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Forum Cinema em Cena

Guerra dos Sexos (Sílvio de Abreu)


Jailcante
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Nova novela das 19h00 horas global.

 

Remake que tava pra ser feito há um tempo, mas só depois do remake de TiTiTi ter dado certo, é que resolveram fazer esse aqui. E teve mudanças nela durante esse período. Antes seria um remake mesmo e escrito com outro autor, com o Sílvio de Abreu só dando o suporte. No fim, não é mais remake, mas uma continuação da novela original e o próprio Sílvio resolveu escrever a novela.

 

Vendo ela agora até entendo o receio da Globo. Guerra dos Sexos tem um discurso meio antigo já, de "Homens vs Mulheres", díficil de atualizar e pelo visto até agora não conseguiu. Até pelo fato de tá sendo escrito pelo mesmo autor do original, ele mantém um repeito tão grande pelo material que escreveu antes, que não consegue mudar muita coisa. TiTiTi teve mais sorte nesse sentido, conseguiu se atualizar, já essa aqui não.

 

Mas só vi o 1º capítulo e algumas poucas coisas depois, só que tô achando ela meio fail. A anterior era bem moderna (pelo menos, tira cara de tal), já essa nasceu com cara de coisa antiga. Com um discurso "Homens vs Mulheres" bem anos 80 (a própria personagem da Mariana Ximenes diz isso), o Sílvio não conseguiu ou não quer atualizar um pouco esse tema de alguma forma, nem trazer nada de novo à ele. Sinto realmente vendo a novela original (mesmo que eu não a tenha visto na época). E o momento mais memorável da original era a tal briga de comida com atores consagrados, mas já colocaram essa briga logo na abertura da novela atual e fora essa cena, não tem sobrado muita coisa...

 

E é um baque meio grande pro público pegar uma novela "brega-moderna" e mudar pra uma "chic-arcaica". Ver empregadas tentando ganhar a vida de antes pra agora colocarem um bando de riquinhos metido disputando uma herança. Os ricos da novela anterior eram os vilões, agora são os principais e o núcleo pobre não tem muita força até agora. Creio que se pegar e tiver ibope, vai demorar um pouco pra isso. E o Sílvio vai ter que se esforçar muito.

 

Só vejo a novela vingar e ter alguma repercussão em cima do personagem do Tony Ramos. Um cara machista ultra-conservador. Se o Sílvio bolar uma frases chocantes pra ele, e colocar ele humilhando os demais personagens (principalmente aquele sobrinho mocorongo feito pelo Edson Celulare), pode ser que a novela pegue, porque vai ter aqueles que vão se chocar e os conservadores que podem aprovar o comportamento dele. Aí pode surgir uma disputa como rolou, por exemplo, no BBB10 (com os fãs e haters do Dourado e tals - até recomendo que o Sílvio veja o BBB10 pra se inspirar). Fora isso, creio que a novela vá patinar. Mas sempre tem sido assim no horário, depois de uma novela que teve uma grande repercussão (Caras e Bocas, TiTiTi, Cheias de Charme) sempre vem seguidas de outras que fracassam ou que passam em branco sem muita repercussão (Tempos Modernos, Aquele Beijo, Morde e Assopra).

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09/10/2012 - 00h06

Coluna do Flávio Ricco

 

"Guerra dos Sexos" é certeza de outro sucesso da Globo

 

6

Flavio Ricco*

Colunista do UOL

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    Irene Ravache e Tony Ramos em cena de "Guerra dos Sexos" (2012)

“Guerra dos Sexos”, versão 2012, completou ontem a sua primeira semana de exibição. Quem viu a primeira e agora passou a acompanhar a segunda tem a impressão de estar assistindo uma outra novela.

Evidente que a base central foi mantida, mas também é verdade que o Sílvio de Abreu, como um dos autores mais brilhantes e usando de toda a sua experiência, está conseguindo levar o telespectador no bico. Direitinho.

E conta para isso, com a precisa direção do Jorginho Fernando e um elenco que começa com Tony Ramos e Irene Ravache. A “Guerra dos Sexos”, dos tempos de agora, está muito bonita. Livre, leve e solta, gostosa de se ver. Incluindo este que vos fala, a maioria sempre usa de certa cautela em comentar qualquer coisa de uma novela no começo, porque o risco de queimar a língua é sempre muito grande. Os cento e tantos capítulos pela frente costumeiramente recomendam este cuidado. Não é o caso em questão. Por tudo, já se tem a certeza que a Globo vai continuar se dando muito bem neste horário.

 

 

Meu comentário foi meio fail, pelo jeito a novela tá indo bem. Mas enfim, vi só o primeiro capítulo basicamente depois não mais. Se melhorô de lá pra cá, não sei.

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  • 3 weeks later...
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Silvio de Abreu: ‘Não vou mudar Guerra só pelo ibope de SP’

 

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Edson Celulari e Glória Pires em Guerra dos Sexos (Foto: João Cotta/TV Globo)

 

Autor de Guerra dos Sexos, Silvio de Abreu não pretende mexer na novela para seduzir ainda mais a classe C e levantar a audiência.

 

Em sua quarta semana no ar, o remake atualizado da trama, um dos maiores sucesso das 19h em todos os tempos, não vem repetindo o feito dos anos 1980 nem de sua antecessora, Cheias de Charme.

 

Até anteontem, a novela das sete da Globo marcava 23 pontos de média na Grande São Paulo. No mesmo período, a história das "empreguetes" cravou 29 pontos.

 

Abreu argumenta que a audiência da produção "só não é boa" em São Paulo.

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Silvio de Abreu (Foto: Zé Paulo Cardeal)

 

"Apesar de ter estreado no verão e no horário político, a sua performance no PNT [Painel Nacional de Televisão] é de 30 pontos, dois a menos do que Cheias de Charme, com 52% de share [participação no total de televisores ligados], um ponto a menos do que a [novela] anterior", diz.

 

Abreu lamenta que o público de São Paulo não esteja tão interessado quando o das demais capitais:

 

"Eu gosto da novela, acho que está correta. Gosto da direção, dos atores. Não concordo com as críticas precipitadas que saíram dizendo que o tema é velho, que não existe mais essa guerra [entre sexos] etc. A novela nunca pretendeu discutir nada, é só uma comédia que se aproveita das diferenças", afirma. E completa:

 

"Não pretendo mudar meus planos. A procura das agências [publicitárias] por merchandising é enorme, e isso é uma prova de que o interesse vai além do Ibope. Se São Paulo ainda não descobriu a novela ou prefere histórias da classe C, eu sinto muito."

 

 

Tenho visto pouco, porque tirando o elenco, o texto é meio antigo mesmo e não se modernizou, difícil de agradar muito. Mas pelo visto meu comentário inicial não foi tão fail. A novela tá capengando mesmo...

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Mais uma prova que o autor não quer atualizar o texto:

 

 

Personagem de “Guerra dos Sexos” escreve carta porque internet “está os olhos da cara”

 

Mauricio Stycer

 

 

Em edição especial do “UOL Vê TV”, comento a falta de intimidade de alguns personagens de novelas com a internet. Em uma cena levada ao ar recentemente em “Guerra dos Sexos”, a personagem Frô (Marianna Armellini), que vive na Mooca, em São Paulo, comemora a chegada de uma carta do Rio de Janeiro e diz que não tem e-mail porque Ulisses (Eriberto Leão) não aceita este tipo de tecnologia em casa. O irmão, por sua vez, justifica a atitude mencionando o alto custo da conexão. Um diálogo, no mínimo, estranho.

 

Em “Avenida Brasil”, a personagem Nina (Débora Falabella) viveu problema semelhante. Por falta de conhecimentos rudimentares em tecnologia, algo quase inimaginável atualmente, ela guardava fotografias de Carminha (Adriana Esteves) e Max (Marcello Novaes) em cofres de bancos, providência muito mais complicada do que publicá-las em redes sociais ou armazená-las em um simples pen drive.

 

 

Aff. <_<

 

Se for pra ser a mesma novela, valeria mais a pena reprisar ela no Vale a Pena Ver de Novo do que fazer esse remake.

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  • 5 months later...
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Fechando a conta:

 

Com tema pouco atual e aposta no exagero, “Guerra dos Sexos” provocou indiferença

 

Mauricio Stycer

26/04/2013 20:28

 

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Para além da análise fria dos números de audiência, uma forma de entender o sucesso de uma novela é ouvir o que as pessoas estão falando dela na rua, no trabalho, na escola e, hoje em dia, nas redes sociais. O quase silêncio a respeito de “Guerra dos Sexos”, que terminou nesta sexta-feira (26), não pode ser ignorado ao se fazer um balanço deste trabalho de Silvio de Abreu.

Os dados do Ibope são muito duros com o remake da novela, escrita originalmente em 1983 pelo mesmo autor. Foi a pior audiência do horário das 19h. Em entrevistas, Abreu argumentou que “Guerra dos Sexos padeceu dos mesmos problemas sofridos por “Lado a Lado”, a última trama das 18h, que também teve audiência sofrível. Ambas foram lançadas durante o horário político, em 2012, indo ao ar mais cedo do que de costume, e também enfrentaram o horário de verão, que “atrasa” a chegada em casa do potencial espectador.

 

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Pode ser. Mas creio que “Guerra dos Sexos” também sofreu por conta da história que tinha para contar e do tom de farsa adotado para apresentá-la ao público. Na minha opinião, foi um projeto errado, que discutiu temas poucos atraentes, e não soube encontrar uma forma convincente para seduzir o público. Isso explica, creio, a indiferença em relação à novela.

Do primeiro ao último capítulo, “Guerra dos Sexos” girou em torno de uma mesma disputa boba, envolvendo a habilidade masculina e feminina de gerir um negócio. A ironia que podia haver nesta discussão há 30 anos não existe mais. Nada pior do que fazer piada sobre um assunto que não está na pauta.

 

A visão de São Paulo como uma cidade dividida entre uma elite “quatrocentona” e uma periferia “caipira” está totalmente superada. Há 30 anos, talvez fosse perdoável não enxergar que a cidade é muito mais rica e complexa. Hoje, não.

 

Novidades ou surpresas que a versão original apresentou, como o recurso de personagens falarem com o espectador olhando para a câmera, já foram incorporadas e não chamam mais a atenção.

 

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Também acho que o diretor Jorge Fernando não conseguiu encontrar a medida certa para contar a história. A insistência no exagero, típicos da comédia pastelão e de cinema mudo, soou como recurso fácil, em busca do riso, e resultou repetitivo e canhestro.

 

Edson Celulari (Felipe, à esq.), por exemplo, passou a novela inteira com a camisa social para fora da calça, o nó da gravata frouxo e a cara de bobo, como se isso fosse o suficiente para caracterizar um “executivo aloprado”. Muito bem como vilões em “Passione”, Reynaldo Gianecchini (Nando) e Mariana Ximenes (Juliana, juntos na foto acima) não conseguiram convencer como casal romântico em “Guerra dos Sexos”. O ator exagerou nos maneirismos e a atriz parecia encenando teatro para crianças. Tony Ramos esteve muito à vontade em seu papel, mas acho que perdeu a medida, também, em vários momentos.

 

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Drica Moraes (Nieta, à dir.) foi, para mim, a melhor coisa da novela. A personagem, uma fofoqueira da Mooca, bairro que abriga muitos imigrantes e descendentes de italianos na zona leste da cidade, inventou uma língua própria, repleta de erros, para falar e divertiu muito. No último capítulo soltou um: “Me tô parindo”. Também gostei de Marilu Bueno (Olivia) e de Bianca Bin, como a vilã Carolina. Daniel Boaventura (Nenê) e Debora Olivieri (Semiramis) tiveram boas cenas também.

 

O autor deixou para o último capítulo a decisão sobre com quem Nando ficaria. O galã escolheu Juliana, deixando o caminho livre para Roberta (Gloria Pires) ficar com Felipe. Outra surpresa foi a participação de Xuxa como Terezinha Romano, uma personagem sempre citada, mas que nunca aparecia. Ao final, a novela prestou mais uma homenagem a Paulo Autran e Fernanda Montenegro, protagonistas da primeira versão, fazendo Tony Ramos e Irene Ravache reencenarem pela segunda vez a briga com comida na cara (no alto, cena da primeira batalha).

 

Silvio de Abreu é um dos grandes autores da televisão em atividade. Tem mais é que defender sua novela, como fez nesta reta final. Mas não vai conseguir evitar que a segunda versão de “Guerra dos Sexos” seja esquecida rapidamente.

 

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