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Forum Cinema em Cena

Educação Já é Coisa de Outro Mundo


Forasteiro
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Mas não é obrigação do biólogo saber como uma empresa funciona. É para isso que existem administradores.

Tente fazer mestrado e doutorado sem conhecimentos de espanhol' date=' inglês ou francês... Profissões que requerem nível superior, requerem também muita especialização se você quiser continuar subindo.[/quote']

 

Eu sei disso, e concordo com isso.

 

Mas uma coisa é o que exigem de você, outra é o que te faz um bom profissional, são duas coisas diferentes.

 

Há varios artigos que contem falhas na análise das variáveis possíveis, que falham no desencadeamento lógico do assunto, que extrapolam o discurso do material estudado...

Sim, ele é o nosso flametroll. É um cara bastante inteligente, queria ver ele comentando sobre filmes, que é um assunto mais a cara do fórum. A gente nota que ele estrutura bem as frases para seu objetivo (note que ele sabe ser incoerente e perspicaz ao mesmo tempo - característica dos flame só para causar polêmica e ver o pessoal se debatendo). Mas ele sustenta um tópico morto há meses, sensacional. 06
Conseguiu irritar até o Nost, que é excelente argumentador.
[/quote'] 

 

 06

 
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Jovens atuais se tornam adultos mais tarde do que a geração anterior

 

 

Estudo feito pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) em

colaboração com a Universidade Estadual de Campinas mostra quem os

jovens estão demorando mais tempo para chegaram à idade adulta. O

objetivo da pesquisa era ver como a juventude espanhola conquistou sua

independência nas últimas décadas do século vinte.

 

 

Essa transição foi definida através de três estágios. O primeiro é

quando acontece a mudança de estudante para trabalhador. O segundo

quando a pessoa passa pela emancipação residencial e a terceira quando

começa sua própria família. Em 1981, a média da idade em que isso

acontecia era 22 anos para mulheres e 24 para homens. Em 2001 isso

aconteceu aos 28 anos para as mulheres e aos 30 para os homens.

 

 

“Nossos resultados mostram que houve uma mudança significante na idade

na qual a maioria das mudanças de status acontecem, que eram seis anos

mais tarde em 2001 do que em 1981” diz Pau Miret Gamundi, da UAB.

 

 

A Espanha, assim como o Brasil, é um país onde a família é o centro da

convivência social das pessoas e tem a responsabilidade de oferecer

apoio e cuidados que outras áreas de socialização podem não oferecer.

 

 

 

 

Fonte:

 

http://blogboasaude.zip.net/arch2011-02-06_2011-02-12.html#2011_02-09_16_04_37-159954687-0

 

É possível que George W. Bush acidentalmente tenha dito a

verdade quando disse que não "deixaríamos nenhuma criança para trás"?

Será que nossas escolas são projetadas para ter certeza que nenhuma

delas realmente cresça?

 

 

 

 

 

(...)

 

 

Durante a maior parte da história americana' date=' as crianças

geralmente não iam para o ensino médio, mas ainda assim os

não-escolarizados se tornaram almirantes, como Farragut; inventores,

como Edison; capitães da indústria, como Carnegie e Rockefeller;

escritores, como Melville e Conrad e Twain; e até professores, como

Margaret Mead.

 

 

De fato, até há pouco tempo pessoas que atingiram a idade de 13 anos não eram vistas mesmo como crianças.

 

 

 

 

 

 

(...)[/quote']Infância estendida? 17

 

 

 

Por que eu não estou surpreso? 01

 

 

 

 

Pelo que eu entendi' date=' considerando o que ele vem

dizendo, só o fato de você aceitar bem viver em sociedade, ter emprego e

desejar estabilidade financeira é falha de caráter.

 

 

 

O Doutor é ótimo. Eu quero acreditar que ele está sendo sincero. 05

 

 

 

 

[/quote']Gado. Brasileiro é gado. O mais estúpido, imbecil, manipulado e

anancéfalo gado, que vive sendo alimentado por mentiras e mais mentiras.

 

 

 

Peguem a TV. Nada do que sai dali é verdade! E seus donos sabem disso.

 

 

 

Tanto que inventam centenas de esqueminhas pra enganar ainda mais a macacada.

 

 

 

E não só a TV. Jornais, sites de informação e mesmo torpedinhos de informação no celular, são TODOS MENTIROSOS!

 

 

 

O que fode é que, do lado de cá, neguinho acredita em tudo que a mídia e

sociedade pregam como certo porque vem de uma cultura cujos pais, avós,

bisavós e tetratarabisavós eram GADO tanto quanto ele.

 

 

 

Por exemplo, todo publicitário é discípulo de Goebbels.

 

 

 

Portanto, a publicidade que vemos na mídia visa apenas e tão somente nos

colocar de joelhos, ao mesmo tempo em que nos escraviza e faz com que todos se sintam uns merdas por não terem isso ou aquilo (incluindo aí os anúncios de

modelos sorridentes de faculdades que visam te "preparar"

para o mercado).

 

 

 

Daí, seja o favelado ou o ricaço, TODOS PENSAM IGUAL! blush

 

 

 

Pensam aquilo que a PROPAGANDA manda eles pensarem.

 

 

 

É assim num presídio, é assim na vida real.

 

 

 

Sem diferenças.

 

 

 

"E onde está a Verdade, Doutor?"

 

 

 

A VERDADE ESTÁ EM VOCÊS, PEDAÇOS DE ASNO! 16

 

 

 

A Verdade está em sua experiência, seu pensamento livre, sua dúvida, sua CONTESTAÇÃO do pensamento vigente.

 

 

 

Pra vocês verem, até o nosso hino que todo mundo fala que é tão bonito... é plágio! 07

 

 

 

É por aí que a gente vê a alma do brasileiro: nosso hino é plágio,

Tiradentes nunca existiu, não aconteceu "grito da independência" e por

aí vai.

 

 

 

Um país criado na mentira não pode ser feliz nunca. 03

 

 

 

 

Eu adoro as incoerências do Doutor.

 

Ele disse que não devemos acreditar numa pessoa quando ela nos diz o que pensar. 16

 

E

foi quando eu cutuquei que disse que não sai do sistema porque não quer emorike. Todo mundo já sabia que ele não vive o que prega' date=' mas foi engraçado ele dizer daquele jeito. [/quote']Eu sou exatamente aquilo que prego, nunca usei máscaras.

 

 

 

O que me intriga é essa visão de sucesso, que é típica de brasileiro covarde e imbecil.

 

 

 

Grana é importante? Sim.

 

 

 

Mas o que é mais importante: sacrificar seu sonho e ser feliz, ou correr atrás da comodidade e ser um miserável? 01

 

 

 

Em 99% do casos, os brasileiros sacrificam seus sonhos e se tornam esse

lixo que aí está: um bando de filho da puta, babaca, miserável, amargo e

invejoso.

 

 

 

Eu não sou exemplo de merda nenhuma na vida. Mas estou caminhando. E a

alegria de ter saltado fora disso que muitos chamam de vida suplanta

TODO o sofrimento que tive.

 

 

 

Se é pra ficar na miséria, pelo menos fico na miséria feliz, fazendo o que gosto e não me estourando feito um desgraçado.

 

 

 

O segredo é você desaprender TUDO que te disseram, pois no meio de tudo isso há MUITO MAIS mentira do que verdade.

 

 

 

Tem que peneirar essa merda toda e pescar a verdade. 01

 

 

 

 

Eu também gosto quando ele mostra

desprezo por relacionamentos pessoais. Dá a impressão de que ninguém

gosta dele e ele não gosta de ninguém.

lol
E só dá pra fazer isso se mandar todo mundo tomar no cu.

 

 

 

 

Pensa que é fácil? Que tem formulinha, jeitinho, esquema?

 

 

 

 

Não.

 

 

 

 

VOCÊ é que tem que ir abrindo caminho e quebrando as correntes que te aprisionam.

 

 

 

O mais difícil é saber o que te aprisiona.

 

 

 

 

Te dou uma dica: seu Ego.

 

 

 

 

Comecem aí. kongsanfona24mpDoutor2011-02-10 17:43:04

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Conseguiu irritar até o Nost' date=' que é excelente argumentador.

 

[/quote']

 

 

 

Infelizmente ele não está disposto a dialogar. Então argumentação não é possível aqui. Ele defeca X. Respondemos Y. Ele vomita X. Respondemos A. Ele arrota X... ad eternum. Sempre a mesma idiotice sem fundamento e só mudando a maneira de escrever. Ainda tem esse draminha patético de adolescente revoltadinho com "O Sistema". E essa mania ridícula de escrever uma frase por linha.

 

 

 

Eu acho que ele é fake de alguem. Provavelmente está testando os limites do fórum. Ele já se referiu todo mundo como "idiotas", "corruptos", "asnos". Mandou tomar naquele lugar... O que é que está faltando para darem um peteleco no Abelha II como fizeram na Abelha original? 06.gifNostromo2011-02-10 22:39:00

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DfEUE.png

A minha "situação" pode ser resumida em uma simples imagem' date=' a do meu querido amigo James Tiberius Kirk e seu inevitável olhar de vitória e conquista, que expressam igualmente meu inabalável estado de espírito! smoky[/quote']

 

Ainda bem que existem pessoas como esse Doutor para abrir nossos olhos para a verdade.

 

06
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Condenado pela Justiça, casal de MG mantém filhos fora da escola

 

Adolescentes dizem preferir estudar em casa, mas pensam em universidade.

 

Família criou entidade para lutar por liberdade de decisão dos pais.

 

Cliquem aqui para ler

 

Ducaralho. Simplesmente ducaralho.  16

 

Nós damos muito valor ao Estado, sendo que este acabou se impondo e nos amedrontando... Quando somos NÓS que o sustentamos! 07

 

As escolas públicas desse país são um lixo. A merda que todo mundo conhece.

 

Realmente é difícil falar em se ensinar os filhos em casa porque tem muito pai aí incompetente que não serve nem pra cuidar da própria vida. Mas com certeza se deve pensar desde cedo em tirar os próprios filhos de todos esses chiqueiros. 10

 

E é impressionante, os promotores só sabem responder com intimidação, coação e implementação de mais medo.

 

O maior inimigo do povo brasileiro é o Estado. Que mantemos com nossos impostos e que, portanto, só existe para nos explorar.

 

 

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Err... Mudando de assunto...

 

 

 

Parece que isso passou despercebido:

 

 

 

Aprovação automática para o Brasil todo.

 

 

 

Em 09 de dezembro de 2010 o ministro da educação Fernando Haddad, aproveitando que ninguem estava prestando atenção mesmo, homologou uma resolução do Conselho Nacional de Educação que orienta os profissionais de educação a não reprovar alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental. É basicamente aprovação automática, apesar dos conselheiros negarem que seja isso.

 

 

 

Para quem quiser ler a resolução completa: Resolução CNE/CEB 7/2010

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  • 2 years later...
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Modelo de educação escolar deve ser questionado, diz pesquisador da USP

Camila Rodrigues da Silva

Do UOL, em Florianópolis

18/03/201306h00

Diversos problemas da educação, como as doenças e a deserção de professores, podem ser causados pela própria estrutura da escola. Essa é a ideia que sintetiza o conceito de “abolicionismo escolar”, criado pelo pesquisador Danilo Alexandre Ferreira de Camargo, mestre pela Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

A escola, segundo sua análise, é uma ferramenta do Estado para gerenciar as populações urbanas – da mesma forma que o manicômio, a polícia, a prisão e o hospital, baseado no filósofo francês Michel Foucault.

Ele esclarece não ter respostas para os problemas, porém aponta que o formato da educação baseado na escola deve ser questionado. “Não tenho a solução para os problemas escolares, mas diria que devemos começar a duvidar das soluções escolares que são vendidas todos os dias com as mais diversas intenções e pelos preços mais variados”, completa.

Confira a entrevista a seguir.

UOL Educação - Como você imagina a educação sem a escola?

Camargo - A minha pergunta é: por que temos tanta dificuldade em imaginar uma educação sem escola? Por que, na maioria das vezes, imaginamos que sem escolas o nosso universo social entraria em colapso? Por que a escola se tornou esse limite cognitivo para pensarmos a educação e a própria sociedade?

UOL Educação – Quais características da escola tornam sua rotina “insuportável”, do seu ponto de vista? Isso sempre fez parte da vida escolar?

Camargo - É preciso chamar atenção para o fato de que, do século 19 ao início do século 21, nenhuma reforma educacional, teorizada ou praticada, modificou substancialmente a rotina do cotidiano escolar no que tange ao sequestro dos corpos infantis e ao controle rigoroso do espaço e do tempo a que estão submetidos todos aqueles que são escolarizados.

Apesar das aparentes modificações ao longo do tempo (da palmatória ao palmtop), a escola é uma instituição que parece conservar sua essência já há muito naturalizada: todos os dias, uma legião de crianças, dotadas de um número de matrícula, um uniforme, um caderno de notas, são confinadas por algumas (ou muitas) horas no interior de salas de aula, sob a supervisão de um professor, para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de ensino.

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anna-wintour-durante-evento-em-nova-york Hall da fama da evasão: saiba quem se deu bem sem se formar na universidade12 fotos
Anna Wintour - A editora-chefe da revista Vogue inspirou a personagem da autoritária Miranda, do filme "O Diabo Veste Prada" e é uma das maiores referências no mundo da moda. No entanto, para chegar a esse status, Wintour não precisou cursar faculdade. Toda experiência no ramo editorial foi adquirida na prática. Veja dicas de um especialista para quem quer estudar sem professor Leia mais Getty Images
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O que realmente está em jogo nessa reclusão diária não é tanto a aprendizagem, mas a forma pela qual é produzida uma específica forma de vida: o sujeito escolar.

No caso específico da minha investigação, tentei demonstrar que a recente “epidemia” de doenças ocupacionais é a manifestação atual desse velho problema da insuportabilidade da rotina escolar. Por que se suporta esse insuportável? Por que queremos que as pessoas que lá estão – alunos, professores, funcionários – vivenciem esse insuportável de uma maneira ética, criativa, eficiente?

UOL Educação - No Brasil, houve rejeição do projeto de lei que regulamentaria o ensino domiciliar, em 2011. A que se atribui essa decisão?

Camargo - Uma educação não escolar é um grande tabu para as nossas sociedades modernas e industriais. Isso porque a instituição escolar é vista como um espaço necessário de transição entre o universo privado da família e a esfera pública da política. Além disso, no Brasil, a escolarização massiva da população é um fenômeno recente e incompleto e, por isso mesmo, a recusa à obrigatoriedade da escola ainda é vista como uma ameaça ao desenvolvimento do Estado e à inserção dos contingentes populacionais ao sistema produtivo.

Contudo, não é difícil prever que o questionamento deste “direito à escola”, que na verdade é uma obrigação legal, tende a ser cada vez mais frequente nas próximas décadas.

UOL Educação - Quais seriam os indícios de que o sistema escolar esteja “em vias de explodir”, como você diz em sua pesquisa?

Camargo – A minha hipótese geral de trabalho era a de que os problemas clássicos do universo escolar, tais como a indisciplina, a evasão e até mesmo a violência são respostas políticas [à crise da escola].

As rachaduras da hegemonia da escola se apresentam nas tragédias que cotidianamente suspendem, ainda que temporariamente, a ordem escolar. Daí o meu interesse em estudar o fastio, a patologização e a criminalização dos professores e dos alunos. Quando o insuportável da escola não puder mais ser administrado pelas ciências do Estado algo acontecerá: talvez uma explosão, como previa Foucault, talvez apenas o desaparecimento gradual e silencioso dessa tecnologia de governo da infância.

UOL Educação - A escola, como instituição, estaria atualmente “agonizante”? Ela não estaria mais dando conta de tornar as crianças “contemporâneas de seu próprio tempo”, como você coloca?

Camargo - A queixa mais recorrente é essa: a escola está agonizante, a escola está em crise etc. Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que as mazelas da escola são muito rentáveis e parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam os diagnósticos e os prognósticos para uma possível cura.

É o grande paradoxo da estrutura escolar: criticamos quase tudo o que se passa na escola (os alunos, os professores, os conteúdos, os gestores, os políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas.

Da minha perspectiva, não se trata de agonia da estrutura escolar. A ideia é exatamente o contrário. A minha questão é: será possível não mais tentar resolver os problemas da escola, mas compreender a existência da escola como um grave problema político?

UOL Educação - Essa “escola” de que fala também inclui a universidade? Que tipo de formato de educação substituiria o ensino superior?

Camargo - Se pararmos para pensar nas mudanças ocorridas na última década, sobretudo ao que se refere à produção e ao compartilhamento de informações, não é difícil imaginarmos que a vida universitária tal qual a conhecemos, como seus doutores catedráticos, seus arcaicos rituais de fala, sua estrutura de poder centralizada e sua forma específica de legitimação da nossa ordem social a partir de títulos acadêmicos, não sobreviverá até o fim deste século.

UOL Educação - Por fim, você questiona se o desaparecimento da escola não seria a “morte” do homem moderno. O fim da escola significaria também o início de um novo formato de sociedade?

Camargo - Há muito tempo especula-se sobre tal morte e ela é sempre adiada. O que gostaria de enfatizar é que ninguém pode dizer como será a sociedade sem escolas, mas acredito que num futuro não tão distantes as pessoas já não conseguirão imaginar como eram as sociedades com escolas.

E antes que me pergunte qual a solução para os impasses atuais da escola: eu diria que devemos começar a duvidar das soluções escolares que são vendidas todos os dias com as mais diversas intenções e pelos preços mais variados.

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  • 1 month later...
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28/04/2013 - 03h00
Rendimento de cotistas em universidades caiu com o passar do tempo

DE SÃO PAULO

Pesquisa dos acadêmicos Delcele Queiroz e Jocélio Teles dos Santos sobre desempenho dos cotistas em 2005, ano de adoção da política na UFBA (Universidade Federal da Bahia), indicava "resultados bastante animadores".

Cotistas têm desempenho inferior entre universitários
Aluno de escola federal tem rendimento melhor em universidades

Os autores ressaltavam que em alguns cursos como engenharia civil e comunicação social, a fatia de cotistas com coeficiente de rendimento entre 7,6 e 10 era maior do que entre os demais alunos.

Segundo Delcele, que é pedagoga e professora da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), dados para anos subsequentes mostram um retrato menos favorável em termos da diferença de rendimento entre não cotistas e cotistas, embora confirmem o aumento da diversidade social e racial na universidade.

Estudo recente de Delceles e de Santos mostra que, entre os que ingressaram na UFBA em 2006 e cursavam o sétimo semestre, a fatia de cotistas com notas médias entre 7 e 10 era menor que a dos demais alunos em 12 cursos muito concorridos, incluindo engenharia civil e comunicação.

Delcele acredita que, quando foram adotadas, as cotas absorveram um estoque de alunos de escolas públicas com bom rendimento que não tentavam o vestibular ou ficavam muito próximos de serem aprovados.

"Passado esse efeito, a situação em termos de desempenho que temos visto é mais próxima da realidade", diz.

O desempenho acadêmico de cotistas ainda é pouco estudado no Brasil. A adoção de ações afirmativas pelas universidades começou a ganhar fôlego a partir de meados da década passada.

  Daniel Marenco/Folhapress   13117685.jpeg Priscylla Barros, da UFF, diz ter herdado dificuldades da escola estadual

Estudos de casos isolados costumavam indicar desempenho próximo entre beneficiários de ações afirmativas e demais alunos.

Algumas pesquisas mais recentes têm revelado um quadro diferente, de rendimento pior de cotistas. O desempenho mais fraco é explicado por especialistas pela fragilidade na formação dos alunos de escolas públicas estaduais e municipais.

BASE MAIS FRACA

A estudante de Publicidade da UFF Priscylla Barros, 20, sente na graduação dificuldades herdadas de uma base fraca do ensino básico em escola pública estadual.

"Eu vou bem nas disciplinas técnicas do curso, como desenho e criação gráfica, mas sinto dificuldades ligadas à base fraca em inglês, em conhecimentos gerais".

A pesquisadora Delcele defende a política de cotas, mas afirma que as universidades têm falhado na adoção de políticas para "acolher os cotistas e contribuir para sua permanência e desempenho nos cursos".

DIVERSIDADE

Segundo Maria Eduarda Tannuri-Pianto, da UnB (Universidade de Brasília), a cota racial adotada pela instituição em 2004 atingiu o objetivo de promover a inclusão.

Autora de um estudo em parceria com o pesquisador Andrew Francis, ela diz que apenas em 50% dos cursos "mais seletivos" da UnB pretos e pardos tinham rendimento "ligeiramente inferior" ao dos não cotistas.

Ao longo do tempo, segundo ela, porém, o desempenho dos cotistas no vestibular tem piorado em relação ao dos primeiros cotistas beneficiados.

  Editoria de Arte/Folhapress   131161630.gif
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