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Lucy in the Sky

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Posts posted by Lucy in the Sky

  1. Jack Ryan: João e Maria: Caçadores de Bruxas (Hansel & Gretel: Witch Hunters, Tommy Wirkola, 2013) - Insano e muito divertido. A força deste filme está em ligar o foda-se e mantê-lo ligado durante uma hora e meia, mas fazer isso de forma consciente. A estória contém elementos bastante batidos do gênero de ação, mas os coloca em segundo plano; em primeiro plano, ação e sanguinolência desmedidos, Renner e Arterton chutando traseiros e Arterton sendo linda e maravilhosa até coberta de sangue e sujeira. O roteiro é apenas pano de fundo para o diretor brincar de ser um adolescente. Uhu!

     

    Vi o trailer e fiquei com a impressão de que é um filme idiota cheio de exageros irritantes. Eu me irrito com a ideia de que os filmes precisam ser muito modernos e ter um monte de efeitos especiais e lutas exageradas. Não tenho a menor vontade de assistir.

     

     

    Jack Ryan: Alta Frequência (Frequency, Gregory Hoblit, 2000) - Revisto. Fazia séculos que eu nem lembrava desse filme. Essa semana, me lembrei da música-tema, do Garth Brooks, peguei o filme e revi. Ainda gosto bastante. É um filme claramente mainstream, no sentido de que tu já sabe desde o começo que certas coisas vão acontecer, certas coisas não vão, pq seria muito chocante pro público-alvo. Ainda assim, a trama que se passa no passado e no presente ao mesmo tempo funciona bem, e os protagonistas, quase sem aparecem juntos, mantêm uma boa química. Não é nenhuma obra-prima, mas certamente merecia mais atenção do que recebeu.

     

    Pronto, fiquei com raiva do filme. Sei que muitos filmes que eu gosto são assim, mas dá raiva quando alguém joga na cara.  <_<

     

     

    ToninhoJoker: Flores do Oriente - Tinha assistido a 3 filmes de Yimou e gostei de todos, eram eles a OP Herói e os ótimos Clã das Adagas Voadoas e Flor Dourada, infelizmente tenho aqui a primeira decepção com o diretor. Esteticamente é muito belo mas tambem é onde reside suas maiores falhas, fica dificil se comover quando percebemos que o diretor trata tudo como se fosse uma pintura e até uma bala que fere uma criança soa como uma imagem bela. Nesse caso, até como espetaculo a produção falha já que o diretor repete quadros, acho que umas 3 vezes vi uma vidraça sendo atrevessada por uma bala em câmera lenta. Dificil tambem é ver como os personagens jamais soam humanos e basta perceber a forma como a mais bela das mulheres do bordel é filmada pra perceber isso, assim como o personagem de Bale que mesmo tendo escapado da morte por um triz já aparece rindo na cena seguinte - sorte que o ator com o decorrer da narrativa se mostra ótimo, caso contrário o filme se tornaria insuportável. É uma pena mesmo vendo que ouvi muitos elogios de outras pessoas para o filme, posso afirmar estar extremamente decepcionado. 2 estrelas em 5.

     

    Não vejo problema em tratar tudo como pintura, o que não significa que eu gostaria de qualquer filme assim. Adoro Herói, que é uma pintura em movimento com uma história qualquer. Gosto de Zhang Yimou. Meu filme preferido dele é Lanternas Vermelhas, seguido por A Maldição da Flor Dourada.

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    Comecei o primeiro da série Scrapbook, de Robert Opie. São nove livros ilustrando o que as pessoas costumavam comprar, os produtos que faziam parte da vida delas. Um para a era Vitoriana e um para cada década do século passado, exceto 1980 e 90. Complementam Remember When, que eu li em 2012 e é do mesmo autor e sobre o mesmo tema. Tenho outro dele a caminho: Sweet Memories, sobre a produção de chocolates, balas, toffees etc.. 

  3. Laurence Anyways

    Drama romantico franco-canadense apenas razoável, do naipe de “A Gaiola das Loucas” , so q mais serio, cujo maior entrave é a duração: 170 intermináveis e desnecessários minutos. O enredo ate q é bom ao tratar dum professor universitário heterossexual q pretende mudar de sexo e as conseqüências q isso acarreta no decorrer de uma decada. Mas lógico q vai perceber q até em países desenvolvidos a vida de traveco tb não é nada faci, inclusive em termos afetivos. O resto é um filme cafona, extravagante e melodramaticamente estiloso, com pretensões de ser um novo Almodovar (so q mais brega) e embalado em interpretações carismaticas. Vale a visita mas ainda assim prefiro o filme anterior do diretor, “Amores Imaginarios”. E atente pra ótima e ecletica trilha sonora noventista com hits de Kim Carnes, Duran Duran, The Cure, etc.. 8/10

     

     

     

    Lamento o tamanho do filme e imagino que no mínimo seja um pouco cansativo. Se Dolan tenta ser Almodóvar, espero que consiga se sair melhor comigo, o que está longe de ser impossível, já que o cinema de Almodóvar pra mim é no máximo bom.

     

    A falando em A Gaiola das Loucas, que eu sempre achei bem divertido... Existe uma adaptação francesa: La cage aux folles (1978). É mais contida e eu gosto, mas o clima meio extravagante do filme americano funciona melhor.

  4. Questão: "Ué LUCY, só na franquia mutante já vimos tempestade, Jean Grey, Magneto e Banshee voando, e nenhum deles tem asas. Pelo menos ao meu ver não sôou estranho."

     

    Magneto e Tempestade voam discretamente nos dois primeiros filmes, por isso eu achei aceitável. Sean voa ostensivamente e ficou bom, mas eu ainda tenho medo de vê-los voando. Não lembro de praticamente nada do terceiro filme e não quero lembrar.

     

    Questão: "SITH, é muito facil alterar a origem dos poderes de vôo/superforça da Vampira. Troca a Miss Marvel por um mutante qualquer e pronto. Não é realmente muito complicado explicar como ela obteu esses poderes. Ela matou o mutante com os poderes força/supervôo ficando com os poderes dele permanentemente. Se isso levar mais de dois minutos é muito."

     

    Concordo.

     

    Questão: "Creio que seja a unica maneira da personagem evoluir dramaticamente e justificar sua participação no projeto. Pois o drama de  " Que triste, não posso tocar ninguém", já foi explorado a exaustão na 1ª trilogia."

     

    Ela pode aparecer diferente mesmo sem poderes novos, mais tough, mas ainda infeliz, como não pode deixar de ser. Mesmo que não explorem o problema dela, não quero ver Rogue dando uma de pegadora, como faz ou fazia nos quadrinhos, ou feliz. Não convence. Acho que seria interessante ela adquirir novos poderes, mas não realmente importante.

     

    Questão: "LUCY não são os X men que são enrolados. São as tramas de viagem no tempo é que são."

     

    Os X-Men são enrolados. Todos os personagens com décadas de cronologia são, ainda mais os mutantes, que são tantos. Mas eu me referi a outro ponto, na verdade. Naquele momento não quis dizer que os X-Men são enrolados, e sim que a trama de Days of Future Past é. Ou parecer ser, pelo que disseram. Ainda estou tentando começar a ler.

  5. Podem dizer que morreu, desistiu, desapareceu... Não precisa ser uma explicação complicada. 

     

    A presença de Rogue não é tão difícil de explicar, já que muita gente especulou que a "cura" é temporária, por causa do final do filme. É só aproveitar. Eu gosto dela nos filmes, mais do que nos quadrinhos. Espero que ela apareça com poderes, senão além de não ter sentido, provavelmente será pouco interessante. 

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    O Sonâmbulo Amador, de José Luiz Passos, é esticado além do seu limite e na metade eu comecei a ter dificuldade pra continuar. Eu gostei, só acho que deveria ser mais curto. A história é introspectiva e é curioso enxergar as pessoas e as lembranças através dos pensamentos um tanto desengonçados do personagem principal. Os sentimentos dele não são explicados, mas é fácil se colocar no lugar dele e entender.

     

    Não comecei nenhum livro. Por enquanto estou apenas avançando na leitura dos que eu já estava lendo. Hoje eu pensei em começar North and South em março, mas amanhã provavelmente o escolhido será outro livro e depois outro...

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    To Our Loves (À nos amours, Maurice Pialat, França, 1983)

    Toca na questão da felicidade ao mostrar uma garota que carrega um vazio em meio a experiências sexuais com homens que ela não ama, mas o tom realista não leva a crer que a solução está em se apaixonar. Infelizmente, quando trata da sexualidade da personagem, o filme parece dar voltas em torno do assunto sem chegar lá. Nada o salva de ser um tanto monótono. Mas há algo bom; o conflito com a família, que exige da garota um comportamento tradicional. Os escândalos são brutais, e depois agir como se nada tivesse acontecido só torna a situação mais revoltante. Curiosamente, as pessoas parecem achar o comportamento normal, então pode ser uma questão cultural e o diretor talvez não tenha a intenção de que as brigas sejam chocantes.

  8. no vi ainda.... eu quelllloooooo ver!  :(

     

    O próximo dele, Tom à la ferme, está está em pós-produção, segundo o IMDb. Eu PRECISO assistir, senão eu morro. 

     

     

     

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    O Sétimo Continente (Der siebente Kontinent, Michael Haneke, Áustria, 1989)

    Toma bastante tempo para mostrar a rotina da família, que aparenta ser normal. É uma parte que poderia ser um pouco mais curta, mas não é tediosa, é estranhamente interessante observar os atos simples do cotidiano. A aniquilação chega, mas antes do fim propriamente dito, numa longa sequência depressiva cuja duração contribui para o seu efeito. A falta de explicação, além do alarmante desapego, só deixa a história mais perturbadora.

  9. Gosto também de I Killed My Mother, do mesmo diretor, e acho que lembro de você ter comentado aqui. Dos dois, o meu preferido é Les amours imaginaires. Dói ver a expectativa deles, cada um com a esperança de ser o escolhido, e a decepção de um dos dois toda vez que o outro é alvo de atenção. Gostei tanto que entrou para o meu Top 30. Estou com o terceiro filme de Xavier Dolan, Laurence Anyways, e devo assistir nas próximas semanas.

  10. Ratatoing (não importa, Brasil, 2007)

    Chupado de Ratatouille e realizado pela Vídeo Brinquedo, a mesma responsável por Carrinhos (Cars), Voando em Busca de Aventuras (Up), Um Ursinho da Pesada (Kung Fu Panda) etc.. Sempre tentando ganhar dinheiro em cima de filmes de estúdios famosos. Filme de baixo orçamento. Os ratos parecem de borracha, os movimentos são falsos e a cozinha do grande chef praticamente se resume a uma panela (lata de lixo em miniatura). Em algum ponto tem uma dança totalmente sem sentido, que é o momento mais insano do cinema de todos os tempos. Um dos melhores filmes ruins. É tão ruim que chega a ser fascinante.

     

     

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    Amores Imaginários (Les amours imaginaires, Xavier Dolan, Canadá, 2010)

    Excelente drama capaz de causar um desconforto persistente, ao tratar das conseqüências arrasadoras de estar apaixonado, e que aborda as gradações da orientação sexual humana. Um homem e uma mulher se interessam por outro homem e entram num aflitivo duelo implícito pelo seu objeto de desejo. Eles assumem a submissão patética de pessoas apaixonadas, que tentam desesperadamente chamar a atenção e se tornam emocionalmente dependentes. O homem dos sonhos é lindo e tem sexualidade dúbia e charme insuportável. Transita entre os dois com o irritante ar de confiança e despreocupação de quem comanda o show e não tem nada a perder. Um dos acertos do diretor é o uso de câmera lenta, música e fotografia exótica para destacar algumas situações. O grande erro é incluir depoimentos deslocados sobre decepções amorosas, mas eles podem facilmente ser ignorados.

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    Caché (Michael Haneke, França, 2005)

    O filme se baseia no desequilíbrio das vítimas e no caráter oculto da ameaça, e não no suspense, o que não é de forma alguma um defeito. A sensação ruim de estar sendo vigiado e, consequentemente, a de estar em perigo, mais a impossibilidade de entender o que está acontecendo e assumir o controle da situação. Quando assisti pela primeira vez não vi propósito em Caché. Melhorou na revisão, mas não muito. É um bom filme que deveria ter 15 ou 20 minutos a menos.

     

     

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    Funny Games (Michael Haneke, Áustria, 1997)

    A violência é maior do que as agressões físicas, está no controle exercido sobre o outro, na humilhação, nas ameaças e no medo, e é aterrorizante. Dos atores, destacam-se Arno Frisch e Susanne Lothar. Ela expressando o sentimento de horror que a situação causa. Ele como um vilão que tem bom humor e tranqüilidade ultrajantes, e nem assim deixa de parecer uma pessoa de verdade, um sujeito simpático de quem ninguém esperaria tamanha violência, o que o torna ainda mais assustador. Ignoro quaisquer pretensões críticas do diretor. Funny Games é um grande filme sem elas.

  12. 30 filmes. Sem ordem de preferência. A lista sempre muda.

     

    Elizabeth (Shekhar Kapur, 1998)

    Les quatre cents coups (François Truffaut, 1959)
    Alien (Ridley Scott, 1979)
    Laranja mecânica (Stanley Kubrick, 1971)
    Fahrenheit 451 (François Truffaut, 1966)
    Tarzan (Chris Buck / Kevin Lima, 1999)
    Les amours imaginaires (Xavier Dolan, 2010)
    À Ma Soeur! (Catherine Breillat, 2001)
    Cassino (Martin Scorsese, 1995) 
    What's Eating Gilbert Grape (Lasse Hallström, 1993)
    Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
    Beauty and the Beast (Gary Trousdale / Kirk Wise, 1991)
    2001: Uma odisséia no espaço (Stanley Kubrick, 1968)
    Gritos e sussurros (Ingmar Bergman, 1972)
    Les triplettes de Belleville (Sylvain Chomet, 2003)
    Heavenly Creatures (Peter Jackson, 1994)
    Persona (Ingmanr Bergman, 1972)
    Taxi Driver (Martin Scorsese, 1976) 
    Trois couleurs: Bleu (Krzysztof Kieslowski, 1993)
    Trois couleurs: Rouge (Krzysztof Kieslowski, 1994)
    Lanternas vermelhas (Yimou Zhang, 1991)
    O sétimo selo (Ingmar Bergman, 1957)
    Martyrs (Pascal Laugier, 2008)
    Jurassic Park (Steven Spielberg, 1993)
    Alice in Wonderland (Clyde Geronimi / Wilfred Jackson, 1951)
    You Are Not Alone (Ernst Johansen / Lasse Nielsen, 1978)
    Le procès (Orson Welles, 1962)
    Sleeping Beauty (Julia Leigh, 2011)
    Ratatouille (Brad Bird, 2007)
    O Senhor dos Anéis (Peter Jackson, 2001-02-03)
  13. "É muito desesperador." 

    Que meigo.  ^_^

     

    Eu adoro cinema europeu, inclusive o cinema que parece europeu, como os filmes canadenses de Xavier Dolan (conheci este ano e virei fã depois de dois filmes). Estou com a sensação louca de que quase todos os filmes franceses são no mínimo bons. 

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    I Killed My Mother (J'ai tué ma mère, Xavier Dolan, Canadá, 2009)

     

    Tragicomédia, aparentemente semi-autobiográfica, sobre as dificuldades de relacionamento entre um adolescente e sua mãe. Embora o ponto de vista seja dele, o filme não é maniqueísta, traz elementos que fazem com que a mãe não seja simplesmente ruim. 

     

    Mesmo com um tom cômico e momentos histéricos, retrata a realidade de personalidades incompatíveis e de que pessoas não se dão simplesmente por serem mãe e filho. A convivência é um combate extremamente desgastante contra manias e gostos irritantes, sem que nenhum dos dois consiga gostar do outro do jeito que ele é ou ser o que o outro espera. O desentendimento chega a um ponto intolerável.

     

    Os atores estão ótimos e oferecem sessões de bate-boca engraçadas e nervosas. O diretor, que acerta igualmente na comédia e no drama, é também o roteirista e atua no papel principal.
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