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Showing content with the highest reputation on 10/10/19 in all areas

  1. Pois é, deixei para hoje essa atualização ambiental de Ralph Fiennes, de 2011. O roteiro preservou o texto de Shakesperare de modo fiel, fidelíssimo. Acompanhei com o livro aberto e foi muito impressionante. Foi a estréia de Fiennes na Direção; ele até foi indicada ao BAFTA, entre os estreantes. Mas, gente, quem deu show mesmo foi a Vanessa Redgrave. Que atuação! Se no filme de ontem, o papel da mãe, Volumnia, é quase apagado, aqui ela está, como na peça, preponderante. Uma articuladora, uma diplomata nata (ao contrário do filho militar), que, com a força das palavras consegue tudo o que quer. Dá gosto ver uma atriz revelar múltiplos sentidos em frases que no papel parecem tão fechadas. Maravilhosa atuação. Eu gostei do filme. É meio estranho ver certo arcaísmo do texto passado num mundo contemporâneo. Há um deslocamento que pode ser chato - chato é a palavra - para certas pessoas. Mas é uma boa experiência no geral. Eu teria gostado mais se eles tivessem reduzido ainda mais o lado "guerra" do filme, e privilegiado mais a política. Por exemplo: O povo como massa de manobra, louco pra ouvir um carinho demagogo! Conhecem algum povo assim? E fica o recado de que a paz é conseguida mais por palavras do que por tiros. Os dois generais, orgulhosos de suas forças, ao final, são plenamente manipulados pelas palavras, seja de seus parceiros de exército, seja, no caso de Coriolano, pelas de sua mãe. Como realça o cartaz do filme, as feras naturalmente se gostam.
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  2. Cara, me desculpe se fiz você se sentir assim. As vezes, eu posso ser muito enfático na hora de expressar uma opinião e uma discordância mesmo, mas o objetivo nunca foi ofende-lo, melindra-lo ou pressiona-lo de nenhuma forma. Eu vou ignorar o trecho passivo agressivo, e me concentrar no resto, até por que talvez eu tenha feito isso também, então ok. Vamos esclarecer que eu não tenho problema nenhum com filmes feito para serem únicos que ganham sequências. E nem tenho problema com mudanças de tom, como ocorre com ALIEN e ALIENS citado por você, acho até interessante em muitos casos. Mas acho nesse caso específico, as comparações que você fez não se aplicam, pois a partir de certo ponto, você não consegue ter mais certeza em CORINGA do que aconteceu e do que não aconteceu, o que (com exceções que já discutimos aqui) torna o filme mais rico pra mim. Usar ele como base pra qualquer coisa, é, inevitavelmente, assumir algumas certezas. Em ALIEN, tudo que aconteceu, aconteceu, não importa o que o Cameron fizesse. No filme do Coringa, parece da multipla interpretação que o filme oferece, é justo pelo ponto de vista não confiável do Arthur. A partir de certo ponto, eu posso duvidar de tudo que eu vi no filme. Não é absurdo, inclusive, dizer que o filme todo é um delírio (não é o que eu acho, mas absurdo não é). O filme não ia ficar ruim se o filme do Reeves usasse ele como base, ou mesmo se uma sequência direta acontecesse. A gente pode ver o primeiro HALLOWEEN e esquecer que a Laurie é irmã do Michael Myers, até por que ali, pra todos os efeitos, ela não é. Mas é um exercício que eu prefiro não fazer nesse filme do Coringa. Fora que embora eu ache a atuação do Phoenix brilhante como o Coringa, e que usa sim diversos elementos dos quase oitenta anos do personagem, tá longe de ser conceitualmente falando, a minha versão favorita do vilão. Mas se decidirem usar também, sem problema. Não é o que eu gostaria de ver (em primeira instância, por que já me enganei antes. De princípio, eu queria que esse filme do Coringa nem existisse quando anunciaram), mas não te preocupa comigo, que eu não vou morrer, nem vou escrever textão, nem fazer petição ridícula. A princípio, eu acho uma ideia ruim sim, mas é só a minha opinião, obviamente não tem valor extra nenhum. Perguntei pelos seu argumentos, pois eu gosto deles. Gosto de ler o que você escreve, mesmo quando a gente não concorda, assim como de outros foristas. Na minha opinião, bem mais interessante do que meramente saber se alguém concorda ou discorda de mim, são ler os argumentos contra e a favor . Mas isso sou eu. Ninguém é obrigado a argumentar tudo também. Seus argumentos são interessantes, mas não vou me aprofundar muito nisso por que não concordo com a maioria, e já vi que você não tá a fim de ter esse debate (e tudo bem, as vezes eu mesmo não tenho saco para alguns mesmo), mas destaco o trecho sobre a Mulher Gato, pois de fato, seria uma ligação legal entre os dois personagens.
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  3. Quem não gosta de um bom filme que misture ação bombástica, drama, ficção científica e Will Smith? Em “Projeto Gemini” (2019), novo trabalho do consagrado diretor Ang Lee, temos essa fórmula em versão duplicada, visto que o protagonista é apresentado como dois personagens: o indivíduo original e o seu jovem clone. Porém, ao contrário de outros exemplares semelhantes dos gêneros supracitados, o resultado aqui é bastante irregular em termos narrativos. Na história, Henry Brogan (Smith) é um veterano assassino de elite que tenta se aposentar, mas logo se torna o alvo de um jovem clone seu, o qual se mostra um agente igualmente habilidoso e fatal. De forma inesperada, o diretor Ang Lee entrega ótimas, empolgantes e bem editadas cenas de ação – com destaque para o extenso e arrepiante confronto inicial entre os “dois” protagonistas. E Will Smith faz uma atuação cativante, intensa, e com nuances específicas de personalidade para as suas duas versões, o que gera uma aura hipnótica nos bons momentos de interação entre os dois personagens. No mais, temos uma trama que desenvolve com desinteresse alguns subtextos batidos, como as conspirações de espionagem, e os perigos da biotecnologia para uso militar. Para piorar, é exigido do espectador um nível absurdo de suspensão de descrença, especialmente quando devemos acreditar que um clone nascerá com o mesmo dom do indivíduo original. De sobra, a personagem de Mary Elizabeth Winstead tem poucos momentos de força e destaque, e Clive Owen faz um vilão que falha na tentativa de ser um Tommy Lee Jones “sensível”. Na parte emocional, há alguns competentes momentos daquele bom e velho Ang Lee dramático, quando este aborda as consequências psicológicas e familiares de um emprego que envolve frieza absoluta. E, ainda que o roteiro se torne previsível a partir de certo ponto, a conclusão dos arcos dos dois personagens é levemente satisfatória... e pode ser até comovente, para alguns espectadores. No fim, “Projeto Gemini” é um clone clichê de outros filmes – em especial, das grandes obras ‘blockbuster’ dos anos 90 que também foram produzidas pelo Jerry Bruckheimer. Mesmo assim, ele é de uma diversão razoável e otimista para um fim de semana regado a bastante pipoca. Se for possível ignorar as várias falhas de roteiro, aprecie o seu visual impecável, os momentos da tríade “tiros/porradas/explosões”, a trilha sonora marcante, os incríveis efeitos especiais de “rejuvenescimento”, e cada um dos momentos de Will Smith e Will Smith em tela. Nota: 6
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  4. Só pra postar que o Questão tem minha procuração no tema "CORINGA", hehe.
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  5. Vi o filme duas vezes e vou ver três, estou convencido de que as pessoas da atualidade são facilmente manipuladas por mídia e afins. Eu fui para o filme com medo, preparado para o pior que o filme seria perturbardor...o filme não tem nada de assustador ou pesado de mais além do que qualquer série da netflix não tenha feito num grau ainda maior e até seriados como "American horror story" são muito mais pesados que o filme. Pessoas saindo do cinema e dizendo "é isso ou é aquilo"(na minha opinião) são pessoas tentando se encaixar no mainstream da sociedade que cria um debate e o cidadão(acuado com medo de ser preso ou demitido ou processado) tem que se encaixar em um dos dois lados que é criado(o like e deslike do sistema). Creio que tentaram censurar o filme pois é um filme que "critica o sistema" como ha décadas não é feito pois os filmes atuais colocam pessoas comuns e ou(outras culturas que não sejam americanas) como vilões sanguinários irracionais e apresentam industria armamentista, militares e billionários como salvadores bonzinhos da sociedade num estado policial onde a pessoa deve entregar sua liberdade civil a eles ..num estilo "neo nazismo". Já "Joker" é aberto á múltiplas interpretações porem aponta para fazer um revisionismo estilo "O homem que matou facínora" invertendo a atual pregação colocando quem realmente manda como real vilão. Uma coisa que me impressionou é que o filme é todo estruturado em cima de HQs da DC, a ideia de que "não é o coringa" é fake. Eu encontrei ali mais de inúmeras referências ao Coringa e a DC em geral, isso foi surpresa. Depois vou fazer um texto mostrando todas as referências, agora claro que o filme não pode adaptar literalmente uma origem do coringa das HQs porque esta nunca existiu nas HQs. Pode ir ver tranquilo , vai gostar.
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  6. Mas já teve o Logan que socaram no meio da série dos X-Men. Não vejo muita diferença. O filme do Batman não seria um sequel, ele só usaria o background que o filme do Coringa colocou.
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  7. somos dois...mas eu to sem pressa... tenho outros na fila antes ????
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  8. Segundo melhor filme da temporada, a meu ver. Não esperava tantos acertos. Toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza. Vou começar falando de Oscar...Ainda sem ter visto todos os concorrentes - como poderia? - espero que a trilha sonora dessa violoncelista islandesa, Hildur, de sobrenome impossível - vejo aqui que ela fez parte de "Arrival" (então já ganha muitos pontos comigo), - seja indicada e, quem sabe, ganhe a estatueta. Casou perfeitamente com as imagens, e com o clima sombrio e tenso do filme, fora a escolha das canções preexistentes como "That`s Life" e "Send in the Clows" (a propósito, a melhor versão é a do eterno Renato Russo). Muito bom gosto musical. Tô vendo aqui os profissionais de Maquiagem, pois eles vão subir no palco para receberem o prêmio por seu trabalho. Vai ser a primeira indicação de alguns, e alguns trabalham em "The Irishman" também (Carla White, Tania Ribalow) Sabem por que eu gostei? É uma maquiagem muito triste. Não é só uma máscara. É uma maquiagem que chora, que craquela...Eu amei. Assim como a Maquiagem, o Roteiro também é muito triste. Mais do que violento. Aliás, toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza. A tristeza funde a cuca total. Assim como aquela bela frase anotada no diário, e que virou a síntese do filme por aí, acertadamente diz: não dá pra esperar ser de outro jeito. Uma vida de abusos, sem amor, violenta, solitária, sem aceitação de si, sem aceitação dos outros...funde a cuca. Eu gostei muito dos diálogos, e de algumas frases. Não esperava gostar tanto. Essa linha de tristeza me conquistou! Muito mais do que nas outras vidas do Coringa vividas no cinema até aqui que privilegiavam o comentário social, o anarquismo como resposta ao capitalismo.... Aliás, toda vez que falarem da violência social nesse filme, eu pensarei na tristeza. Uma indicação ao Todd Phillips e Scott Silver na categoria de Roteiro Adaptado é possível. Amei a cenografia em tons pastéis, ou amarronzados, sem vida, sem luzes, de Mark Friedberg (nunca indicado). E a recriação de Gothan bem anos 1970 ficou fantástica. Pois bem, acho que o filme será indicado em Trilha Sonora, Maquiagem, Design de Produção, Roteiro Adaptado. E Ator. Falar o quê desse ator? Pela Trindade! Que atuação foi essa do Joaquin Phoenix? No magistral plano da entrevista, ele dá um olharzinho, para o lado, no fim, que fiquei bobo! Que nível de insanidade ali. Agora, todo o elenco está ótimo, a mãe (Frances Conroy), a vizinha, e, claro, o De Niro, em sua escalação mais que perfeita, homenageando os descaminhos de seu personagem em "O Rei da Comédia". Contudo, não acho que Joaquin irá ganhar. O personagem comete alguns atos extremos demais para ser gostável ao público mais careta. Não sei se a Academia está preparada para separar atuação de personagem. O vilão, a rigor, não pode passar de certa linha. Lembro-me de "O Silêncio dos Inocentes", e "Sangue Negro", cujos astros foram premiados, mas nem naqueles casos acho que é comparável. Gostaria muito de ver Todd Phillps indicado em Direção. Fiquei bobo com a cena da escada, e com a cena do dossiê de internação. E com a do portão. Olha, várias cenas memoráveis para mim. Mas, não sei...No momento, estou reticente. Filme? Acho que sim. Acho que dá. É a maior cartada da Warner Bros, afinal. Tantos elogios eu ainda teria para fazer, mas a maior é não sobrevalorizar a anarquia, como resposta social, coisa que sempre o personagem do Coringa faz, mas sim colocar dessa vez a tristeza como motivo. Toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza. Ela funde a cuca da gente.
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  9. Se a Marvel quiser buscar indicação pra Oscar , invista em personagem psicótico com alguma jornada densa e emocional... Cavaleiro da Lua! Ainda dá tempo de interromper adaptação para tv dele e focar em filme com Daniel Day Lewis como protagonista....#ficadica Kevin Feige.
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