem esse fato, ação que custava muito pouco a princípio. Justamente para evitar toda a questão 'novela mexicana', dos gêmeos se confundirem, ou o que por infortúnio causou a morte da Sarah. Eu achei a abodagem da questão 'irmãos gêmeos' muito sensata e humana.

 

Mas eu ainda acho que o filme seria mais rico sem revelar o truque do Angier, da máquina do Tesla. Embora o filme tenha como riqueza o fato de levantar a questão das expectativas, do 'como é que eu não pensei nisso antes?', a lógica dos dois mágicos, o filme todo, é a obsessão de descobrir o truque do outro; o que torna a alusão ao Mister M mais que oportuna. Porém o tema central do filme é a obsessão, e nada pode ser mais obsessivo do que alguém se clonar, e se matar, ou matar o clone, não importa. Mas acho que dava pra ser melhor.
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O Grande Truque - Dir.: Christopher Nolan *spoilers

Creio que pouco tenho a falar nestas oito páginas recheadas de comentários desvendadores e com impressões semelhantes às minhas. Rever foi a primeira coisa que quis fazer após terminar a sessão. A sensação ao sair da sala era de adrenalina pura e os neurônios estavam descontrolados. Permitam-me colocar meu pequeno sofrimento para ver o mágico The Prestige, do mestre Nolan: o único lugar em que o filme passava aqui na Tonga era super-distante, o cinema caro, sala minúscula e a única sessão possível era num sábado; com adolescentes que adoravam a Lúcifer na minha frente e falavam descoordenadamente. Costumo dizer que se há um filme, aliás, que representa a geração futura dos habitantes daqui, este é 2001: Uma Odisséia no Espaço. Estamos regredindo, infelizmente, à irracionalidade dos macacos. Então, fui só porque era The Prestige.

 

E, valha-me Deus, como o filme foi bom. Nolan realiza um duelo ferrenho com a intersecção de três atos para agraciar a platéia com sua mágica. O roteiro é divino: a obsessão de Angier, a dualidade de Borden e Fallon e suas relações perante as mágicas e as mulheres (num certo caso, chocando-se com a mesma) são perfeitos. Não bastasse a parte intelectual, os irmãos Nolan ainda trabalham um suspense criativo e sem ser forçado: a natureza dos irmãos gêmeos e a "mágica real" de Tesla são fundamentos capacitados. Enquanto isso, Christopher Nolan rege o elenco maravilhoso: Bale, Caine, Bowie, Serkys e Jackman. O único porém do filme é, visando a atingir o espectador-comum, mostrar os flashbacks para deixar tudo perfeitamente claro. Não peço que se faça como um David Lynch em Cidade dos Sonhos, mas a grande jogada seria colocar a platéia para pensar e, oras, se ela quer se enganada, que a deixasse ser. Os ousados que fossem atrás. E olha que nem é tão difícil assim; o truque do Angier, descobri-o assim que o Borden leu o diário destinado a ele "sim, Borden". E desconfiava da relação Fallon - Borden, talvez porque o rosto do empresário ficasse um tanto quanto escondido nas suas aparições. Johansson também está fria demais, mas são só detalhes.

 

Infelizmente, terei que esperar pelo DVD para captar todas as referências postadas, ler a crítica do Pablo e esclarecer melhor os fatos, agora sabendo o final, para decidir se deixo-o com a nota (quase) máxima, ou não. Anyway, o resultado inicial foi glorioso e assegurou a Nolan um dos postos de cineastas atuais mais respeitáveis. Que venham mais dele. Preciso ver, urgentemente, Amnésia.
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O Grande Truque 3/5

 

O Chistopher Nolan tem a capacidade de fazer a gente acompanhar o filme' date=' 1) mesmo com a história fraca. O destaque fica mesmo para o elenco, que está ótimo, e a direção do Nolan. P.S.: 2) Infelizmente, o final é ultra previsível...
[/quote']

 

1) Jailcante, o que você viu como falho na história a ponto de chamá-la de fraca? Normalmente, histórias fracas o são por conta do roteiro e é quase consensual aqui que o roteiro desse filme é um primor... Sinceramente, não entendi. 09 

 

2) Pelo visto você não curte finais previsíveis, certo? Se não, no caso específico desse filme esperava algo mais em termos de "twist" e finalização?

 

Bem, pelo menos sua nota coloca o filme no patamar do "BOM"...01
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1) Sobre a história, tenho que reconhecer que não sei.06 No começo do filme, não fiquei interessado (não gosto muito desse mundo da mágica. Não vejo nada de interessante nele), mas no decorrer do filme, foi me predendo a atenção. Mas acabei creditando isso à direção do Nolan, já que com o Batman Begins aconteceu a mesma coisa (no começo do filme, não estava interessado, mas o filme foi me "ganhando"). Ele tem essa capacidade de lidar bem com o roteiro e fazer a gente prestar atenção.

 

2) Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação, só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final.
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Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação' date=' só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final. [/quote']

 

Mas Jail, a frase que fecha o filme. Explica tudo. Não acho que o diretor quis esconder nada de ninguém, ele só queria saber se quem assistiu estava prestando atenção. E quando no final decobrimos que não só fomos enganados como ainda gostamos, meio a contragosto percebemos que estava tudo lá na nossa cara o tempo todo. Preciso rever...

 

 
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Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação' date=' só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final. [/quote']

 

Mas Jail, a frase que fecha o filme. Explica tudo. Não acho que o diretor quis esconder nada de ninguém, ele só queria saber se quem assistiu estava prestando atenção. E quando no final decobrimos que não só fomos enganados como ainda gostamos, meio a contragosto percebemos que estava tudo lá na nossa cara o tempo todo. Preciso rever...

 

 

Então eu estava prestando atenção, porque eu já sabia o que estava acontecendo...06

 

Enfim, acho que ele não escondeu tão bem assim o mistério (se era a intenção então não foi), tanto que se o filme parasse na morte do Bale (ou até antes da revelação de quem é o Mr. Cadlow - acho que errei o nome...), eu já saberia sem precisar daquele final no subsolo do teatro.
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Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação' date=' só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final. [/quote']

 

Mas Jail, a frase que fecha o filme. Explica tudo. Não acho que o diretor quis esconder nada de ninguém, ele só queria saber se quem assistiu estava prestando atenção. E quando no final decobrimos que não só fomos enganados como ainda gostamos, meio a contragosto percebemos que estava tudo lá na nossa cara o tempo todo. Preciso rever...

 

 

 Exato!!! E o roteiro é tão bem arquitetado que em determinado momento você pensa: "Ahh, matei a charada!" e até tece uma teoria válida (existem clones de Borden, afinal ele é que joga Angier pra cima de Tesla...). Mas, eis que os eventos se sucedem de modo a mostrar-nos que a solução é mais simples do que imaginamos e tudo se escancara à nossa frente numa simplicidade irritante.

 Mais: mesmo revendo o filme, ainda ficam frases e situações que pedem outras teorias. E o filme, num paradoxo consciente de si, só fica maior, melhor, mais amargo e interessante...     
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Teve uma coisa que eu não captei... Como o diário do Angier foi parar com o Borden na prisão? Rever, rever, rever... Só em DVD, putz. 12

 

 

Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação' date=' só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final

 

[/Quote']

 

Como no mundo da mágica, é preciso de fantasia para tudo e como foi bem explicitado aqui, a questão do filme era ver se o público queria ser enganado, atraído por uma coisa tão simples a ponto de ficar obsesso pelo saber da mágica e, no final, ver que tudo não passou do simples.
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Teve uma coisa que eu não captei... Como o diário do Angier foi parar com o Borden na prisão? Rever' date=' rever, rever... Só em DVD, putz. 12

 

[/Quote']

 

Boa pergunta. Eu não sei (não me lembro), mas acho que não faz muita diferença. Alguém deve ter dado pra ele (o irmão deve ter mexido nas coisas do Angier e achado o diário).

 

Como no mundo da mágica' date=' é preciso de fantasia para tudo e como foi bem explicitado aqui, a questão do filme era ver se o público queria ser enganado, atraído por uma coisa tão simples a ponto de ficar obsesso pelo saber da mágica e, no final, ver que tudo não passou do simples.
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Ok. Isso eu entendo. Mas como disse, acho que o filme não precisava ir tão longe. Poderia ter ficado com o pé no chão que não ia perder nada com isso. Achei demais aparecer essa máquina que cria clones. Enfim... Também não é algo que estraga o filme. Só acho "uma saída fácil".
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Sobre o final: O fim não revela nada que o público já não saiba com o decorrer do filme. Não tem nenhuma revelação' date=' só mostra o que aocnteceu com riqueza de detalhes. Como tudo já foi revelado aos poucos durante o filme, então não sei que grande reviravolta o filme poderia ter, mas, por exemplo SPOILERS a máquina que faz clones, achei um pouco demais. É muito fantasioso para o tom sério que o filme tem. Eles poderiam ter lidado com algum truque real de algum mágico que realmente tivesse existido, sei lá. Pra mim, isso foi uma saída meio fácil do roteiro. Mas o mais grave o filme trata essa máquina como um grande mistério, mas já é óbvio o que a máquina faz depois daquela cena do gato. Depois, disso não tinha o que revelar no final. [/quote']

 

Mas Jail, a frase que fecha o filme. Explica tudo. Não acho que o diretor quis esconder nada de ninguém, ele só queria saber se quem assistiu estava prestando atenção. E quando no final decobrimos que não só fomos enganados como ainda gostamos, meio a contragosto percebemos que estava tudo lá na nossa cara o tempo todo. Preciso rever...

 

 

Então eu estava prestando atenção, porque eu já sabia o que estava acontecendo...06

 

Enfim, acho que ele não escondeu tão bem assim o mistério (se era a intenção então não foi), tanto que se o filme parasse na morte do Bale (ou até antes da revelação de quem é o Mr. Cadlow - acho que errei o nome...), eu já saberia sem precisar daquele final no subsolo do teatro.

 

Aquela cena não foi para surpreender. Imagino que todo mundo já tivesse sacado tudo na cena do gato. Aquele final foi para mostrar o último confronto dos dois, que é o verdadeiro centro do filme. Os twists só tornam o confronto mais divertido. Mas concordo que foi meio ruinzinho terminar com uma imagem do cadaver no aquário. Todo mundo já tinha deduzido aquilo. Até fiquei pensando se não tinha mais nada que eu não tinha percebido. Mesmo assim, o filme é muito bom.

 

Ps: O diário foi um "presente" que o representante de Lord Caldlow deu para o Alfred no início. Como um Bõnus para que o cara vendesse o grande truque mais facilmente.

 

 

 

 

Yoh2006-11-20 18:01:09

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A magia é apenas um plano de fundo. O ambiente escolhido serve para contar a história de paixão e consequentemente obsessão. com um roteiro preciso e bem elaborado essa adaptação do livro de priest, é com certeza um dos melhores filmes do ano. Só não é perfeito porque as cenas de sabotagens nas magicas feitas por bouder e angier deixa o filme um poco monotono.Mas essa monotonia é compensada pelo grand finale que nada mais é do que um teste cujo intuito é observar a atenção da plateia.Esse final me lembrou um pouco de gemeos- morbida semelhança.

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  • 2 weeks later...
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A magia é apenas um plano de fundo. O ambiente escolhido serve para contar a história de paixão e consequentemente obsessão. com um roteiro preciso e bem elaborado essa adaptação do livro de priest' date=' é com certeza um dos melhores filmes do ano. Só não é perfeito porque as cenas de sabotagens nas magicas feitas por bouder e angier deixa o filme um poco monotono.Mas essa monotonia é compensada pelo grand finale que nada mais é do que um teste cujo intuito é observar a atenção da plateia.Esse final me lembrou um pouco de gemeos- morbida semelhança.

[/quote']

 

vimos o mesmo filme?

discordo de quase tudo.

 

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Bom... Eu, particularmente, gostei muito do filme. Quando soube quem era o diretor, percebi que, o filme não deixaria nada a desejar. De uma forma bem divertida, o filme explica que, a rivalidade intensa só leva a coisas ruins. Os dois mágicos poderiam ter permanecido bons compannheiros, mas... Eles deixaram de lado as coisas boas da vida, para se tornaram inimigos mortais. Conforme a história vai se desenvolvendo, os mágicos se tornam cada vez mais amargos. Eles poderiam se unir, em favor do público, mas... Eles só querem cada qual derrotar um ao outro. A partir daí, não há mais nenhuma sensibilidade, entre um e o outro. O filme ensina valiosas e preciosas lições, as quais podem e dever ser aplicadas, no mundo real.

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A magia é apenas um plano de fundo. O ambiente escolhido serve para contar a história de paixão e consequentemente obsessão. com um roteiro preciso e bem elaborado essa adaptação do livro de priest' date=' é com certeza um dos melhores filmes do ano. Só não é perfeito porque as cenas de sabotagens nas magicas feitas por bouder e angier deixa o filme um poco monotono.Mas essa monotonia é compensada pelo grand finale que nada mais é do que um teste cujo intuito é observar a atenção da plateia.Esse final me lembrou um pouco de gemeos- morbida semelhança.

[/quote']

vimos o mesmo filme?
discordo de quase tudo.

 

Adoraria ouvir sua versão.

 

Bom... Eu' date=' particularmente, gostei muito do filme. Quando soube quem era o diretor, percebi que, o filme não deixaria nada a desejar. De uma forma bem divertida, o filme explica que, a rivalidade intensa só leva a coisas ruins. Os dois mágicos poderiam ter permanecido bons compannheiros, mas... Eles deixaram de lado as coisas boas da vida, para se tornaram inimigos mortais. Conforme a história vai se desenvolvendo, os mágicos se tornam cada vez mais amargos. Eles poderiam se unir, em favor do público, mas... Eles só querem cada qual derrotar um ao outro. A partir daí, não há mais nenhuma sensibilidade, entre um e o outro. O filme ensina valiosas e preciosas lições, as quais podem e dever ser aplicadas, no mundo real.[/quote']

 

Duvido muito que a intenção dos Irmãos Nolan (ou do livro do Priest) foi afirmar que "Rivalidade Intensa Só Leva à Coisas Ruins". Não só essa tese é furada e falsa (rivalidade intensa foi um dos fatores que ajudou a colocar o homem na lua, etc), mas há várias outras motivações dos personagens (muito mais relevantes) claramente expostas no filme.

 

Dê uma nova olhada quando o DVD chegar.
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A magia é apenas um plano de fundo. O ambiente escolhido serve para contar a história de paixão e consequentemente obsessão. com um roteiro preciso e bem elaborado essa adaptação do livro de priest' date=' é com certeza um dos melhores filmes do ano. Só não é perfeito porque as cenas de sabotagens nas magicas feitas por bouder e angier deixa o filme um poco monotono.Mas essa monotonia é compensada pelo grand finale que nada mais é do que um teste cujo intuito é observar a atenção da plateia.Esse final me lembrou um pouco de gemeos- morbida semelhança.

[/quote']

 

vimos o mesmo filme?

discordo de quase tudo.

 

Adoraria ouvir sua versão.

 

 

volte algumas páginas então.

 

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Ok.

 

O que incomodou a mim particularmente [spoiler] foi a revelação do “grande truque” de Angier' date=' personagem de Jackman. Não me agrada quando o roteiro chega a um estado em que não consegue mais sustentar-se com explicações plausíveis e recorre a abstrações, recaindo em fatos não reais [quem assistiu ao filme entende qual o ponto em questão']. Em algumas outras histórias isso funcionaria perfeitamente, mas o clima do filme - que tem seus alicerces na humanização da mágica, sempre mostrando as explicações concretas dos seus truques – exige explicações reais para os fatos que apresenta.

 

Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia.
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Ok.

 

O que incomodou a mim particularmente [spoiler] foi a revelação do “grande truque” de Angier' date=' personagem de Jackman. Não me agrada quando o roteiro chega a um estado em que não consegue mais sustentar-se com explicações plausíveis e recorre a abstrações, recaindo em fatos não reais [quem assistiu ao filme entende qual o ponto em questão']. Em algumas outras histórias isso funcionaria perfeitamente, mas o clima do filme - que tem seus alicerces na humanização da mágica, sempre mostrando as explicações concretas dos seus truques – exige explicações reais para os fatos que apresenta.

 

Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia.

 

rs

existe uma diferença bem clara entre ver e querer ver.

 

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Ok.

 

O que incomodou a mim particularmente [spoiler] foi a revelação do “grande truque” de Angier' date=' personagem de Jackman. Não me agrada quando o roteiro chega a um estado em que não consegue mais sustentar-se com explicações plausíveis e recorre a abstrações, recaindo em fatos não reais [quem assistiu ao filme entende qual o ponto em questão']. Em algumas outras histórias isso funcionaria perfeitamente, mas o clima do filme - que tem seus alicerces na humanização da mágica, sempre mostrando as explicações concretas dos seus truques – exige explicações reais para os fatos que apresenta.

 

Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia.


rs
existe uma diferença bem clara entre ver e querer ver.

 

Menos vaga, por favor. Eu estou tentando entender como você acha que a máquina não encaixa tematicamente.
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Ok.

 

O que incomodou a mim particularmente [spoiler] foi a revelação do “grande truque” de Angier' date=' personagem de Jackman. Não me agrada quando o roteiro chega a um estado em que não consegue mais sustentar-se com explicações plausíveis e recorre a abstrações, recaindo em fatos não reais [quem assistiu ao filme entende qual o ponto em questão']. Em algumas outras histórias isso funcionaria perfeitamente, mas o clima do filme - que tem seus alicerces na humanização da mágica, sempre mostrando as explicações concretas dos seus truques – exige explicações reais para os fatos que apresenta.

 

Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia.

 

rs

existe uma diferença bem clara entre ver e querer ver.

 

Menos vaga, por favor. Eu estou tentando entender como você acha que a máquina não encaixa tematicamente.

 

o pq eu já disse.

 

agora, onde, por favor, você viu no filme que "O filme [...] é sobre como

Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente."

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SPOILERS

 

agora' date=' onde, por favor, você viu no filme que "O filme [...'] é sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente."

 

Eu vi no filme inteiro, em praticamente toda cena. O diretor nem deixa a idéia sutil nesse quesito; quando eu revi o filme, tudo se encaixou facilmente. Há várias cenas que deixam claro: quando o Borden e o Angiers vão assistir o mago chinês que se sacrifica pela sua arte, o Angiers pergunta como ele poderia justificar isso, e o Borden dá um soquinho na parede e fala "É pra fugir disso." (i.e. é pra fugir da realidade, ter um encontro com o misterioso, o espiritual, Deus, etc).

 

Veja a cena onde Angiers discute com Cutter como o truque do "Homem Transportado" do Borden foi feito. O Cutter diz que é simples, que ele usou um dublê, e o Angiers fica repetindo que é uma ilusão complexa, deve haver uma explicação melhor. É exatamente assim que discussões entre evolucionistas e criacionistas costuma funcionar, com os últimos sempre tentando procurar cegamente a idéia de algo mais "complexo" (leia: misterioso, mágico, Deus) pra justificar o acontecimento.

 

A idéia é que a motivação principal dos mágicos é pegar aquele ambiente de revoluções científicas daquele mundo (com tanto Telsa quanto Edison como cientistas populares e famosos), um mundo onde a idéia de magia e espiritualidade está lentamente se apagando, e trazer isso de volta. O público que vê magias quer acreditar nelas, por medo de que a vida seja talvez muito simples (i.e. explicada, clara) pra aguentar (o diretor disse exatamente essa última frase numa entrevista). Aí entra o auto-sacrifício do Angiers e do Borden: pra fazerem todo mundo acreditar nessa ilusão de Deus, eles precisam se auto-sacrificar, o Borden vivendo uma vida dividida e complicada com seu irmão e o Angiers usando a Máquina de Tesla e matando um "pedaço" de si mesmo a cada vez que faz o seu truque principal.

 

Agora veja a idéia da Máquina de Tesla, que é crucial pra estrutura temática. Ela entra como o elo entre a magia e ciência. É a Terceira Lei de Arthur C. Clarke, parafraseando: "A ciência chegará a um ponto em que ficará indistinguível da magia." Ela cria a ilusão mais forte, mas se revelada, provavelmente deixaria a idéia de uma verdadeira magia ainda mais distante e improvável. E ela tem um efeito horrível no Angiers. Mas pra ele, vale a pena, pois como ele diz no final, o que o satisfazia era "o olhar nas faces da platéia" ao fazer o truque. O olhar de quem acabou de ser realmente impressionado.

 

Eu não consigo imaginar como isso não ficou pelo menos vagamente claro pra quem viu o filme, a não ser que assistiram dormindo ou com o cérebro desligado.

 

PS: Essa última fala do Angiers é ambígua e pode ter uma segunda motivação que é coerente com o personagem, mas eu prefiro não expandir nisso agora.
SisterJack2006-12-28 09:35:35
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