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Infiltrado na Klan, Dir: Spike Lee


CACO/CAMPOS
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Festival de Cannes | Spike Lee dispara na dianteira na briga pela Palma de Ouro com BlacKkKlansman

Thriller policial dá uma aula de montagem e traz grandes atuações de John David Washington e Adam Driver
 
 
- Divulgação
 
 

Indicado pela terceira vez à Palma de Ouro em quase quatro décadas de carreira, Spike Lee, hoje com 61 anos, tem tudo para, enfim, levar o prêmio máximo do Festival de Cannes pelo thriller policial BlacKkKlansman. Elogiada pela imprensa europeia em peso, a produção entra em cartaz nos Estados Unidos no dia 10 de agosto, candidatando-se desde já ao Oscar, e em muitas frentes.

É surpreendente o desempenho do ator John David Washington no papel do policial Ron Stallworth, detetive negro que infiltrou-se na Ku-Kux-Klan, no Colorado. Igual força tem Adam Driver, que vive seu parceiro, um investigador judeu. De ritmo vertiginoso ao longo de suas 2h08m, a montagem do filme é uma aula de edição, capaz de costurar vinhetas, prólogos (com um hilário Alec Baldwin), subtramas, núcleos de personagens que falam diretamente ao espectador e um epílogo documental de embrulhar estômagos.

Ao fim da sessão, vieram palmas calorosas, porém em indigestão, diante das denúncias que o cineasta faz contra a intolerância em múltiplos niveis. Na trama, cheia de ironia e ginga, feita com base em relatos reais de Stallworth, Lee faz um balanço do racismo nos Estados Unidos dos anos 1800 até a Era Trump, usando o filme O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith - marco da criação da gramática fílmica, mas também da exclusão aos negros - como base de estudo do ódio no país.

Em uma de suas passagens mais comoventes, numa palestra de um grupo afro-americano que se realiza em paralelo às investigações de Stallworth, um ancião faz uma análise histórica do que é ser excluído na América - o papel é dado a uma lenda da cultura pop, o nonagenário cantor e ator Harry Belafonte.

Enquanto Spike Lee eriçava os ânimos da Croisette, Lars von Trier montava o circo do lado de fora, nas escadarias do Palais des Festivals, a fim de fazer da projeção do suspense The House That Jack Built um acontecimento - a crítica só vai vê-lo nesta terça-feira (15). Polemista de plantão, o diretor dinamarquês - que passou seis anos banido de Cannes - está de volta com um thriller sobre o cotidiano de um psicopata (Matt Dillon). Ele solicitou à direção do evento uma equipe médica para quem passar mal em sua sessão diante das cenas violentas de seu longa, concebido originalmente para ser um seriado.

 

 

Faz tempo que  Spike Lee não entrega um bom trabalho ou um longa marcante nos últimos anos, espero que a parceria com Jordan Peele de Corra funcione, e nos instigue novamente e faça nos pensar. E Adam Driver e sempre um prazer ve-lo em cena 

 

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  • 2 weeks later...
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Infiltrado na Klan, novo filme de Spike Lee, possui uma música inédita do cantor Prince em sua trilha sonora. Trata-se da canção Mary Don’t You Weep, que toca nos créditos finais do longa e jamais havia sido divulgada por Prince em vida.

 

A notícia foi confirmada pelo próprio Lee durante uma entrevista à revista Rolling Stones: “Eu sabia que precisava de uma música nos créditos finais. Eu cheguei a ficar muito amigo de Troy Carter, um dos executivos do Spotify [e assessor de Prince]. Então eu convidei Troy para uma exibição privada e no fim ele me disse ‘Spike, eu tenho a música’. E ela era Mary Don’t You Weep, que havia sido gravada nos anos 80”.

“Prince gostaria que eu usasse essa música. Eu não me importo com o que dizem” concluiu Lee. O cantor Prince foi encontrado morto em 21 de abril de 2016 devido uma overdose acidental de drogas.

 

FONTE: CINEPOP

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  • 2 weeks later...
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 Parece jogada de marketing (e provavelmente é).

 

Infiltrado na Klan | Topher Grace foi ameaçado após interpretar líder da KKK

POR
 GUILHERME CORAL
 -
 15/08/2018
 

De acordo com reportagens (via TMZ), Topher Grace chamou a polícia após receber uma ameaça por telefone. A ameaça teria sido uma reação à sua interpretação como antigo líder da Ku Klux Klan, David Duke, no filme Infiltrado na Klan, de Spike Lee.

Grace teria dito à polícia que alguém ligou para ele, o chamou de gay e ameaçou que o seu papel como Duke iria “arruinar as relações raciais na América”.

O ator descreveu a pessoa que fez a ligação como “agressiva” e “brava”.

Infiltrado na Klan mostra o caso real de um policial negro, que se infiltra na Klu Klux Klan para desmantelar os planos da seita. O filme é inspirado no livro autobiográfico de Ron Stallworth.

Infiltrado na Klan estreia no dia 22 de novembro de 2018.

 

FONTE: OBSERVATÓRIO DO CINEMA

 

 

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Prince | Spike Lee lança clipe de "Mary Don’t You Weep"; assista

Faixa toca nos créditos de Infiltrado na Klan

Infiltrado-na-Klan.png

Spike Lee revelou um clipe do cover de Prince para "Mary Don’t You Weep", faixa que toca nos créditos de seu novo filme, Infiltrado na Klan. Confira acima. 

A faixa fará parte de um novo álbum com gravações inéditas de Prince, Piano & a Microphone 1983. O disco trará nove gravações feitas por Prince em sua casa, antes do lançamento de Purple Rain, em 1984. O disco é esperado para o dia 21 de setembro. 

 

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  • 2 weeks later...
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Spike Lee fala ao ‘Estado’ de ‘Infiltrado na Klan’, filme libelo contra a segregação racial

Data: 02/09/2018
 
 

Longa será exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em outubro

Do Mariane Morisawa, do Terra 

gettyimages-958675704.jpg?resize=480%2C3 Getty Images / Pascal Le Segretain

LONDRES – Spike Lee reluta um pouco a falar sobre o presidente americano Donald Trump, a quem se recusa a chamar pelo nome – é o Agente Laranja. Mas é um assunto inevitável porque seu novo filme, Infiltrado na Klan, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2018, fala disso diretamente, apesar de se passar nos anos 1970.

O filme, que deve estrear no Brasil em 22 de novembro e será exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em outubro, é baseado na história real de Ron Stallworth (John David Washington, filho de Denzel), o primeiro policial negro na cidade de Colorado Springs, que se infiltrou na Ku Klux Klan (organização que defende a supremacia branca), com a ajuda de seu parceiro branco Flip Zimmerman (Adam Driver).

Quando Lee estava preparando o longa, que lhe foi oferecido pelo diretor de Corra!, Jordan Peele, aconteceu Charlottesville – o comício da ultradireita que terminou com uma mulher morta e que Trump evitou condenar, dizendo que havia “pessoas boas em ambos os lados”. Cenas acabaram entrando no filme, relacionando aquela época com a de hoje. Na entrevista ao Estado, em Londres, Lee ficou animado de falar sobre o Brasil.

O filme está sendo descrito como o primeiro da era Trump.

O Agente Laranja?

Sim. O filme é uma resposta ao atual governo?

Peele me ligou pedindo para eu fazer, eu disse OK. Daí, eu e meu corroteirista Kevin Willmott pensamos em maneiras de fazer um filme contemporâneo que se passe nos anos 1970. Aí, aconteceu Charlottesville, que deu um final para o filme. O Agente Laranja fez aquela coisa idiota, que está no filme; então, ele se infiltrou.

Por que incluiu …E o Vento Levou e O Nascimento de Uma Nação?

São filmes considerados marcos do cinema americano. Mas …E o Vento Levou romantiza a Guerra Civil no Sul. Agora, de fato, a tomada que está no filme é uma das melhores de todos os tempos. O mesmo com O Nascimento de Uma Nação. D.W. Griffith é considerado o pai do cinema. E esse é um assunto essencial hoje: podemos separar a arte do artista? É uma questão individual. Vi …E o Vento Levou numa excursão da escola, e o professor não tinha ideia do impacto que teria nos alunos negros. Na faculdade de cinema, O Nascimento de Uma Nação foi o primeiro filme exibido. Eles só se esqueceram de mencionar como ele revitalizou a Klan. Acho que é preciso contar a história completa.

No Brasil, durante a ditadura militar, a arte floresceu.

A música! Gilberto Gil, Caetano Veloso. Milton Nascimento. Eles tiveram de fugir para Londres!

Crises geram boa arte?

Acho que sim. Historicamente, grandes trabalhos foram feitos em tempos difíceis. Nos Estados Unidos, durante o movimento pelos direitos civis, tivemos Aretha Franklin, Curtis Mayfield… Hoje, não é diferente. Vivemos num mundo em que há uma crise todos os dias. Um dos meus cineastas favoritos não era brasileiro, mas fez Pixote – A Lei do Mais Fraco: Hector Babenco. Um cara bacana. Qual o nome da favela em que fiz o vídeo do Michael Jackson?

Dona Marta.

Você sabe a história? Para garantir a segurança do Michael, tivemos de falar com o chefe do morro (Marcinho VP). Porque a polícia não subia. Uma mulher que dirigiu Cidade de Deus (Kátia Lund) era quem falava com ele. Foi assim que ela ficou interessada no assunto. Então, coloque aí: Michael Jackson foi o responsável pelo filme Cidade de Deus. Não conheci o chefe. Mas ele mandou me dizer que, se escolhêssemos rodar esse vídeo com Michael lá, podíamos colocar US$ 1 milhão na rua, equipamento, e ninguém ia tocar em nada. “Este vai ser o lugar mais seguro do mundo enquanto Michael Jackson estiver aqui.”

E foi o que aconteceu?

Pode apostar que sim! (risos)

Você fazia um documentário sobre o Brasil. O que aconteceu?

Um dia, a verdadeira história vai vir à tona. Ainda tenho as imagens.

Problema com a produtora?

Sim. Eles não gostaram do caminho que o filme estava tomando.

Politicamente?

Sim. É uma pista (risos). Espero que um dia o filme veja a luz do dia.

John David Washington diz que aprendeu com o esporte a ter resistência e resiliência, vitais para a carreira de artista

John David Washington começou a carreira de ator aos 6 anos, fazendo um dos alunos que diz “Eu sou Malcolm X” no filme sobre o ativista dos direitos civis dirigido por Spike Lee e estrelado por seu pai, Denzel Washington. De lá até conseguir ser o protagonista de Infiltrado na Klan, foi um longo caminho, com um grande desvio no meio: uma carreira no futebol americano. “Sempre quis ser ator. Mas precisava me expressar. Provar para o mundo que eu não estava ali por ser filhinho do papai, eu era independente”, disse Washington, de 34 anos, em entrevista ao Estado, em Londres.

“O futebol serviu para essa busca de independência. Foi dolorosa, sofri fisicamente. E também mentalmente, sendo rejeitado. Mas me preparou para agora. Me tornei um homem por causa do futebol. Quis ser ator minha vida toda, mas tive de passar pelo que passei para estar aqui agora.” Ele atribui ao futebol qualidades que acredita serem fundamentais para um ator: resistência e resiliência, além de carapaça contra críticas.

Um tendão de aquiles estourado pôs fim à sua carreira não tão bem-sucedida no futebol. Seu amigo e agora agente arrumou então um teste para a série Ballers, da HBO, e assim sua carreira como ator deslanchou. Ele também está em Monsters and Men, que vai ser exibido no Festival de Toronto, e The Old Man & The Gun, que está no Festival de Veneza. “Nunca me senti tão em casa.”

 

FONTE: GELEDES

 
 
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Spike Lee voltou as velhas e boas polemicas que só ele sabe fazer, faz tempo que eu não vejo ele fazer algo surpreendente como a Ultima Noite com Edward Norton, e o legal O Plano Perfeito com Denzel Whashington, este novo filme parece flertar com tema que e a cara do diretor, o racismo mas de uma maneira inteligente e bem humorada, no aguardo

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  • 4 weeks later...
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SPIKE LEE DIZ ESPERAR QUE TRUMP ASSISTA SEU FILME INFILTRADO NA KLAN SOBRE KU KLUX KLAN

Divulgação

 

 
 
 
 
 
 
 
 

O diretor Spike Lee disse querer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assista sua nova produção, "Infiltrado na Klan", como um filme apaixonado e tenso, mas às vezes engraçado, sobre as relações raciais nos EUA ao longo das décadas

 

11 DE AGOSTO DE 2018 ÀS 06:16 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube

 

 

LOS ANGELES (Reuters) - O diretor Spike Lee disse querer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assista sua nova produção, "Infiltrado na Klan", como um filme apaixonado e tenso, mas às vezes engraçado, sobre as relações raciais nos EUA ao longo das décadas.

Spike Lee disse que o lançamento no final desta semana foi calculado para marcar o aniversário de um ano dos choques violentos entre nacionalistas brancos e manifestantes antirracistas em Charlottesville, no Estado da Virgínia, nos quais uma mulher morreu.

No ano passado Trump recebeu muitas críticas por culpar os dois lados pela violência, e novas imagens dos protestos foram incluídas no filme.

"Quero que o cara na Casa Branca assista também. Mas não digo seu nome", disse Spike Lee à Reuters Television na estreia do título em Beverly Hills na quarta-feira.

"Quando vi o ato horrível de terrorismo doméstico de raiz americana, soube na hora que queria fazer isso", afirmou ele a respeito dos eventos em Charlottesville.

Topher Grace, que interpreta David Duke, líder da KKK na década de 1970, disse que o elenco e a equipe ficaram impressionados com a atualidade do filme enquanto o gravavam.

"Fica mais e mais contemporâneo a cada segundo que passa, infelizmente. Este filme não deveria ser mais contemporâneo agora do que quando se passa, mas infelizmente é", disse o ator.

"Infiltrado na Klan", também estrelado por Adam Driver e John David Washington, foi elogiado pela crítica e teve 100 por cento de aprovação do site de resenhas Rotten Tomatoes.

 

FONTE: BRASIL 242

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On 9/27/2018 at 8:08 PM, Big One said:

Infelizmente o filme é bem atual. Era pra olharmos isso é dizer. “Nossa que absurdo, olha como era...”

pior que é..mas fora essa consideracão achei o filme apenas razoável... tenta ser engracadinho com drama onde as vezes poucas vezes funciona... o nucleo negão é mais interessante d que o dos brancos...no mais, aquele finalzinho achei bem nhééé...mas enfim, o filme vai fazer a festa dos petistas....kkkk

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  • 2 weeks later...
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nfiltrado na Klan | Spike Lee espera indicação ao Oscar mas duvida de vitória

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Em participação no podcast da IndieWire, Filmmaker Toolkit, Spike Lee falou sobre suas expectativas para Infiltrado na Klan na temporada das premiações.

 

Mostra SP | Crítica: Infiltrado na Klan

“Eu estou fazendo de tudo, encontrando os eleitores e beijando bebês. Isso é o que todo mundo me falou que eu tinha que fazer”, afirmou o diretor sobre suas preparações para a disputa.

 

O diretor também declarou que os prêmios pouco tem a ver com o merecimento dos atores e equipes de produção.

“Se você merece ou não o prêmio, não tem nada a ver com o resultado. Você não acha que o Al Pacino merecia um Oscar por Poderoso Chefão, ou Poderoso Chefão 2, ou Serpico, ou Um Dia de Cão ou Justiça para Todos? Não acha que ele deveria ter ganhado pelo menos um?”, questionou Spike Lee.

Lee refletiu também sobre a história da Academia, e admitiu que mesmo nos melhores trabalhos, a premiação não é garantida.

“A história provou que com a Academia, as vezes os seus melhores trabalhos não são reconhecidos. O negócio é o seguinte, eu concordo com Martin Scorsese quando ele afirma que o objetivo não é ganhar um Oscar. Não, a razão para se fazer filmes é o amor pelo cinema. É disso que se trata”, comentou o diretor.

 

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On 11/24/2018 at 9:29 AM, Jorge Soto said:

pior que é..mas fora essa consideracão achei o filme apenas razoável... tenta ser engracadinho com drama onde as vezes poucas vezes funciona... o nucleo negão é mais interessante d que o dos brancos...no mais, aquele finalzinho achei bem nhééé...mas enfim, o filme vai fazer a festa dos petistas....kkkk

 

 Conferi o filme. No geral, concordo com o que o SOTO disse nessa passagem quotada, e o que o cara do canal "Meus Dois Centavos" disse no vídeo postado aqui. Gostei do filme, a dupla principal com o John David Washington e o Adam Driver é muito boa, e têm uma dinâmica legal em cena. O filme acerta em utilizar uma história de época pra tratar de problemas absolutamente atuais, como a ascensão de idéias de extrema direita ao redor do mundo (especialmente no caso do Trump). Acho que as tentativas de fazer humor do filme nem sempre funcionam, mas a obra nunca perde o seu valor de entretenimento e instrumento de conscientização. Outro problema, é que o conflito representado entre a validade de usar o próprio sistema ou não representado pelo relacionamento romântico do protagonista, apesar de muito rico como conceito, não parece ser explorado o suficiente. Gosto do filme não assumir uma posição definitiva sobre a questão, deixando em aberto o futuro do relacionamento do casal, mas ainda assim, sinto que o roteiro não soube tratar bem isso no desfecho. Também acho que faltou um certo fecho pro arco do personagem do Driver, que talvez tenha sido ainda mais transformado pela experiência que o protagonista. E acho que o Lee foi didático demais naquele final, inserindo clipes de imagens reais, pois não só nada tem a ver com o tom do resto do filme, como só reforça algo que a obra já havia deixado totalmente claro, que é a de que idéias fascistas estão tão presentes hoje quando nos anos 70. Gostei do filme, apesar do final brochante, mas acho que tinha potencial pra ter sido um filme bem melhor do que é.

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Após anos de uma carreira aclamada nos cinemas, Spike Lee finalmente conseguiu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Diretor.

 

Lee é o diretor de Infiltrado na Klan, que também recebeu indicações a Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trina Sonora, Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Adam Driver).

Vale lembrar que, embora esta seja a primeira vez que Spike Lee seja reconhecido como cineasta, ele recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original por Faça a Coisa Certa, de 1989.

 

FONTE: OBSERVATÓRIO DO CINEMA

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7 hours ago, Questão said:

 

 Conferi o filme. No geral, concordo com o que o SOTO disse nessa passagem quotada, e o que o cara do canal "Meus Dois Centavos" disse no vídeo postado aqui. Gostei do filme, a dupla principal com o John David Washington e o Adam Driver é muito boa, e têm uma dinâmica legal em cena. O filme acerta em utilizar uma história de época pra tratar de problemas absolutamente atuais, como a ascensão de idéias de extrema direita ao redor do mundo (especialmente no caso do Trump). Acho que as tentativas de fazer humor do filme nem sempre funcionam, mas a obra nunca perde o seu valor de entretenimento e instrumento de conscientização. Outro problema, é que o conflito representado entre a validade de usar o próprio sistema ou não representado pelo relacionamento romântico do protagonista, apesar de muito rico como conceito, não parece ser explorado o suficiente. Gosto do filme não assumir uma posição definitiva sobre a questão, deixando em aberto o futuro do relacionamento do casal, mas ainda assim, sinto que o roteiro não soube tratar bem isso no desfecho. Também acho que faltou um certo fecho pro arco do personagem do Driver, que talvez tenha sido ainda mais transformado pela experiência que o protagonista. E acho que o Lee foi didático demais naquele final, inserindo clipes de imagens reais, pois não só nada tem a ver com o tom do resto do filme, como só reforça algo que a obra já havia deixado totalmente claro, que é a de que idéias fascistas estão tão presentes hoje quando nos anos 70. Gostei do filme, apesar do final brochante, mas acho que tinha potencial pra ter sido um filme bem melhor do que é.

discordo, acho que os clipes ali inseridos foram perfeitos.

Tem que esfregar na cara mesmo!

 

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5 minutes ago, Gustavo Adler said:

discordo, acho que os clipes ali inseridos foram perfeitos.

Tem que esfregar na cara mesmo!

 

O problema é que o filme já tinha esfregado na cara. Pra mim só mostra uma insegurança de o que veio antes não vai ser compreendido. E em termos de linguagem, não tem nada a ver com o que veio antes. Mal comparando, é como colocar uma entrevista com um psicólogo infantil no fim dos créditos de DIVERTIDA MENTE falando da importância da tristeza em um desenvolvimento saudável.

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Sou pró inserção também. Acho que todos concordam que o filme se sustenta sem aquilo, então não me soa como alguma muleta. Há filmes que tem um comprometimento primordial com a narrativa, outros com algum deslumbramento estético, e tem os cineastas que, mesmo não abdicando disso tudo, lutam e filmam principalmente pela denuncia, que sempre me pareceu o caso do Spike Lee. O fato é que tu ver os dias de hoje encerrando aquele espetáculo (sim, eu adoro o filme) ressoa de forma mais potente. Tu vê a ficção (em um naturalidade  absurda entre o divertido e horrendo) e logo após o chão que tu ta pisando, a rua que tu ta atravessando. O coração sai mais duro. Tudo a ver com o que esse homem se dedicou a fazer na vida como diretor. 

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On 1/22/2019 at 7:37 PM, Questão said:

O problema é que o filme já tinha esfregado na cara. Pra mim só mostra uma insegurança de o que veio antes não vai ser compreendido. E em termos de linguagem, não tem nada a ver com o que veio antes. Mal comparando, é como colocar uma entrevista com um psicólogo infantil no fim dos créditos de DIVERTIDA MENTE falando da importância da tristeza em um desenvolvimento saudável.

nada a ver, tem todo o sentido, na verdade, é o tema central 

Inclusive pra demonstrar a quem o sistema serve, não aos movimentos negros que queriam uma revolução, e sim aos brancos que queriam a cremação negra. 

O filme pareceu tratar do tema sem tomar partido, mas tomou, e o final demonstra isso. E não tinha como ser diferente, não da pra dizer que quem está com a arma apontada na sua cabeça foi violento ao roubar a arma e quebrar o pescoço do cara que tava o ameaçando. Mas sim, é ódio o cara que tá armado sacar a arma e apontar pro outro. 

E é isso que o filme trata, sutilmente, ele demonstra que, embora o movimento negro pregue o uso da violência aparentemente como o movimento branco, quem tem a vantagem é o branco, o sistema é do branco, e a iniciativa é do branco, é o branco sob posse da arma do sistema quem tem o poder de por fogo na arma e pedir paz ao negro, não o negro que está diariamente sendo violado e ameaçado de ser violado. Pedir que o negro tenha paciência é muita petulancia e racismo de nós brancos, e como bem retratou o final. 

repito e reintero, o final foi perfeito.

E digo mais, tanto foi perfeito que o policial negro que acreditava que poderia reformar o sistema, muda-lo, ou fazer a revolução através das instituições, não ousou questionar as ações e ideias da sua potencial companheira, e entendia bem a raiva que ela tinha. Sabia que ela estava certa mas achava que poderia combater esse sistema por outros meios não violentos.

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