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Thor: Ragnarok


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THOR: RAGNAROK – PRODUTOR EXPLICA EM QUE MOMENTO OS EVENTOS DO FILME ACONTECEM!

 2h -  648  Animados para ver este filme?

POR CRISTIANO RANTIN  Como bem sabemos, a linha do tempo em uma franquia de filmes pode ficar bastante complicada, jogando vários eventos e diferentes períodos de tempo, algumas franquias conseguem confundir seus fãs que, em determinado momento, já nem sabem mais em qual ano aquele filme está acontecendo.

Com o Universo Cinematográfico da Marvel não é diferente, já que muitos fãs de Thor: Ragnarok ficaram sem saber quando exatamente o filme se passava. Que explicou a situação foi Brad Winderbaum, produtor executivo do longa, que conversou com o Comicbook, sobre isso: 

Não é tipo, cinco minutos depois que [Vingadores: Era de] Ultron termina nós começamos esse filme. São alguns anos depois,” explicou o produtor. “Na linha do tempo do UCM, as coisas meio que acontecem um ano de cada vez, especialmente nessa Terceira Fase. Eles não são tão interligados como a Fase Um, sabe, durante a Grande Semana do Fury e tudo mais. Então [Thor: Ragnarok] acontece depois de [Capitão América:] Guerra Civil e Homem-Aranha [De volta ao Lar]. Mais ou menos por ai.”

Isso indicaria que, desde Ultron, Thor passou pelo menos dois anos em Muspelheim, um novo reino que será introduzido no filme (e que apareceu mais no último trailer divulgado), antes de acabar lutando contra Hulk nas arenas e confrontando Hela por Asgard.

Se passando dois anos depois de Ultron, que foi estabelecido como 2015, Thor: Ragnarokaconteceria em 2017, o que coloca tanto Guerra Civil quando Homem-Aranha se passando em 2016.

http://legiaodosherois.uol.com.br/2017/thor-ragnarok-produtor-explica-em-que-momento-os-eventos-filme-acontecem.html

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Produção confirma como Hulk foi parar em Sakaar

Gigante Esmeralda entrou em um buraco de minhoca
 
Dan Hennah, designer de produção de "Thor: Ragnarok", confirmou como o Hulk foi parar no planeta Sakaar, onde virou um gladiador. Segundo Hennah, a chegada do Gigante Esmeralda ao local foi praticamente um acidente (Via CB).

“A última vez que vimos o Hulk, ele estava voando sozinho em um Quinjet. Bem, ele acabou em um desses buracos de minhoca e acabou lá”, afirmou. 

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O diretor Taika Waititi diz que o público não precisa assistir aos dois outros longas de Thor para ver "Thor: Ragnarok". Segundo o cineasta, as pessoas podem começar a assistir aos filmes do herói pela sua produção (Via Slash Film).

“Esse é o meu Thor 1. Eu vi os outros filmes e tenho muito respeito por eles, mas não posso passar muito tempo pensando sobre ele ser mais uma sequência. Senão, eu fico preso tentando respeitar o que foi feito antes e o que será feito depois. Pra mim, esse é um filme singular. Essa pode ser a única vez que faço isso, então quero fazer o melhor filme Marvel possível".

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"Ele conhece um pouco mais de ironia e sarcasmo agora", diz diretor

Taika Waititi disse que Deus do Trovão mudou após período na Terra

Em entrevista ao Collider (via HH), Taika Waititi falou sobre a mudança de humor do Deus do Trovão em Thor: Ragnarok:

"Thor passou dois anos na Terra andando com Robert Downey Jr., então ele criou alguma atitude. Ele sabe um pouco mais sobre ironia e sarcasmo agora. Ele tem um pouco do humor da Terra. Ele é como um filho rico do espaço que passou algum tempo passeando, sabe? Então ele instantaneamente se tornou mais interessante. Mas, como ele está em uma parte diferente do cosmos agora, ele ainda está aprendendo. Nós não modelamos isso completamente, mas, na minha cabeça, imagino um grande Thor sendo como Jack Burton [personagem de Kurt Russell em Os Aventureiros do Bairro Proibido]. Qual é a versão do Thor que só quer seu caminhão de volta?".

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Thor: Ragnarok | Mark Ruffalo elogia as poderosas personagens femininas do longa

POR
 REDAÇÃO
 -
 12/09/2017
 
 
 
  
WDC100235-696x520.jpg Cate Blanchett como Hela
 

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Em uma entrevista ao The Indian Express, Mark Ruffalo elogiou as personagens femininas de Thor: Ragnarok, a vilã Hela e heroína Valquíria, interpretadas respectivamente por Cate Blanchett e Tessa Thompson. “É ótimo ter Blanchett e Thompson, essas duas mulheres maravilhosas, poderosas, fortes, belas e inteligentes, interpretando essas duas personagens importantes e integrais para o filme” disse o ator.

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“Nós temos Hela. Ela tem todo o poder, talento e força dos outros deuses, mas com raiva. Ela deseja tomar aquilo que ela acredita que lhe é de direito. A exceção é que ela ficou muito tempo nas trevas. Agora ela é a manifestação da morte” revelou o ator em relação a personagem de Blanchett.

Sobre a Valquíria, ele contou: “Ela é outra presença feminina que não se sente bem-vinda. Ela tem força e é uma lutadora brilhante. Ela é tão forte quanto o Thor. Ela é uma guerreira. Valquíria é uma das pessoas que acabaram banindo Hela de Asgard, mas ela também perdeu sua fé na estrutura patriarcal e elitizada”.

Thor: Ragnarok estreia em 25 de outubro no Brasil.

 

FONTE: OBSERVATÓRIO DO CINEMA

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MARK RUFFALO VOLTA A FALAR SOBRE FILME SOLO DO HULK!

 15h -  1k – Segundo o ator, a Universal “não quer fazer dinheiro”.

POR LUCAS RAFAEL → O Golias Esmeralda da Marvel já possui alguns longas próprios no passado, porém, na fase atual do Universo Cinematográfico Marvel, não parecem existir planos para um filme solo do personagem. Agora, em uma entrevista com a Collider, Mark Ruffalo falou sobre o motivo de um filme do Hulk ser, aparentemente, impossível.

“Continua sendo propriedade da Universal…Agora, eu não sei se isso é intransponível, aliás, não sei onde as coisas estão indo daqui pra frente, para mim.”

É normal coçar a cabeça depois de uma afirmação dessas, afinal, como é que o Hulkaparece nos filmes do Universo Marvel se existe um problema com os direitos do personagem? Bem, isso é respondido com os direitos específicos que a Universal Studiospossui sobre o personagem. Em Hollywood, ultimamente, existem dois tipos de direitos para filmes: produção e distribuição.

Os direitos de produção são aqueles necessários para usar propriedade intelectual em um filme. A Marvel Studios detém esses direitos para Homem de Ferro, Thor e muito mais. O estúdio também tem os direitos de produção do Hulk depois que a Universal “abriu mão” em 2003.

No entanto, os direitos de distribuição do personagem estão nas mãos da Universal. Eles podem não parecer tão importantes quanto os de produção, mas significam bastante para os estúdios. Esses direitos representam a habilidade de colocar os filmes nos cinemas e em home video mais tarde, com o lançamento de blu-rays, dvds e tudo mais.

Atualmente, a Universal não parece interessada em vender esses direitos de volta para a Marvel, que por sua vez, não possui interesse em fazer filme que não consiga distribuir. Ruffalo já falou sobre esse impasse de direitos autorais no passado:

“Eu só quero esclarecer uma coisa hoje, um filme solo do Hulk nunca vai acontecer, já que a Universal tem os direitos do filme solo do Hulk, e por alguma razão, eles não sabem se dar bem com a Marvel, e não querem fazer dinheiro.”

O que acha dessa situação toda? Fale pra gente nos comentários. Enquanto isso, fique com a galeria do próximo filme da Marvel que contará com o Hulk, Thor: Ragnarok, abaixo.

http://legiaodosherois.uol.com.br/2017/mark-ruffalo-volta-falar-sobre-filme-solo-hulk.html

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THOR: RAGNAROK – LOKI TERÁ RELAÇÃO IMPORTANTE COM A INVASÃO DE HELA NO FILME!

 1h -  250  Loki, o Deus da Trapaça, terá uma grande ligação com Hela.

ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILERS!

Ministério Anti-Spoilers adverte: Se não quiser receber spoilers sobre esse assunto, não continue lendo.

POR BIA ONINAWA → O filme chega aos cinemas ainda nos próximos meses, e cada vez mais podemos espiar no que nos espera. Agora o debate está na possibilidade de que Loki seja responsável pela vulnerabilidade de Asgard que permitiu a invasão da Deusa da Morte, Hela.

Para quem não se lembra, a última vez que vimos Loki, ele estava no lugar de seu pai Odin, assumindo o trono de Asgard como seu. Aparentemente, deslumbrado com o poder, o Deus da Trapaça se esqueceu de suas responsabilidades que acompanhavam o título de rei, incluindo a manutenção das ameaças e a preparação das defesas do planeta. E esse descuido foi tudo que Hela precisou para se levantar contra Asgard.

O produtor de Ragnarok, Brad Winderbaum, divulgou algumas informações interessantes sobre a chegada de Hela a Asgard durante uma entrevista para Screen Rant.

“[Quando] nós deixamos Loki, ele conseguiu seus objetivos, ele se tornou o rei de Asgard, e ele está governando esse lugar. E o que aprendemos, o que Thor vem aprendendo ultimamente, é que há coisas terríveis no cosmos que simplesmente não deveriam ser assim. E nós descobrimos que Odin estava fazendo muito mais do que parecia na superfície para manter o universo seguro.

 

Havia todas essas ameaças que ele sofreu ou estava mantendo a distância, usando sua força e poder para fazê-lo, que Loki estava completamente despreparado. Então ele se torna o Rei de Asgard, tudo é ótimo, é uma boa festa. Mas ele não conseguiu perceber as ameaças que estavam ao longe no horizonte, Hela sendo a maior e a mais terrível de todas”.

Como Thor tem procurado por Thanos pelo universo, isso explicaria porque ele não notou o irmão se passando por seu pai. E agora se juntarmos os comentários de Winderbaumcom Mark Ruffalo dá para imaginar que Hela existe há muito tempo nesse universo. E existe uma teoria que especula se a Deusa da Morte já não teria tido alguma desavença com Odin no passado e acabou banida ou trancada por ordens dele, o que lhe daria uma motivação extra para voltar, alimentada por um rancor pessoal que a tornaria uma personagem mais convincente e interessante.

Mas isso só descobriremos, provavelmente, nos cinemas. 

http://legiaodosherois.uol.com.br/2017/thor-ragnarok-loki-tera-relacao-importante-e-grande-com-invasao-de-hela-no-filme.html

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Thor: Ragnarok | "É uma surpresa que ainda esteja aqui", diz Tom Hiddleston sobre interpretar Loki

Filme estreia em 26 de outubro
24/09/2017 - 19:17 - NATÁLIA BRIDI
 
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Em entrevista ao Times of India (via io9), Tom Hiddleston falou sobre o seu retorno como Loki em Thor: Ragnarok.

"É uma fonte de constante surpresa para mim que ainda esteja aqui. Nunca esperei por isso quando comecei a interpretá-lo. Sinto uma grande grande responsabilidade de entregar o personagem que as pessoas conhecem, apesar de fazer quatro anos desde a última vez que o interpretei, e também tentar levá-lo para novas direções", declarou o ator. 

Além de Chris HemsworthTom Hiddleston e Mark RuffaloThor - Ragnarok terá Idris Elba novamente como Heimdall e Anthony Hopkins aparecerá como Odin. A vilão Hela é vivida por Cate Blanchett Tessa Thompson é uma das novidades no elenco como Valquíria, enquanto Jeff Goldblum vive o Grão-Mestre.

A estreia acontece em 26 de outubro no Brasil.

 

FONTE: OMELETE

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THOR: RAGNAROK – RUMORES DIZEM QUE MATT DAMON PODE INTERPRETAR O LOKI NO FILME!

 19h -  8.8k  Sim, é isso mesmo que você leu. 

ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILERS!Ministério Anti-Spoilers adverte: Se não quiser receber spoilers sobre esse assunto, não continue lendo.

POR CRISTIANO RANTIN  Enquanto aguardamos ansiosamente pela estreia de Thor: Ragnarok, que mostrará o Deus do Trovão e Hulklutando contra ninguém menos que Cate Blanchett, atriz que encarnará da Deusa da Morte Hela no filme, novos rumores voltam a cercar a produção do longa.

Segundo o Weekly Planet pode ser que tenhamos um novo ator de peso se juntando ao elenco do filme, e trata-se de ninguém menos que Matt Damon que estaria no longa como Loki.

Sim, é isso mesmo, o ator consagrado pela franquia Jason Bourne estaria participando do filme como Loki, mas não o Loki de verdade, que continuará sendo vivido por Tom Hiddleston.

De acordo com os rumores, a participação do ator seria apenas um momento cômico, onde teríamos uma cena em Asgard onde veríamos os principais eventos do primeiro filme de Thor sendo recontado em uma peça – onde Loki seria vivido por Damon.

Segundo o podcast, a fonte para esse rumor seria alguém que já havia visto algumas cenas do filme. Será que dá pra confiar nisso e realmente teremos Matt Damon como Loki? O jeito é esperar para saber!

http://legiaodosherois.uol.com.br/2017/thor-ragnarok-rumores-dizem-que-matt-damon-pode-interpretar-o-loki-no-filme.html

Seria algo como a cena do Chris Evans no Thor 2? Vish! Gozaria litros! hahaha

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  • 2 weeks later...
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Filmes 

Thor: Ragnarok | Kevin Feige revela o que aconteceu com Lady Sif

 

Muito já foi dito sobre Thor: Ragnarok ser uma reinvenção completa da franquia solo do Deus do Trovão, tendo pouco em comum com o tom dos dois filmes anteriores. E as ótimas reviews que o terceiro filme vem recebendo da crítica que já o assistiu é a prova de que essa mudança deu certo.

No entanto, algo que os fãs de Thor tem questionado é a ausência de Lady Sif. Embora Jaimie Alexandertenha sido previamente creditada como parte do filme, as primeiras exibições confirmaram que ela não está envolvida. Então, o que houve? Bem, aparentemente, tudo se deve a Loki representando Odin e assumindo o controle de Asgard no final de Thor: O Mundo Sombrio.

Em conversa com o Cinema Blend, o chefe da Marvel Studios, Kevin Feige, disse o seguinte:

Estava sendo trabalhado há muitos anos, desde que terminamos Dark World. O que Loki tem feito nesse trono com disfarce de Odin? E sempre gostamos da ideia de que ele estava fazendo um bom trabalho! Ele estava fazendo um trabalho bom, mas ‘míope’. Os trens estavam funcionando normalmente, mas ele não estava prestando atenção a mais nada no universo ou nos reinos. Então, essa foi sempre uma ideia. Ele teria que se livrar de Heimdall, porque Heimdall pode ver tudo. Essa foi uma ideia, e provavelmente os Três Guerreiros, no embalo… o que provavelmente é uma resposta a uma pergunta que me foi feita algumas vezes hoje: Sif provavelmente foi banida. Ela está por aí em algum lugar“.

Isso parece ser uma ótima maneira de explicar por que o elenco de apoio Asgardiano dos filmes anteriores tem uma importância reduzida neste. No entanto, é uma pena que Heimdall e os Três Guerreiros ainda apareçam em Ragnarok pelo menos um pouco, enquanto Sif tenha sido reduzida a uma memória.

Para ser justo, porém, a falta de Sif em Thor: Ragnarok pode não ser culpa da Marvel. Jaimie Alexander está ocupada estrelando a série Blindspot da NBC, então é possível que ela simplesmente não tenha conseguido encontrar tempo para se encaixar em uma parte do filme. Pelo menos Sif ainda está por aí em algum lugar, deixando a porta aberta para que ela volte em algum momento. Muito provavelmente em Guerra Infinita ou Vingadores 4.

 

FONTE: OCAPACITOR

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resenhas críticas saindo

 

Crítica | Thor: Ragnarok – Não consegue nem ser o melhor filme do Thor


Dentre todos os personagens que compõem o super-grupo dos Vingadores na Marvel Studios, o Thor de Chris Hemsworth sempre foi o mais irregular para se trabalhado em filmes solo. Enquanto o Homem de Ferro foi consagrando-se como uma trilogia bilionária e o Capitão América foi ganhando uma reinvenção admirável ao longo de seus três filmes, o Deus do Trovão havia tido duas incursões no cinema, e nenhuma delas havia realmente causado uma impressão. O filme de origem de Kenneth Branagh era mais uma introdução dos conceitos e mitologia do personagem (além de sofrer do mal comum na época que era o preparo para a chegada do primeiro filme dos Vingadores), enquanto Thor: O Mundo Sombrio apostava em uma abordagem mais épica e próxima de O Senhor dos Anéis, mas falhando pelo aspecto genérico.

Porém, o sucesso da comédia e da galhofa em Guardiões da Galáxia começa a abrir os olhos do poderoso chefão Kevin Feige. Antes anunciado como um filme sério e apocalíptico, Thor: Ragnarok acabou sendo repaginado como um filme de aventura e comédia dos anos 80, colocando o neozelandês Taika Waititi para comandar um filme que assumidamente abraçaria o ridículo da mesma forma que os dois filmes de James Gunn fizeram tão bem. Infelizmente, ainda que este novo filme tenha um senso de humor leve, acaba errando em todas as outras áreas que tenta abordar, especialmente o drama e a ação.

A trama começa de forma instigante, nos levando à busca de Thor pelas Joias do Infinito, missão que o Deus do Trovão assumiu no final de Vingadores: Era de Ultron, e que o deixou ausente do MCU por dois anos. Recuperando um artefato importante do demônio Surtur (voz de Clancy Brown), ele retorna para Asgard apenas para descobrir que seu pai, Odin (Anthony Hopkins) foi banido por seu irmão adotivo Loki (Tom Hiddleston). Na busca para recuperá-los, os dois acabam precisando lidar com a insurgência de Hela, a Deusa da Morte (Cate Blanchett) que surge para destruir Asgard e conquistar os Nove Reinos.


O DEUS DA PIADA
Essa intenção de tornar Thor uma figura mais cômica já explode na tela nos segundos iniciais, graças ao roteiro de Eric Pearson (baseado em seu argumento com Christopher Yost e Craig Kyle), que surpreende por diálogos que indiretamente quebram a quarta parede e falam com o espectador, que provavelmente está se perguntando o que havia mantido o personagem tão ocupado durante todos esses anos. É uma série de comentários e interjeições que funcionam relativamente bem ao longo da projeção, ainda mais pela condução mais cômica de Waititi (responsável pelo hilário mockumentary O Que Fazemos nas Sombras), que também mantém essa veia humorística ao dar vida a Korg, um personagem de motion capture que diverte pela voz suave e fina que contrasta com sua ameaçadora fisionomia rochosa. O diretor mantém seu estilo habitual de manter nítidos improvisos (geralmente alguns gestos corporais que ganham um tempo a mais de tela) ou longas pausas entre diálogos, o que – na maioria dos casos – garante risadas, mas ocasionalmente peca pela insistência em alguma gag; como ao interromper duas vezes a conversa entre Thor e Surtur pelo protagonista estar girando em uma corrente.

Chris Hemsworth também merece aplausos. Desde o primeiro Thor já víamos que o ator australiano tinha um ótimo timing para comédias, e produções como Caça-Fantasmas e Férias Frustradas souberam aproveitar bem essa característica, que atinge seu potencial máximo aqui: Thor é praticamente um bobão, mas o bem-intencionado (ver todos os personagens que Channing Tatum já fez no gênero), e é engraçado vê-lo tentando agir “de forma descolada”, mas percebendo o quão ridículo algo realmente soa ou aparenta, e ele mesmo rindo ou se envergonhando disso. Às vezes a piada pode ser estúpida e completamente infantil (como o personagem achando que um mero capuz esconderia seu rosto), mas a entrega de Hemsworth é capaz de compensar a fragilidade do humor, e até arrancar um riso no melhor caso. É a perfeita desconstrução da imagem nórdica e heroica de Thor, o que deve irritar os fãs mais devotos do personagem, mas que rende um personagem multifacetado e mais interessante – ainda mais pelo retorno de Tom Hiddleston, que continua divertindo-se como seu malicioso Loki e, aqui e ali, consegue aprofundar um pouco mais a complexa relação dos dois irmãos.

Temos ainda mais figuras e situações cômicas quando a narrativa faz Hela facilmente subjugar Thor (destruindo seu martelo) e Loki, expulsando-os pela Ponte Bifrost, o que os leva até o planeta de Sakaar; uma sociedade movida por batalhas gladiatoriais e um gigantesco lixão intergaláctico. Lá, reencontramos o querido Hulk de Mark Ruffalo, que atua como o gladiador preferido do Grão Mestre (Jeff Goldblum), principal figura de poder entre aqueles seres. Pra começar que, ter o Hulk mais falante e racional mostra-se uma decisão acertada, já que garante ótimas alfinetadas entre o verdão e Thor, que disputam para saber quem é o Vingador mais forte; e a dicção de Ruffalo para a forma verde de Banner é muito bem construída, por ilustrar um ser que lentamente vai aprendendo a formular frases e palavras. Já o líder de Goldblum é uma figura divertida e afetada, que garante boa presença graças ao temperamento sempre suave e relaxado do ator, que abraça o ridículo.

E ainda que não seja uma figura cômica, é preciso apontar aquela que talvez seja a novidade mais empolgante da produção: Tessa Thompson, que dá vida a uma Valquíria, última remanescente de uma guarda prestigiosa de Asgard. Isolada em Sakaar e bebendo até não poder mais, a atriz surge carismática e com um viés cômico muito sutil, que sempre antagoniza com a linha “durona” que Thor tenta impor sem muito sucesso. Que Thompson seja mais aproveitada em futuros filmes do MCU.


ESPETÁCULO FALHO
Mas se Ragnarok acerta no humor de seus personagens, acaba entregando um resultado torto em praticamente todo o resto. A começar pela condução de Waititi de um blockbuster repleto de efeitos visuais e grandes locações, e fica bem evidente que o diretor – acostumado com produções menores e comédias indie – não sabe como apresentar esse universo de forma convincente, já que grande parte dos efeitos visuais são muito medíocres e abaixo do nível que o espectador passa a esperar de uma produção desse tipo, parecendo um trabalho realizado às pressas e sem muito cuidado em torná-lo orgânico. As feições de Surtur, Korg e do lobo gigante Fenrir são assustadoramente artificiais, como se os animadores nem estivessem preocupados em esconder seu aspecto digital, fazendo toda a experiência soar como uma cutscene de um jogo de Playstation 3 com gráfico ruim. Felizmente, o trabalho com o Hulk sobressai-se um pouco, graças a toda a expressividade e presença que o Gigante Esmeralda necessita na trama.

Como condutor de ação, Waititi não demonstra imaginação alguma. Diretamente ligado ao problema anterior, todas as sequências do tipo trazem uma forte presença de CGI, com personagens sendo descaradamente substituídos por bonecos digitais feios e borrachudos, o que torna toda a pancadaria genérica e esquecível; prefiro nem comentar o efeito horroroso no elmo chifrudo de Hela, que se destaca assustadoramente do rosto de Blanchett. A tão aguardada luta entre Thor e Hulk na arena do Grão Mestre sofre desse mesmo problema, mas também adicionado ao fato de termos um grave problema de cinematografia digital, já que a luz artificial daquele cenário digital torna quase impossível de acompanhar a ação – e olha que eu assisti ao filme em 2D, imagino que seja uma verdadeira cacofonia visual em 3D. 

Um elemento que ajuda a tornar as cenas mais agitadas um pouco divertidas é a trilha sonora de Mark Mothersbaugh, que aposta em um sintetizador similar àquele utilizado na música do Daft Punk para Tron: O Legado, e fornece o espírito oitentista que o longa tanto almeja em sua proposta. O problema é que esse lado mais retrô é muito tímido, e destaca-se pouco em uma mixagem mais concentrada em acordes genéricos e mais melódicos. E, claro, não tem como se reagir com indiferença quando alguém resolve colocar “Immigrant Song” do Led Zeppelin em meio a ação, mas Waititi peca por usá-la DUAS vezes em pontos distintos, eliminando qualquer senso de surpresa ou empolgação quando aparece pela segunda vez.

Curiosamente, Waititi se mostra mais criativo na condução das cenas de outro herói: o Doutor Estranho de Benedict Cumberbatch, que aparece durante o primeiro ato para ajudar Thor e Loki na busca por Odin. Através de cortes secos, o diretor brinca com a espacialidade ao fazer Strange e Thor subitamente indo trocando de locações, algo que garante um efeito cômico graças à montagem certeira e também a mise en scène do diretor, que explora bem, além do espaço, as trocas de posição e movimentos dos dois personagens. Porém, é uma pena que a participação do Mestre das Artes Místicas seja uma terrível muleta narrativa, não servindo propósito algum à trama além de oferecer uma informação que poderia facilmente ter sido entregue com mais facilidade. É uma cena divertidíssima, mas precisamos admitir que não serve a propósito algum, e o fato de não vermos mais de Cumberbatch no restante do longa soa quase como um erro de continuidade.

O FIM DE TUDO
Quanto à história, é preciso reconhecer a inteligência do marketing da Disney.

Diversas surpresas aparecem ao longo do filme, e o roteiro de Pearson é inteligente ao oferecer uma inversão inesperada na clássica fórmula de “salvar o mundo”, fazendo jus ao Ragnarok do título; termo que significa o apocalipse da mitologia nórdica. Porém, em termos de peso e estrutura, Pearson tem mais dificuldades em acertar um equilíbrio, já que – mesmo sendo declaradamente uma comédia – diversas vezes temos uma tentativa da história em ser mais dramático, algo que não combina nem um pouco com a pegada de Waititi e também soa tão artificial quanto os efeitos visuais.

Há uma grande preocupação dos personagens em salvar o povo de Asgard, e isso é um problema. Mesmo depois de dois filmes ambientados no “planeta” de Thor, nunca tivemos um grande enfoque na população que habita esse universo (pessoalmente, eu até me surpreendi por haver pessoas comuns ali), e o roteiro pede uma suspensão de descrença maior do que o fato de as calças do Hulk adaptarem-se ao tamanho, ao nos fazer importar com essas pessoas. Não temos nem mesmo a velha estratégia de ter um “personagem comum” para seguir em meio à história, algo que funcionaria melhor quando o filme força um falso suspense quando o executor Skurge (um genérico Karl Urban) ameaça degolar uma cidadã em troca de informação. É superficial demais, ainda mais no tamanho do risco emocional que o roteiro tenta empurrar em seu clímax – claro, sempre prejudicado pelo clássico problema Marvel: piada na hora errada.

Sobre essa dependência em informações que deveriam ter sido introduzidas em outros filmes, a vilã de Hela surge com diversas revelações e eventos que não necessariamente fazem sentido em relação aos longas anteriores; mas mantenho a discrição para evitar spoilers, que serão discutidos em nossa crítica posterior. Quanto a personagem em si, é tão maniqueísta e malévola como poderíamos esperar de uma personagem com visual assim, e Cate Blanchett traz sua melhor impressão da Hera Venenosa de Uma Thurman, em Batman & Robin. Não é ruim como fiz parecer, já que a atriz realmente tem uma presença monstruosa, mas só consigo imaginar como a atriz está se divertindo à beça com aqueles figurinos e maquiagem – que, aliás, passam por uma estranha transformação em diferentes cenas, variando entre algo mais gótico para mais enfeitado.

No fim, Thor: Ragnarok consegue colocar um senso de humor mais galhofado para o Deus do Trovão e outros personagens da Marvel, mas falha quando tenta ser qualquer coisa além disso. O drama é superficial, a ação é mais um exemplar genérico entre tantos e a execução de Taika Waititi revela que talvez o brilhante comediante não tenha o dedo certo para grandes produções.

Não é o melhor filme do Thor, e olha que isso não era tão difícil.

Thor: Ragnarok (EUA/Austrália, 2017)

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esta é do Marvelete:

"Uma aventura transgressora"

quatro, de cinco ovos


Os primeiros cinco minutos de Thor: Ragnarok definem o tom da aventura que virá nas próximas duas horas. O protagonista se porta como o guia do espectador, releva qualquer peso das histórias anteriores da Marvel, faz piadas longas a cada minuto e encerra a cena com uma sequência pirotécnica de ação rápida. A ordem e a duração destes segmentos se altera durante o filme, mas o roteiro sempre se apega ao humor irônico e auto-depreciativo típico do diretor Taika Waititi. Com isso, este terceiro filme do Deus do Trovão não só se consolida como uma das melhores aventuras solo da Marvel, mas também dá um respiro no controle criativo do estúdio.

A fórmula de sucesso da Casa das Ideias no cinema não sumiu. A relação entre vilão e herói ainda segue as mesmas regras, as reviravoltas são previsíveis e a falta de peso nas decisões permanece inalterada. A saída inteligente de Waititi é levar tudo isso em conta na hora de promover o encontro entre personagens. Thor esquece das Joias do Infinito, Loki (Tom Hiddleston) entende sua incompetência, Hela é unilateral como vilões clássicos e Hulk (Mark Ruffalo) é o tanque (quase) sem cérebro de sempre. Ninguém filosofa, ninguém questiona a própria índole. Todos estão ali pela jornada, pela piada, pelo entretenimento. Sem o peso de questionamentos ou a obrigação de esmiuçar conceitos, Ragnarok se permite errar - nas piadas obscenas, longas, nas escolhas escusas de elenco e até no visual exagerado. E é exatamente essa ousadia cheia de erros e acertos que faz o filme de Waititi ser único.

Ainda que exale o ar do cineasta neozelandês, há muito da Marvel clássica nas telas. Não por acaso os créditos referenciam Walt Simonson como uma "inspiração inestimável". O escritor e desenhista foi responsável por histórias clássicas e aventurescas de Thor, assim como Jack Kirby, a maior de todas as referências de Ragnarok. Das texturas de Sakkar às roupas das Valquírias, passando pelo visual do Grão-Mestre e toda sua trupe. Tudo lembra Kirby. Waititi, na verdade, se apegou à simplicidade destas histórias e aos exageros visuais para conseguir montar seu próprio Deus do Trovão, que ri mais de si do que qualquer outro herói da Marvel Studios. Chris Hemsworth é mais comediante do que astro de ação e cai como uma luva nessa receita. Bobo e engraçado quase sempre, imponente somente se necessário.

A estrela principal brilha, mas é no elenco de apoio que Ragnarok realmente estabelece uma identidade. Jeff Goldblum é a escalação mais acertada desde Robert Downey Jr. para Homem de Ferro. O ritmo lento das falas e o tratamento jocoso que tem com todos em volta torna o personagem um dos símbolos do filme. Cate Blanchett se diverte na mesma medida como Hela, que impõe respeito e tem arroubos de fúria dignos de psicopatas. E o próprio Taika Waititi, que além de dirigir dubla o gigante Korg, fecha a trinca principal dos coadjuvantes. Ele é a representação pura da ironia e do humor quase juvenil que tornam Ragnarok diferente dos demais longas de super-herói.

Nos poucos momentos que tenta ser um blockbuster comum, Thor falha e nos lembra do desgaste da Fórmula Marvel. Isso acontece com a montagem do 'novo' Vingadores, formado por Loki, Valquíria (Tessa Thompson), Hulk e Thor. O time nunca se porta como um time, a não ser em uma cena de perseguição de nave com Hemsworth e Thompson. De resto, eles funcionam somente isolados, quando em duplas, principalmente. O mesmo acontece com as poucas cenas do Executor ou nos extermínios de Hela - no fundo, fica a sensação que o filme usou pouco a vilã. Ela será memorável pelo estilo, não pela ameaça que representa.

Depois da Guardiões da Galáxia, a Marvel parece ter entendido que há espaço para criatividade dentro do incubadora de sucessos fabricada em 2008 com Homem de Ferro. Thor: Ragnarok é um dos primeiros filhotes dessa nova fase. Um filme que preza e respeita as obras originais, mas dá espaço para um voz transgressora dentro de um ambiente tão controlado. Os fãs do Deus do Trovão mais sério, clássico e altivo se revoltarão com as atitudes estúpidas do herói em Ragnarok. A intenção deste Thor, porém, não é seguir os passos dos quadrinhos. Aqui ele está poderoso e engraçado como nunca e hoje não há caminho melhor a seguir. Que continue assim.

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