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Forum Cinema em Cena

Indiana Jones

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  1. Considerava 007 Contra o Foguete da Morte e 007 - Um Novo Dia para Morrer os piores da série, mas estão crescendo aos poucos. São filmes elegantes e elaborados em suas composições visuais.

     

    No primeiro temos um trabalho fabuloso de Ken Adam, talvez seus melhores sets para a série. Some ainda a majestosa trilha de John Barry. O tom "foda-se" (mas consciente) impresso por Lewis Gilbert se encaixa estranhamente bem aos aspectos mais elaborados do filme. Um trabalho de fotografia bacana e um Roger Moore inspirado (um grande e subestimado ator, nos Bonds e fora deles) completam o pacote, que falha apenas no elementos mais kitsch (o laboratório de Q, no mesmo tom errado do filme anterior, filmado com uma preguiça monstruosa) e no roteiro que recicla os dois filmes anteriores de Gilbert para a série.

     

    Chegando à obra de 2002 constatamos, com uma saudável distanciação de 10 anos, que o filme é bastante competente. Até chegarmos ao palácio de gelo (e o tom "foda-se" tomar conta até o desfecho) temos um dos melhores filmes da série. Mesmo os elementos mais absurdos dessa primeira metade funcionam dentro do contexto do roteiro. Surpreendentemente, temos uma "terapia de troca de DNA", um Bond surfista, London Calling, Maddona (!) e um duelo de espadas integrados de forma coerente com a trama de espionagem mais "real" do roteiro, tudo amarrado de forma segura por Lee Tamahori. Destaque também para a elaborada e sombria fotografia de David Tattersall, a mais radical da série até a época, fugindo do arroz com feijão que víamos há muitos anos (apesar de quebras nesse padrão, como o competente Robert Elswit em TND). Pena que o restante do filme seja desinteressante, decaindo para um filme genérico de ação (ainda que bem acima da média).

  2. A situação tá tão braba que congelei meu plano de só adquirir BDs. Últimos DVDs cofrados:

     

    Lost - Coleção Completa por 120 no Submarino

    No Direction Home - Bob Dylan duplo da Paramount por vintão nas Americanas de tijolo

    O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel simples, por 10 contos, na mesma Americanas (o meu disco de 2002 oxidou legal, o BD está quase a mesma coisa em relação à imagem e ODEIO a versão estendida)

  3. Admiro muito (detesto a expressão 'fã') Tolkien, Peter Jackson e O Senhor dos Anéis em filme. Mas estou com vontade de zero de ver esse filme, pelo menos agora nos primeiros dias. Não tenho nenhuma ressalva quanto às prematuras comparações com a NT de Star Wars (que admiro bastante, mesmo preferindo os originais), mas desde as primeiras imagens, trailers e informações... estou com um feeling de que vai sair uma bobagem daquelas. Essa sensação se consolidou quando vi a duração de 169 minutos (condensando o quê? 6 capítulos de um livro infantil?) e várias cenas kitsch nos trailers e videoblogs da produção (trenó de coelhos? visual CGIzão artificial dos trolls e orcs? humor pastelão? please bitch...).

     

    Espero estar completamente enganado, já que admiro demais a fimografia de Jackson (incluindo Um Olhar do Paraíso... vejam bem...). A própria divisão do livro em três filmes longos já é uma descarada jogada de marketing para arrecadar mais (e, claro, quando mais longo, mais os fãs imbecis irão rever para absorver tudo). Sem contar a sempre dispensável versão estendida prometida para o meio do ano (sim, odeio com todas as forças aqueles Godzillas com elefantíase que Jackson apresentou como "complementos" às versões de cinema de SDA). Sabe-se lá o que eles cortaram da obra, já que estou com a sensação de que incluíram cada frame e cena alternativa para inflar a duração para quase três horas.

     

    Novamente, espero estar errado em tudo, apesar do forte pressentimento. Volto aqui quando assistir à obra.

  4. Sério mesmo? Eu acho que entregaram um legítimo Bond e um legítimo Sam Mendes, antes de mais nada. Se você se mantém fiel à essência do personagem, as influências se tornam praticamente irrelevantes. Os filmes do Bourne influenciaram mais nas cenas de ação do que na direção e roteiro dos Bonds. São duas criaturas completamente distintas. Bond tem personalidade própria. Quando eles violam essa personalidade, independente da qualidade do roteiro ou da direção, o filme fica estranho (007 - Permissão para Matar): Bond se torna um intruso no próprio filme.

     

    Em Skyfall a influência de Bourne, mais visível nos filmes anteriores, é quase ausente. Mendes aposta em takes longos, deixando a própria natureza da ação se adaptar à narrativa, ao contrário dos ataques epiléticos de Greengrass. Se teve algo que Bourne influenciou de fato nos Bonds (e no cinema de ação atual) foi no campo do "realismo", sem fantasiar no roteiro ou na ação. Nos Bournes de Greengrass vemos um sutil descaso do diretor com a trama, o que é revelado no decepcionante desfecho do terceiro filme (que não discutirei em detalhes, pois só vi no cinema), em detrimento das maravilhosas sequências de ação. É tudo muito bacana, mas sem muita substância. Ao contrário, os Bonds de Craig não são um amontoado de cenas de ação cool em cenário europeu: tudo serve ao seu propósito, o propósito do roteiro.

     

    Outro ponto de divergência é o senso de humor, ausente nos Bournes de Dark Knights da vida. Bourne leva o "realismo" muito a sério, assim como os Dark Knights de Nolan. Esses filmes tem que se manter, pelo menos um pouco, no território do ridículo, saber rir de si mesmos. Nolan, por exemplo, não se toca do ridículo que é ter um cara vestido de morcego batendo a torto e a direito em mafiosos por toda Chicago. Imaginem um cara desses em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, só para se ter noção do absurdo que seria ter um batmóvel andando graciosamente nas ruas e a polícia nunca descobrindo quem teria essa grana toda para bancar a aventura.

     

    Não Bond. Não em Skyfall. O senso de humor nada discreto (as piadinhas da série estão de volta, organicamente inseridas no filme) nos lembra que, apesar do senso de realidade e urgência da obra, há algo de absurdo naquilo tudo. Assim, não há que se preocupar com a metade de um trem sendo arrancada e o maquinista seguindo em frente (sem pânico dos passageiros) por mais cinco minutos de filme. Mendes sabe que é um filme de Bond. Não precisamos de explicações para tudo que vemos na tela. Frise-se ainda que os "absurdos" do filme não chamam atenção para si mesmos, o que beneficia o filme e a história sendo contada, bem como o próprio desenvolvimento dos personagens. É a fórmula mágica da série em seu ponto máximo. Analisando friamente a obra depois da sessão podemos constatar esse momentos de ridículo mas, assistindo o filme sem se preocupar com essas bobagens, tudo parece fluir perfeitamente. E não é isso que é o bom cinema?

  5. Seguindo a tradição de série em trazer laranjas. Vai ganhar um nota para fazer o filme, mas provavelmente estará engessado com as instruções de Lucas para a direção.

     

    Não tenha dúvidas! Harrison vai gostar da idéia e nós também...

    Poxa, eu gosto do Han Solo. Sei lá, me identifico com ele. Trabalho medíocre, cheio de dívidas, carro velho... :lol:

  6. O problema com o filme é que os trailers entregaram demais. Toda a estrutura do filme foi revelada em 2 ou 3 trailers.

     

    Sévérine aparece de mãos atadas no covil faraônico do vilão > Silva atirando com uma pistola antiga (tiro ao alvo? não havia perigo nenhum na ilha...) > nem sinal da garota no restante do filme (considerando que deduzimos o roteiro do filme pelo trailer)

     

    A questão com Sévérine não é ter o destino clássico das bondgirls secundárias, mas que nenhuma das duas gostosas acaba sendo a bondgirl principal. Eve passa a sensação de ser a secundária. Então conhecermos Sévérine, que tem detalhes importante sobre o vilão, é misteriosa, é conquistada por Bond, e... pimba. É despachada sem cerimônias. O filme fica "sem" bondgirls até nos tocarmos de que M é a mulher fundamental da trama, não uma bonitona (lembrando que no filme anterior Bond só dá um selinho em Camille, sem ter nenhuma conexão sexual com a garota).

     

    PS: esse papo de a bondgirls serem mortas no meio do filme foi até motivo de piada no Cassino Royale dos anos 60.

  7. Pelo andar da carruagem, as coisas começam a tomar forma.

    • Se trouxerem os 4 protagonistas de volta (Luke, Leia, Han e Lando) com os atores originais, será apenas para passar o bastão. Coisa cretina.
    • Caso isso ocorra, não vão matar ninguém para não chocar (é a Disney). Isso significa, adeus Harrison Ford :lol:
    • É estranho que a Disney aposte em uma franquia protagonizada por idosos. Isso sugere mais um cameo nerdcore dos 4 atores.
    • É possível também que não apostem em novos personagens para levar a trama adiante, e escalem "atores da nova geração" para interpretar o quarteto.
    • Vader em forma de espírito, com provavelmente Hayden Christensen no papel.

  8. Steven Spielberg, Zack Snyder e Tarantino (!?) já são carta fora. Vaughn também. Tomara que sobre para alguém realmente competente, não um pau mandado X. Os diretores da Disney/Pixar são paus mandados, mas ainda tem mais qualidade que os de live-action.

     

    E estou começando a achar que o Lucas deteve mais poder sobre a saga do que foi noticiado pela mídia... muito mais.

    1. O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei = 10,0
    2. O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel = 9,0
    3. King Kong = 9,0
    4. O Senhor dos Anéis - As Duas Torres = 8,0
    5. Os Espíritos = 8,0
    6. Almas Gêmeas = 7,5
    7. O Hobbit - Uma Jornada Inesperada = 7,0
    8. Fome Animal = 7,0
    9. Conheça os Feebles = 7,0
    10. Trash - Náusea Total = 6,5
    11. Um Olhar do Paraíso = 6,5 

    (considero as versões preferidas do diretor, ou seja, os cortes de cinema, e a versão de 97 minutos de Fome Animal).

     

    Não vejo esse oba-oba todo em Fome Animal, apesar de ser muito divertido. O senso de humor sem pudores mas bem executado de Conheça os Feebles é o top do diretor em comédias.

     

    Os Espíritos são outra pérola que merece ser redescoberta. Extremamente bem humorado e sem pretensões, Jackson investe em um filme policial/comédia de horror com sucesso. Vi apenas a versão de cinema (a preferida do diretor, que se refere ao "director's cut" como um "director's fun version", já que teve o final cut na época).

     

    O restante, com exceção de Trash - Náusea Total, necessita de uma revisão, pois não visito as obras há alguns anos. Um Olhar do Paraíso também está longe de ser uma porcaria, apesar a mão pesada de Jackson em alguns momentos (aquele final com o vilão me fez corar de vergonha no cinema).

  9. Você tem que considerar o seguinte: Lucas controlou todo o processo com mão de ferro e o que saiu na tela, embora dirigido por outros, tem a cara do Lucas. Então pra dar certo do jeito que já deu, Lucas tem que estar presente como um verdadeiro consultor criativo e não como uma espécie de "decoy" onde ele não possa abrir a boca.

     

    E de mais a mais, tanto o Kershner quanto o Marquand não dirigiram nada mais que prestasse depois de SW... Parece mesmo que a saga foi o ponto alto da carreira de ambos.

    Exato. Lucas não era imbecil de conferir o controle criativo dos eps V e VI e outros. A questão é que ele quase morreu no coração em 76 e não queria passar pelo mesmo estresse de novo. Provavelmente ele elaborou apenas a história a ser desenvolvida em um roteiro decente, com um argumento bem elaborado. Na direção/edição, os diretores eram meros paus mandados (ainda que de qualidade), fazendo o trabalho e recebendo ou não a aprovação de Lucas. Era o set que estressava Lucas, não os filmes em si. Imagino o trabalho de Kershner e Marquand semelhantes ao dos diretores de segunda unidade, recebendo instruções de filmagem precisas, mas dirigindo os atores, ponto fraco de Lucas.

     

    Fica claro nos filmes dirigidos por Lucas que o cara sabe filmar e contar uma história com segurança. O ritmo imposto na edição também é primoroso. Não é um diretor fraco, apenas não se interessa tanto pelas atuações. O elenco classudo da NT garante, em parte, a eficiência dos filmes. Mesmo não sendo a melhor performance de suas carreiras, Natalie Portman, Liam Neeson, Ewan McGregor, Sam Jackson e Ian McDiarmid oferecem atuações suficientemente boas, mesmo com a fraqueza de Lucas nesse campo. A TC é cheia de desconhecidos, que tem suas melhores atuações justamente nos filmes não dirigidos por Lucas.

     

    E Peter Cushing e Alec Guinness provavelmente se dirigiram no primeiro filme. Ou eles se saem bem apenas porquê o Lucas gritava "mais rápido e mais intenso"?

     

    Abro ainda um parênteses para American Graffiti - Loucuras de Verão, em que Lucas deixava a situação rolar e fazia sua direção na sala de edição. Outro trabalho espetacular.

  10. Eu AMO as artes conceituais do Ralph McQuarrie. Se seguissem essa linha criativa, e fizessem um Star Wars mais wuxia/sci-fi/apocalíptico seria interessante. Digo, eles não tinham o orçamento e a tecnologia para dar tom preciso do McQuarrie na TC (e a NT tem outra concepção visual, mais focada no design futurista).

  11. http://en.wikipedia.org/wiki/Star_Wars_sequel_trilogy#Story_content

     

    Se seguirem essa linha de pensamento original do Lucas, com os heróis na casa dos 60/70 anos pode até sair coisa boa, com duas novas trilogias. Mas teriam que correr, senão o Harrison Ford não aguenta.

     

    ******************

     

    Ah... agora sim Lucas deixou o filme bem melhor... :lol:

     

    http://www.movie-cen...t.php?ID=123195

     

    Depois de 30 anos finalmente descobrimos que não havíamos visto os filmes, apenas uma versão incabada. Como pude aguentar assistir o filme de 77 com todos aqueles frames adicionais na cena da cantina? Francamente... :lol:

     

    http://www.movie-cen...rt.php?ID=17542

  12. Eu me referia ao realismo quando você disse que ele comeria um cara pelo bem da missão. No dia em que isso acontecer, queimo todos os filmes da série. :lol:

     

    PS: se o Pablito lesse o que eu escrevi ele com certeza iria achar que sou gay reprimido, que precisa negar a homossexualidade com frequência.

  13. Meu, aquela série do Genndy Tartakovsky é muito bacana. As duas primeiras temporadas foram uma enrolação, em termos de história, mas o visual era fantástico. Na terceira e última os episódios ganharam maior duração e uma história sensacional. Pena que a série atual não tenha alcançado a mesma qualidade. Ainda prefiro o visual animê-americano do Genndy aos gráficos de Play 3.

  14. James Bond nunca foi 100% realista. É impossível um servidor público ganhar o suficiente para se deliciar com hotéis 5 estrelas, suítes presidenciais, Aston Martins e um guarda-roupas infinito provido por Tom Ford e Brioni. Faz parte da farra, sair para se divertir no cinema, curtir todos aquelas absurdos. Pelo menos motivo, duvido que Bond enrabaria uma bundinha peluda em nome da rainha.

  15. Top 10 atualizado. Como faz tempo que não vejo a série, vou topear os que considero os melhores da série, de acordo com minha memória, sem ordem de preferência.

    1. 007 Contra o Satânico Dr. No
    2. Moscou Contra 007
    3. 007 Contra Goldfinger
    4. 007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade
    5. 007 - O Espião Que Me Amava
    6. 007 - Somente para Seus Olhos
    7. 007 - O Amanhã Nunca Morre
    8. 007 - Cassino Royale
    9. 007 - Quantum of Solace :ph34r:
    10. 007 - Operação Skyfall

    Com o tempo, alguns caíram no meu conceito, como Com 007 Só Se Vive Duas Vezes e até mesmo 007 Contra Goldfinger, em menor grau, enquanto outros que eu detestava passei a admirar, como 007 Contra a Chantagem Atômica, 007 - Marcado para a Morte e 007 - O Mundo Não É o Bastante.

     

    Gosto bastante também de Com 007 Viva e Deixe Morrer e 007 Contra GoldenEye. Revejo cenas da série com frequência, para matar a saudades, mas preciso arranjar tempo de ver um filme da série do começo ao fim.

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