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Batman Vs Superman: A Origem da Justiça #2


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Já sei o que está acontecendo.

 

O filme era todo baseado em outra história.

Quando a Warner percebeu que o nosso grande Oráculo (que ressurgiu das cinzas) descobriu tudo, teve que alterar todo o filme às pressas.

 

Por isso as críticas negativas. Então não é culpa do Snyder...  :rolleyes:

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Mais comentários:

 

Entertainment.ie

Tudo parece bonito e Batman vs Superman: A Origem da Justiça entretém o suficiente para se assistir. Tem momento que são de perder o fôlego e arrepiantes, mas logo você vai ficar esperando algo menos pesado e longo. Vale a pena assisti, mas é tão bom quanto Homem de Aço.

 

Empire

Tem momentos que fazem toda a campanha valer a pena e introduz um novo e intrigante Batman. Mas também é bagunçado e com uma narrativa bem simplória; algumas piadas não fariam falta, também.

 

USA Today

BvS é um bom preparo de terreno para um universo cinematográfico que terá que segurar uma Liga da Justiça inteira. Mas entrega material demais até para um filme de duas horas e meia, deixando A Origem da Justiça pesado demais às vezes… Mas conseguimos superar isso assistindo a incrível Mulher-Maravilha de Gal Gadot, sorrindo gloriosa no meio da batalha, Ben Affleck tomando um caminho mais forte com o Cavaleiro das Trevas mais velhos e seu alter ego Bruce Wayne, e uma história sobre dois órfãos.

 

Mashable

Batman vs Superman é meio que um desastre… Mas cara, é um desastre bem assistível. E tem várias reviravoltas e surpresas e momentos de satisfação – o suficiente para fazer valer seu tempo, sendo você fã de quadrinhos ou não.

 

The Playlist

Batman vs Superman é uma bizarrice extrema, um filme passageiro que mostra conceitos agressivos, quase de guerra, do Batman e do Superman, sem justificar inteiramente suas visões excêntricas. Os conceitos rasos de Snyder e seus roteiristas tem valor potencial como reflexões para a América moderna, mas além de uma nova versão do Batman (que funciona muito bem graças, em grande parte, a Ben Affleck), lidando com a queda do Homem de Aço e movendo todos esses personagens além, com quase uma hora dedicada a uma extensa e desnecessária batalha, provam que havia muito peso para o filme carregar.

 

HeyUGuys

Pode não ser tão esperto quanto Capitão América: O Soldado Invernal e falta as risadas de Guardiões da Galáxia, mas Batman vs Superman entrega um filme de quadrinhos bem diferente, e isso é ruim hoje em dia. Mesmo que possa não cair nos gostos de todo mundo (acredite, muitos fãs dos quadrinhos vão gastar o ano todo agora apenas criticando sobre), a Marvel finalmente tem uma competição séria com esse começo incrível para o Universo DC.

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Já sei o que está acontecendo.

 

O filme era todo baseado em outra história.

Quando a Warner percebeu que o nosso grande Oráculo (que ressurgiu das cinzas) descobriu tudo, teve que alterar todo o filme às pressas.

 

Por isso as críticas negativas. Então não é culpa do Snyder...  :rolleyes:

 

 

Eu já estou recebendo emails de vários locais falando que o roteiro do filme é muito estranho.Veja lá, e veja se a trama central do filme realmente não parece com o que falei na tese...só que existe um remendo num ponto que desgrenha para algo como se fosse outra historia(é quando o filme sai do realismo do nolan e parte para uma ficção absurda que viola tudo anteriormente), tipo aconteceu no quarteto fantástico. Reparem como nasce o "apocalipse" e repare no "sonho do batman", preste bem atenção nesses pontos e depois agente discute.

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Amigos, estou no shopping fazendo compras de pascoa e arrisquei o cinema e tinha ingresso ainda pra agora as 20:30.

 

Muita sorte.

 

BORA.

 

posta ai suas impressoes entao..quem sabe anime semana que vem pegar uma sessão barata pra conferir... na boa, to mais entusiasmado por "Esquadrão Suicida" que este trem aqui.. :rolleyes:

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Saí agora.

 

Status: bom filme, mas ainda estou o processando, não sei se isso é bom ou ruim. Fato é que saí de MoS bem mais satisfeito, mas talvez porque BvS é mesmo um filme mais difícil de engolir antes de mastigar bem. 

 

O primeiro sentimento é de que sim, poderia ter sido melhor, mas nem de longe é a bomba que andam falando por aí.

 

O que posso elogiar com toda certeza são Affleck e Cavill. Palmas para os moços.  ;)

 

Já esse Doomsday urrante de origem bem questionável e em CGI feito por um auxiliar de estagíário... hummmm...  <_<

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Achei o filme muito mal montado.

Uma colcha de retalhos. Batman é disparado o ponto forte do filme.

Mas saí com a sensação de que não vi o suficiente do super, não vi o suficiente do batman, não vi o suficiente da mulher maravilha e não vi o suficiente do luthor. Isso com 2 hrs e 40 min de filme.

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Não sei o que comentar ou dizer porque o pior de tudo é que acabei gostando bem do filme, rsrsrsrs, e não porque acertou muito, mas talvez por causas dos defeitos que, sei lá, acabam funcionando pro bem (pra mim, pelo menos). Acabei me divertindo no fim das contas, e hoje vou rever com mais gosto.

E olha que tem defeito a granel. Snyder realmente se perdeu aqui, não sei se ele tinha ideia do que tava fazendo ou colocando no filme. Tem MUITA coisa lançada a esmo que o filme ou não avança ou não trabalha muito bem. Mania dele querer fazer operetas desses filmes HQ, aí ele acaba se perdendo. Se tivesse colocado o pé no chão, ou "relaxado e gozado" acho que não teria se perdido tanto assim.

Começa meio devagar, e não vi tanta cena de ação assim. Só o final é que é mais agitado, mas é aquele agitação do final do MoS que é meio despirocada mesmo.

Luthor é uma bosta. Parece alguém simulando um Coringa ali.
Batman tá badass, quem curte ele não vai reclamar.
Superman também tá legal, não tenho muita reclamação.
Mulher-Maravilha tá meio avulsa. O filme não justifica muito porque ela tá ali.
A aparição dos outros da DC também tá avulsa. Não tão inseridos no filme. A cena deles é bem aparte do que tá rolando (é quase como uma cena pós-créditos finais, mas que tá no meio do filme).

 

A luta do Superman e Batman achei meio sistemática.

Super bate-Batman usa kryptonita-Batman bate-Super se recupera-Super bate-Batman volta com a kryptonita-Batman bate.

Mas ok, ficou  legal.

No final da minha sessão o pessoal aplaudiu e tals, então quem é mais fã da DC deva curtir mais.

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Morte do Super não fez muito sentido. O governo antes tinha metido uma bomba atômica no fucinho dele. Ele ficou no espaço desacordado com cara de zumbi, mas se recuperou, depois de aparecer o sol (ele meio que se regenera que nem o Wolverine, weird). Aí o Doomsday meteu uma lança nele, e ele morre? Não bastava esse povo colocar ele no varal pra pegar um pouco de sol, aí ele não se regeneraria também? Mas não. Enterraram ele e aquele chororô todo (e no final ficou claro que ele volta)


 
Da parte do Batman: as cenas de perseguição aqui são inferiores aos do filmes do Nolan, mas as cenas de lutas são bem melhores.
 
Da parte do Superman, colocaria esse melhor que Man of Steel AND Superman Returns.

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Amigos, só volto aqui segunda-feira agora que começaram os spoillers e o  retorno do Mago das Teses (e nem vem com essa história de "vocês não estão deixando o nosso amiguinho entrar na brincadeira" que nem da outra vez...  :lol:  :lol:  :lol: )

 

Bom filme a todos

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Aliáis, isso seria o ideal: tira o snyder, chama o George miller e fez uma " liga da justiça : crise das infinitas terras " que bate até star wars e avatar em crítica e público. 

 

Vira essa boca pra lá. George tem 2 Mad Max pra fazer ainda. Não quero ele nem perto desses filmes da DC.

 

 

(E delírio continua achando que só colocar o Bale ali vai transformar o filme na maior bilheteria de todos os tempos, e blábláblá...)

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Batman vs Superman – Pesquisa revela qual a maior motivação das pessoas para verem o filme!

Foi realizada uma pesquisa de opinião com diversos espectadores que iriam ver Batman vs Superman: A Origem da Justiça, perguntando a eles a respeito de qual personagem ou característica do filme mais despertava seu interesse. E aparentemente, nem o Cavaleiro das Trevas e nem o Homem de Aço foram escolhidos! A pesquisa, que partiu do site de venda de ingressos antecipados Fandango, revelou que 88% dos fãs estava interessado na estreia da Mulher-Maravilha de Gal Gadot. Essa era a maior motivação dos fãs para verem o filme, como foi noticiado pelo Deadline. Além disso, 66% dos fãs se declararam interessados por serem fãs do trabalho de Zack Snyder, e 60% para verem a estreia de Jesse Eisenberg no papel de Lex Luthor. A Fandango também divulgou que o filme gerou 90% da compra de ingressos antecipados para esse final de semana, se tornando o filme de super-heróis mais lucrativo da história do site.

 

Bahhhh, menos Zé Queixada...menos!  :angry:  :rolleyes:

Batman vs Superman – Ben Affleck explica porque não deixará seu filho assistir o filme!

Ben Affleck citou seu filho Samuel, de 4 anos, como uma das razões por ter aceitado o papel do Cavaleiro das Trevas. No entanto, Samuel terá que ficar satisfeito em assistir seu pai combatendo o crime emBatman vs Superman apenas pelos trailers e comerciais, quando ele não tem idade o suficiente para o ver o filme +13 nos cinemas. Ainda mais a versão +18 que será lançada em Blu-Ray.

4 anos de idade é um pouco jovem demais para ver esse filme”, disse Affleck para a The Hollywood Reporter. “Eu não quero que ele tenha pesadelos”.

Porém, Affleck vai tentar conseguir uma versão com corte mais infantil do filme, para que Samuel consiga assistir alguma coisa. “Eu vou conversar com um dos editores para tentar conseguir uma versão mais leve do filme, sem algumas das coisas mais assustadoras”.

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Comentário sobre o filme, respondendo ao jail e minhas impressões.

Se lembrem que sou chato pra caraleo, hahaha.

 



Eu nem achei o luthor coringa. Achei ruim mesmo. A construção pelo Eisenberg foi muito equivocada. Tanto que a única fala que me remeteu ao luthor foi uma hora que ele parece meio puto que ele tem muito conhecimento, mas ainda assim tem gente mais poderosa que ele, algo nesse sentido. No mais, as motivações dele são podres, ou pelo menos no corte final do filme ficaram ridículas. (pra que ele queria a cabeça do batman mesmo???)

Sobre a Mulher Maravilha: Achei que ela funcionou como atriz, e seu uniforme ficou muito foda. Mas as cenas de ação dela são de dar vergonha alheia, muito mal dirigidas. Não tem uma sequência de movimentos interessante dela com a espada ou lutando com aquele bicho escroto. É só ela gritando pra câmera no maior estilo xena.
Lois lane: Arco dela é ridículo, tentaram fazer uma subtrama mal contada ali que não serviu pra bosta nenhuma, nem conseguimos entender realmente qual o motivo da lexcorp ter balas exclusivas pra incriminar o super.

A melhor cena e mais surpreendente com certeza é o ataque terrorista ao Senado, mas nem isso foi aproveitado. Na minha cabeça ali teria que o super virar um vilão de verdade pra mídia, tomando tomatada na cabeça e isso que motivaria o confronto de verdade entre os dois. Ficaria muito mais orgânico do que os dois maiores herois da terra terem sido manipulados pelo luthor (sempre quis ser roubado pelo batman??).

Todas as tentativas de humor ou ficaram forçadas ou não funcionaram.

Batman : foda pra caraleo, melhor uniforme das telonas, melhor cenas de luta e a primeira cena que os policiais o vêem é de tirar o fôlego. Pena que dura 40 segundos.

Vocês repararam que não tem nenhuma tragédia direito do super salvando alguém fora aquelas cenas do foguete e navio? Nada pra contextualizar nada. Mesmo do batman. A melhor cena de luta, que estava na maioria no trailer, é o ponto alto do filme.

Por fim, tenho a impressão que se não tivéssemos tantos trailers, pelo menos aquele terceiro horrível lá a digestão seria melhor.

Sobre a liga: pra mim ali foi uma imitação BARATA da marvel e foi mal feita. O tal sonho do batman não teve nenhuma explicação; E aquela ponte pra crise (nem reconheci quem que volta ali pra falar com o batman achei meio esquisitae totalmente fora de contexto)

Mais uma coisa que lembrei agora: QUANTAS PORRA DE VISÕES/PESADELOS O BATMAN TEVE NO FILME? umas 8 acho. HAJA SACO.

 

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o Pablito deu 3/5   :o  :rolleyes:

 

A tarefa de Batman vs Superman não é fácil: além de ter que funcionar como continuação de duas das franquias mais importantes da Warner/DC, o filme é empregado para estabelecer as bases de outras duas séries (uma estrelada pela Mulher-Maravilha; outra, pela Liga da Justiça). O resultado, portanto, era quase inevitável: em vez de se concentrar na história que está contando, o longa soa disperso, sem foco, obviamente sentindo o peso da obrigação de preparar o terreno para as próximas – e, com isso, não desempenha nenhuma das duas tarefas particularmente bem.

Escrito por Chris Terrio e David S. Goyer (veterano do gênero), este novo projeto tem início corrigindo um erro que apontei em meu texto sobre O Homem de Aço, que ignorava covardemente as consequências da destruição provocada pela batalha entre Superman (Cavill) e Zod (Shannon). Aqui, vemos o confronto a partir do ponto de vista dos “civis” – particularmente, de Bruce Wayne (Affleck), que testemunha um dos prédios de sua empresa desabando e matando provavelmente todos os ocupantes. Convencido de que Superman é um perigo para o planeta, Wayne decide neutralizá-lo, o que acaba levando-o a conhecer Lex Luthor (Eisenberg), que tem seus próprios planos obscuros. Enquanto Lois Lane (Adams) tenta compreender o que realmente aconteceu em um incidente no deserto que pode levar o Congresso norte-americano a questionar seu namorado, a misteriosa Diana (Gadot) parece conduzir uma investigação particular que pode ou não envolver Luthor.

Pois é. Só pelo breve resumo acima, já é possível perceber o inchaço na trama do filme – o que, curiosamente, não elimina a sensação de que os longos 153 minutos representam um exagero. Por outro lado, se há algo que funciona é a dinâmica entre os dois personagens-título, cujas personalidades contrastantes trazem sempre o potencial de conflito. Se Superman é um idealista, por exemplo, Batman parece mais propenso ao niilismo; se Clark Kent acredita na Humanidade, Bruce Wayne a encara como caso perdido; se o primeiro se entrega apaixonadamente a Lois, o segundo logo é visto despertando ao lado de uma parceira sexual tão pouco significativa emocionalmente que o diretor Zack Snyder faz questão de nem sequer permitir que enxerguemos seu rosto, que mantém-se oculto pelo corpo do bilionário.

Não que o herói de Henry Cavill se mostre sereno, pois é encarnado pelo ator como um ser dividido entre a consciência acerca do próprio poder, da obrigação moral que este traz (algo incutido por seu pai) e do isolamento inevitável por ele provocado. Clark não se enxerga como um deus; ao contrário, sente paixões e necessidades humanas e, assim, é com claro desconforto e mesmo certa surpresa que percebe ser visto pela maior parte dos habitantes do planeta como um ser diferente – e o distanciamento que isto desperta o leva a se sentir... como o alienígena que insiste em não ser. Enquanto isso, Affleck oferece uma interpretação de Wayne/Batman bastante distante daquela de Christian Bale, o que se mostra acertado: seu Bruce, além de mais velho, é um justiceiro exaurido por duas décadas de uma luta contra o crime que jamais chega ao fim (“Bandidos são como ervas daninhas: você arranca um e surge outro”). Cínico e com um olhar cuja frieza constante denota uma vida interior semimorta, o sujeito se tornou claramente radicalizado e, consequentemente, mais cruel, já não exibindo o cuidado do passado para não provocar mortes ao enfrentar os criminosos. Além disso, sua postura preventiva no que diz respeito ao novo inimigo (“Se houver 1% de chance de ele ser inimigo, então temos que encarar isso como certeza absoluta”) quase se transforma em um comentário político no que diz respeito à postura dos Estados Unidos no cenário mundial contemporâneo – e o “quase” é porque Snyder obviamente não tem interesse algum nisso, abandonando a analogia rapidamente.

O cineasta, por sinal, aqui se mostra bem mais irregular do que de costume (quem leu o que escrevi sobre Madrugada dos Mortos300Watchmen e mesmo Sucker Punch sabe que gosto de seu trabalho): os momentos icônicos – e que Snyder reconhece como tais – são bem estabelecidos – e o instante no qual os dois super-heróis se encaram pela primeira, vestidos com seus uniformes, resulta em um plano memorável que os traz grandiosos, imponentes e poderosos. Da mesma maneira, o diretor não economiza na iconografia religiosa ao retratar Superman (algo que também ocorria em O Homem de Aço), que constantemente é visto quase como um anjo em contraluz e com a capa no lugar das asas. Aliás, devo confessar que até mesmo a morte dos pais de Bruce Wayne (pois é, gente: eu não sabia que eles haviam sido assassinados na frente do garoto! Agora resta só descobrir o que houve com o tio Ben!) traz um ou outro plano que confere alguma novidade ao evento – e gostei particularmente do plano-detalhe no qual o movimento do disparo leva o colar de Martha Wayne a arrebentar.

Infelizmente, as virtudes no trabalho de Snyder param por aí: as sequências de ação, por exemplo, representam um verdadeiro caos visual, sendo construídas através de movimentos de câmera abruptos e de uma montagem que não compreende que cortes tão rápidos e numerosos exigem ao menos alguma organização cuidadosa da mise-en-scène para que o espectador consiga acompanhar o que está acontecendo. Para piorar, a paleta cinza, escura e dessaturada não só torna o longa esteticamente desinteressante como ainda transforma a experiência em 3D pavorosa (a montagem entrecortada também atrapalha). Como se não bastasse, a necessidade de garantir uma classificação indicativa mais leve obriga o realizador a desconsiderar (mais uma vez) os efeitos da violência que retrata, concentrando-se nos tiros em vez de nos alvos e praticamente ignorando os danos colaterais das batalhas que retrata (talvez o próximo filme comece mostrando o Flash revoltado ao testemunhar tudo à distância).

Mas estes problemas empalidecem diante do fraquíssimo roteiro, que, já de imediato, merece um banho de kryptonita ao apelar para várias sequências de sonhos/alucinações/conversas internas com personagens falecidos que, além de não acrescentarem nada à narrativa, ainda criam breves e dispensáveis momentos de confusão, quebrando também o ritmo da projeção. E se o que acontece no terceiro ato (e que, claro, não vou revelar) não provocar risos involuntários ou reações de “que porra é essa?”, é porque o espectador em questão já havia sido preparado pelos quadrinhos – o que, já adianto, não é desculpa para o filme em si, que deveria fazer sentido por si só em vez de simplesmente atirar... seja-lá-o-que-for-aquilo na história.

E se Cavill e Affleck exploram bem seus personagens (mesmo limitados pelo roteiro), o mesmo não pode ser dito sobre Jesse Eisenberg, que transforma Lex Luthor em uma coleção de tiques e maneirismos que convertem o vilão numa caricatura infantil que jamais soa ameaçadora (algo que se torna pior quando percebemos que, por trás de suas motivações, há o fato de ter... apanhado do pai). Para finalizar, Gal Gadot surge em cena – e isso é o máximo que posso dizer sobre sua personagem, que parece estar em um filme próprio, apenas cruzando eventualmente com os demais enquanto cuida de seus problemas, que nada parecem ter a ver com o restante da trama. E mesmo que eu aprecie a maneira como seus vestidos de festa trazem elementos metálicos que remetem ao uniforme que usará, isto não pode ser encarado como desenvolvimento de personagem, certo?

Pecando também na alteração súbita no comportamento dos personagens a partir do terceiro ato, Batman vs Superman ainda é um daqueles filmes que tentam provocar impacto dramático mesmo que o espectador saiba perfeitamente que as consequências vistas em cena não são exatamente “imutáveis”, sabotando o próprio esforço já de antemão. Para finalizar, a sequência de ação que ocupa todo o terceiro ato é um imenso desapontamento, apelando para uma criatura digital absurdamente genérica (já vi seres idênticos àquele em uns dez filmes) que torna impossível sentirmos qualquer urgência ou sombra de “realismo” (na falta de termo melhor) durante o que deveria ser o clímax da narrativa.

Ainda assim, Batman vs Superman não deixa de funcionar ao menos como um retrato da época em que vivemos: se há uns 40 ou 50 anos um longa trazendo os dois heróis provavelmente envolveria cores e alguma leveza, aqui vemos apenas sombras e tristeza – e quando até mesmo dois dos super-heróis mais “pacifistas” do gênero se entregam à matança inconsequente, é porque o mundo anda mesmo mal.

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o Pablito deu 3/5   :o  :rolleyes:

 

A tarefa de Batman vs Superman não é fácil: além de ter que funcionar como continuação de duas das franquias mais importantes da Warner/DC, o filme é empregado para estabelecer as bases de outras duas séries (uma estrelada pela Mulher-Maravilha; outra, pela Liga da Justiça). O resultado, portanto, era quase inevitável: em vez de se concentrar na história que está contando, o longa soa disperso, sem foco, obviamente sentindo o peso da obrigação de preparar o terreno para as próximas – e, com isso, não desempenha nenhuma das duas tarefas particularmente bem.

Escrito por Chris Terrio e David S. Goyer (veterano do gênero), este novo projeto tem início corrigindo um erro que apontei em meu texto sobre O Homem de Aço, que ignorava covardemente as consequências da destruição provocada pela batalha entre Superman (Cavill) e Zod (Shannon). Aqui, vemos o confronto a partir do ponto de vista dos “civis” – particularmente, de Bruce Wayne (Affleck), que testemunha um dos prédios de sua empresa desabando e matando provavelmente todos os ocupantes. Convencido de que Superman é um perigo para o planeta, Wayne decide neutralizá-lo, o que acaba levando-o a conhecer Lex Luthor (Eisenberg), que tem seus próprios planos obscuros. Enquanto Lois Lane (Adams) tenta compreender o que realmente aconteceu em um incidente no deserto que pode levar o Congresso norte-americano a questionar seu namorado, a misteriosa Diana (Gadot) parece conduzir uma investigação particular que pode ou não envolver Luthor.

Pois é. Só pelo breve resumo acima, já é possível perceber o inchaço na trama do filme – o que, curiosamente, não elimina a sensação de que os longos 153 minutos representam um exagero. Por outro lado, se há algo que funciona é a dinâmica entre os dois personagens-título, cujas personalidades contrastantes trazem sempre o potencial de conflito. Se Superman é um idealista, por exemplo, Batman parece mais propenso ao niilismo; se Clark Kent acredita na Humanidade, Bruce Wayne a encara como caso perdido; se o primeiro se entrega apaixonadamente a Lois, o segundo logo é visto despertando ao lado de uma parceira sexual tão pouco significativa emocionalmente que o diretor Zack Snyder faz questão de nem sequer permitir que enxerguemos seu rosto, que mantém-se oculto pelo corpo do bilionário.

Não que o herói de Henry Cavill se mostre sereno, pois é encarnado pelo ator como um ser dividido entre a consciência acerca do próprio poder, da obrigação moral que este traz (algo incutido por seu pai) e do isolamento inevitável por ele provocado. Clark não se enxerga como um deus; ao contrário, sente paixões e necessidades humanas e, assim, é com claro desconforto e mesmo certa surpresa que percebe ser visto pela maior parte dos habitantes do planeta como um ser diferente – e o distanciamento que isto desperta o leva a se sentir... como o alienígena que insiste em não ser. Enquanto isso, Affleck oferece uma interpretação de Wayne/Batman bastante distante daquela de Christian Bale, o que se mostra acertado: seu Bruce, além de mais velho, é um justiceiro exaurido por duas décadas de uma luta contra o crime que jamais chega ao fim (“Bandidos são como ervas daninhas: você arranca um e surge outro”). Cínico e com um olhar cuja frieza constante denota uma vida interior semimorta, o sujeito se tornou claramente radicalizado e, consequentemente, mais cruel, já não exibindo o cuidado do passado para não provocar mortes ao enfrentar os criminosos. Além disso, sua postura preventiva no que diz respeito ao novo inimigo (“Se houver 1% de chance de ele ser inimigo, então temos que encarar isso como certeza absoluta”) quase se transforma em um comentário político no que diz respeito à postura dos Estados Unidos no cenário mundial contemporâneo – e o “quase” é porque Snyder obviamente não tem interesse algum nisso, abandonando a analogia rapidamente.

O cineasta, por sinal, aqui se mostra bem mais irregular do que de costume (quem leu o que escrevi sobre Madrugada dos Mortos300Watchmen e mesmo Sucker Punch sabe que gosto de seu trabalho): os momentos icônicos – e que Snyder reconhece como tais – são bem estabelecidos – e o instante no qual os dois super-heróis se encaram pela primeira, vestidos com seus uniformes, resulta em um plano memorável que os traz grandiosos, imponentes e poderosos. Da mesma maneira, o diretor não economiza na iconografia religiosa ao retratar Superman (algo que também ocorria em O Homem de Aço), que constantemente é visto quase como um anjo em contraluz e com a capa no lugar das asas. Aliás, devo confessar que até mesmo a morte dos pais de Bruce Wayne (pois é, gente: eu não sabia que eles haviam sido assassinados na frente do garoto! Agora resta só descobrir o que houve com o tio Ben!) traz um ou outro plano que confere alguma novidade ao evento – e gostei particularmente do plano-detalhe no qual o movimento do disparo leva o colar de Martha Wayne a arrebentar.

Infelizmente, as virtudes no trabalho de Snyder param por aí: as sequências de ação, por exemplo, representam um verdadeiro caos visual, sendo construídas através de movimentos de câmera abruptos e de uma montagem que não compreende que cortes tão rápidos e numerosos exigem ao menos alguma organização cuidadosa da mise-en-scène para que o espectador consiga acompanhar o que está acontecendo. Para piorar, a paleta cinza, escura e dessaturada não só torna o longa esteticamente desinteressante como ainda transforma a experiência em 3D pavorosa (a montagem entrecortada também atrapalha). Como se não bastasse, a necessidade de garantir uma classificação indicativa mais leve obriga o realizador a desconsiderar (mais uma vez) os efeitos da violência que retrata, concentrando-se nos tiros em vez de nos alvos e praticamente ignorando os danos colaterais das batalhas que retrata (talvez o próximo filme comece mostrando o Flash revoltado ao testemunhar tudo à distância).

Mas estes problemas empalidecem diante do fraquíssimo roteiro, que, já de imediato, merece um banho de kryptonita ao apelar para várias sequências de sonhos/alucinações/conversas internas com personagens falecidos que, além de não acrescentarem nada à narrativa, ainda criam breves e dispensáveis momentos de confusão, quebrando também o ritmo da projeção. E se o que acontece no terceiro ato (e que, claro, não vou revelar) não provocar risos involuntários ou reações de “que porra é essa?”, é porque o espectador em questão já havia sido preparado pelos quadrinhos – o que, já adianto, não é desculpa para o filme em si, que deveria fazer sentido por si só em vez de simplesmente atirar... seja-lá-o-que-for-aquilo na história.

E se Cavill e Affleck exploram bem seus personagens (mesmo limitados pelo roteiro), o mesmo não pode ser dito sobre Jesse Eisenberg, que transforma Lex Luthor em uma coleção de tiques e maneirismos que convertem o vilão numa caricatura infantil que jamais soa ameaçadora (algo que se torna pior quando percebemos que, por trás de suas motivações, há o fato de ter... apanhado do pai). Para finalizar, Gal Gadot surge em cena – e isso é o máximo que posso dizer sobre sua personagem, que parece estar em um filme próprio, apenas cruzando eventualmente com os demais enquanto cuida de seus problemas, que nada parecem ter a ver com o restante da trama. E mesmo que eu aprecie a maneira como seus vestidos de festa trazem elementos metálicos que remetem ao uniforme que usará, isto não pode ser encarado como desenvolvimento de personagem, certo?

Pecando também na alteração súbita no comportamento dos personagens a partir do terceiro ato, Batman vs Superman ainda é um daqueles filmes que tentam provocar impacto dramático mesmo que o espectador saiba perfeitamente que as consequências vistas em cena não são exatamente “imutáveis”, sabotando o próprio esforço já de antemão. Para finalizar, a sequência de ação que ocupa todo o terceiro ato é um imenso desapontamento, apelando para uma criatura digital absurdamente genérica (já vi seres idênticos àquele em uns dez filmes) que torna impossível sentirmos qualquer urgência ou sombra de “realismo” (na falta de termo melhor) durante o que deveria ser o clímax da narrativa.

Ainda assim, Batman vs Superman não deixa de funcionar ao menos como um retrato da época em que vivemos: se há uns 40 ou 50 anos um longa trazendo os dois heróis provavelmente envolveria cores e alguma leveza, aqui vemos apenas sombras e tristeza – e quando até mesmo dois dos super-heróis mais “pacifistas” do gênero se entregam à matança inconsequente, é porque o mundo anda mesmo mal.

 

Não sei...ainda verei o filme, mas achei a crítica um pouco "sem vontade" (não no sentido de falar mal, mas de não apontar outros fatores que andei lendo - como a trilha sonora que está sendo bem elogiada). A pontuação que ele deu é igual ao do primeiro Vingadores.

 

O que me parece, resumindo e aglutinando as críticas que andei lendo é que, excluindo a questão do Snyder exagerar em mostrar uma certa imponência em seus filmes (passando de uma soberba pra uma quase arrogância), todas as críticas que li (com exceção do Omelete e do Observatório do Cinema) parecem não considerar as referências aos quadrinhos ou aos próximos filmes/Universo DC.

 

As observações são muito mais técnicas do que vindas de um olhar de "fãs" de quadrinhos, pois, na maioria, falaram sobre vários (e bota vários nisso) momentos de referência as Histórias em Quadrinhos, mas elas não soam como ponto forte no filme (como se o filme não devesse beber da fonte).

 

Li criticas apontando que não é mostrada a origem e desenvolvimento da Mulher-Maravilha (esquecendo que teremos um filme-solo só mostrando isso) ou que há muitas cenas confusas/sonhos e que podem ser pontes para o que virá (talvez pela necessidade auto-imposta pela Warner de criar um Universo expandido urgentemente).

 

Enfim, verei o filme sábado e vou sem influência nenhuma das críticas lidas (sim, consigo não me influenciar antes de ver o filme).

 

Na segunda darei meu parecer!!  :)

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Não sei se é uma entrevista velha ou nova (acho que nova já que falam de spoilers do filme), mas vi só agora e: Como o Snyder tá acabado! :o Parece que envelheceu uns 10 anos nesse tempo de produção. Até o jeito que ele se comporta na entrevista, parece que mentalmente ele tá pensando: "Vamos acabar logo com isso, pelamordedeus, num aguento mais!". E ele ainda tem que dirigir ainda a Liga 1 e 2... Num sei se ele aguenta.

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Meu chute de 175Mi/1.5Bi parece um tanto irrealista agora.

 

É.

 

Nem é se o filme é bom ou ruim, porque isso é sempre subjetivo. Mas acho que o filme não deve conseguir cativar o "povão" mesmo.

 

Briga do Batman e Superman demora muito pra rolar; não acho que tenha muita cena de ação "fodona" (do tipo que povão gosta); não tem muito senso de humor (não que isso seja critério, mas ajuda em último caso); meio longo demais; acontece coisas demais aqui e acolá que podem ser difíceis de acompanhar; algumas cenas podem confundir o público (os sonhos do Batman, a aparição da Liga); enfim, acho que tem muita coisa trabalhando contra.

 

Essa semana tá garantido uma ótima bilheteria, mas tem que ver na segunda semana pra ver se vai ter "long legs".

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