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Forum Cinema em Cena

Lucy in the Sky

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Posts posted by Lucy in the Sky

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    Cubo (Cube, Vincenzo Natali, Canadá, 1997)

    Pessoas aparentemente aleatórias acordam presas num cubo gigantesco cheio de compartimentos, alguns com armadinhas, uma espécie de labirinto. Elas percorrem o cubo tentando encontrar a saída, o que inevitavelmente leva a desespero, brigas e mortes. O filme é repetitivo sem ser chato, tem uma direção que tira proveito de uma história simples e absurda. Não há problema no disparate. O que vale são as sensações que o filmes desperta, e o mistério da situação serve para torná-la ainda mais aflitiva.

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    Brainscan (John Flynn, Canadá, 1994)

    Passando despercebido desde T2, Edward Furlong se esforça no papel de um adolescente que enfrenta as conseqüências de um jogo violento e mais realista do que ele esperava, mas em alguns momentos é engolido pela comédia involuntária, como quando efeitos especiais risíveis aparecem. O vilão, com cabelo punk e cara de quem exagerou no face lifting, tenta ser assustador e engraçado ao mesmo tempo. Sem chegar perto de ser marcante, pelo menos ele não erra totalmente. A escolha feita para o final é questionável, mas aqui até que se encaixa. Mesmo perdendo a oportunidade de explorar bem a confusão, a culpa e o medo, o filme oferece alguma tensão e pode ser um pouco divertido para quem não exigir muito e não levar a sério.

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    M (Fritz Lang, Alemanha, 1931)

    Tem alguns momentos esplêndidos, como o balão preso nos fios, que causa horror apenas sugerindo o mal que já aconteceu, depois da opressiva preocupação crescente de alguém que espera inutilmente (nada de cena familiar idealizada para ostentar a perda da forma mais melosa e óbvia possível). O vilão, com rosto de bebezão e os olhos comicamente arregalados, uma aparência não obviamente asquerosa, é tão asqueroso quanto possível. Bom suspense que explora a histeria coletiva e a necessidade de fazer o que se entende por justiça.

     

     

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    L'enfant d'en haut (Ursula Meier, França, 2012)

    Garoto sustenta a si mesmo e a irmã mais velha através de furtos numa estação de esqui. Forçado a crescer rápido demais porque as circunstâncias não permitem uma infância normal, transitando num ambiente privilegiado ao qual ele não pertence e vivendo uma relação instável com a irmã, ele é levado a uma busca por afeto e até um abraço precisa ser comprado. Ótimo filme e triste de certa forma, mas sem um clima melancólico. Traz uma interessante surpresa ligada ao relacionamento dos irmãos.

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    Northanger Abbey (Giles Foster, Reino Unido, 1987)

     

    Northanger Abbey é o livro menos acessível de Jane Austen, porque faz piada com um tipo de literatura que foi esquecida. A dificuldade se estende ao filme e a solução encontrada é enfatizar a diferença entre fantasia e realidade através da imaginação de Catherine. O problema é que as fantasias, nas quais ela quase sempre sofre algum tipo de violência, são mal contextualizadas e por isso não cumprem sua função.

     

    Catherine consegue ser razoavelmente simpática, mas é impossível ignorar o cabelo absurdo. Miss Tilney é tão velha que poderia ser Mrs. Tilney, se o irmão também não fosse velho demais para o papel. Mr. Tilney chega a ser repulsivo tentando inutilmente parecer charmoso (e não é culpa da idade). Isabella é tão obviamente má, que não é convincente ela enganar todo mundo. E a Marquesa de Whatever, uma personagem inventada para o filme, não tem outra função além de parecer saída de uma adaptação ruim de Edgar Allan Poe.

     

    As atrizes usam maquiagem demais, os cabelos são loucos e o figurino é horrível. A trilha sonora é uma esquisitice com a cara dos anos 80, que quer criar um tom misterioso e é totalmente inapropriada. Também é incompreensível que os Tilneys vivam num prédio de aspecto medieval que não foi alterado para se tornar moderno. Cafona e ridículo, o filme erra ao se levar a sério demais. É recomendável só para quem gosta de trash e inevitável para os fãs de Jane Austen que precisam conferir todas as adaptações.

  5.  

    ha sim...tem varios mutantes negros no universo marvel... como por exemplo o brasileiro Mancha Solar ,  dos Novos Mutantes e X Force.. Manto...e Sincro, do X-Generation

    mas acredito q pelo peso do personagem o Sy interprete mesmo o Bishop.

     

    Estou distante das revistas há anos. Embora os X-Men de modo geral continuem muito presentes na minha memória, vários mutantes menos famosos sumiram e eu só lembro quando vejo algo sobre eles (de Maggott eu lembro agora porque outro dia fiz uma pesquisa sobre os mutantes mais toscos). Bishop é um personagem neutro pra mim, nunca fui fã e nem detestei, mas é difícil esquecer, porque ele participou bastante das revistas na época em que eu li. Acho legal que personagens como ele, que não se tornaram conhecidos do público que nunca leu as HQs, tenham uma chance. Não gosto de ver as adaptações se concentrando só naquele grupinho que ficou mais famoso. Mas o papel talvez se limite a uma participação...

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    A Friend of Mine (Ein Freund von mir, Sebastian Schipper, Alemanha, 2006)

    Meio comédia e meio drama, é uma daquelas histórias sobre uma pessoa que tem sua vida sacudida por alguém que inicialmente aparenta ser inconveniente e problemático. O clichê de duas pessoas tão diferentes que se vêem juntas em alguma situação nem parece cliquê, parece natural. Boa atuação de Jürgen Vogel, como um sujeito que é mais legal do que a primeira impressão dá a entender.

     

     

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    Dois Perdidos numa Noite Suja (José Joffily, Brasil, 2002)

    Diálogos desesperados, amargurados e raivosos, entre uma prostituta revoltada e um sujeito pacato que sonhava em se dar bem no exterior. Dois seres que vivem à margem da cidade. Às vezes pessoas como nós surgem no caminho deles, mas é transitório e eles permanecem do outro lado, onde a vida é bem mais difícil. Mesmo baseado numa peça, não deixa de parecer realmente um filme, ainda que sustentado bastante em diálogos. Muito do êxito se deve à atuação de Débora Falabella, que evita a caricatura e demonstra uma força impressionante.

  7. Eu decidi não explicar o óbvio, porque detesto quanto resolvem dar uma de espertos e distorcer o que é dito numa discussão, mas depois mudei de ideia... Política envolve dinheiro, mas nem toda decisão que envolve dinheiro é motivada pela intenção de manter o povo burro para manter a dominação ou qualquer coisa assim (está bem claro no meu comentário). As distribuidoras enxergam cinema como um produto, escolhem os filmes como se estivessem decidindo que tipo de café ou chiclete vão vender. Enfim... Quem quiser e puder entender, entendeu. 

  8. FEVEREIRO

     

    Amores Imaginários (Xavier Dolan, 2010) - 5/5

     

    O Sétimo Continente (Michael Haneke, 1989) - 4/5

     

    À nos amours (Maurice Pialat, 1983) - 2/5

     

    Saló ou 120 Dias de Sodoma (Pier Paolo Pasolini, 1975) - 5/5

     

    Kyss mig (Alexandra-Therese Keining, 2011) - 3/5

     

    Ein Freund von mir (Sebastian Schipper, 2006) - 4/5

     

    Dois Perdidos numa Noite Suja (José Joffily, 2002) - 4/5

     

    M (Fritz Lang, 1931) - 3/5

  9. As escolhas das distribuidoras não fazem parte de um plano da elite para manter as pessoas burras (não estou chamando de burros todos os que preferem filmes mais comerciais). A exibição de outros tipos de filmes faria surgir o interesse no público ou deixaria as salas com menos gente? As distribuidoras acreditam no segundo resultado. A opção é por aquilo que vende mais, que já é popular e tem um retorno mais provável. Lamento muito a visão comercial, inclusive porque limitou terrivelmente minha experiência com cinema nos anos 90. Só estou tentando mostrar que é uma questão comercial, e não política.

     

    Também não é uma questão de valorizar mais o cinema estrangeiro, é o tipo de filme que cada país produz. Existe uma valorização maior do cinema americano porque é dos Estados Unidos que vêm os filmes que as pessoas gostam tanto. Com exceção de filmes num estilo mais acessível, o cinema brasileiro é uma espécie de cinema europeu, que também não é popular no Brasil.

  10. Eu acho Dig Out Your Soul sobre-humano. High Horse Lady, To Be Where There's Life e principalmente Falling Down são pra entrar em êxtase. Meus outros preferidos são The Masterplan e Be Here Now, acho. É difícil dizer. Os que eu menos gosto certamente são Definitely Maybe e Heathen Chemistry.

  11. Sem ordem...

     

    The Corrs - Forgiven Not Forgotten

    Pink Floyd - Time

    Franz Ferdinand - Walk Away

    White Lies - Farewell To The Fairground

    Oasis - Go Let It Out

    The Cranberries - Twenty One

    Joss Stone - Jet Lag

    Jewel - You Were Meant For Me

    Pet Shop Boys - Love Comes Quickly

    No Doubt - Happy Now?

     

    Oasis!  :D Go Let It Out é uma das minhas preferidas da banda, mas no momento não seria a minha escolha se eu fizesse uma lista com apenas uma música de Oasis. Ouvi muito Heathen Chemistry nos últimos dias e Born on a Different Cloud certamente seria uma das minhas escolhas. 

     

    Happy Now? é uma das músicas de Tragic Kingdom que eu mal consegui ouvir. Mas pior provavelmente seria tentar ouvir Rock Steady... Como eu já disse, gosto só de um punhado de músicas da banda. Infelizmente adoro o vocal de Gwen Stefani.

  12. Caçando video de Lee Miller topei com essa música absurdamente romantica:

     

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=1Ojh0o0hxqY

     

    Fiquei constrangida e parei antes de 30 segundos. Pior é terem usado Emma e Mr Knightley... Aproveito pra dizer que as imagens são da excelente minissérie Emma (2009), adaptada da romance homônimo de Jane Austen. No vídeo abaixo está um dos meus momentos preferidos, quando os dois dançam. O nome da música é The Last Dance. Trilha sonora de Samuel Sim.

     

    http://www.youtube.com/watch?v=loafWiajfy0

  13.  

    Sim, eu gosto de Bon Jovi. Ou pelo menos gostava, esse CD, Bounce (2002) é o último que conheço deles. Apesar de ter ficado popular com canções mais "soft rock romântico", Bon Jovi tb tinha pegada, e Everyday é um bom exemplo (embora não seja do porte das clássicas Living on a Prayer ou Wanted Dead or Alive).

     

    Soft rock romântico não é o meu estilo... Gosto do primeiro álbum de Bon Jovi, lançado no ano em que eu nasci, se não me engano. Não são músicas que eu leve a sério e são em sua maioria românticas, mas eu ignoro as letras. Runaway é minha preferida. É um álbum divertido. Pra mim há algo nostálgico no som anos 80, mesmo que eu tenha nascido no final de 84. Tentei, mas não consegui ir além do primeiro.

  14. Surpreendentemente, Maquinarama funciona pra mim como um álbum bonzinho. Rebelião é a melhor música e jamais teria sido escolhida como single. Os álbuns anteriores e o seguinte são insuportáveis. Muito ska ou muita música de amorzinho. Sei que Skank está longe de ser o melhor que eu posso encontrar no rock nacional. Pra quem gosta realmente de rock, o que não é o caso da maioria dos brasileiros, e pra quem tiver vontade e paciência, pode ser proveitoso olhar fora do mainstream.

     

    http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/skank/rebeliao/651194

  15. Tambem não acho que não funcione em outros filmes, o Herói era uma pintura mas lá parece que o diretor estava inspirado aqui ficou parecendo gratuito e depois de um tempo ele parece quere fazer melodrama. Aí é que incomoda. Mas mesmo assim ainda o acho um ótimo cineasta e estou ancioso para assistir o A Arvore do Amor.

     

     

    Eu gosto do cinema espetáculo de Zhang Yimou, mas tenho vontade de que ele volte ao estilo da primeira metade da carreira, a época de Lanternas Vermelhas, Operação Xangai, O Caminho para Casa e Ju Dou. Pena que ele não parece interessado em voltar... A propósito, quem quiser um filme de máfia e não viu Operação Xangai, veja.

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    Saló ou 120 Dias de Sodoma (Salò o le 120 giornate di Sodoma, Pier Paolo Pasolini, Itália, 1975)

    Às vezes, quando eu adoro um filme, tenho vontade de não revelar muito do que eu penso sobre ele. É o caso de Saló, mas há algumas palavras que eu quero dizer. É um filme louco, engraçado e divertido. Não do tipo que faz rir, e mesmo assim engraçado de alguma forma. Nojento em alguns momentos, mas faz parte da diversão. Como é bom ter gente pra brincar! Pena que acaba. Pra mim não faz a menor diferença o contexto político em que a história se insere, o que vale é a brincadeira.

     

     

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    Kyss mig (Alexandra-Therese Keining, Suécia, 2011)

    Eu consegui ver apenas alguma atração entre as duas mulheres, e não o amor que elas dizem sentir. A necessidade que elas têm uma da outra surge de forma pouco convincente, as cenas românticas parecem quase artificiais e o filme não funciona como o romance que tenta ser. Mas não é totalmente inútil. Eu posso considerá-lo razoavelmente bom, se pensar nele como uma história sobre lidar com desejos que se tornam dolorosos porque são reprimidos. Devo dizer também que a trilha sonora é eficiente.

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