Jump to content
Forum Cinema em Cena

Ronny

Members
  • Posts

    3187
  • Joined

  • Last visited

Posts posted by Ronny

  1. 06

     

    Moretti com certeza deve ter estado no time anti-Carax - e o fato do filme ter saído sem nada mostra sua força. E sua crítica "diretores que se preocupam com estilo e negligenciam o personagem" pareceu bastante direta ao realizador francês. (mais rumores, anyway)
  2. Como de praxe, o Júri concedeu uma coletiva após a cerimônia. Das declarações e impressões dos jornalistas:

     

    1. Moretti declarou que nenhum prêmio foi concedido por unanimidade. É consenso dos jornalistas a forte impressão de que Moretti presidiu o júri com mão de ferro. Não havia sinais claros de desarmonia, mas o clima definitivamente não estava tão gentil como nas últimas edições, presididas por Robert De Niro e Tim Burton (considerado por todos melhor presidente que Moretti). Nada que se comparasse, no entanto, à clara tirania com que Isabelle Huppert presidiu o júri em 2009.

     

     

    2. Verborrágico e sem papas na língua, Moretti criticou "vários" cineastas da competição mais preocupados com estilo do que com construção de personagem.

     

     

    3. Segundo o presidente do júri, três filmes despertaram amor e ódio nos membros, o que gerou forte debate: HOLY MOTORS, PARADISE: LIEBE e POST TENEBRAS LUX. O racha, portanto, anulou a possibilidade de prêmio para os dois primeiros filmes, já que a segunda opção de todos foi mais consensual.

     

     

    4. Carlos Reygadas deve o prêmio de direçao a Andrea Arnold e Raoul Peck. Moretti declarou que os dois jurados defenderam o prêmio para o mexicano com unhas e dentes, enquanto "os demais acharam seu filme impenetrável".

     

     

    5. AMOUR não foi o filme preferido de Moretti, que só concordou em lhe conceder a Palma pelo trabalho de Trintignant e Riva, como deixou especificado em seu discurso na premiação, e porque todo o restante do júri tinha o filme em alta consideração.

     

     

    6. RUMOR MALDOSO: Diane Kruger no passado foi casada com Guillaume Canet. Pouco depois de deixá-la, o astro francês engatou um relacionamento com Marion Cotillard, que dura até hoje. Enough said. 06
  3. Sergei Loznitsa, David Cronenberg, Leos Carax, Jacques Audiard. Diretores que chacoalharam o Festival de Cannes este ano. Mexeram com ânimos e aguçaram percepções. Todos sairam com absolutamente NADA de prêmio.

     

    Eu espero sinceramente que isto não reflita o engessamento do júri. Eu tenho essa visão de Cannes como um veiculo impulsionador de filmes desafiadores e de alguma forma "quentes". E por achismo e feeling, o júri deste ano parece ter tomado vias fáceis. Não que Haneke não seja louvável, não que ele não tenha exaltado público e crítica. Mas seu cinema já foi premiado há 3 anos. AMOUR é tão absoluto assim?

    Uma coisa é certa: Haneke sai da Croisette direto para o Oscar. E isso vai ser lindo de fato.

     

    E dois prêmios pra BEYOND THE HILLS? Pq diabos não premiar Cotillard ou Nicole? AI AI AI

    A imprensa francesa tá em polvorosa com o júri, criticando a falta de ousadia de Moretti ao esnobar os grandes agitadores desta edição. (Não reclamam especificamente da vitória de Haneke, mas sim todas as outras categorias)

     

    ENFIM!!

     

    Obs: Novamente Audiard leva na cara por Haneke. 06
    Ronny2012-05-27 16:17:44
  4. CANNES

     

     

    Palme d’Or:
    AMOUR (LOVE) – Michael HANEKE

    Grand Prix:
    REALITY – Matteo GARRONE

    Prix de la Mise en Scene (best director):
    Director: POST TENEBRAS LUX by Carlos Reygadas

    Prix d’interpretation feminine (best actress):
    Cristina Flutur & Cosmina Stratan DUPÃ DEALURI (AU-DELA DES COLLINES/BEYOND THE HILLS)

    Prix d’interpretation masculine (best actor):
    Mads Mikkelsen JAGTEN (LA CHASSE/THE HUNT) (- Thomas VINTERBERG)

    Prix du Scenario (best screenplay):
    Cristian Mungiu – DUPÃ DEALURI (AU-DELA DES COLLINES/BEYOND THE HILLS)

    Camera d’Or (best first feature):
    BEASTS OF THE SOUTHERN WILD by Benh Zeitlin

    Prix du Jury (jury prize):
    Ken Loach for THE ANGELS’ SHARE

    Palme d’Or (short film):
    SESSIZ-BE DENG (SILENCIEUX/SILENT) – L.Rezan YESILBAS

  5. Primeira pessoa a pisar no tarpete vermelho, já concedendo entrevista: Matteo Garrone.

     

     

     

    Obs: "Quem pisa no red carpet, não sai sem prêmios. Essa é a máxima", afirmou Marcelo Miranda em seu twitter.

     

     

     

    ___

     

     

     

    Trintignant, Riva, Haneke, Lavant, Carax, Cotillard. Nenhum presente para a premiação. Moretti, não faça merda!!Ronny2012-05-27 13:08:20

  6. As regras foram reformuladas pra esta edição.

    Até ano passado, por exemplo, um filme podia levar a Palma de Ouro e Direção + outro premio. Agora não pode mais.

     

    Mas acho que é isso mesmo: Não pode haver mais empate nas categorias tidas como principais, Palma e Direção. O resto ainda pode.

     

    _______

     

    Segundo o jornalista frances Michel Reilhac, ainda permanecem em Cannes para a premiação (que ocorre em duas horas):

    Matteo Garrone (REALITY)

    As atrizes de Christian Mungiu (BEYOND THE HILLS)

    Margarete Tiesel (protagonista de PARADISE: LIEBE)

    Carlos Reygadas (POST TENEBRAS LUX)

     

    Plus:

    - Há fortes rumores de que Nanni Moretti D-E-T-E-S-T-O-U HOLY MOTORS e não irá conceder nenhum prêmio ao filme

    - Michael Haneke e Christian Mungiu deixaram Cannes ontem.

    - Marion Cotillard, que estava em NY, foi chamada de volta à Croisette. Mas todos duvidam que ela seja premiada. "Segundo fontes seguras, ela sequer foi considerada pelo júri", afirmou o jornalista Jon Frosch. Ronny2012-05-27 16:39:10

  7. E o México segue dominando em Cannes.

     

    Depois da vitória na Semana da Crítica de Aqui y Alla, de Antonio Mendez Esparza, Después de Lucia, de Michel Franco, triunfa na Mostra Um Certo Olhar. Carlos Reygadas irá garantir um clean sweep mexicano com a Palma de Ouro?


    OS VENCEDORES DA MOSTRA UM CERTO OLHAR<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

    Melhor filme: "Después de Lucia", de Michel Franco
    Melhor atriz: Emilie Dequenne ("À Perdre La Raison")
    Melhor atriz: Suzanne Clément ("Laurence Anyways")
    Prêmio especial do júri: "La Grand Soir", de Gustave Kervern e Benoît Delépine
    Menção honrosa: "Djeca", de Aida Begic[/quote']


     

    Segundo a imprensa internacional, o Presidente do Júri, Tim Roth, havia decidido antecipadamente não conceder empates em nenhuma categoria. Impressionados com as atuações de duas atrizes, o júri resolveu extinguir a categoria de Melhor Ator. A ironia é que havia uma grande expectativa pela atuação de Melvil Poupaud, praticamente esquecido nas críticas que exaltam sua colega Suzanne Clément em Laurence Anyways.
    Ronny2012-05-26 16:54:09
  8. Duvido que o júri vá lembrar desse filme.

    Só coloquei como possibilidade do Grand Prix pela temática política extremamente atual - e Moretti, politizado como é, pode querer prestigiá-lo.

    As coisas já mudam nas categorias de atuação. Posso tá muito enganado, mas tenho reparado nos últimos anos que o júri sempre opta por atores em filmes bastante cotados para a Palma.

    Vai que resolvem premiar Holy Motors, a sensação da edição, na categoria? 06
  9. HAHAHAHAHA

    Fui reparar aqui que você não coloca o Garrett Hedlund nem como possibilidade. Eu acho que não seria tão distante assim.

     

    J-U-R-A que eu não sofri por deixá-lo de fora, né?

    Mas os atores realmente dominaram a competição esse ano, ao contrário das atrizes (Edith Scob fechando minha lista é tapa-buraco total).

     

    Além de Hedlund, deixei de fora Jun-Sang Yu, elogiadíssimo por In Another Country (quando todos esperavam um show de Isabelle Huppert).

     

    Então pautei meus cinco candidatos pelo provável potencial dos filmes junto ao júri. Hedlund ficou em 6º e tem minha torcida. 06
    Ronny2012-05-26 16:28:43
  10. Previsões finais


    road.jpg

     

    Palma de Ouro

    1. Holy Motors, de Leos Carax

    2. In the Fog, de Sergei Loznitsa

    3. Rust and Bone, de Jacques Audiard

    4. Cosmopolis, de David Cronenberg

    5. Amour, de Michael Haneke


    Direção:

    1. David Cronenberg, Cosmopolis

    2. Leo Carax, Holy Motors

    3. Sang-soo Hong, In Another Country

    4. Alain Resnais, Vous n'avez encore rien vu

    5. Carlos Reygadas, Post Tenebras Lux


    Grande Prêmio do Júri:

    1. Beyond the Hills, Christian Mungiu

    2. Amour, Michael Haneke

    3. The Angels Share, Ken Loach

    4. In Another Country, Sang-soo Hong

    5. Like Someone in Love, Abbas Kiarostami


    Grand Prix:

    1. In the Fog, Sergei Loznitsa

    2. The Hunt, Thomas Vinterberg

    3. Mud, Jeff Nichols

    4. After the Battle, Yousry Nasrallah

    5. On the Road, Walter Salles

     

    Ator:

    1. Jean-Louis Trintignant, Amour

    2. Denis Lavant, Holy Motors

    3. Mads Mikkelsen, The Hunt

    4. Matthias Schoenaerts, Rust and Bone

    5. Aniello Arena, Reality


    Atriz:

    1. Marion Cotillard, Rust and Bone

    2. Emanuelle Riva, Amour

    3. Nicole Kidman, The Paperboy

    4. Cristina Flutur e Cosmina Stratan, Beyond the Hills

    5. Edith Scob, Holy Motors


    Roteiro:

    1. Vous n'avez encore rien vu (Alain Resnais e Laurent Herbiet)

    2. The Hunt

    3. Like Someone in Love

    4. Reality

    5. The Angels Share
    Ronny2012-05-26 15:41:38
  11. FILME UCRANIANO CONQUISTA O PRÊMIO DA CRÍTICA NO FESTIVAL DE CANNES

    Dirigido pelo ucraniano Sergei Loznitsa, o drama de guerra "In the fog" ("V Tumane") foi o vencedor do prêmio da Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), entregue neste sábado no 65° Festival de Cannes. Centrado na ocupação nazista do território soviético, o filme está na disputa pela Palma de Ouro, que será entregue amanhã. Foram entregues ainda prêmios com a grife Fipresci para longas de mostras paralelas. Na seção Un Certain Regard (Um Certo Olhar) venceu o americano "Beats of the Southern Wild", de Benh Zeitlin, cujo pai é brasileiro. O filme, que cria uma fábula a partir das cheias de Nova Orleans, foi montado pelo carioca Affonso Gonçalves. Entre os títulos da Quinzena dos Realizadores, o vencedor foi o francês "Rengaine", de Rachid Djaïdani.

     

     

    'THE HUNT' CONQUISTA O PRÊMIO DO JÚRI ECUMÊNICO

    Reflexão sobre a paranoia social contemporânea, "The hunt" ("Jagten"), do dinamarquês Thomas Vinterberg, conquistou o prêmio do Júri Ecumênico no 65° Festival de Cannes. Centrada no drama de um professor acusado injustamente de pedofilia, a produção abriu um debate sobre a relevância de se relativizar aparências. Essa discussão rendeu ao novo longa-metragem do realizador de "Festa de familia" (1998) a láurea votada anualmente por entidades religiosas católicas e protestantes. 
    O Júri Ecumênico dedicou ainda uma menção honrosa ao longa americano "Beats of the Southern Wild", de Benh Zeitlin, cujo pai é brasileiro. O filme foi montado pelo carioca Affonso Gonçalves.

    _____

     

    Nos últimos 20 anos, em cinco ocasiões o prêmio da Fipresci coincidiu com a Palma de Ouro. Em outras oito, os filmes reconhecidos pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica ganharam algum prêmio da competição oficial.
    Ronny2012-05-26 14:22:28
  12. De Cannes

    | Mud


     

    mud.jpg

     

    MUD é responsável por um feito já notável na carreira do diretor Jeff Nichols: nunca um cineasta "iniciante" ascendeu tão rapidamente das seções paralelas do festival para a disputa pela Palma de Ouro. 

    Nichols venceu a Semana da Crítica em 2011 por seu filme anterior, O ABRIGO, e disputar a Palma já por seu filme seguinte despertou extrema curiosidade e expectativa. Como a grande maioria dos filmes em competição, MUD dividiu a crítica em sua sessão para a imprensa. Reclamam de um filme muito esquemático e hollywoodiano. Outros o atestam como o melhor filme americano da competição - e o mais sentimental da 65ª edição de Cannes.



    Guy Lodge: "É amável e muitíssimo bem filmado. Mas é extremamente genérico".



    Mike D'Angelo: "Possui algumas investidas políticas duvidosas, mas Nichols merece crédito pela forma como reverte as coisas".



    Geoff Andrew: "Uma saga sulista agradavelmente sutil, embora clichê em seu terço final".



    Alex Billington: "Nichols fez algo muito especial. Um "Conte Comigo" do sul selvagem, o filme talvez seja o meu favorito do festival". 



    Glen Heath: "Tão hollywoodiano que dói. Artificial e longo. O pior roteiro do festival".



    Michał Oleszczyk"Uma triste decepção, de extrema seriedade e pouca imaginação: muito cerebral para emocionar e muito direto para inspirar".



    IndieWire: "Ao mesmo tempo opaco e artificial. Matthew McConaughey está notável"



    The Film Stage: "Por mais imperfeito que seja, marca um passo em frente para Nichols como um cineasta capaz de fazer ótimo entretenimento que mantenha alguma inteligência e uma mensagem palpável.Matthew McConaughey tem, sem dúvidas, se arriscado mais em sua carreira. MUD mostra que ele está seguindo pelo caminho certo". 



    Luiz Carlos Merten: "O melhor filme norte-americano da competição. E não desgosto de KILLING THEM SOFTLY e LAWLESS. O filme abraça uma temática de despertar e amadurecimento com complexidade. Matthew McConaughey está perfeitamente adequeado e Reese Witherspoon nunca esteve tão bela, mas o filme pertence aos garotos, Jacob Lofland e Tye Sheridan (A Arvore da Vida)".

     

     

    - Cotações máximas -

     


    Da Variety:

    "Nichols reúne os temas de seus filmes anteriores (a incapacidade de lidar com forças que estão além de nosso controle, em TAKE SHELTER, e uma  vingança sangrenta, de Shotgun Stories) com maturidade, expandindo sua investigação sobre a essência da AmericaMatthew McConaughey e Reese Witherspoon entregam performances sólidas".



    Do The Guardian:

    "Nichols e seu diretor de fotografia, Adam Stone, captam a vida e a geografia do Sul dos EUA, seus mistérios e perigos. 

    Uma obra que consegue ser emocionante, sentimental e dramaticamente gratificante. Esta é, infelizmente, uma combinação muito rara em filmes, em particular nos outros americanos na competição deste ano de Cannes. (...) Matthew McConaughey entrega a grande atuação de sua carreira".

     

     

    Do Rodrigo Fonseca (O Globo):

    "O filme recebeu fortes aplausos em sua sessão para a imprensa. 

    Trata-se do cinema da simplicidade realizado com um casamento de competências em plenitude em todos os setores de produçao. 

    Com uma precisão cirúrgica na composição de cada quadro, Nichols vai desvelando camadas da personalidade de Mud, sempre mediada por causos fantásticos, construindo a partir dele um painel do Sul dos EUA.

    Matthew McConaughey se reinventa e entrega sua atuação mais iluminada desde Tempo de Matar. Um filmaço".

     

     

    Do Alex Billington:

    "Nichols fez algo muito especial. Um "Conte Comigo" do sul selvagem, o filme talvez seja o meu favorito do festival".

     

     

    Da ScreenDaily:

    "Uma narrativa convencional pode ser uma raridade na competição de Cannes este ano, mas MUD não pode desculpas por sua estrutura clássica. A história é confiante, cheia de nuances, ricamente gratificante. Em parte Huckleberry Finn e em outra Badlands, o filme é outra prova de que Nichols está se tornando um dos mais apurados autores do cinema americano atual. O jovem Tye Sheridan está formidável".
    Ronny2012-05-26 17:29:03
  13. O jornal LE FIGARO anuncia seus favoritos em Cannes:


    marion.jpg


    | Palma de Ouro - De Rouille et d'Os, de Jacques Audiard

    | Prêmio do Júri - Beyond the Hills, de Christian Mungiu

    | Ator - Mads Mikkelsen, The Hunt

    | Atriz - Nicole Kidman, The Paperboy


    A publicação ainda aponta The Angel's Share, de Ken Louch, como a melhor comédia exibida. E tripudia de Amour, de Michael Haneke, considerado por eles o filme mais superestimado desta edição - ressaltando que a melhor coisa do filme é um pombo que aparece em determinada cena. 
  14. Depois das reviravoltas em suas carreiras empreendidas por Charlize Theron, Heath Ledger e Rodrigo Santoro, passei a não duvidar de mais ninguém.

     

    Pattinson não merece o voto de confiança, mas não me espanta a possibilidade dele se aprimorar.
  15. O crítico Eric Kohn fechou suas apostas para a Palma de Ouro

     

    "Amour" ("Love")

    Jean-Louis-Trintignant-and-Emmanuelle-Riva-AMour-first-look-2.jpg

    "Amour"SONY PICTURES CLASSICS
    WHY IT MIGHT WIN: Michael Haneke's emotionally assured and devastating look at an aging couple (Jean-Louis Trintignant and Emmanuelle Riva) dealing with the Riva character's devolving mental state is unquestionably the filmmaker's most powerful achievement, a deeply moving account of the aging process and its impact on family bonds. Critical acclaim has been through the roof.

    WHY IT MIGHT NOT: Haneke won the Palme d'Or for "The White Ribbon" just two years ago, a factor that could figure into the jury's decision if they decide to single out a less acclaimed filmmaker. It's also possible that the jury will decide the film's chief strengths come from its two lead performances and award one or both of them while sharing the love by giving the Palme to someone else.

    "Holy Motors"

    HOLY-MOTORS-BY-LEOS-CARAX-Denis-Lavan.jpg
    WHY IT MIGHT WIN: Leos Carax's jarringly strange portrait of a versatile man (Denis Lavant) dashing around Paris in a limo and playing several vastly different characters for some unseen spectators excited critics for its dreamlike logic and cinematic ambition. It's Carax's first feature in 13 years and quite the comeback.

    WHY IT MIGHT NOT: Some viewers found "Holy Motors" too gimmicky and illogical; it's this year's "Uncle Boonmee" slot, but that surreal Thai movie won the Palme d'Or when Tim Burton was president of jury and not a politically-charged director of Italian comedies. It's hard to say if Moretti likes the film but certainly possible that the jury as a whole doesn't quite know what to make of it. Instead of the Palme, they could award Carax with the festival's directing prize and/or single out Lavant's performance.

    "On the Road"

    kristen-stewart-On-the-Road-2.jpg
    WHY IT MIGHT WIN: Walter Salles' adaptation of the classic Jack Kerouac novel turned out a lot better than many people expected by replicating the Beat author's stream-of-consciousness approach and maintaining an understated tone. It's a hard movie to intensely dislike even though a lot of critics were underwhelmed, and giving it the Palme would acknowledge the lasting value of Kerouac's work in addition to Salles' ability to render it in cinematic terms.

    WHY IT MIGHT NOT: It's a star-studded, unambitious road trip drama that doesn't build to a major emotional payoff or contain an advanced filmmaking approach. It could win the screenplay award instead.

    "Like Someone in Love"

    like-someone-in-love1.JPG
    WHY IT MIGHT WIN: Abbas Kiarostami's Japan-set enigma about a young prostitute driving around town with an elderly professor left a lot of critics scratching their heads even though many enjoyed the experience. Kiarostami's textured narrative draws you into the proceedings with his typically advanced use of mise-en-scene and patient storytelling approach that constantly seems littered with meaning even as the big picture remains elusive. The jury may also want to single out an Iranian filmmaker for the political ramifications such a decision could have.

    WHY IT MIGHT NOT WIN: Because the big picture remains elusive. Hardly the big hit of the festival, "Like Someone in Love" is a tough sell for anyone unfamiliar with the filmmaker's work and there are far more uniformly accessible films in competition this year.

    "Rust and Bone"

    1-De-Rouille-et-dOs-marioncotillard.jpg
    WHY IT COULD WIN: Jacques Audiard's sentimental tale of an agile woman (Marion Cotillard) rendered wheelchair-bound after a devastating accident and the buff street fighter (Mathias Schoenaerts) who gradually falls in love with her went over quite well early in the festival for its carefully developed, bittersweet mood. Audiard is a much-beloved filmmaker in France who was considered a leading contender for the Palme a few years back when "A Prophet" premiered at Cannes, so this could be jury's chance to single him out.

    WHY IT MIGHT NOT: Not everyone responded so warmly to the film's familiar type of sentimentalism, and the plot is largely predictable by the end of the first act. While skillfully made, it's not an audacious achievement. The jury could also single out Cotillard or Schoenaerts for acting prizes.[/quote']
  16. Já devidamente postadas, amigo Saulo. 06

     

    Mas vamos ressaltar nosso cinema?

     

    Juliana Rojas (co-diretora de Trabalhar Cansa), foi premiada na semana da crítica com menção honrosa. O curta apresentado pela brasileira se chama O Duplo.

     

    Cannes 2012: 'Aqui y Alla' Wins Critics Week Prize

    aqui_y_alla.jpg

    Feature film prizes:
    Nespresso Grand Prize: "Aqui y alla," Antonio Mendez Esparza
    France 4 Visionary Award: "Sofia's Last Ambulance," Ilian Metev
    Gaul's Society of Authors, Directors and Composers Prize: "Les Voisins de Dieu" ("God's Neighbors"), Meni Yaesh
    ACID/CCAS Distribution Support: "Los Salvajes" ("The Wild Ones") Alejandro Fadel

    Short film prizes:
    Canal+ Award: "Circle Line," Shin Suwon
    Nikon Discovery Award: "Un Dimanche Matin" ("A Sunday Morning"), Damien Manivel
    Special Mention: "O Duplo" ("Doppelganger"), Juliana Rojas[/quote']

  17. De Cannes

    | Cosmopolis

     

    crona.jpg

    Já próximo ao fim, Cannes recebeu nesta sexta-feita um macabro novo filme de Cronenberg acerca do colapso econômico e moral da América pós 11 de setembro. Muita gente reclamou da verborragia da obra, a qual Cronenberg rebateu na coletiva: "O ser humano é essencialmente quem é porque fala". A grande maioria dos críticos aclamam o filme e ressaltam que Cronenberg está no topo de sua forma.


    James Rocchi: "Cronenberg nos leva de passeio em uma limusine ao colapso da sociedade moderna. É uma sátira fria, sóbria e precisa. O elenco brilha".



    Marcelo Miranda: "Cronenberg exibiu agora em Cannes COSMOPOLIS. Experimento radical, político e verborrágico que eu premiaria com louvor".



    Cédric Succivalli: "Filmaço. Pattinson surpreendentemente notável. E Giamatti é o novo William Hurt dos filmes de Cronenberg: uma cena e ele rouba o filme".



    Empire: "Cronenberg articula sobre o estado das coisas pós-crise financeira capitalista em um filme inteligente. Remete a "Weekend", de Godard, e se trata de um dos filmes mais ambiciosos do diretor. A obra pode limitar seu alcance por sua linguagem estilizada e a loucura autoconsciente que impregna a tela; Cronenberg pontua seu filme de uma sensação de destruição apocalíptica. Pattinson não tem um trabalho fácil aqui - e é surpreendente que ele esteja tão bem". 



    Rodrigo Fonseca (O Globo): "Bastante aplaudido, mas também muito repudiado, o novo longa-metragem do canadense David Cronenberg repetiu o que aconteceu com todos os grandes filmes desta edição: rachou opiniões.

    Indigesto demais para palmas e prêmios leves, "Cosmópolis" veio a Cannes para se candidatar à eternidade. Cronenberg sairá daqui com a certeza de ter esquadrinhado a doença econômica do continente que o produziu a partir do português Paulo Branco, representante da nação lusa, uma das que mais perderam com a crise. Sinal dos tempos, sinal de alerta, sinal de mestre. Pattinson aqui atinge sua maturidade como ator - e sua tórrida cena com Juliette Binoche vai ficar na memória dos cinéfilos para além de Cannes".



    Time Out London: "É um retrato estranho, inebriante e fascinante da alienação individual. Cronenberg não faz uma abordagem realista - e o filme remete a eXistenZ e Crash. Pattinson está extraordinário. Consistente, mas peca pela verborragia excessiva". 



    Xan Brooks (The Guardian): "Arrebatado por Cronenberg. Um filme de brilho e vigor. Um conto de nosso tempo perfeitamente executado. Um aviso ao júri: este aqui!!"

     

     

    The Hollywood Reporter"Infelizmente Cronenberg não consegue energizar sua narrativa e o filme resulta inerte. Pattinson é muito monótono para manter o interesse. Samantha Morton está maravilhosa". 



    Simon Abrams (The Playlist): "Cronenberg consegue adaptar um livro tido por muitos como inadaptável com perfeição. O filme é ainda um rico e complexo estudo de personagem. Pattinson está notável".



    The Film Stage: "Cronenberg adapta o livro com tamanha fidelidade que não soa organicamente cinematográfico. O filme é repleto de virtudes, mas soa como se alguém estivesse lendo um livro. Pattinson, no entanto, está maravilhoso".



    Robbie Collin: "Sensacional e atual. Pattinson está sinuosamente notável".



    Peter Howell: "Um grande sucesso cerebral. Cronenberg fascina".



    Guy Lodge: "O filme necessita ser revisto. No momento, é muito mas também pouco. Estou tão impressionado quanto desapontado". 



    Peter Bradshaw: "Auto-indulgente e raso".



    Mike D'Angelo: "Demanda um tom muito preciso que Cronenberg só provém parcialmente. Quando o faz, o filme é maravilhoso. Pattinson está soberbo". 
  18. Para os críticos que compõem o painel da IonCinema, The Paperboy é o pior filme do Festival até agora. Amour, de Michael Haneke, segue imbatível na preferência, seguido, por um décimo de diferença, por Holy Motors, de Leos Carax.

     

    day9.jpg
  19. The Paperboy foi elogiado pelo The Hollywood Reporter, Variety, The Guardian, ScreenDaily, Deadline e muitos outros que defendem que o filme é uma pérola camp, propositalmente over e kitsch.

     

    Lee Daniels incompreendido na croisette? 06

     

     

    Obs: O filme recebeu 10 minutos de aplausos na sessão de gala. icon_neutral
    Ronny2012-05-24 18:22:29
  20. De Cannes

    | The Paperboy

     

    kidman.jpg 

     

    A nova empreitada de Lee Daniels aportou em Cannes com as piores cotações desta edição. Alguns apreciadores defendem que o filme é conscientemente kitsch e over, uma obra-prima do trash; outros já o estabelecem como o novo Showgirls - e ressaltam Lee Daniels como o pior diretor contemporâneo. Uma cena em especial, na qual Kidman urina em Efron, levou a platéia a vaiar o filme em sua sessão para a imprensa, enquanto outros aplaudiam.

    Nicole Kidman é uma unanimidade. A rapper Macy Gray também é elogiada.

     

     

    The Playlist: "Um desastre".

     

     

    The Hollywood Reporter: "Saborosamente sujo. Um melodrama assumidamente trash. O elenco está maravilhoso".

     

     

    The Guardian: "Sombrio, pantanoso e assustadoramente emocionante. Nicole Kidman está triunfante".

     

     

    Robbie Collin: "É o primeiro fiasco completo do festival. Caótico".

     

     

    Mike D'Angelo: "Daniels é o pior diretor de nosso tempo. Ou o pior de todos os tempos?"

     

     

    Raffi Asdourian: "Uma grande bobagem. Vergonhosamente ruim".

     

     

    Anita Singh: "O único elogio que posso fazer é que a performance de Macy Gray é boa. E que os olhos de Efron são realmente lindos".

     

     

    Eugene Hernandez: "É tudo o que eu esperava. Uma explosão".

     

     

    Guy Lodge: "O mais raro dos filmes: calculadamente "camp". Um êxito. Kidman e Gray estão fabulosas. Se fosse um filme assinado por Herzog, muita gente estaria tendo outro tipo de reação". 



    Chris Knight: "Surpreso com a enxurrada de críticas negativas. É a melhor coisa que Kidman, McConaughey, Efron e Cusack fazem em muito tempo". 



    Daily Mail: "Nicole Kidman destroça".



    Alex Billington: "Realmente ruim e esquecível. Mas Kidman, Efron e Cusack estão maravilhosos".



    Rodrigo Fonseca (O Globo): "Embora não seja essa Coca-Cola toda, a produção subverte várias normas do gênero policial, temperando com sensualidade e humor a realidade racista e sexista do sul dos Estados Unidos. E duas atrizes do filme podem sair daqui premiadas (merecidamente): Nicole Kidman, boazuda até dizer chega, no papel de Charlotte, e a cantora Macy Gray, na pele da empregada Anita".



    Obs: foi reportado que uma sessão extra do filme, que ocorreria amanhã, foi cancelada. LOL
×
×
  • Create New...