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William Castle


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 William Castle foi um gênio do cinema espetáculo durante as décadas de cinquenta e sessenta. Sues filmes eram literalmente pensados pra serem vistos no cinema, com recursos planejados para aumentar o pavor daqueles que iam assistir as historias de horror que contava.

 

 Embora pareçam um pouco bobos hoje, os filmes de Castle ainda são bastante divertidos, e possuem um charme de filme B irresistivel. O orçamento baixo das produções é visivel, mas a boa atmosfera que o diretor concedia a estes filmes tambem é. Ví quatro obras desse diretor.

 

 FORÇA DIABÓLICA é seu filme mais original. Contando com o charme irresistivel de Vincent Price á frente do elenco, este filme tem a idéia pra lá de original de uma criatura que cresce em nossos corpos a cada vez que sentimos medo, e que só pode ser eliminada ao gritarmos. O climax no cinema é uma perola da metalinguagem.

 

 A CASA DOS MAUS ESPIRITOS é uma tipica historia de casa mal assombrada, tendo mais uma vez Price como protagonista. Mesmo com mais de cinquenta anos, o filme ainda contém sequencias que causam arrepios pela boa construção de clima, e pela boa utilização dos chamados sustos faceis. O diretor inglês Alfred Hitchcock teve a idéia de fazer seu proprio filme de horror de baixo orlamento após assistir este filme.

 

 13 FANTASMAS eu já achei fraco. Esperava algo do naipe de A CASA DOS MAUS ESPIRITOS, mas o filme tem um clima bem mais leve. Alías, a influênscia que este filme teve sobre POLTERSGEIT de Tobe Hooper me parece bem clara.

 

 Por fim, EU VÍ O QUE VOCÊ FEZ, parece ser a tentativa de Castle de fazer o seu próprio filme de psicopta, com direito a assassinato no chuveito e tudo mais. O plot do filme é brilhante, mas pecou na execução. O filme tem o grande problema de não saber quando se levar a serie e não saber quando brincar.

 

Então, conhecem o trabalho de William Castle? O que acham da filmografia dele? Este é o espaço para comentar.

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 De fato STRANGEMANNERS, foram feitos muitos remakes da obra do Castle, embora eu confesse que nunca tenha assistido nenhum deles.

 

 JACK RYAN, de fato não se pode dizer que FORÇA DIABÓLICA é magistralmente filmado. mas tem sequencias excelentes, como a que o personagem de Vincent Price retira a criatura de um corpo. Alías, dá pra entender por que nunca tentaram refilmar FORÇA DIABÓLICA.. A trama é pra lá de original, mas é tão surreal que não sei se seria bem aceita nos dias de hoje.

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  • 11 months later...
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 Visto ALMAS MORTAS

 

 Almas-Mortas.jpg

 

 

   Na trama, Lucy Harbin (Joan Crawford) é uma mulher que tem um surto psicótico ao encontrar o marido na cama com outra, matando os dois a machadadas na frente da filha pequena. Após passar vinte anos internada em um sanatório judiciário, Lucy é liberada, indo morar em uma fazenda com o seu irmão Bill (Leif Erickson) e a sua filha Carol (Diane Baker) agora uma mulher crescida e prestes a ficar noiva de Michael (John Anthony Hayes). Mas será que Lucy está realmente curada?

 

  ALMAS MORTAS parece ser a tentativa de Castle de fazer o seu próprio PSICOSE. Como no clássico de Alfred Hitchcock, temos a relação maternal no centro da narrativa, já que Carol parece fazer de tudo para ficar ao lado da mãe e protege-la, não muito diferente de Norman Bates no filme de 1960. As semelhanças entre as tramas das duas obras não é mera coincidência, já que o roteiro do filme de Castle foi escrito por Robert Bloch, autor do livro que deu origem a PSICOSE.

 

 Mas apesar de claramente pegar carona no sucesso do clássico de 60, ALMAS MORTAS conta com uma condução competente do suspense por parte do diretor, que sabia dar uma atmosfera classsuda a seus projetos de baixíssimo orçamento. Joan Crawford também segura bem a sua protagonista retratando Lucy com uma fragilidade de dar pena, parecendo estar sempre a beira de um novo surto. No geral é um filme digno, e vale a conferida.

 

 TOP CASTLE

 

 1) FORÇA DIABÓLICA

 

 2) A CASA DOS MAUS ESPIRITOS

 

 3) ALMAS MORTAS

 

 4) EU VI O QUE VOCÊ FEZ

 

 5) 13 FANTASMAS

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  • 9 months later...
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 Visto A MASCARA DO HORROR

 

 MrSardonicus1961.jpg

 

 

   Na trama, Sir Robert Cargrave (Ronald Lewis) é um famoso fisioterapeuta, que recebe uma carta de Maude (Audrey Dalton), sua paixão da juventude, implorando para que ele viaje até um pequeno país do leste europeu para tratar de seu marido, o Barão Sardonicus (Guy Rolfe) Ao chegar aos domínios do Barão, Sir Robert descobre que Sardonicus tem o rosto deformado por um terrível sorriso cadavérico, e que se o médico não for capaz de cura-lo, Maude sofrera as consequências.

 

  A MASCARA DO HORROR abre com o próprio William Castle apresentando o filme para o publico em um prólogo, onde ele define a trama como "uma história de horror a moda antiga". E é exatamente isso que Castle tenta entregar. Todo o primeiro terço da película constrói uma atmosfera bem envolvente, utilizando-se muito bem dos clichês do gênero, e remetendo aos melhores filmes do ciclo de horror da Universal na década de 30 e 40, que parece ser a grande inspiração aqui. Desde a chegada de Sir Robert a estação do pequeno país sem nome, onde ele é recepcionado por Krull (Oskar Homolka) o ajudante caolho de Sardonicus, passando pela viagem de carruagem até o castelo do Barão, cercado por uma vegetação densa porém morta, e já nos apresentando um grande choque, já que assim que Sir Robert entra no castelo, ouve um grito, e acaba encontrando uma serva com o rosto coberto por sanguessugas.

 

 Mas depois da primeira meia hora que entrega o suspense e horror a moda antiga que fora prometido, o filme entra em uma curva descendente, tornando-se bastante enfadonho. O Barão Sardonicus revela-se um vilão sem muita personalidade, e embora o sorriso que ele tem congelado no rosto e que esconde a maior parte do tempo com uma mascara seja bastante medonho (remetendo ao clássico FANTASMA DA OPERA estrelado por Lon Chaney) ele nunca consegue soar realmente sádico ou assustador, como aqueles a sua volta parecem lhe pintar. O fato do casal protagonista ter zero carisma também não ajuda muito.

 

 O personagem mais interessante em cena acaba mesmo por ser o submisso servo Krull. E é muito bom que o roteiro de Ray Russel, autor do conto que deu origem ao filme, de a ele um papel fundamental no desfecho da história. Mas isso acaba sendo sabotado pela jogada publicitária de Castle, que ressurge perto do fim, e no melhor estilo VOCÊ DECIDE, "coloca" nas mãos do espectador o desfecho da história. Castle era um gênio, e tinha ótimas idéias pra tornar o cinema mais interativo, mas se sua manobra em FORÇA DIABÓLICA parece funcionar até hoje se você vê o filme de mente aberta, o mesmo não ocorre aqui.

 

 No geral, um filme bem mediano do Castle. Não é ruim, mas pra bom também não serve.

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