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  1. (324) "N`aum vou nem falar nada!!" Desprezo quando as pessoas manifestam desdém ao atribuírem aos espectadores de filmes iraniano um gosto cinematográfico pretensamente cult, ou próprio dos delicados. É pura ignorância. Só ignorância. Quando você assiste a um filme como "O Ciclista", de 1989, do grande Mohsen Makhmalbaf, de pouco mais de 80 minutos, você passa por tantas emoções, tão desconcertantes, que é impossível retirá-lo da memória. Só uma pedra Bolsonarista não se emociona com um filme assim. Um pobre imigrante afegão residindo com sua família no Irã, provavelmente fugindo da guerra contra a URSS, tem sua mulher gravemente doente. Sem dinheiro para o custeio do tratamento hospitalar (até por que em determinado momento se explica que aos afegãos se pagam menos do que a um nacional), por extrema necessidade, afasta-se da ideia inicial do suicídio, para entrar em um desafio de pedalar durante 7 dias sem parar. Uma gingana da morte. O que me remeteu, claro, a obra-prima "A Noite dos Desesperados" - akela coisa! - do Sydney Pollack. Aqui, é uma versão iraniana. Se nos primeiros dias, o pedalar em volta a uma praça não chama tanto a atenção, ao longos dos dias, o interesse local só cresce. O que desperta a inveja das autoridades da cidade que vê no ciclista um suposto espião; desperta interesse midiático; desperta interesse econômico de quem começa a lucrar com aquela presença circense e mortal; mas aparece também o genuíno interesse do povo, que passa a torcer por ele, como por um herói. O lado sentimental da história é forte, mas está anexado a temas políticos muito complexos, como a pobreza dos dois países vizinhos; a imigração afegã (uma questão atualíssima), a ditadura religiosa. Os vinte minutos finais são sublimes. Cansei de bater palma! Como não se emocionar com pessoas jogando água no rosto dele, para que o ciclista nao caia no sono, ou mesmo, tapas, ou mesmo, beijos...E, posso estar enganado, mas me pareceu o próprio diretor, Mohsen Makhmalbaf, dirigindo a grua da tevê local, perfazendo uma metonímia brilhante, numa relação lógica de substituição da tevê pelo cinema. Um filme maravilhoso!
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  2. Prints: Rogers Musical Essa cena me pareceu essa: hehehehehe Loki numa pirueta. Loki piruetando. Mighty Thor Não sei quem é esse voando Cara de: Nossa, esse show tá bom demais!
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  3. kkkkkk https://www.instagram.com/p/CU3TxGZAVm7/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=embed_video_watch_again
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  5. Eu acho que as sessões mais decepcionantes são naqueles filmes que começam muito bem, rola aquela empolgada, mas do meio para o final se perdem. Este francês "Faca no coração" se encaixa no tipo. Uma produtora lésbica de filmes pornôs gays, alcoólatra tem de lidar com a própria obsessão com sua ex, que por sinal é a editora de seus filmes e ao mesmo tempo com uma série de assassinatos de alguns de seus atores. Os primeiros assassinatos são muito bem construídos, à base de muita fetichizações com máscara, couro e dildo. A primeira meia-hora mescla bem giallo, De Palma e um pastiche à luz de muito neon. No entanto, a abordagem se perde muito. O que era uma divertida psicanálise se torna uma jornada de espiritualidade tirada sabe-se lá de onde e até as mortes posteriores perdem o impacto e imaginação, para não dizer que é brega. Uma pena, poderia ter sido bem legal.
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  6. Jorge Soto

    19 Dias de Horror

    Estes dias assisti a quadrilogia de terror Welcome to Blumhouse, feita pela icônica produtora desse tipo de filmes pra atender a demanda pré-Halloween, na Amazon.. e posso afirmar que é divertidinha dentro do que se espera do gênero, alias ta bem acima da producao que vai pro cinema. Assisti mesmo porque os filmes eram relativamente curtos (menos de hora e meia cada) e aqui vou falar brevemente de cada um, em ordem descrescente de gosto. Black as Night é o mais divertido de todos com sua pegada teen terrir, é um filme sobre vampiros sem-teto (sim, isso mesmo!) que tem uma pegada Lost Boys com muita militância racista, o que o aproxima mais ao divertido Vampiros vs. The Bronx. Despretensioso, aqui é delicioso pincelar as referencias ao gênero aqui e ali, que vao desde Crepúsculo, Blade e até Buffy. Boa matinê de Sessao da Tarde. 8.5-10 Bingo Hell já é uma producao relativamente aceitavel dentro de sua premissa maluca, um Bingo onde os idosos vendem sua alma ao capeta. Imagina uma versao terror de Cocoon.. é isso! Este é o mais experimental e viajado de todos pois o baixo orcamento permite alguma criatividade nessa deficiência. Logico que nao é pra todos as dá pra passar o tempo pois o forte dele sao as ótimas interpretacoes do seu octagenário elenco. Ah, e do gramunhao tambem. 8-10 Madres por sua vez é mais um terror social de denuncia do que terrozao tradicional mesmo, mas te prende pelo mistério que se debruca no casal latino do longa. Misturando sobrenatural com historia real, o longa comeca devagar mas da metade ate o fim engrena de vez escancarando xenofobia, injustica social, racismo, etc. Aqui, no entanto, a boa historia entra em xeque pela interpretacao ruinzinha do casal principal...em especial a atriz. Curiosidade foi rever a mocinha do filme Predador aqui, no papel da feiticeira. 7.5-10 The Manor ta pau a pau com o filme acima, sendo em convencional com seu acertos e erros. A estoria da tiazinha com visoes na casa de repouso so te cativa pela estupenda atuacao da sumida Barbara Hershey, figurinha carimbada no século passado, no papel principal. A quimica dela com o pirralho é o melhor do filme. É um longa que fala de envelhecimento, descaso e maus tratos que se mantem ate a metade, mas depois sabe-se la porque o roteiro trilha caminhos incoerentes e por ai vai. Tem defeitos, sim.. mas no final ele se redime. 7.5-10
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