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Forum Cinema em Cena

TOMATE

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Everything posted by TOMATE

  1. Texto muito bom... http://www.scoretrack.net/portuguese2.html www.scoretrack.net BATMAN Origem e Evolução nos Quadrinhos A primeira revista periódica de quadrinhos a trazer histórias inéditas, num único gênero, foi a “Detective Comics”, que surgiu em março de 1937 contendo histórias policiais de "Speed" Cyril Saunders, Cosmo, Slam Bradley, Captain Burke e Taro, entre outros. Para explorar o sucesso excepcional do Superman Whitney Ellsworth, supervisor das publicações da DC, recorreu a Bob Kane e lhe pediu que criasse um novo personagem. Kane foi pedir ajuda ao seu amigo Bill Finger, um autor de talento com quem ele já criara Rusty e Clip Carson, para a revista "Adventure Comics". A idéia basica de Kane era muito vaga: um herói vestido de vermelho, com duas abas rígidas nas costas e um pequeno capuz como mascara. Da idéia inicial, Finger manteve apenas o nome Batman, inspirado no filme The Bat, de 1926. Finger decidiu transformar Batman num justiceiro impiedoso, parecido com um vampiro. Com sua determinação e aparência aterrorizante, ele inspiraria medo nos criminosos. Na revista "Detective Comics" número 27 ocorreu a estréia do Homem-Morcego, sendo que no número 33 é retratada sua origem. Com dez anos de idade, Bruce Wayne vê seus pais sendo brutalmente assassinados. Anos mais tarde ele decide combater o crime, e um morcego que aparece na mansão Wayne lhe dá a idéia de como inspirar terror no coração dos criminosos. Iria defender Gotham City (nítidamente inspirada em Nova York) e o mundo dos criminosos. Nas primeiras histórias Batman utiliza até uma pistola, mas como as tramas lembravam mais um filme de horror, Finger decidiu humanizá-lo criando o cinturão com dispositivos, as luvas aladas e a capacidade de escapar de qualquer armadilha, como o mágico Houdini. Depois do número 35, outro autor de nome Gardner Fox é designado para as histórias do morcego. Ele basicamente fez o personagem enfrentar vampiros, lobisomens e outras assombrações pelos EUA e Europa. Isso dura pouco tempo. Jerry Robinson, assistente de Kane, decide que Batman devia ter um parceiro, daí Kane e Finger criam Robin, que surge em 1940. Dick Graison seria o assistente de Bruce Wayne/Batman, que salvaria o herói de armadilhas, mas que seria salvo também. Batman não utilizaria mais uma pistola, e se tornaria um excelente detetive como Sherlock Holmes. Também foi criada uma galeria de vilões com algum grau de loucura: Coringa, Duas Caras, Pingüim, Charada, Espantalho, O Cara de Barro, Camaleão, Mosqueteiro, Mulher Gato (que se apaixona pelo Batman ) e uma centena de outros. Também é nessa época que surge o Batmóvel, que se transformaria num ícone do universo do morcego. Do cinema foi aproveitado o artifício da dupla identidade e o traje negro com capa, claramente inspirados no filme A Marca do Zorro, de 1920. O bat –sinal veio do filme The Bat, onde o vilão, com um sinal, mostrava onde seria seu próximo roubo. Dos programas de rádio, como The shadow (1930-1954) e The Green Hornet (1936- 1952), veio o ambiente sombrio. Também vemos semelhanças com O Fantasma de Lee Falk: a morte do pai, o juramento de vingança, a máscara e uma caverna como esconderijo. O sucesso de Batman foi tanto que em 1940 ele já tinha uma revista própria, uma tira em jornais, e a partir de 1943 surgiram os produtos para o público. Em 1943 Batman também chegou ao cinema através do seriado The Batman, além de ter aparições ainda na "Detective Comics" e na Sociedade da Justiça da América (a sociedade aparece nos quadrinhos "All Star"). Robinson e Finger foram os responsáveis pela criação do maior inimigo do morcego, o Coringa. Nos anos 1950, as histórias foram relativamente fracas e esquecíveis. Em 1941 o desenhista Dick Sprang juntou-se à equipe de criadores, onde ficou até 1963. No ano de 1955 Sprang assumiu a revista “Worlds Finest”, onde Batman e Superman formavam uma dupla no combate ao crime. Gardner Fox, que fazia parte da equipe desde 1939, criou o Doutor Morte, o Batplano e o Batarangue. Ele se afastou da equipe pouco depois, só retornando em 1964 a pedido de Julius Schwarts, para revitalizar personagens como Charada e Espantalho (por causa da série de TV que seria produzida). Carmine infantino assumiu os desenhos do Batman em 1964, devido a solicitação de Julius. Carmine modificou o uniforme do morcego: aumentou as orelhas e a capa, colocou um nariz na mascara e incluiu um circulo amarelo no peito do morcego. As modificações agradaram o publico,causando o aumento das vendas. Julius teve a péssima idéia de matar Alfred, isto gerou a criação da Tia Harriet, e ambos acabaram parando na televisão. A popular série de TV, de 1966, também revitalizou o herói, recuperando-o de seu fraco desempenho na década anterior. Alfred depois é ressuscitado nos quadrinhos, devido ao sucesso da série. Carmine também assumiu a tira de jornal do herói, mas por não dar conta de ambos, abandonou-a depois, ficando apenas com a revista. Em 1967 ele introduziu num roteiro de Gardner Fox,a Batgirl, que agradou os produtores da série e também foi parar na TV. Na série, como em sua introdução na "Detective Comics" 359, ela era Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon. A Batgirl chegou a substituir o Batman na Liga da Justiça algumas vezes, além de ter tido inúmeros encontros com a Super-Moça. Mas antes da Batgirl existiu a Mulher-Morcego (Kathy Kane), e a sobrinha de Kathy era a Menina-Morcego. Isso fora criado no período de Schiff, e ignorado pelos que vieram depois dele. A partir de 1966, com o sucesso da série de TV também passaram a ser publicados os livros de bolso com histórias do Vigilante Mascarado. Nos anos 1970, os roteiros de Dennis O'Neil receberam os desenhos de Neal Adams. Foram eles que criaram o mortal Ra's Al Ghul, e resgataram o aspecto assustador do Coringa. Neal tem um estilo naturalista na sua ilustração, que funcionou muito bem com os roteiros sombrios de Dennis. O trabalho deles praticamente estabeleceu a personalidade definitiva do morcego, que na década posterior é aprofundada por Frank Miller. Eles são considerados por muitos como a melhor dupla de criadores do Batman. Em 1986 Dennis se tornou o supervisor responsável pelo universo e continuidade nas historias do morcego. Ele criou a "Bat-Bible" (Bat-Bíblia), com as diretrizes sobre o morcego que deveriam ser utilizadas nas diversas mídias. Ele aposentou-se dessa função somente em 2001, mas continua como consultor editorial da DC Comics, e escreve historias para outros personagens. Também existe a fase "antes e depois de Frank Miller". Existem certas regras sobre o Batman que não podem ser quebradas, mas em 1985 Miller encontrou uma forma de burlá-las. Miller tinha feito sucesso nos quadrinhos do Demolidor, da Marvel, e a DC Comics decidiu contratá-lo e investir pesado nas idéias dele. Miller criou a mini-série essencial Batman: O Cavaleiro das Trevas. Nessa história vemos um Bruce Wayne aposentado vinte anos no futuro, com Gotham City tomada pela criminalidade e violência, e o mundo mergulhado numa crise bélica (uma clara crítica à Guerra Fria e ao governo Ronald Reagan). Em meio ao caos, Batman sai da aposentadoria para combater novamente o crime. A mini-série tornou-se um best seller e atraiu a atenção do público, que passou a não enxergar mais os quadrinhos como “histórias bobas para crianças”. Miller criou ótimas imagens de ação, e se inspirou em Bernie Krigstein, Will Eisner e mangás japoneses. Vimos um novo Robin (uma garota), um Batmovél que parece mais um tanque de guerra, e também tivemos fortemente a introdução da mídia nas histórias, algo que foi copiado depois em Spawn (a televisão massificada como espelho da opinião pública). Jim Lee (foi o marco nas histórias do Morcego no início do século 21) ficou fascinado com esses quadrinhos, e decidiu que essa seria sua profissão também. Em 2001 Miller lançou Batman: O Cavaleiro das Trevas 2, mas agora com inspiração na era de prata da DC (anos 50 e 60). Metade dos fãs não entendeu essa mudança, e a outra metade não gostou delas. Porém, mesmo não sendo melhor que a original, ainda é uma obra-prima. Em 2005, Miller e Lee criaram a graphic novel All-Star Batman e Robin, que é focada em Robin, e segue o patriotismo pós- 11 de setembro de 2001. Nos anos 80, a DC criara a mini-série Crise nas Infinitas Terras, para arrumar a bagunça cronológica e reapresentar seus heróis, com modificações. Ícones dos quadrinhos foram selecionados para essas reformulações: John Byrne (Superman), George Perez (Mulher Maravilha) e Miller (Batman). Ele criou a mini-série Batman: Ano Um, que retrata o primeiro ano de Batman combatendo o crime em Gothan City. Começa com Wayne retornando de suas viagens pela Europa e Ásia, onde adquiriu suas habilidades, e no mesmo dia o tenente James Gordon chega de Chicago, para assumir um posto na policia de Gotham. Vemos Gordon combatendo os policiais corruptos, o que lhe causa problemas até na vida pessoal, e sua aliança com Batman é forjada. O fato de existir uma polícia corrupta insere um motivo real para o Batman existir. Miller foi o primeiro a mostrar uma policia corrupta na cidade do morcego, e esta sua obra foi uma inspiração direta para o filme Batman Begins (2005). Gordon vai aos poucos conseguindo o apoio da imprensa e da opinião publica, para enfrentar a corrupção. No inicio ele era antagonista do morcego, mas vai se tornando seu aliado, além de nutrir a desconfiança que Wayne e Batman sejam a mesma pessoa. Mais do que aliados, eles vão se tornando amigos também. Em outro foco, vemos a primeira tentativa frustrada de Bruce em combater o crime, a percepção de que deve aterrorizar os criminosos levando-os ao medo, a criação do traje, os primeiros confrontos com a polícia e a relação de amizade com Harvey Dent. Perto do final da história, a policia da cidade já vê Batman como um forte aliado, e rapidamente vemos a origem da Mulher-Gato. Ela é uma prostituta que, inspirada no morcego, cria sua fantasia para cometer roubos. Temos ainda a apresentação do criminoso Carmine Romano, que reaparece na mini-série O Longo Dia das Bruxas, nos anos 90. A arte de Ano Um ficou a cargo de David Mazzucchelli, e as cores de Richmond Lewis dão um clima noir à historia. Foi o sucesso da obra de Miller para o morcego que levou ao surgimento do filme Batman (1989). Nos anos 80, Robin torna-se Asa Noturna, o líder dos Novos Titãs (um grupo de jovens heróis da DC), e o Robin Jason Todd é recrutado. Jason era um ladrão de rua, enquanto Dick viera de uma família circense. Como esse novo Robin não agradou, foi produzida uma trama onde o Coringa mata o rapaz no Oriente Médio, onde havia se aliado ao aiatolá Khomeini. O terceiro Robin, Tim Drake, vem de uma família rica e é vizinho de Wayne. Entre 1992 e 1994, foi produzida a saga A Queda do Morcego, para aumentar as vendas que andavambaixas. Durante a primeira fase, Batman trabalha de forma obsessiva e sem descansar, o que vai deixando-o exausto. Foi criado o vilão Bane, natural da ilha de Santa Prisca, para derrotar o morcego. De forma astuta e inteligente, ele descobre a identidade de Batman, percebe a sua exaustão e liberta todos os prisioneiros do Asilo Arkham. Após recapturar quase todos os criminosos do asilo, Batman enfrenta Bane, mas devido ao seu estado é derrotado, e tem sua espinha quebrada, ficando paralítico. Um pouco antes Batman e Robin já estavam treinando Azrael (um personagem criado na mini-série Azrael para ser o novo Batman), que com a tragédia teve que assumir o manto do morcego. Devido a uma programação mental, criada por uma seita religiosa radical à qual ele fazia parte, Azrael se descontrola, tomando ações muito agressivas, assustando até o Robin. Ele cria uma nova armadura, e ao confrontar Bane, consegue derrotá-lo. Na segunda fase o novo Batman expulsa Robin da Batcaverna, e ao mesmo tempo Wayne tentava se recuperar fisicamente na Europa. Durante o resgate da doutora Shondra, ele se recupera fisicamente devido aos poderes ocultos dela, e o novo Batman comete um assassinato. Na terceira fase Wayne retorna para Gotham, e descobre o ocorrido. Ele treina para fortalecer novamente seu corpo. Numa batalha épica de Batman x novo Batman, que atravessa toda a cidade e termina na Batcaverna, ele retoma o manto do Morcego. Mas sua amizade com Gordon fica abalada, já que ele percebeu a troca e viu os resultados trágicos. Durante os anos 90 foram produzidas outras sagas interessantes, como Contágio (um vírus mortal espalha-se pela cidade) e Terremoto (um terremoto devasta Gotham), entre outras. Mas nenhuma delas chegou aos pés do trabalho de Miller, que mesmo 21 anos depois, ainda é a sombra sob a qual todo Bat-criador vive. Guilherme da Costa Radin
  2. A notícia tá um pouco velha, mas é só pra atualizar o tópico http://www.shrekthethird.com/ Shrek Terceiro 10/11/2006 19:21 Depois de voltar aos cinemas com seu terceiro filme, o ogro Shrek vai se aventurar na televisão em 2007. O personagem terá o especial de Natal Shrek The Halls, resultado da parceria entre a DreamWorks Animation SKG e a rede de TV ABC Entertainment. O filme, com 30 minutos de duração, será dirigido por Gary Trousdale (O Corcunda de Notre Dame; A Bela e a Fera) e transmitido pela ABC em dezembro do próximo ano, informou a DreamWorks. Segundo Jeffrey Katzenberg, diretor-executivo do estúdio: “Chegou a hora de curtir a data ao lado de Shrek e sua família. Shrek The Halls segue um caminho natural para nós, e estamos muito contentes em ter a ABC como parceira na expansão do mundo de Shrek para a arena da televisão.” Para o presidente da ABC, Stephen McPherson, “os clássicos para a família são nossa prioridade e (o filme) será lembrado ano após ano, será uma boa adição para os programas natalinos do canal, ao lado de Meu Papai é Noel 2 e O Natal do Charlie Brown.”
  3. Ontem saiu esta notícia na Folha de SP
  4. Veja a nave do Quarteto Fantástico Odair Braz Junior 30/11/2006 O USA Today revelou hoje em primeira mão a foto do Fantásticarro, a nave que o Quarteto Fantástico usará no próximo filme, Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer., que estréia dia 15 de junho de 2007 nos EUA. Como dá para ver pela imagem, o veículo do grupo ganhou um design muito bom e totalmente arrojado. O artista Tim Flattery - o mesmo do Batmóvel de Batman Eternamente - foi quem desenvolveu o conceito visual do Fantásticarro. Ele criou várias versões - incluindo uma parecida com o carro do Homem-Morcego - até chegar a esta que acabou sendo aprovada pelo diretor Tim Story. Segundo Flattery contou ao USA Today, "o diretor queria algo menos agressivo. Queria alguma coisa que se parecesse menos com um predador e que fosse mais amigável, que sempre foi o estilo do Quarteto". No total, o Fantásticarro levou dez meses para ser desenhado e construído. Para chegar ao desenho final, Flattery se inspirou em arraias marítimas. No filme, a nave é movida por um acelerador de próton, pode voar a uma velocidade de 800 km/h e se separar em outros veículos menores. Ainda segundo o USA Today, Jessica Alba, que interpreta a Mulher Invisível, disse que "foi como uma manhã de Natal quando o vimos pela primeira vez. Com todos os mostradores e o controle, já queríamos voar nele. É o melhor brinquedo". Avi Arad, o produtor dos filmes da Marvel também deu uma palavrinha: "Não há muitos veículos que tenham um papel importante nas histórias em quadrinhos. Então, você tem de fazer direito. Queríamos que parecesse futurista e ao mesmo tempo plausível. Para os fãs, o carro pode ser tão importante quando os personagens". Agora fique com a fotona.
  5. Pra quem curte Tintim... Tintim: tradição e modernidade como estética política Capa dos três novos lançamentos (esq.) e da 1.ª aventura: uma raridade SÃO PAULO - Tradição e modernidade dão o tom das obras do quadrinhista belga Hergé e seu lendário personagem Tintim lançadas agora pela Companhia das Letras. Nos três livros em quadrinhos, A Estrela Misteriosa, O Segredo do Licorne e O Tesouro de Rackham, o Terrível o autor mostrava o que havia de mais avançado nas ciências e tecnologias da década de 40, mesclado com um característico cavalheirismo europeu. Simbólica de sua época, esta estética de duplo sentido foi uma das mais poderosas forças políticas daquele período. Para além do consumo, o passado tradicionalista e o futuro tecnológico foram dois dos elementos mais usados para consolidação das maiores potências mundiais do século 20. Os três livros, com histórias interligadas, mostram as aventuras do simpático repórter Tintim em busca de tesouros diferentes, mas de equivalente valor. Em A Estrela Misteriosa o herói acompanha uma expedição de cientistas ao Ártico em busca de um meteorito com propriedades químicas desconhecidas. No Segredo do Licorne, Tintim e o rabugento Capitão Hadock se vêem às voltas com criminosos à procura de um mapa do tesouro escondido na miniatura de um navio francês. Em O Tesouro de Rackham, o Terrível, Tintim e seus companheiros finalmente partem em busca do almejado tesouro de um pirata do século 17 - como sempre, contando com as mais modernas parafernálias subsidiadas por eminentes cientistas. Sempre distinto, Tintim se mostra aberto às novas experiências do mundo que o cerca. Tem extrema confiança nas instituições e especialmente na ciência. Em A Estrela Misteriosa se mostra totalmente avesso à superstição. Quando, junto ao seu inseparável cão Milú, percebe uma sutil diferença na disposição das estrelas, se diz intrigado. "Assim que chegarmos em casa vou telefonar para o Observatório". Qualquer coisa além de surpresa é especulação. Cair no erro é tolice. Há de se procurar um especialista. Interpelado por um pretenso profeta que vê o fenômeno astronômico como o sinal do fim do mundo, Tintim empresta sua sensatez: "Escute aqui, seu profeta: vá dormir. É melhor para o senhor e para todo mundo". Volta ao passado Em O Segredo do Licorne, volta-se para o passado. Quando Tintim presenteia seu amigo Capitão Hadock com um modelo do galeão Licorne, este revela que o tal navio foi comandado por um antepassado seu que viveu na época de Luis XIV (1643-1715). Impressionado, Tintim escuta fascinado Hadock contar a história do ancestral. Atacado por um navio pirata, diz que o capitão foi obrigado a explodir a embarcação espalhando seus tesouros pelo mar das Antilhas. Conseguindo escapar, o velho comandante deixou um mapa escondido nos modelos da nau para seus descendentes. Com o passado determinando o futuro, abre-se uma nova aventura para Tintim e o Capitão Hadock. O Tesouro de Rackham é particularmente interessante. Editado originalmente em 1945, a capa da HQ já é emblemática: Tintim e Milú, a bordo de um submarino em forma de peixe protegido por uma carlinga semelhante a um avião, observam admirados a vastidão do fundo do mar. Tal imagem pode parecer um tanto démodé hoje em dia. Exploração submarina é algo corrente há no mínimo 40 anos. No entanto, imagine-se o jovem leitor daquele tempo. A obra de Hergé, ao mesmo tempo em que visitava lugares comuns à experiência e à memória européia, projetava um futuro moderno e fascinante. Hergé, simpatizante dos nazistas Esse é o teor da obra de Hergé, pseudônimo de Remi Georges (1907-1983). As aventuras de Tintim são um vasto repertório de imagens fiéis à realidade. Era uma das prioridades do autor visitar sempre os locais que retratava dando textura e cores dos ambientes mais estranhos. Atento ao progresso da ciência, Hergé incluía nas suas histórias os últimos avanços da tecnologia. O autor teve sua obra marcada por um claro posicionamento político. A primeira aventura de seu personagem, Tintim, repórter do Petit Vingtiéme no País dos Sovietes, uma raridade originalmente publicada em 1929 que criticava aquela nova força política chamada comunismo. Petit Vingtiéme, aliás, era o nome da revista católica na qual o próprio Hergé trabalhava. Álvaro de Moya, autor de História das Histórias em Quadrinhos, Shazam! e O Mundo de Disney, disse ao Estado que Tintim no País dos Sovietes foi uma obra encomendada. Mas era mais que natural que Hergé fosse anticomunista. O que pode soar estranho é que ele também fosse colaborador dos nazistas. Descobertas após sua morte, as inclinações políticas de Hergé abrem espaço para uma série de especulações sobre o conteúdo de sua obra. Dizer que suas revistas fazem apologia ao anti-semitismo ou diretamente ao próprio nazismo é absurdo. Por outro lado, o que se nota, certamente, é uma semelhança com a estética do nazismo. É difícil negar que a obra de Hergé caminhe pela via observada pela ensaísta Susan Sontag, ao comentar o trabalho de Leni Riefenstahl, a cineasta oficial do Terceiro Reich: "O documento (a imagem) não é apenas o registro da realidade, mas é uma razão para a qual a realidade foi construída, e deve, eventualmente, suplantá-la". Quando Tintim dá um basta no delírio do profeta, parece estar querendo substituí-lo por algo mais palpável. Prefere dar ouvidos a uma autoridade maior, racionalmente estabelecida, o cientista do observatório. Pouco importa se a imagem contida no desenho é verídica ou não. O que parece ser a mensagem em Timtin é um "dever ser". Trata-se de uma discussão delicada. "Hergé foi colaborador dos nazistas no tempo que a Alemanha invadiu a Bélgica. Quando terminou a guerra, todos os que foram colaboracionistas foram condenados. Algumas pessoas foram poupadas", afirmou Moya. A atriz do cinema francês Danielle Darrieux e o próprio Hergé foram alguns deles. Entretanto, "não se sabia que Hergé estava inclusive mandando dinheiro para os nazistas foragidos no Brasil, na Argentina e outros países na década de 50". Entretanto, segundo Moya, comparar a obra de Hergé com a de Leni Riefestahl é um exagero. "Hergé é muito mais parecido com Walt Disney, com um traço simples, canhestro." Sob este olhar, quem acha que a obra de Hergé possui um caráter totalitário deve pensar que ele não foi o único a conciliar modernidade e tradição em torno de um herói. O Capitão América possuía exatamente as mesmas características. Criado em 1941, ele sintetizava o espírito americano no tempo da 2.ª Guerra Mundial. Em suas histórias, Steve Rogers, identidade civil do herói, passou de jovem franzino a super-soldado pela milagrosa invenção do Dr. Reinstein, um super-soro que transformava qualquer sujeito normal em um atleta indestrutível. No entanto, não foi o soro que fez do Capitão América um símbolo de patriotismo: isso já era a raiz de sua identidade. Com Tintim, Capitão América e outros heróis dos anos 40, arte e convicções ideológicas são absolutamente inseparáveis. A Estrela Misteriosa - O Segredo do Licorne O Tesouro de Rackham, o Terrível, de Hergé. Editora Cia. das Letras. 64 págs. e R$ 34,50, cada exemplar.
  6. O excelente Valinor está promovendo um abaixo assinado para ver se a Warner tupiniquim lança o box com as versões estendidas do filme. Eu assinei. • Assina ae.
  7. Pois bem, não achei nenhum tópico sobre notícias de Lost, então resolvi colocar aqui. O conteudo no link é exclusivo para assinante UOL ou folha, quem for assinante de qquer um basta entrar com email e senha. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1611200606.htm
  8. Eu curto SCi Fi e pelo visto quase ninguém aqui curte. E pra quem curte acho que isto aqui é uma ótima notícia.
  9. Mas antes queremos entrevistar você... Marca aí... Vcs estão me zoando, né? Fiquei fora do fórum quase um século e já tão querendo colocar a tomate pra tostar na chapa!!! Depois agendo uma coletiva com vcs. Deixa eu voltar a interagir com o povo primeiro.
  10. Uau... Que entrevista, hein?!?!?!?! Não sabia da existência dessa cozinha duvidosa.... <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Fico muito satisfeita por ser lembrada pelo Ricardo. Ele sempre demonstrou ser um verdadeiro amigo, disposto a ajudar e curioso por si só. O Ricardo é o tipo de pessoa que pode ser chamado de amigo e companheiro pra todas as horas, falo isto não só pq é de BH e muito menos por ter citado o meu nome na entrevista, mas pq ele me deu carta branca há muito tempo. E ele nunca esquece de mim, sempre está me procurando. Gosto do jeito dele, pq ele é sincero e é o tipo de pessoa que sempre está disposto pra ajudar. Te adoro muito, viu?
  11. O grande responsavel que me fez gostar da cultura oriental foi Akira Kurosawa. Segue a lista dos filmes dele, os que estão em vermelho foram os que eu já vi. » Madadayo (1993) » Rapsódia em Agosto (1991) » Sonhos (1990) » Ran (1985) » Kagemusha - A Sombra do Samurai (1980) » Dersu Uzala (1975) » Dodeskaden - O Caminho da Vida (1970) » O Barba Ruiva (1965) » Céu e Inferno (1963) » Sanjuro (1962) » Yojimbo - O Guarda-Costas (1961) » A Fortaleza Escondida (1958) » Trono Manchado de Sangue (1957) » Os Sete Samurais (1954) » Viver (1952) » O Idiota (1951) » Rashomon (1950) » Cão Danado (1949) » Duelo Silencioso (1949) » Juventude sem Arrependimentos (1946) » Sugata Sanshiro (1943) TOMATE2006-10-18 10:26:43
  12. * Túmulo dos Vagalumes (já vi, mas queria um pra mim) * Livro de cabeceira * Veludo Azul * Paris, Texas
  13. Hoje em dia não se faz Sessão da Tarde como antigamente, só tem filme de cachorro que fala, cahorro que pensa, humano que encarna em cachorro, cachorro perdido e etc. Nada contra este bichicnho, só acho que é falta de criatividade da Globo pra escolher os filmes, até mesmo pra Temperatura Máxima já está ficando chato.
  14. Teve uma hora que ela ficou atrapalhada com as perguntas do Movi, outra falava nada com nada, mas isto é normal. Que venha as outras entrevistas!
  15. Este filme vai ser praticamente fútil, uma mistura de As Patricinhas de Beverly Hills e Legalmente Loira O figurino de 1 milhão de dólares Esqueça a história, a música, o cenário. Em O Diabo Veste Prada, o que encanta mesmo são as roupas Se Prada é a marca da chefe diabólica, Chanel é a da sua assistente: aqui, no casaco ajustado, com botas até a coxa, míni de tweed e top metalizado A transformação começou: cabelo escorrido, sobretudo de lã, boina de tweed Chanel, bolsa de cobra Calvin Klein, sapatos Marni e luvas Apressada, com estilo: vestido de jérsei Calvin Klein, óculos escuros Chanel Como filme, o maior elogio tem sido o de ser considerado melhor do que o livro que lhe deu origem (o qual, diga-se, não é nenhuma grande obra da literatura mundial, embora tenha vendido cerca de 20.000 cópias no Brasil e mais de 1 milhão nos Estados Unidos). Mas o que prende a atenção, encanta e arranca suspiros na versão cinematográfica de O Diabo Veste Prada, o livro de Lauren Weisberger que expõe o mundinho da moda nas bem-cuidadas peles de uma editora de revista má como a peste e sua determinada assistente, são as cores, volumes e tilintar de bling-blings do fabuloso figurino, um desfile de grifes elegantes montado pela stylist e empresária de moda Patricia Field, a mente por trás dos arroubos de ousadia indumentária de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) e amigas no seriado Sex and the City. Com ajuda de três assistentes, Patricia montou cerca de quarenta conjuntos de roupas e acessórios para a diabólica editora de moda Miranda Priestly, interpretada por Meryl Streep, e outros sessenta para a assistente-capacho Andrea Sachs (Anne Hathaway). Rechearam as araras dos camarins das duas atrizes vestidos, casacos e outras peças com etiquetas como Louis Vuitton, Calvin Klein, Giorgio Armani, Hermès, Louboutin, Gucci, Valentino e Chanel, num total de 1 milhão de dólares em roupas e acessórios. Prada, a marca do título, aparece até com parcimônia, em sapatos (quatro em cada dez usados por Meryl Streep), um conjunto e uma escancaradamente legendada bolsa de 1.445 dólares logo na abertura. "O filme mostra o mundo da moda pelos olhos de uma revista de moda. Precisei ter muito cuidado para não montar um figurino compreensível apenas por quem vive nesse mundo. O importante era criar um estilo original para a Miranda e usar marcas conhecidas para Andrea", disse Patricia a VEJA. Na trama, a recém-formada Andrea Sachs aceita o "emprego pelo qual milhões de garotas morreriam" e vira a faz-tudo de Miranda, poderosa comandante da maior revista de moda dos Estados Unidos, a fictícia Runway. Faz-tudo aqui não é força de expressão: ela pendura os casacos de pele de milhares de dólares da chefe, busca seu café pelando, leva seu cachorro ao veterinário, recolhe sua roupa na lavanderia. Em troca, a moça, que era simplesinha de doer e tinha orgulho disso, ganha acesso ao fantástico guarda-roupa amealhado pela revista e, com a ajuda de uma espécie de fada madrinha fashion – o editor de moda Nigel (Stanley Tucci) –, vira outra pessoa, chique, bem penteada e bem maquiada. "No começo ela é uma garota comum. Não feia, nem uma caricatura da falta de estilo, apenas comum. Quando se transforma em uma pessoa fashion, passa a usar as grandes marcas que são fotografadas pela revista", explica Patricia. O charme dos acessórios: dois colares de pérolas com vários pingentes e boina de tweed. A marca? Chanel Direto do acervo da Runway: sobretudo de lã, saia de veludo Gucci, bolsa Chanel e botas Louboutin Quem gosta de moda perderá a pose e ficará de queixo caído do meio até o fim do filme, quando Andrea, já de franja e cabelos escorridos, desfila, um depois do outro e não necessariamente nesta ordem, um sobretudo de lã creme com boina de tweed Chanel, uma bolsa-saco Calvin Klein de pele de cobra dourada, sapatos de tweed cinza Marni e luvas, um sobretudo de lã de carneiro Rebecca Taylor com saia de veludo berinjela Gucci, meia-calça preta trabalhada, bolsa de couro Chanel, botas de couro Louboutin e gorro de cashmere, um blazer justo de crepe de lã Chanel com minissaia de tweed marrom Kristina Ti, top com aplicações metalizadas, botas de couro preto até a coxa e colares de ouro vintage, uma camisa branca Miu Miu sobreposta por blusa preta, boina Chanel e dois colares de pérolas com pingentes também Chanel, um vestido de jérsei verde Calvin Klein com cinto de couro, sapatos em verde dourado, bolsa dourada, óculos escuros Chanel – uma vertiginosa seqüência de tirar o fôlego e desviar a atenção do resto da cena. O auge da elegância é atingido na festa de gala em que ela surge deslumbrante em um longo preto John Galliano (Miranda veste na mesma ocasião um Valentino confeccionado especialmente para o filme). "Amei o vestido. Toda vez que o vestia, cantava Rich Girl, da Gwen Stefani. Fiquei emocionada de usar algo tão lindo", suspira Anne Hathaway. O figurino de Miranda, suposta caricatura da editora Anna Wintour, manda-chuva da Vogue americana (de quem Lauren Weisberger foi assistente, mas que jura de pés juntos não ter nada a ver com sua personagem), mereceu cuidados especiais. "Por ser uma poderosa executiva da moda, não queria colocar nela nada que se identificasse com algum período ou tendência. Queria que tivesse seu estilo próprio", diz Patricia. No guarda-roupa básico da personagem entraram peças do acervo Donna Karan da década de 80 e roupas pouco datadas da grife Bill Blass, além da infindável seqüência de bolsas e casacos deslumbrantes que todo dia despeja na mesa da assistente – aproximadamente quinze de cada, num total de 30.000 dólares só em peles. "Uma das bolsas que eu usei no filme custava 12.000 dólares. Para mim, é inconcebível", declarou Meryl Streep, de quem partiu a idéia de leiloar parte do figurino (outra parte foi devolvida às grifes e algumas peças foram dadas de presente às atrizes). Durante a filmagem, Patricia, que atualmente faz a produção da versão americana de Betty, a Feia, conta que uma de suas maiores dificuldades foi o orçamento de 100.000 dólares, limitadíssimo para as ambições do figurino. A solução, diz, foi apelar para "a ajuda de meus amigos da indústria da moda", que emprestaram roupas e colaboraram sem cobrar nada. Outro obstáculo, mais intangível, foi o receio de algumas marcas de, com sua participação, atiçar a ira da Miranda Priestly que impera na Vogue. "Realmente, alguns se preocuparam com a reação de Anna Wintour e preferiram não participar. Se percebia desconforto, eu não forçava", diz Patricia. O resultado, uma festa para os olhos, poderá ser conferido a partir de 22 de setembro, data prevista para a estréia do filme no Brasil. Puro poder: em seqüência, Meryl-Miranda desfila 30 000 dólares só em casacos de pele; na festa de gala (acima, à direita), Valentino sob medida para ela, Galliano para a assistente Andrea
  16. Com estas cores aí ficou parecendo a bandeira do orgulho gay. Mas ficou bonito.
  17. Shrek 3 - Shrek the Third (2007) Informações Técnicas Estúdio: DreamWorks Animation (Distribuição, Produção); PDI (Produção) Elenco: Vozes de: Mike Myers (Shrek); Cameron Diaz (Princesa Fiona); Eddie Murphy (Burro); Antonio Banderas (Gato de Botas); John Cleese (Rei Harold); Justin Timberlake (Artie); Larry King (Doris); Regis Philbin (Mabel); Ian McShane (Capitão Gancho); Amy Sedaris (Cinderela); Amy Poehler (Branca de Neve); Maya Rudolph (Rapunzel); Cheri Oteri (Bela Adormecida); John Krasinski (Sir Lancelot); Eric Idle (Merlin) Equipe Técnica: Chris Miller, Raman Hui (Diretores); Peter Seaman, Jeffrey Price (Roteiristas); Jeffrey Katzenberg, David Lipman, Aron Warner (Produtores); Andrew Adamson, John H. Williams (Produtor Executivo) Sinopse: Para voltar a viver em seu pântano com Fiona, Shrek precisa convencer Artie, o futuro Rei Arthur, a assumir o trono deixado por seu tio, o Rei Harold, que agora é um sapo. Enquanto isso, Fiona está sozinha no reino de Tão, Tão Distante e o Príncipe Encantado tenta aplicar um golpe de estado com a ajuda de uma horda de vilões de contos de fadas. Estréia: 18 de Maio de 2007 (EUA); 15 de Junho de 2007 (Brasil) Data da primeira notícia: 23/01/2004: Data da última notícia: 13/07/2006: Notícias da Produção 13/07/2006: (09:55) Para defender seu reino do ataque do Príncipe Encantado em Shrek 3, Fiona organiza uma “força especial” formada por princesas de contos de fadas, que vão agir mais como se fossem ninjas. Segundo o The Hollywood Reporter, as atrizes que irão dublá-las são: Amy Sedaris (Strangers with Candy) como Cinderela; Amy Poehler (do programa Saturday Night Live) será Branca de Neve; Maya Rudolph (também do SNL) dará voz a Rapunzel; e Cheri Oteri (Debi e Lóide 2, e ex-SNL) fará a Bela Adormecida. Além do grupo feminino, dois atores também se juntaram ao elenco: John Krasinski (da série The Office) vai dublar Sir Lancelot; e Eric Idle, ex-Monty Python e colega de John Cleese (Rei Harold), será Merlin, o mágico. É possível que mais nomes sejam anunciados, já que vários vilões vão ajudar o Príncipe Encantado a tomar o trono de Tão, Tão Distante. Amy Poehler, Maya Rudolph, Cheri Oteri e Eric Idle TOMATE2006-12-04 15:19:39
  18. Recomendo a trilha sonora do filme Crash - No limite. Tão boa quanto ao filme, nenhuma música é chata. A música que toca na tela de configurações do DVD é viciante, Maybe Tomorrow.
  19. The blackmore's night. http://blackmoresnight.com/ http://www.blackmoresnight.com.br/
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