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Forum Cinema em Cena

Ronny

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  1. Moretti com certeza deve ter estado no time anti-Carax - e o fato do filme ter saído sem nada mostra sua força. E sua crítica "diretores que se preocupam com estilo e negligenciam o personagem" pareceu bastante direta ao realizador francês. (mais rumores, anyway)
  2. Como de praxe, o Júri concedeu uma coletiva após a cerimônia. Das declarações e impressões dos jornalistas: 1. Moretti declarou que nenhum prêmio foi concedido por unanimidade. É consenso dos jornalistas a forte impressão de que Moretti presidiu o júri com mão de ferro. Não havia sinais claros de desarmonia, mas o clima definitivamente não estava tão gentil como nas últimas edições, presididas por Robert De Niro e Tim Burton (considerado por todos melhor presidente que Moretti). Nada que se comparasse, no entanto, à clara tirania com que Isabelle Huppert presidiu o júri em 2009. 2. Verborrágico e sem papas na língua, Moretti criticou "vários" cineastas da competição mais preocupados com estilo do que com construção de personagem. 3. Segundo o presidente do júri, três filmes despertaram amor e ódio nos membros, o que gerou forte debate: HOLY MOTORS, PARADISE: LIEBE e POST TENEBRAS LUX. O racha, portanto, anulou a possibilidade de prêmio para os dois primeiros filmes, já que a segunda opção de todos foi mais consensual. 4. Carlos Reygadas deve o prêmio de direçao a Andrea Arnold e Raoul Peck. Moretti declarou que os dois jurados defenderam o prêmio para o mexicano com unhas e dentes, enquanto "os demais acharam seu filme impenetrável". 5. AMOUR não foi o filme preferido de Moretti, que só concordou em lhe conceder a Palma pelo trabalho de Trintignant e Riva, como deixou especificado em seu discurso na premiação, e porque todo o restante do júri tinha o filme em alta consideração. 6. RUMOR MALDOSO: Diane Kruger no passado foi casada com Guillaume Canet. Pouco depois de deixá-la, o astro francês engatou um relacionamento com Marion Cotillard, que dura até hoje. Enough said.
  3. O velho já afirmou em seu blog que não torcia pelo filme, mas que a escolha foi acertadamente coerente.
  4. Sergei Loznitsa, David Cronenberg, Leos Carax, Jacques Audiard. Diretores que chacoalharam o Festival de Cannes este ano. Mexeram com ânimos e aguçaram percepções. Todos sairam com absolutamente NADA de prêmio. Eu espero sinceramente que isto não reflita o engessamento do júri. Eu tenho essa visão de Cannes como um veiculo impulsionador de filmes desafiadores e de alguma forma "quentes". E por achismo e feeling, o júri deste ano parece ter tomado vias fáceis. Não que Haneke não seja louvável, não que ele não tenha exaltado público e crítica. Mas seu cinema já foi premiado há 3 anos. AMOUR é tão absoluto assim? Uma coisa é certa: Haneke sai da Croisette direto para o Oscar. E isso vai ser lindo de fato. E dois prêmios pra BEYOND THE HILLS? Pq diabos não premiar Cotillard ou Nicole? AI AI AI A imprensa francesa tá em polvorosa com o júri, criticando a falta de ousadia de Moretti ao esnobar os grandes agitadores desta edição. (Não reclamam especificamente da vitória de Haneke, mas sim todas as outras categorias) ENFIM!! Obs: Novamente Audiard leva na cara por Haneke. Ronny2012-05-27 16:17:44
  5. CANNES Palme d’Or: AMOUR (LOVE) – Michael HANEKE Grand Prix: REALITY – Matteo GARRONE Prix de la Mise en Scene (best director): Director: POST TENEBRAS LUX by Carlos Reygadas Prix d’interpretation feminine (best actress): Cristina Flutur & Cosmina Stratan DUPÃ DEALURI (AU-DELA DES COLLINES/BEYOND THE HILLS) Prix d’interpretation masculine (best actor): Mads Mikkelsen JAGTEN (LA CHASSE/THE HUNT) (- Thomas VINTERBERG) Prix du Scenario (best screenplay): Cristian Mungiu – DUPÃ DEALURI (AU-DELA DES COLLINES/BEYOND THE HILLS) Camera d’Or (best first feature): BEASTS OF THE SOUTHERN WILD by Benh Zeitlin Prix du Jury (jury prize): Ken Loach for THE ANGELS’ SHARE Palme d’Or (short film): SESSIZ-BE DENG (SILENCIEUX/SILENT) – L.Rezan YESILBAS
  6. FINALMENTE Haneke e seus atores estão no tapete vermelho.
  7. Primeira pessoa a pisar no tarpete vermelho, já concedendo entrevista: Matteo Garrone. Obs: "Quem pisa no red carpet, não sai sem prêmios. Essa é a máxima", afirmou Marcelo Miranda em seu twitter. ___ Trintignant, Riva, Haneke, Lavant, Carax, Cotillard. Nenhum presente para a premiação. Moretti, não faça merda!!Ronny2012-05-27 13:08:20
  8. As regras foram reformuladas pra esta edição. Até ano passado, por exemplo, um filme podia levar a Palma de Ouro e Direção + outro premio. Agora não pode mais. Mas acho que é isso mesmo: Não pode haver mais empate nas categorias tidas como principais, Palma e Direção. O resto ainda pode. _______ Segundo o jornalista frances Michel Reilhac, ainda permanecem em Cannes para a premiação (que ocorre em duas horas): Matteo Garrone (REALITY) As atrizes de Christian Mungiu (BEYOND THE HILLS) Margarete Tiesel (protagonista de PARADISE: LIEBE) Carlos Reygadas (POST TENEBRAS LUX) Plus: - Há fortes rumores de que Nanni Moretti D-E-T-E-S-T-O-U HOLY MOTORS e não irá conceder nenhum prêmio ao filme - Michael Haneke e Christian Mungiu deixaram Cannes ontem. - Marion Cotillard, que estava em NY, foi chamada de volta à Croisette. Mas todos duvidam que ela seja premiada. "Segundo fontes seguras, ela sequer foi considerada pelo júri", afirmou o jornalista Jon Frosch. Ronny2012-05-27 16:39:10
  9. E o México segue dominando em Cannes. Depois da vitória na Semana da Crítica de Aqui y Alla, de Antonio Mendez Esparza, Después de Lucia, de Michel Franco, triunfa na Mostra Um Certo Olhar. Carlos Reygadas irá garantir um clean sweep mexicano com a Palma de Ouro?
  10. Duvido que o júri vá lembrar desse filme. Só coloquei como possibilidade do Grand Prix pela temática política extremamente atual - e Moretti, politizado como é, pode querer prestigiá-lo. As coisas já mudam nas categorias de atuação. Posso tá muito enganado, mas tenho reparado nos últimos anos que o júri sempre opta por atores em filmes bastante cotados para a Palma. Vai que resolvem premiar Holy Motors, a sensação da edição, na categoria?
  11. J-U-R-A que eu não sofri por deixá-lo de fora, né? Mas os atores realmente dominaram a competição esse ano, ao contrário das atrizes (Edith Scob fechando minha lista é tapa-buraco total). Além de Hedlund, deixei de fora Jun-Sang Yu, elogiadíssimo por In Another Country (quando todos esperavam um show de Isabelle Huppert). Então pautei meus cinco candidatos pelo provável potencial dos filmes junto ao júri. Hedlund ficou em 6º e tem minha torcida. Ronny2012-05-26 16:28:43
  12. Tks, Thico. Prever Cannes: O Oscar podia ser assim. ;(
  13. Previsões finais Palma de Ouro 1. Holy Motors, de Leos Carax 2. In the Fog, de Sergei Loznitsa 3. Rust and Bone, de Jacques Audiard 4. Cosmopolis, de David Cronenberg 5. Amour, de Michael Haneke Direção: 1. David Cronenberg, Cosmopolis 2. Leo Carax, Holy Motors 3. Sang-soo Hong, In Another Country 4. Alain Resnais, Vous n'avez encore rien vu 5. Carlos Reygadas, Post Tenebras Lux Grande Prêmio do Júri: 1. Beyond the Hills, Christian Mungiu 2. Amour, Michael Haneke 3. The Angels Share, Ken Loach 4. In Another Country, Sang-soo Hong 5. Like Someone in Love, Abbas Kiarostami Grand Prix: 1. In the Fog, Sergei Loznitsa 2. The Hunt, Thomas Vinterberg 3. Mud, Jeff Nichols 4. After the Battle, Yousry Nasrallah 5. On the Road, Walter Salles Ator: 1. Jean-Louis Trintignant, Amour 2. Denis Lavant, Holy Motors 3. Mads Mikkelsen, The Hunt 4. Matthias Schoenaerts, Rust and Bone 5. Aniello Arena, Reality Atriz: 1. Marion Cotillard, Rust and Bone 2. Emanuelle Riva, Amour 3. Nicole Kidman, The Paperboy 4. Cristina Flutur e Cosmina Stratan, Beyond the Hills 5. Edith Scob, Holy Motors Roteiro: 1. Vous n'avez encore rien vu (Alain Resnais e Laurent Herbiet) 2. The Hunt 3. Like Someone in Love 4. Reality 5. The Angels Share Ronny2012-05-26 15:41:38
  14. FILME UCRANIANO CONQUISTA O PRÊMIO DA CRÍTICA NO FESTIVAL DE CANNES Dirigido pelo ucraniano Sergei Loznitsa, o drama de guerra "In the fog" ("V Tumane") foi o vencedor do prêmio da Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), entregue neste sábado no 65° Festival de Cannes. Centrado na ocupação nazista do território soviético, o filme está na disputa pela Palma de Ouro, que será entregue amanhã. Foram entregues ainda prêmios com a grife Fipresci para longas de mostras paralelas. Na seção Un Certain Regard (Um Certo Olhar) venceu o americano "Beats of the Southern Wild", de Benh Zeitlin, cujo pai é brasileiro. O filme, que cria uma fábula a partir das cheias de Nova Orleans, foi montado pelo carioca Affonso Gonçalves. Entre os títulos da Quinzena dos Realizadores, o vencedor foi o francês "Rengaine", de Rachid Djaïdani. 'THE HUNT' CONQUISTA O PRÊMIO DO JÚRI ECUMÊNICO Reflexão sobre a paranoia social contemporânea, "The hunt" ("Jagten"), do dinamarquês Thomas Vinterberg, conquistou o prêmio do Júri Ecumênico no 65° Festival de Cannes. Centrada no drama de um professor acusado injustamente de pedofilia, a produção abriu um debate sobre a relevância de se relativizar aparências. Essa discussão rendeu ao novo longa-metragem do realizador de "Festa de familia" (1998) a láurea votada anualmente por entidades religiosas católicas e protestantes. O Júri Ecumênico dedicou ainda uma menção honrosa ao longa americano "Beats of the Southern Wild", de Benh Zeitlin, cujo pai é brasileiro. O filme foi montado pelo carioca Affonso Gonçalves. _____ Nos últimos 20 anos, em cinco ocasiões o prêmio da Fipresci coincidiu com a Palma de Ouro. Em outras oito, os filmes reconhecidos pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica ganharam algum prêmio da competição oficial. Ronny2012-05-26 14:22:28
  15. De Cannes | Mud MUD é responsável por um feito já notável na carreira do diretor Jeff Nichols: nunca um cineasta "iniciante" ascendeu tão rapidamente das seções paralelas do festival para a disputa pela Palma de Ouro. Nichols venceu a Semana da Crítica em 2011 por seu filme anterior, O ABRIGO, e disputar a Palma já por seu filme seguinte despertou extrema curiosidade e expectativa. Como a grande maioria dos filmes em competição, MUD dividiu a crítica em sua sessão para a imprensa. Reclamam de um filme muito esquemático e hollywoodiano. Outros o atestam como o melhor filme americano da competição - e o mais sentimental da 65ª edição de Cannes. Guy Lodge: "É amável e muitíssimo bem filmado. Mas é extremamente genérico". Mike D'Angelo: "Possui algumas investidas políticas duvidosas, mas Nichols merece crédito pela forma como reverte as coisas". Geoff Andrew: "Uma saga sulista agradavelmente sutil, embora clichê em seu terço final". Alex Billington: "Nichols fez algo muito especial. Um "Conte Comigo" do sul selvagem, o filme talvez seja o meu favorito do festival". Glen Heath: "Tão hollywoodiano que dói. Artificial e longo. O pior roteiro do festival". Michał Oleszczyk: "Uma triste decepção, de extrema seriedade e pouca imaginação: muito cerebral para emocionar e muito direto para inspirar". IndieWire: "Ao mesmo tempo opaco e artificial. Matthew McConaughey está notável" The Film Stage: "Por mais imperfeito que seja, marca um passo em frente para Nichols como um cineasta capaz de fazer ótimo entretenimento que mantenha alguma inteligência e uma mensagem palpável.. Matthew McConaughey tem, sem dúvidas, se arriscado mais em sua carreira. MUD mostra que ele está seguindo pelo caminho certo". Luiz Carlos Merten: "O melhor filme norte-americano da competição. E não desgosto de KILLING THEM SOFTLY e LAWLESS. O filme abraça uma temática de despertar e amadurecimento com complexidade. Matthew McConaughey está perfeitamente adequeado e Reese Witherspoon nunca esteve tão bela, mas o filme pertence aos garotos, Jacob Lofland e Tye Sheridan (A Arvore da Vida)". - Cotações máximas - Da Variety: "Nichols reúne os temas de seus filmes anteriores (a incapacidade de lidar com forças que estão além de nosso controle, em TAKE SHELTER, e uma vingança sangrenta, de Shotgun Stories) com maturidade, expandindo sua investigação sobre a essência da America. Matthew McConaughey e Reese Witherspoon entregam performances sólidas". Do The Guardian: "Nichols e seu diretor de fotografia, Adam Stone, captam a vida e a geografia do Sul dos EUA, seus mistérios e perigos. Uma obra que consegue ser emocionante, sentimental e dramaticamente gratificante. Esta é, infelizmente, uma combinação muito rara em filmes, em particular nos outros americanos na competição deste ano de Cannes. (...) Matthew McConaughey entrega a grande atuação de sua carreira". Do Rodrigo Fonseca (O Globo): "O filme recebeu fortes aplausos em sua sessão para a imprensa. Trata-se do cinema da simplicidade realizado com um casamento de competências em plenitude em todos os setores de produçao. Com uma precisão cirúrgica na composição de cada quadro, Nichols vai desvelando camadas da personalidade de Mud, sempre mediada por causos fantásticos, construindo a partir dele um painel do Sul dos EUA. Matthew McConaughey se reinventa e entrega sua atuação mais iluminada desde Tempo de Matar. Um filmaço". Do Alex Billington: "Nichols fez algo muito especial. Um "Conte Comigo" do sul selvagem, o filme talvez seja o meu favorito do festival". Da ScreenDaily: "Uma narrativa convencional pode ser uma raridade na competição de Cannes este ano, mas MUD não pode desculpas por sua estrutura clássica. A história é confiante, cheia de nuances, ricamente gratificante. Em parte Huckleberry Finn e em outra Badlands, o filme é outra prova de que Nichols está se tornando um dos mais apurados autores do cinema americano atual. O jovem Tye Sheridan está formidável". Ronny2012-05-26 17:29:03
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