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Forum Cinema em Cena

Bob Harris

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Everything posted by Bob Harris

  1. Excelente comentário, silva. Em relação ao humor do filme... Achei que é retratado de maneira tão irônica, que sem ele, acredito que 'faltaria' alguma coisa. E, de fato, o filme é simples. Acho que PURO é uma das melhores palavras que se encaixam. Tão puro, mas tão puro que chega a ser complexo de analisar.
  2. To me sentindo estranho até agora. Sério. Esse filme me tocou.
  3. Podem me rotular de fãnzóide, ou algo do gênero. Me perdoem, mas para mim, Shyamalan é gênio. Há tempos não saia do cinema tocado e emocionado. M. Night fez a sua película mais sincera. Rechada de metáforas brilhantes, prova ser um roteirista genial. Ainda estou chocado com o impacto que causou em meu estado emocional. Belíssimo. Uma fábula revestida de poesia. Fabuloso. E para apimentar discussões, não só digo que é o melhor filme do Shyamalan, mas também uma obra-prima do nosso século. Posso estar exagerando nas concepções de certos usuários... Todavia, é a minha humilde e sincera opinião... E.. Só espero que respeitem-a. Veredicto: | 10 | A+ P.S.: 'A Dama na Água'... Um dos poucos filmes a receber nota máxima por minha pessoa.
  4. 31 de agosto de 2006 - 21:06 "A Dama na Água", clima mágico debate mundo atual Um zelador (Paul Giammatti) que descobre uma ninfa (Bryce Dallas Howard) na piscina do condomínio de que toma conta. Esta é a história do filme. Luiz Carlos Merten Divulgação Bryce Dallas Howard interpreta a ninfa SÃO PAULO - "A Dama na Água", que estréia nesta sexta-feira, é a história de um zelador (Paul Giammatti) que descobre uma ninfa (Bryce Dallas Howard) na piscina do condomínio de que toma conta. Ao descobrir que se trata de personagem mítica, que habita uma clássica história de ninar, ele reúne os condôminos numa corrente para protegê-la e devolvê-la ao universo mágico de onde veio. É uma fábula que fala sobre o poder da narrativa, como contar histórias, a intolerância, as injustiças e a força da magia. Ninguém carrega a noite (night) nem expõe o fato de que é tímido (shy) no próprio nome impunemente. M. Night Shyamalan parece que já carregava no nome os sinais do cinema que viria a praticar em Hollywood. É o mais lunar dos grandes autores americanos e o mais metafórico, também. Ao contrário de outros, para os quais nada é o que parece, para Shyamalan tudo é, sim, verdade, mas como ele trabalha constantemente com metáforas é preciso interpretar seus sinais. Seu novo filme, "A Dama na Água", estréia sob o signo da desconfiança dos críticos. Desconfie deles. Shyamalan já devia estar prevendo o fato porque há um crítico no seu filme e nada do que ele diz faz sentido - só expõe seu preconceito. Na aparência, "A Dama na Água" é um conto de fadas perverso, para crianças que querem sentir o arrepio do medo e para adultos que não assassinaram a infância (como Shyamalan). O filme nasceu com "A Vila". O diretor, que também é roteirista dos próprios filmes, concebeu os dois simultaneamente, mas fez "A Vila" primeiro porque, na época, estava num momento sombrio e o outro filme respondia às suas questões - até onde ele iria para proteger a família? Fugiria do convívio social? Faria escolhas moralmente questionáveis? Não é que o novo filme seja propriamente otimista mas Shyamalan está mais generoso, acredita mais na esperança. A história do zelador que descobre essa estranha garota na água e ela lhe diz que é uma ninfa coloca imediatamente o tema do maravilhoso na vida cotidiana. Ela quer voltar para casa (o mais americano dos temas). Existe uma força negativa para impedir que isso ocorra. O herói vai ajudá-la e, ao fazê-lo, vai exorcizar os próprios medos. Mas ele não pode agir sozinho - precisa do grupo e nisso vai uma diferença e tanto na produção de Hollywood. O grupo é formado por párias - negros, chicanos, velhos. Tudo remete a "A Vila" - o prédio, a fera, a fragilidade da garota e a floresta circundante. Temos uma metáfora sobre a América atual, nada explícita, mas na qual tudo faz sentido. O cinema de Shyamalan coloca sempre a relatividade dos pontos de vista do narrador e do espectador. Quem conta um conto quer ser ouvido (e entendido). O zelador precisa identificar os sinais para descobrir quais o ajudarão na tarefa de preparar a garota para o vôo da águia (um símbolo dos EUA). O crítico, no filme, não lhe presta nenhuma ajuda. Ele precisa da inocência da criança. Mas a criança ainda não tem a vivência do mundo e se engana. Todo o filme é essa conversa sobre sinais. Já era assim no filme com Mel Gibson ("Sinais") que Shyamalan fez em 2002. Os sinais não se referiam aos extraterrestres, mas ao que Gibson precisava descobrir sobre sua família. Sempre os sinais - "A Dama na Água" poderia ser só um exercício, inteligente mas frio, de semiologia, essa parte da ciência que investiga os fenômenos culturais como se fossem sistemas de signos. Mas aí vem a grande cena, quando se forma a corrente em torno do corpo da garota que parece morta. O zelador diz uma oração que é para ele, para o seu renascimento, mais do que para o dela. O que se segue é absolutamente mágico. A Dama na Água (Lady in the Water, EUA/ 2006, 110 min) - Drama. Dir. M. Night Shyamalan. 10 anos. Em grande circuito. Cotação: Ótimo Realmente. A opinião dos críticos brasileiros está muito dividida. O Estadão acaba de dar QUATRO estrelas, o que é bastante raro. 'Isto é' elogiou MUITO e o Jornal 'O Globo' disse que é o melhor filme do ano. Minhas expectativas? Estão lá no alto.
  5. Eu assumo... Sou MUITO fã do Shyamalan. E sei que vou gostar de 'A Dama na Água'. Só acho que as críticas negativas não apresentam argumentos palpáveis para não se gostar do filme. E as críticas positivas são MUITO mais convincentes.
  6. Omelete.... Não muito positiva... A Dama na Água Por Marcelo Hessel 31/8/2006 Trailer Trailer 2 A Dama na Água Lady in the Water EUA, 2006 Suspense - 110 min Direção e roteiro: M. Night Shyamalan Elenco: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Noah Gray-Cabey, Jessica Graham, Cindy Cheung, Bob Balaban, Sarita Choudhury, Brandon Cook, Mary Beth Hurt, Freddy Rodríguez, M. Night Shyamalan, Brian Steele, Jeffrey Wright A dama na água (Lady in the Water, 2006) é o pior filme escrito e dirigido por M. Night Shyamalan desde O sexto sentido (1999), mas é também o mais divertido. É o mais auto-indulgente, daqueles que se curvam para enxergar melhor dentro do próprio umbigo, mas é também o mais auto-paródico, dos que sabem rir de si mesmos. Conflitante? Pois o próprio cineasta não deixa de ser uma contradição - e o processo entre a concepção e o lançamento do filme é emblemático. No ano passado Shyamalan brigou com a Disney - por onde lançou O sexto sentido, Corpo fechado (2001), Sinais (2003) e A vila (2005) - em nome da sua independência de criador. Há anos ele tenta fugir do estigma das "surpresas" do suspense (A Vila é incompreendido justamente porque todos só prestam atenção na famigerada reviravolta no roteiro, nunca nas soluções de direção), e há anos o público sempre espera dele um novo O sexto sentido. Agora sediado na Warner Bros., A dama na água deveria representar uma nova fase. Uma fase em que as pessoas deixariam, enfim, de enxergar Shyamalan antes de atentar para o seu trabalho. E o que ele faz? Forra o filme de si mesmo. Para ser justo, Shyamalan já atuava em seus longas, em condição de protagonista, desde Praying with Anger, sua estréia, em 1992. O que conta na prática, porém, é o período pós-99 - e mesmo em Sinais o papel de Shyamalan na trama não era tão destacado. Aqui o seu núcleo dramático conflita com o principal. Na trama, um zelador chamado Cleveland Heep (Paul Giamatti) resgata uma misteriosa jovem (Bryce Dallas Howard) da piscina do prédio e descobre que ela é uma ninfa de contos de fadas tentando voltar pra casa. Shyamalan vive Vick, escritor de obra inacabada que, ao ter contato com a ninfa, vê seu futuro se iluminar. O fato de Vick receber a notícia de que escreverá o livro que influenciará o futuro presidente dos Estados Unidos já entra no citado terreno do humor. É Shyamalan fazendo piada com o jeito de Shyamalan enxergar o mundo como uma roda de predestinações. O problema é a maneira como o cineasta sequestra a fábula de A dama na água para chorar a sua condição de incompreendido e seu complexo de perseguição. É engraçado ver sofrer um crítico de cinema transformado em personagem? Sem dúvida. Mas se o diretor indiano quer seguir adiante com a sua obra, piadinha de metalinguagem não é o melhor caminho. Na história, o personagem de Giamatti zela pelos cuidados com a ninfa como se ela sofresse de descrença geral - a humanidade, em suma, desaprendeu a usar a imaginação. Shyamalan age como se a fábula fosse um gênero desacreditado. É uma situação cômoda, um mártir de véspera. Qualquer Guillermo Del Toro prova que uma fábula não precisa se reafirmar como tal para ter credibilidade. Não é o fim do mundo, claro. A dama na água ainda é melhor do que o grosso da produção de Hollywood. No filme há conceito (a idéia do condomínio como um pequeno mundo que precisa achar seu equilíbrio se completa, politicamente, com as images da Guerra do Iraque na TV) e há arrojo formal. Se o roteiro peca pelo retrocesso (a história do herói em busca de redenção, igualzinha à de Sinais, já havia sido superada em A Vila), sua construção de imagens é impecável. Poucos nos EUA manjam de enquadramento como Shyamalan, no sentido de utilizar profundidade e ponto focal como formas de criar suspense. A cena em que a ninfa sai da água pela primeira vez é exemplo disso: os olhos do espectador acompanham o zelador ao fundo, enquanto ela surge desavisada em primeiro plano. Ver Shyamalan filmar é a parte mais divertida - afinal, ele entende do que faz. Mas, de certa maneira, o fato de sabermos que Shyamalan está ali, que aquelas são as suas marcas, é parte do dilema. Nem o próprio diretor parace se contentar mais com aquilo que já conhece. Será ótimo quando ele perceber que, por questão de sobrevivência artística, o importante será marcar um recomeço. E começar de novo envolve risco, não autodefesa.
  7. depois ele diz que o crítico arrogante é um estereótipo. Pois é. Ele se contradiz. Críticos... Sempre acham que estão certos, e se alguém discorda, está fora da realidade.
  8. Um último comentário... Não seria muita pretensão? Veredicto do Pablo: 'O Sexto Sentido' - ***** 'Corpo Fechado' - **** 'Sinais' - *** 'A Vila' - ** 'A Dama na Água' - *
  9. Aliás, afirmo... O maior problema de 'A Dama na Água', foi, novamente, o Marketing. Praticamente, em todas as críticas que li, reclamam que a película não convence. E eu digo: Ninguém está preparado para conferir uma 'fábula' no cinema. O Trailer passa a impressão de ser um filme de terror e não um drama psicológico. Meus colegas conversaram comigo hoje: "Você vai ver aquele novo filme de terror do diretor de O Sexto Sentido?". Tentei responder que não era de terror, mas não adiantou e ainda por cima fui caçoado... Enfim..
  10. Sinceramente? Não gostei da crítica. O Pablo tem que aprender a respeitar as opiniões dos outros. Ótimo... Se ele não gostou, não significa que quem gostar está fora da realidade. Críticos expressam opiniões, e não as impõe.
  11. Opa, opa... Temos uma segunda impressão sobre o filme no MESMO site... Nós Vimos II: A Dama na Água Por Carlos Dunham — Segunda, 28 de agosto de 2006 Sexto sentido de Shyamalan canaliza sinais em uma vila Era 1999, o Século XX estava prestes a concluir sua existência, e enquanto o mundo estava empenhado em saber como seriam os próximos 100 anos e a melhor forma de construí-los, um rapaz de menos de 30 anos encantou o planeta ao lançar seu terceiro filme, e o trabalho que o projetaria mundialmente. O rapaz chamava-se - e chama-se, claro - M. Night Shyamalan, e o filme era O Sexto Sentido, uma obra-prima e o melhor filme realizado em toda aquela década - uma mistura encantadora e sublime de terror, suspense, drama existencial e contatos espirituais que instantaneamente converteu-se em referência definitiva para o cinema que viria a ser feito a partir daí - afinal, esse verdadeiro boom de filmes sobre contatos entre encarnados e desencarnados vêm daonde? Uma obra-prima como O Sexto Sentido não é feita todo dia, nem mesmo todo ano, e o ônus que atingiu Shyamalan foi o mesmo que, em períodos anteriores, já perseguiu Orson Welles, Fellini, Delbert Mann, James L. Brooks e vários outros nomes do cinema: a suposta obrigação de se fazer um filme tão bom quanto a sua obra de estréia. Depois de The Sixth Sense, Shyamalan escorregou, talvez pela única vez, com o mediano O Corpo Fechado, diversão agradável, mas também um filme que qualquer um faria, e melhorou com o bom Sinais, onde estão presentes muitas de suas características - como o sofrimento dos personagens lhe permitindo a redenção e a expiação de suas culpas, e outras, das quais falaremos abaixo. E, em 2004, o gênio Shyamaliano comprovou que a obra-prima de 1999 não seria a única em sua carreira, e fez o planeta babar com o extraordinário A Vila, filme que nos permite acreditar na perfeição das obras realizadas pelo homem, e que contêm em seu desfecho um dos finais mais surpreendentes e, talvez, o mais inteligente que o cinema já realizou nos últimos 111 anos. A Vila é um filme que não deveria ser exibido em cinemas, mas em templos, como reverência e gratidão à genialidade de M. Night Shyamalan. Restava a preocupação se o genial diretor iria novamente permitir-se acometer do que lhe ocorrerá à época de O Sexto Sentido: após haver feito um filme tão genial quanto estes, o seguinte deixaria a desejar. A preocupação estava presente desde 2004, quando A Vila foi lançado. E encerrou-se já no primeiro fotograma deste mais recente filme de Shyamalan, A Dama na Água: trata-se de uma obra-prima, um dos mais belos e melhores filmes dessa década, e a definitiva comprovação de que Shyamalan não é apenas um diretor de obras isoladas: é um cineasta maduro e consistente, criador de uma genial filmografia cujos filmes não são apenas sublimes por si só, mas que pertencem a um todo com conteúdo específico e que se comunicam entre si. Em A Dama na Água, Shyamalan nos conduz a um condomínio de classe média baixa, habitado pelos mais variados tipos humanos. Cleveland Heep (em excelente desempenho do grande Paul Giamatti) é o zelador dessa localidade, um homem repleto de conflitos pela família perdida e até mesmo pelo constrangimento imposto por seu nome. Um certo dia, na piscina do local (apesar do condomínio ser direcionado à classe média baixa, o mesmo tem uma piscina - talvez uma sugestão de Shyamalan para indicar que aquele espaço fora construído para oferecer muito mais do que se obteve, metaforizando a sensação de perda de seu moradores), Cleve vê uma mulher saindo das águas. Mulher? Talvez seja melhor dizer uma sereia, um ser encantado, tão encantado que obteve as formas de Bryce Dallas Howard. O zelador, um homem certinho e correto, zelando pela moça, decide devolvê-la às águas, mas é impedido de o fazer porque, uma vez que saiu, ela, Story, não pode mais voltar - seres do mal com vulto de lobo estão também no condomínio para impedir seu retorno e atacar os que tentarem ajudá-la. Além da metáfora da piscina, é de se atentar para o nome da personagem, Story, estória, pois é ela o cerne e a razão de ser de A Dama na Água - mais, é a sua estória que motiva e redime, no decorrer do filme, os habitantes daquele condomínio. A trama apresentada, a amizade que se constrói entre aqueles moradores com o objetivo de salvar a moça dos lobos, já ser revela fascinante por si só, mas Shyamalan não se permite limitar-se a ela. O cineasta coloca, em A Dama na Água, todos as características que o fizeram o melhor cineasta vivo em atividade no mundo: como em O Sexto Sentido, o contato com outro plano (aqui, um plano ficcional) oferece aos viventes na Terra um oportunidade de redenção: tanto o sofrido Cole Sear de Haley Joel Osment como o solitário e amargo Cleve de Paul Giamatti vêem seus problemas serem expelidos de seu interior através da chegada de um ser que não pertence a este plano. Da mesma forma, assim como já fizera em Sinais, mais uma vez Shyamalan coloca a chegada abrupta de um elemento externo como motivo de perturbação e estranheza por parte dos personagens de um microcosmos isolado - entre seus componentes (familiares ou não) e uns com os outros. E, mais uma vez, a união entre esses seres tristes, solitários, visando auxiliar a terceiros, permite que o grupo chegue a uma conclusão no qual a solidariedade é exercida e a tranquilidade, conquistada. E, como em A Vila, novamente o cineasta cria, para desenvolver sua ação, personagens que optaram por se desligar do mundo, pessoas tão amarguradas pela vida que não possuem interesse em saber o que se passa fora de sua localidade - mas que, para ajudar o próximo, estão dispostos a arriscar tudo, seja o seu maior segredo, seja o seu desejo de introspecção. É curioso notar como, comparando-se A Dama na Água com os grandes filmes anteriores de Shyamalan, chega-se sempre a um mesmo ponto, com pequenas variações ou não: em seus filmes, há sempre um elemento externo estimulando a solidariedade entre seres isolados de uma pequena localidade, que haviam optado por se afastar do mundo. Mas, exatamente por buscar auxiliar o próximo, esses personagens acabam por atingir seu objetivo e alcançar a redenção - tema que Shyamalan tão bem apresenta em seus filmes. Shyamalan já demonstrou ser um homem religioso e, sem fazer obras denotativamente religiosas (a exceção é O Sexto Sentido, onde os aspectos religiosos ficam explícitos), sempre alcança seu objetivo de transmitir a Mensagem Divina de solidariedade entre os homens e de dignidade ao se enfrentar o sofrimento como força para redimir o ser humano. Obra da sua maturidade, A Dama na Água desenvolve a potências elevadíssimas todas essas características, confirma o nome de seu diretor como um gênio do cinema, e já se insere, desde o seu primeiro dia de lançamento, como um dos grandes filmes que o cinema já realizou em toda a sua história. Apesar de discordar com o fato de 'Corpo Fechado' ser mediano, a crítica está sensacional e a película é chamada de obra-prima.
  12. Crítica do Site Sobrecarga: Nós Vimos: A Dama na Água Por Marcelo Del Debbio — Quarta, 23 de agosto de 2006 Triste a sina do diretor cuja obra prima foi o seu primeiro filme... depois disso, só ladeira abaixo...Dia 1º de Setembro estréia mais um fiasco do outrora brilhante M. Night Shyamalan Shaymalan começou sua carreira na grande Hollywood com o maravilhoso e surpreendente Sexto Sentido, com o Bruce Willis e Haley Joel Osment dando um show de interpretação no thriller mais original e inteligente de 1999. Depois dele, filmou uma das histórias mais bacanas de super-heróis de todos os tempos, Corpo Fechado, também com Bruce Willis, só que desta vez enfrentando ninguém menos que a lenda: Samuel Jackson. E em algum ponto no começo do século XXI, todo o talento de Shaymalan desapareceu misteriosamente, talvez abduzido por alienígenas junto com aquele filme meia-bomba de aliens que tem medo de água e decidem atacar a Terra, com o Mel “bêbado e antisemita” Gibson fazendo o papel de fazendeiro redneck que se vê às voltas com estranhas marcas circulares em sua plantação, recheado de clichês e enrolando muito mais do que precisava. Foi o começo do fim. A Vila foi, talvez, o fundo do poço para Shaymalan. Talvez o pior filme que eu tenha visto em muito tempo. Mas não se preocupe: A Dama na Água não é tão ruim quanto a Vila. Pelo menos, na Dama na Água existem MESMO seres encantados, não tiozinhos barrigudos vestindo capas vermelhas. Desleixo. A impressão que o filme passa é de uma produção completamente desleixada e pobre, cheia de erros de continuidade, com atores meia-boca, interpretações forçadas, um enredo fraco e um microfone que insiste em aparecer sobre as cabeças dos atores o tempo todo (eu contei 9 vezes... será que ninguém na sala de edição percebeu? Ou os microfones também eram seres encantados da trama e eu que não percebi?). O maior problema da Dama na Água nem está na precariedade das cenas ou no roteiro fraco e personagens pouco desenvolvidos, mas no que o pessoal acabou chamando de “síndrome de Shaymalan”, onde ele quer porque quer colocar reviravoltas mirabolantes da trama em todos os seus filmes. Em Dama na Água, isto é tão óbvio que o filme se torna totalmente previsível, com o espectador descobrindo onde ele quer chegar assim que os personagens vão sendo apresentados... Vou falar um pouco sobre a história sem dar nenhum spoiler (mesmo porque desta vez nem tem): uma narf (interpretada por Bryce Dallas Howard, que mais parece o Frodo com peruca ruiva) aparece um belo dia nadando no meio da piscina de um condomínio povoado por seres mais bizarros e folclóricos do que as criaturas da floresta encantada: temos as 5 mexicanas histéricas, o garoto que lê a sorte nas caixas de cereal, o crítico chato de cinema que narra o que vai acontecendo no filme usando termos de crítica, o maluco por guerras que fica trancado em seu quarto, o grupo de hippies maconheiros, o garoto que só malha o lado direito do corpo e assim por diante, com o maior ego-trip de todos no personagem Vick, (mal) interpretado pelo próprio Shaymalan no papel do escritor “cuja obra um dia influenciará aquele que se tornará o presidente dos Estados Unidos” – fala sério!. O zelador (Paul Giamatti, de American Splendor), cuja família havia sido morta misteriosamente no passado, começa a conversar com a garota da água e descobre que ela é um personagem de um conto de fadas chinês chamada narf (narf?), inimiga mortal dos lobisomens de grama chamados “scrunts” (não ria com o nome ridículo, ele é a única coisa que presta do filme) que deveria ser protegida pelos tartutics (bem... eles também prestam, mas aparecem muito pouco) e que deveria despertar algum iluminado da vida, e quem vai explicando tudo isso para ele é a velha misteriosa chinesa (?) que também mora no condomínio. Entendeu agora porque a Disney pulou fora do projeto? Imagine se o velho Walt estivesse vivo e um zé mane apresentasse esse roteiro para eles? Talvez quem for fã mesmo vai teimar de assistir e até falar que o filme é bom só porque enterrou a grana do cinema e não vai querer dar o braço a torcer, mas que eu avisei eu avisei. Vá por sua conta e risco (mas se for, conta pra mim quantas vezes você viu o microfone pendurado). Puff. Crítica HORRÍVEL. Uma das piores que já li em tempos! 'A Vila' o fundo do poço? 'Uma narf que parece o frodo de cabelo RUIVO'? Deus..
  13. Do jeito que o Pablo é, deve ser péssimo.
  14. No blog dele: http://www.cinemaemcena.com.br/pv/journal/blog.asp Hum. Isso seria BOM ou RUIM?
  15. Em seus maus momentos, como Corpo Fechado e A Vila, essa distância se alarga – e, aqui, se torna quase irrecuperável. Comentário infeliz. 'Corpo Fechado'? Maus momentos? Minha opinião é OPOSTA a dela. Considero 'A Vila' e 'Corpo Fechado' os melhores dele.
  16. Saiu a crítica da Boscov: A lenda sem cabeça O nome de M. Night Shyamalan já foi sinônimo de boas surpresas. Hoje desperta desconfiança Isabela Boscov Divulgação Bryce, como Story, com seu protetor Giamatti: pedir que se acredite em ninfas de piscina já é demais DA INTERNET Trailer do filme Quando lançou O Sexto Sentido, o indo-americano M. Night Shyamalan instantaneamente se tornou uma enorme promessa artística. A cada novo filme, porém, seu nome evoca mais frustração – e A Dama na Água (Lady in the Water, Estados Unidos, 2006), que estréia nesta sexta-feira no país, não deve ajudar a reverter essa expectativa negativa. O excelente Paul Giamatti, o único elemento do filme que não merece nenhuma ressalva, interpreta Cleveland Heep, zelador de um condomínio de pequenos apartamentos, tão bem-intencionado quanto solitário. Cleveland suspeita que alguém esteja usando a piscina de noite, fora do horário permitido. Mas o que encontra nela não é algum atleta notívago, e sim uma ninfa marinha chamada Story (Bryce Dallas Howard, de A Vila). Story está ali para cumprir uma missão: despertar num escritor uma centelha que será decisiva para o futuro da humanidade. Quem é esse escritor, ela não sabe dizer, e também ignora quem são as pessoas designadas a protegê-la dos perigos que cercam sua tarefa. Cleveland se dispõe a ajudá-la. Sua principal pista é uma senhora coreana, que se recorda de situação semelhante num conto de fadas que sua mãe costumava narrar. E, a essa altura, a bagunça já está instalada. Na escala do improvável, propor comunicação com os mortos ou invasões alienígenas é uma coisa; já ninfas em piscinas, esperando que uma grande águia venha resgatá-las, é outra bem diferente – um verdadeiro convite ao humor involuntário, e mais uma boa razão para que se discuta qual é, afinal, o dom que tornaria Shyamalan tão especial quanto se julgou. Existem pelo menos duas maneiras possíveis de olhar os filmes do diretor: do seu próprio ponto de vista, como a história que ele pretende contar; e do prisma da platéia, como o filme a que ela efetivamente está assistindo. Em seus bons momentos, Shyamalan se sai bem justamente pela forma como primeiro explora a distância entre esses dois pontos de vista e então a transpõe. São suas célebres reviravoltas: a surpresa de que também o personagem de Bruce Willis é um fantasma que só o menino interpretado por Haley Joel Osment é capaz de ver em O Sexto Sentido, ou o fato de que alguns dos dados aparentemente aleatórios de Sinais se revelarão um passo-a-passo para debelar uma invasão alienígena. Em seus maus momentos, como Corpo Fechado e A Vila, essa distância se alarga – e, aqui, se torna quase irrecuperável. O que faz Shyamalan fracassar é exigir do espectador que ele acredite em tudo e qualquer coisa, sem oferecer sedução ou verossimilhança em quantidades proporcionais. Seu método, enfim, é sempre rigorosamente o mesmo. Algumas histórias se adaptam a ele, outras não. E a de A Dama na Água, que o diretor tirou de um conto de fadas que ele próprio inventou para fazer suas filhas dormir (deve ter funcionado às mil maravilhas), é a mais absurda delas. Contos de fadas não são brincadeira de criança; são codificações poderosas de sentimentos e complexos ancestrais, capazes de atravessar os séculos e as civilizações com sua essência inalterada. Shyamalan é um cineasta talentoso, que sabe enquadrar suas imagens e montá-las num ritmo deliberado. Também tem uma boa intenção: celebrar a maneira como uma narrativa é capaz de reunir pessoas díspares numa mesma experiência. Mas ele não é nenhum Grimm, Perrault ou La Fontaine. Sua lenda não tem nem pé que a sustente nem cabeça que a faça ecoar com algo sequer parecido com a força desses enredos.
  17. Pois é. Sem comentários para a resenha de "Manderlay", feita pelo Sadovski. Aliás, vou colocar alguns trechos da resenha de "A Dama na Água": - 'M. Night Shyamalan diz que A Dama na Água é o seu filme mais acessível. Verdade. Exatamente por isso que é o mais difícil. O diretor construiu seu primeiro longa-metragem totalmente linear, uma delicada obra de fantasia urbana sem grandes surpresas narrativas, mas repleta de camadas que poderão passar despercebidas por um público desatento" - 'A Dama na Água é um filme alternativo de primeira, disfarçado de obra mainstream. Shyamalan, que nunca fez um longa raso em sua curta carreira, se livra dos grilhões da reviravolta final e tem coragem de ser pretensioso, primeiro incluindo o personagem de um crítico de cinema cínico e incorporando o papel de escritor que servirá de inspiração para grandes mudanças futuras.' - 'A Dama na Água consegue tocar em assuntos mais profundos , como a formação de uma nação, o perigo do individualismo e o choque da guerra. Agora, isso vai importar na hora da pipoca?' Comprem a revista. A matéria sobre o diretor está INTERESSANTÍSSIMA e bastante completa.
  18. Mesmo com algumas falhas, o filme mantém a regularidade. Flashbacks desnecessários, chavões abusivos são os principais problemas da película. Todavia, é uma produção interessante e bem realizada. Destaque para os dois atores centrais. Pillar cativa e emociona. Enfim, não é o melhor que o cinema nacional possa oferecer, mas, de fato, devemos prestigiar. Veredicto: e 0.5 | 7 | B-
  19. Bem. Saiu a nota da SET. Eu sei que a Revista tem uma queda pelos filmes do Shyamalan, mas a película recebeu 8.0. Muito acima do que eu esperava. Aliás, "A Vila", recebeu a mesma nota. _Hen_Ri_Que_2006-8-4 17:3:31
  20. http://www.mnightfans.com/ladyinthewater/review.php Bem. Eu sei que é um site voltado aos fãs do Night... Mas... Se agradou EXCEPCIONALMENTE a este fã, imagino que irá me agradar também.
  21. Claro que não!!! Ou vc viu alguem aqui dizendo que o filme é sublime' date=' sem falhas e com um roteiro perfeito? [/quote'] Não vi ninguém comentando assim, mas muitos adoraram, falam que é a melhor opção para as férias. E eu não achei tudo isso que estão comentando. Achei bem fraco/ regular/ medíocre.
  22. Fui o único que achou o filme regular?
  23. Ambos "A Dama na Água" e "A Casa Monstro" tiveram péssimas estréias. Mas, foi o que eu havia dito no tópico 'Bilheteria'. Antipatia do publico (pós "A Vila") + críticas negativas = fracasso. Dúvido que alcance U$25 milhões nesse fim de semana.
  24. Eu esqueci de ver, mas disseram que mostra o cãozinho como um Deus naquela vila dos canibais.
  25. É' date=' algum nível de sanidade deverá se manter intacto no meio de tantas paixões negativas e positivas incitadas. Mesmo entre os próprios críticos alguns já se negam a continuar a essa onda anti-Shyamalan (que inegavelmente existe e está varrendo a recepção de seu filme pela mídia). Veja: 63 Boston Globe Wesley Morris There is a good chunk of Lady in the Water that is simply too well made and affectingly acted to dismiss as a mere exercise in arrogance. [/quote'] Realmente.. A crítica desse jornalista é excelente. Aliás, que coisa sufocamente esses críticos anti-Shyamalan. Bem.. Este próprio deve estar se lixando para eles.
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