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Forum Cinema em Cena

Skywalker

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Posts posted by Skywalker

  1.  

    É impressão minha ou o ex-capitão do Bope' date=' Rodrigo Pimentel (autor do livro A Elite da Tropa) faz uma ponta, no restaurante, aplaudindo o Nascimento?[/quote']

     

    É verdade, assim como o deputado que inspirou o Fraga está na platéia da palestra dele.

     

    Difícil vai ser alguém encontrar o Sergio Cabral como figurante no churrasco do governador com milicianos...

     

  2. Vcs já viram esse review do Ameaça Fantasma que está fazendo bastante sucesso pela internet?

     

    Eu particularmente achei uma porcaria, as criticas do cara se resumem a apontar os furos na trama e ficar comparando com a trilogia clássica.

     

     

  3. Como eu discordo desse texto do Vaticano. Eu concordo com o que alguns membros postaram aqui, de Avatar trazer algo de volta, eu diria que uma emoção avassaladora, alguma coisa que talvez tenhamos sentido mais com filmes da infância mesmo. Me lembro de 2 momentos no cinema que nunca irei esquecer: quando vi Batman Returns e quando vi Jurassic Park. Avatar parece que trouxe aquela emoção de volta. Não que nenhum outro filme tenha mexido comigo, muito pelo contrário. A obra-prima desse ano pra mim é Bastardos Inglórios e provavelmente será um filme que irei rever sem cansar. Mas de alguma maneira o tipo de aproximação emocional que senti em Avatar parece algo não muito comum. Ou talvez esse seja apenas um relato exagerado por eu ter revisto o filme hoje. Mas só sei que o filme foi de novo eficaz em arrancar lágrimas dos meus olhos.

     

  4. Eu acho que Avatar consegue a proeza de nos fazer esquecer por vários momentos que aquele personagens são digitais. Em vários momentos eu fiquei prestando atenção no realismo do CG, nas texturas, nos movimentos faciais. Mas na maior parte do filme eu estava envolvido dentro da narrativa e isso aconteceu logo de cara, já na cena em que Jake corre pela primeira vez. Se a parte do laboratório antes é um momento que vc realmente presta atenção nos efeitos, na cena seguinte isso passa pq algo mais importante e emocianante está ocorrendo.

     

  5. Crítica da Contracampo(http://www.contracampo.com.br/94/critavatarjr.htm):

     

    A

    inovação tecnológica gera uma

    confusão: a

    pressuposição imediata de que com ela se desbrava

    um

    terreno inaudito, descobre-se um mundo jamais visitado. Avatar vem

    provar o contrário: o parceiro ideal da mais

    avançada

    tecnologia em efeitos visuais é o mais ancião dos

    enredos. O recuo é monumental, pois recupera muito mais que

    uma simples tradição cinematográfica

    (Cameron

    aproveita para alertar os cinéfilos de que o cinema

    é

    só uma fração de segundo na

    duração

    da história da humanidade), retornando ao ponto zero de um

    antigo mito da criação, que fala de uma época em

    que tudo nos

    seres

    humanos era duplo e eles tinham dois rostos, dois

    órgãos

    genitais, quatro mãos, quatro pés, etc. Essa

    história

    de Avatar,

    de dois corpos que ocupam situações distintas

    um acondicionado a uma cápsula enquanto seu duplo se imiscui

    num mundo pleno de vida e movimento – até que um

    decida

    perecer para a prevalência do outro, essa história

    nada

    mais é que a re-encenação do momento

    em que Zeus

    decidiu dividir cada ser humano em duas partes, automaticamente

    impelindo-as a querer se juntar e restabelecer o estado anterior,

    quando as duas metades fundiam-se em um só ser.

     

     

     

    Em Pandora, planeta no qual o filme

    literalmente se

    ambienta, tal estado anterior é passível de ser

    atualizado e convidado a participar da realidade presente. A

    população nativa é composta pelos

    Na'vi,

    humanóides com traços felinos e

    hábitos

    guerreiros que, nada por acaso, nos fazem pensar nos Navajos e em

    outros povos indígenas exterminados em massa durante a

    expansão da fronteira norte-americana. Eles só se

    tornam grandes guerreiros quando conseguem formar uma unidade

    visceral com algumas outras espécies locais. Para domar um

    animal parecido com o cavalo, por exemplo, os Na'vi precisam juntar

    as pontas de seus cabelos às da crina do animal, estabelecer

    um circuito energético único e fazer os dois

    corpos se

    comportarem como um só. Pandora, esse lugar distante, essa

    projeção futura, é no fim das contas

    uma terra

    primitiva, tão primitiva que nela as formas inteligentes de

    vida ainda se enxergam como parte integrante da Natureza. A vida para

    eles depende de uma porção de energia que tomam

    emprestada da natureza e que, ao morrer, devolvem à fonte.

    Entretanto, os humanos envolvidos na missão de

    colonização

    desse planeta, financiados pelo poder econômico de grandes

    corporações e amparados por uma estupidez que se

    legitimou como ideologia oficial, enxergam em Pandora

    tão-somente

    o reservatório de uma valiosa substância (um

    petróleo

    da era intergaláctica). Pandora funde os desertos das guerras do

    Golfo, do Iraque e do Afeganistão às florestas do

    Vietnã.

     

     

     

     

     

    Fusão,

    condensação, síntese: essa

    é a tática

    de Cameron. Sua versão para o mito do cinema-total

    não

    é a transparência absoluta que anularia as

    fronteiras

    entre o cinema e a percepção real da vida

    (não é

    para isso que lhe serve o 3D), mas sim a síntese perfeita de

    inúmeros marcos históricos do cinema, misturados

    meio

    anarquicamente, sem muita hierarquia, de modo que elementos de 2001,

    Jurassic Park

    e Redacted

    possam

    se combinar espontaneamente (ou seja, sem

    rejeição) aos

    de Dança

    com Lobos e

    Coração

    Valente.

     

     

     

     

    Mas

    as principais figuras de confronto/transformação

    do

    cinema de James Cameron possuem seu paralelo mais forte é na

    biologia, mais até que na mitologia, nas

    criações

    de outros mestres da ilusão cinematográfica ou

    nas

    grandes aventuras do romance oitocentista. Uma cena típica e

    indispensável em seus filmes é a da

    aquisição

    de um corpo ou de sua modificação: um

    robô

    exterminador vestindo uma pele elástica que simula o tecido

    humano (O

    Exterminador do Futuro),

    ou então se metamorfoseando em algum outro ser, ou ainda se

    camuflando no espaço tal qual um camaleão (O

    Exterminador do Futuro 2);

    uma mulher pilotando uma empilhadeira mecânica que parece um

    exosqueleto crustáceo (Aliens),

    prótese robótica que agora reaparece como um

    equipamento de guerra dos humanos vilões em Avatar.

    Em todos os casos, questão de sobrevivência.

    Muitas

    vezes a adaptação a um outro corpo, outra

    atmosfera,

    outro nicho, obriga um retorno aos primeiros estágios da

    vida:

    o personagem de Ed Harris em O

    Segredo do Abismo

    aprende a respirar no interior de um ambiente líquido como

    se

    voltasse a ser um feto no útero; o Jake Sully de Avatar

    ensaia os primeiros passos com o novo corpo e esbarra em tudo

    (“você

    parece um bebê”, a nativa Neytiri repete

    várias

    vezes, reprovando Jake por ainda não saber se mover em

    silêncio na floresta de Pandora). Nesses universos a que

    Cameron nos transporta, as leis biológicas (metamorfose,

    seleção natural) pesam mais que quaisquer outras.

     

     

     

     

     

    Enquanto

    a saga do casal de heróis de Titanic

    consistia em se livrar de um mundo agonizante (o Velho Continente e

    sua aristocracia decadente), o herói de Avatar

    precisa ir mais longe e se livrar de uma espécie moribunda,

    degradada por seus próprios meios: a espécie

    humana.

    Jake deixa o corpo humano paraplégico para trás e

    elege

    seu avatar no mundo alienígena como novo suporte vital.

    Outra

    dicotomia cara a James Cameron, aquela entre o soma (o corpo em sentido estrito, a metade mortal) e o plasma (potência imortal, devir permanente), recebe aqui uma

    sofisticada resolução: a parte imortal se

    transfere

    definitivamente de um corpo para outro, a alma de Jake passa

    inteiramente para o lado dos habitantes de Pandora, primeiro

    simbolicamente, tão-logo ele se apaixona pela natureza

    local,

    por Neytiri e pelo povo Na'vi, depois fisicamente, naquela cena

    para o final, quando debaixo da grande árvore ele se submete

    a

    um transplante espiritual que o integra de vez ao mundo dos Na'vi.

    Essa cena retoma e fusiona duas

    outras: a da

    “ressurreição” da personagem

    de Mary

    Elizabeth Mastrantonio em O

    Segredo do Abismo

    e a da despedida de Leonardo Di Caprio em Titanic.

    O único objetivo dos heróis de Cameron

    é manter

    acesa a chama da vida. No primeiro caso, dispõe-se de um

    corpo, não é ainda o caso de tentar transferir a

    vida

    de uma matéria fragilizada para outra em bom estado; a luta

    (respiração boca-a-boca,

    desfibrilação e

    tudo mais) é para não deixar a vida se esvair

    desse

    único corpo de que a personagem dispõe para

    alojar sua

    energia vital. Em Titanic,

    já se trata de um drama partilhado por dois corpos: a

    mocinha

    está sobre um destroço do navio e o rapaz

    está

    congelando na água do mar, sacrificando-se para manter a

    amada

    viva pelo tempo necessário até que chegue o

    resgate. No

    já clássico momento em que ela solta o corpo

    inerte do

    rapaz e ele finalmente afunda, podemos enxergar a mais

    romântica

    ou humanista das mensagens, ou podemos simplesmente constatar o

    instinto de sobrevivência: a

    moça

    se desprende de uma pele morta para melhor se adaptar à

    circunstância. Avatar,

    por sua vez, propõe o raccord

    definitivo entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Jake

    também precisa se livrar de uma carcaça inútil,

    mas dessa vez é seu próprio corpo, e não o de

    outro, que deverá ser desertado. Acabou, para Cameron, o

    luto das grandes formas do passado, o cinema pode enfim prescindir de

    seus fantasmas, ou melhor, não vê-los mais como

    assombrações paralisantes. Uma vez plasmados pela mesma

    placenta digital, corpo

    real e corpo-imagem podem se resumir em um só.

     

     

     

     

    A

    passagem da energia

    vital de Jake de um corpo humano aleijado para um corpo

    alienígena

    sadio realiza ainda a utopia da comunhão do homem com o

    Outro.

    O filme que começara como uma espécie de remake

    em 3D

    de Aliens acaba

    sendo seu oposto radical. No

    filme de 1986,

    o trauma da maternidade indesejada – que é quando

    um ser

    humano se torna hospedeiro do alienígena – acha

    seu

    inverso, a boa maternidade, no momento em que Ripley adota a menina

    Newt, encontrada órfã no planeta LV-426 (escuro,

    soturno, cinzento, hostil, feio, inóspito, enfim, um

    negativo

    de Pandora). A verdadeira cena traumática, para a qual a

    catarse deve convergir, é aquela em que um alien rasga o

    peito

    de uma pessoa e vem à luz. É com essa cena que

    Ripley

    tem um pesadelo na primeira parte do filme, quando ela vive

    à

    semelhança de uma traumatizada de guerra. E é ao

    assistir a um alien saindo do peito de uma vítima,

    durante a missão, que Ripley se dá conta de que

    está

    de volta ao inferno – ela assiste à cena

    através

    de um monitor de vídeo, e o rosto de Sigourney Weaver

    transmite toda a sensação de pavor de sua

    personagem ao

    ver aquilo acontecendo de novo. A menina Newt, portanto,

    será

    o agente positivo da catarse de Ripley: a única forma eficaz

    de exorcizar o medo do feto indesejado. Ripley não pode

    suportar sequer a idéia de trazer dentro de si um outro.

    Newt,

    sendo uma filha adotiva, poupa a mãe do trauma, afasta de

    Ripley a própria noção de gravidez e,

    mais

    ainda, de parto (que é a expulsão

    traumática, a

    violência originária da qual ela, mulher anulada

    em sua

    sexualidade, precisa fugir).

     

     

     

     

    Avatar

    já vai no sentido oposto. Diferentemente de Ripley, Jake não teme uma

    invasão alienígena em seu corpo. Ele mesmo

    é o

    invasor, que se depara com a mais positiva das alteridades e se

    converte a ela. À imagem grotesca do alien rasgando o peito

    de

    um humano se substitui essa outra imagem, poética, de um

    olho

    se abrindo uma vez que a alma de um humano habitou pacificamente o

    corpo de um alienígena. Tudo se inverteu. Avatar

    materializa um desejo – totalmente fora do contexto de Aliens

    – de se tornar o outro, de viver lá o que

    não se

    viveu plenamente aqui.

     

     

     

     

    Então,

    o classicismo?

     

     

     

     

     

    “Então,

    o

    barroco?”. Assim Serge Daney terminava em 1982 o artigo

    “A

    rampa (bis)”, ampliação de um texto

    publicado

    numa edição especial dos Cahiers du

    Cinéma

    sobre cenografia no cinema. Tomando por base o sistema hegeliano das

    artes – popularizado na França por

    André Malraux

    –, modelo que desde cedo fora incorporado nos Cahiers,

    Daney indagava se o maneirismo que ele e outros detectavam em

    cineastas tão diversos como Syberberg e Coppola precipitaria

    uma era barroca.

     

     

     

     

    Dezesseis

    anos depois

    de “A rampa”, e seis após a morte de

    Daney,

    Titanic obrigou um outro crítico,

    Jean-Marc Lalanne, de

    uma outra geração dos Cahiers,

    a especular se

    James Cameron não estaria levando ao limite um novo sonho do

    cinema americano, um sonho neoclássico de

    “encontrar na

    morte uma forma de retornar às fontes, situar-se de novo nas

    origens”. “Será Titanic

    um ponto de mutação

    maior na história do cinema norte-americano, sua passagem do

    maneirismo ao neoclassicismo?”, interrogava Lalanne.

     

     

     

     

    Titanic era um filme menos sobre um naufrágio do que sobre um

    artista

    aventureiro, persuasivo e, acima de tudo, louco o suficiente para

    resgatar um gigante abandonado – a saber, o melodrama

    épico

    cujo segredo e cuja magia Hollywood havia esquecido no fundo do mar

    e colocá-lo para funcionar novamente.

     

     

     

     

    Com

    Avatar,

    Cameron faz um recuo ainda mais lento e extenso, e dá

    razão

    ao que Rohmer vivia dizendo nos anos 1950: o classicismo, no cinema,

    pertence ao futuro, está sempre à nossa frente.

    No caso

    específico de Avatar,

    isso significa afirmar a forma clássica como a

    única

    que vai sempre casar com qualquer tecnologia, em qualquer

    época.

    Cameron se reconciliou com facilidade a um mundo do qual quase todos

    os outros cineastas se sentem completamente alienados. Nesse mundo,

    o

    artista sabe o que quer e pode o que quer, tem

    uma

    idéia perfeitamente clara do conteúdo substancial

    que

    deseja tornar perceptível e possui o poder

    técnico que

    sua realização exige; ele encontra seus conteúdos

    em mitos que precedem idéias originais, e suas obras se destinam

    à emoção das

    massas bem

    como ao ensinamento dos homens.

     

     

     

     

     

    Em

    geral, quando um

    cineasta filma o mundo de hoje com a paixão de ontem, o

    resultado é uma forma doente, fracassada. Cameron, contudo,

    triunfou mais uma vez.

     

     

     

     

     

    bullet_seta.gif Luiz Carlos Oliveira Jr.

     

     

  6. Olhem o que encontrei sobre isso: For Avatar we’re shooting in a 16:9 ratio, we’re extracting a

    cinemascope ratio from that for 2D theatrical exhibition, and for 3D

    theatrical exhibition we will do, in the theaters that can, we’ll be in

    the 16:9 format and the theaters that can’t we’ll be in the scope

    format. Because I actually think that the extra screen height really

    works well in 3D. It really pulls you through the screen. So I’m

    actually going back on years of kind of eschewing the kind of 1.85

    format, now saying 1.85 - or actually, it’s 1.78:1 - actually works

    really well in 3D. But only in 3D. I still like the scope ratio

    compositionally for flat projection.

     

    http://www.slashfilm.com/2009/05/31/3d-avatar-vs-2d-avatar-and-the-importance-of-aspect-ratios/

     

  7.  

    Uma duvida: antes do filme ser lançado eu li que o filme seria exibido no formato 1.78:1 no 3D e em 2.35:1 no 2D. Porém, na segunda vez que vi em 3D, percebi que estava vendo no formato mais largo de 2.35:1. Quem notou pode me confirmar se aconteceu o mesmo no seu cinema?

    Skywalker2010-01-06 18:32:01

  8.  

    Mesmo que eles fossem seres puros que nunca atacassem os invasores, o simples fato deles estarem sendo minimamente contra os interesses da corporação(não querem deixar seu grande lar) já é motivo suficiente pra imbecilidade militar os classificarem como terror.

    Skywalker2009-12-30 19:48:39

  9.  

    possivelmente o que ele quiz falar em ...vamos combater terror com  o terror...

     

    eh q eles tinham informações que os Na´vi tinham juntado um exercito....de milhares...

     

    e não ligando a palavra terror.....com terrorismo

     

    pelo menos pra mim entendi assim

     

     

    Está ligando sim a palavra terror a terrorismo, mas quem faz essa analogia é o militar, não o filme.

     

  10.  

    Acho que você não leu direito o que eu escrevi ou' date=' se leu, não

    entendeu ou não quis entender. Eu afirmei que gratuita e

    desproporcional foi a alegoria, e não o ataque aos Na'vi, que

    não haviam praticado terrorismo algum. Daí o descabimento da

    comparação.

     

    Acho bacana o Cameron denunciar o terror que a guerra ao terror causa. Mas se vai falar, que o faça com consistência e propriedade, né filho? É a isso que eu estou me referindo no post anterior.

     
    [/quote']

     

    Ai é que tá, eu acho que gratuita e desproporcional é a fala do coronel e por isso funciona no sentido de mostrar como ele quer forçar uma visão exagerada em relação aos na'vi.

    Skywalker2009-12-30 14:39:05

  11.  

    Tosco... mas... sei lá... no momento tudo soa tão natural saindo daqueles personagens...

     

    Concordo e cito a diferença que foi ver essa cena descontextualizada no Avatar Day e vê-la no filme. Antes era um diálogo cafona, no contexto do filme a cafonice passou mais despercebida pela forma como o diálogo se integra.

     

    Tb acho que os diálogos são uma das coisas menos importantes nesse filme. Não lembro muito do filme do Malick, só vi uma vez e quero rever, mas eu acho que Avatar cumpre com sua função de nos proporcionar uma vivência naquele mundo, de sentirmos ele e de tudo aquilo ter um impacto em nós. Talvez seja pq o 3D funcionou perfeitamente pra mim e acho que essa tecnologia é tb de uma importância fundamental(embora o filme ainda funcione em 35 mm) por essa aproximação maior com o mundo, a sensação de espaço e profundidade que cria.

     

  12. Longe de mim criticar a busca por originalidade no cinema e romper paradigmas narrativos, acho que os diretores devem buscar isso mesmo, nunca se acomodarem. Mas prefiro mt mais um filme não mt original, mas bem realizado do que um cheio de pretensões que não alcança nada. Faço uma comparação meio exdruxula, mas que me veio a mente ontem quando estava passando TDK na HBO. A diferença dos conflitos finais de TDK pro de Avatar. Avatar não trás nenhuma revolução no modo de filmar aquela luta, mas funciona. Já o modo como Nolan filma o confronto entre Batman e Coringa deixa mt a desejar.

     

    Dito isso, acho que quem reduz o filme a apenas uma trama clichê talvez precise tentar enxergar além do óbvio. Eu vejo mts aspectos únicos, não só no visual, mas tb na história. Acho que o filme tem algo bastante interessante que é o contraste entre as realidades do Jake como humano e como Avatar. Como ele é frágil e mundano em seu corpo humano e como ele se torna um herói maior que a vida como Avatar. É meio que um paralelo com a nossa experiência como espectador, como se ele tivesse vivendo o sonho cinematográfico e acho que não é a toa que o filme faz uso de muita câmera subjetiva.

     

    O que pode ser considerado clichê não me incomoda em nada. Me incomodou, na segunda vez que vi, alguns momentos de didatismo na narrativa, mas nada que interfira na experiência. E até que o lance do videolog é interessante e gosto da mensagem final do Jake antes de desligar.

     

    O filme ainda se sustenta mt bem no 2d, mas o enquadramento é outro.

     

     

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