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Ensaio Sobre a Cegueira - dir: Meirelles


Nacka
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MARAVILHOSO!!!

 

Personagens descaracterizados, sem nome/raça/idade/condição social, ficou perfeito o "ensaio". Amei o começo acelerado do filme, pois não deu muito tempo p/ definir as personalidades, se enquadrando melhor nessa proposta.

 

As narrações em off excluídas eram realmente desnecessárias, as atuações dão conta de tudo o q era fundamental. As poucas mantidas eram as que acrescentavam mesmo algo à narrativa.

 

E o centro de SP com placas americanas e todos falando em inglês ficou d+, a mesma descaracterização das pessoas se aplicando à cidade, se tornando assim uma cidade qualquer/imaginária.

 

5 estrelas 16
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eu gostei. as cenas de são paulo me impressionaram muito, tb gostei das atuações - apesar do rufallo com o papel de cara-gente-boa-íntegro-e-honesto de sempre.

ainda n sei se gostei da fotografia, achei  algumas escolhas, como o excesso do branco e do preto meio óbvias, mas o motivo é bem justo.

 

o mais interessante pra mim foi ver os vários papéis que as personagens femininas vão assumindo com o decorrer da história e mesmo sendo pessoas tão diferentes (esposa, dona de casa, prostituta, etc) acabarem sendo vistas como objeto. 

 

mto bom filme, aflitivo, mas bom.
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Associação de cegos dos EUA planeja protestos contra filme de Meirelles

'Ensaio sobre a cegueira' estréia nesta sexta-feira (3) no país.
Presidente de entidade diz que filme reforça estereótipos negativos.

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Pessoas cegas colocadas em quarentena em um asilo, atacando-se umas às outras, trocando sexo por comida. Para Marc Maurer, que é cego, tal cenário - mostrado no filme "Ensaio sobre a cegueira" - não é uma alegoria sensata para retratar o colapso da sociedade. 

De acordo com Maurer, esse é um retrato ofensivo e assustador que pode minar os esforços de integrar os cegos à vida em comunidade.

"O filme retrata cegos como monstros, e vejo isso como uma mentira", disse Maurer, presidente da Federação Nacional de Cegos, sediada em Baltimore, nos Estados Unidos. "A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros."

A organização planeja protestar contra o filme na próxima sexta-feira (3), dia de sua estréia nos Estados Unidos. Cegos e simpatizantes irão distribuir panfletos e carregar cartazes. Entre os slogans: "Eu não sou ator. Mas eu ajo como uma pessoa cega na vida real".

De acordo com a entidade, o filme reforça estereótipos incorretos, incluindo o de que cegos não podem tomar conta de si próprios e ficam para sempre desorientados.  "Nós enfrentamos uma taxa de 70% de desemprego e outros problemas sociais porque as pessoas não acham que a gente possa fazer nada. E esse filme não ajuda em nada", afirma Christopher Danielsen, porta-voz da organização. 

'Todos se ofenderam'


O diretor de "Ensaio sobre a cegueira", Fernando Meirelles, estava em filmagens e não pode ser contactado pela reportagem da AP. O estúdio Miramax divulgou um comunicado que afirma, em parte, "ficamos entristecidos em saber que a Federação Nacional de Cegos planeja protestar contra o filme". 

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O presidente da Federação Nacional de Cegos dos EUA, Marc Maurer

A FNC (NFB na sigla original) começou a planejar os protestos depois que sete pessoas ligadas à entidade foram à uma sessão especial do filme em Baltimore, na semana passada. No grupo, estavam incluídas três pessoas que enxergavam. "Todos se ofenderam", disse Danielsen.

Baseado em um romance de 1995 do prêmio Nobel José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira" imagina uma epidemia misteriosa que faz com que as pessoas não vejam nada que não uma luz branca embaçada - o que resulta em um colapso da ordem social em uma cidade sem nome. Julianne Moore estrela o filme como a mulher do oculista (Mark Ruffalo), que também perde a visão; ela finge estar cega para ficar ao lado do marido e eventualmente lidera uma revolta entre os pacientes em quarentena.

O livro foi elogiado por seu uso da cegueira como uma metáfora para a falta de comunicação e respeito à dignidade humana na sociedade contemporânea. 

 A Miramax afirmou em uma declaração que Meirelles "trabalhou com dedicação para preservar as intenções e a ressonância do aclamado livro", descrito como "uma parábola corajosa sobre o triunfo do espírito humano quando a civilização entra em ruínas".

 

Maior protesto da história


Mas Maurer não concorda com nada disso. "Acho que a falta de compreensão entre todos é um problema significativo", disse. "E acho que associar isso à cegueira é incorreto."

O protesto vai incluir piquetes nas salas de cinema em pelo menos 21 estados, alguns com dúzias de participantes, sincronizados para coincidir com as sessões noturnas. Maurer afirmou que será o maior protesto nos 68 anos de história da associação, que tem 50 mil afiliados no país. 

"Ensaio sobre a cegueira" foi exibido na noite de abertura do Festival de Cannes neste ano, com recepção morna da crítica. Em entrevista na época, Meirelles afirmou que o filme faz paralelos com desastres como o Furacão Katrina, a escassez global de alimentos e o ciclone em Mianmar.

"Há diferentes tipos de cegueira. Há 2 bilhões de pessoas que estão passando fome no mundo", disse Meirelles. "Isso está acontecendo. Não precisa de uma catástrofe. Está acontecendo e por não haver um evento como o Katrina, nós não enxergamos."

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O filme é bem louco.

E bem pesado também (no sentido figurado, claro).

Algumas cenas tem de ter estômago forte.

Acho que a cena do cachorro se alimentado de um ser humano poderia ter ficado de fora.

 

Mas para quem premiou Silencio dos Inocentes, não duvido nada não que algumas indicações ao Oscar podem vir.

Chuto uma para Juliane Moore e outra para o César Charlone.

 

Só não gostei do final repentino. Poderiam não ter sidos tão fiéis ao livro né.

 

 

Abcs

 

 

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Deixei baixar a poeira e fui ver hoje. Ensaio Sobre a Cegueira é um filme que não poupa quem o assiste. O diretor Fernando Meireles com seus closes fechadíssimos e fotografia estourada cria uma sensação de desconforto que beira o insuportável. Juliane Moore emerge do caos em atuação matadora. Não li o livro do Saramago mas o filme tem a força que deve ter.

 

Como ponto fraco, a narração em off do personagem do Danny Glover, a meu ver desnecessária, tivesse o diretor mantido a decisão de eliminá-la por completo teríamos um filme mais coeso. Outra cena que poderia ter ficado como Meireles imaginou é a que abre o filme, o ladrão do carro voltando para ajudar o cego a entrar em casa ficou esquisito, na versão que o diretor pretendia, ele o abandonava em plena rua e só voltava a encontrá-lo junto com os outros no "hospital" do governo. Em compensação o clima de tensão armado pelo diretor quando os "cegos" estão confinados é de botar no bolso muito filme dito de terror por aí...

 

Cumpre com a função de mostrar o desmoronamento moral daqueles que se vêm em situações limite. A cegueira aqui ironicamente desnuda a natureza humana. Enquanto eu assistia ficava pensando: Como seria enxergar tudo e de uma hora para outra não ver mais, assim do nada? Ser forçado a reaprender as coisas mais básicas, conviver com estranhos em um mundo próprio onde as regras conhecidas se desvanecem no ar? É aí onde reside a força da personagem de Juliane Moore, tentando estabelecer laços de civilidade no meio do caos e finalmente sucumbindo ela própria à barbárie reinante.

 

Sufocante e brilhante, Ensaio Sobre a Cegueira é uma descida ao inferno de uma pequena sociedade estranhamente liberta de freios morais mais ainda assim, tolhida naquilo que aparentemente lhe dá forças.

 

 

 
Nacka2008-10-10 23:28:32
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Hj assisti o making off de Blindness. Confesso que fiquei ainda mais

apaixonada pelos aspectos técnicos do filme... pela dedicação do Elenco

e principalmente com a cena final, onde Fernando Meirelles apresenta sua

obra em premier exclusiva para  Saramago. A emoção do escritor e a

aprovação em um sorriso e uma lágrima me fizeram ver que o sucesso do

projeto já havia acontecido antes mesmo de qualquer outra exibição

posterior.

 

 

 

 

Enfim.... 08

 

 

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