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Forum Cinema em Cena

El Carmo

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Everything posted by El Carmo

  1. Estou relendo Cem Anos de Solidão, como faço normalmente. Leio um livro e imediatamente recomeço. Na oportunidade fiz um esboço de crítica que publiquei em meu blog http://el-carmo.sosblog.fr que transmito aqui para vocês. Cem Anos de Solidão Enquanto traço as linhas de meu conto, leio pela primeira vez Cem Anos de Solidão. O que mais me impressiona neste livro é a capacidade de Garcia Marquez de criar um ambiente tão cruel e ao mesmo tempo divertido na fantasmagórica Macondo. As personagens que nela vivem são meio gente meio demonios ou anjos que morrem a cada momento e renascem na pele do seguinte. Os Buendia morrem e ressucitam na pele de seu filhos, netos, bisnetos e taratanetos. Neste mundo louco, onde a realidade se mistura com o fantástico, as pessoas se movem para o abismo, sem perceberem o caminho que estão seguindo. Poder-se-ia dizer que o livro relata cem anos de insucessos e desencontros pois nele não há vencedor, salvo a figura de Remédios, a bela, que ascende aos céus deixando uma aura de santidade e mito, numa clara alusão à Assumção de Maria. Mais do que todos, a figura de Remédios, a bela, se assemelha à de um anjo do bem e do mal. É o anjo exterminador. Sua santidade trescala o perfume atribuído aos santos e sua virgindade mais uma vez a iguala a Maria. Há aí uma clara iconoclastia, mas não nos amedronta, tal a maestria como é descrita a curta vida de Remédios, a bela. Remédios permanecerá para sempre na lembrança dos habitantes de Macondo e dos forasteiros que a visitam como aquela que foi santa e mito sem deixar de ser mulher que arrazava corações sem nunca tocar em um homem. O coronel Aureliano Buendia único a compreender a bela Remédios talvez assim o faça por ter adquirido a humanidade que nunca teve antes quando era um simples aprendiz de ourives ou quando se tornara um homem de guerra. Creio que Garcia Márquez, apesar de tudo, vê na guerra um fator que tanto ajuda o homem, como transformam-no num monstro insensível capaz de cometer as maiores atrocidades em nome de ideais que nem sempre são tangíveis. A guerra tanto depura o homem, como aguça-lhe o instinto de besta-fera que se encontra adormecido dentro de sí. Mas não se pode dizer que as guerras empreendidas pelo Coronel Aureliano Buendia foram totalmente infrutíferas. Apesar de te-las perdidos todas, de ter ele se decepcionado com vida que levou, o certo é que se Macondo se viu regredindo a cada momento que se passa, os conservadores foram obrigados a sentar na mesa de negociação e negociar com os liberais, que decerto, se não fossem as guerras empreendidas pelo Coronel, estas negociações não teriam acontecido. Isto nos faz ver que nenhuma forma de luta há de ser descartada quando se quer mudar a situação de um país. Me impressionou muito a forma como morre o Coronel Aureliano Buendia. Ele morre em pé. Os momentos que antecedem sua morte é uma das páginas mais lindas de todo o romance. E aqui cabe uma observação. O heroi, que não é heroi, muito mais um anti-heroi, morre antes do fim do romance. Em realidade, heroi é o povo de Macondo, heroi é o povo da Venezuela, Heroi é povo da Latinoamérica. Heroi é o homem, este pobre mortal que passa pela terra pensando que é alguém, e quando se dá conta...Ah os peixinhos do coronel. Quanta simbologia, quanta. Eu volto. El Carmo
  2. Obrigado por ter lido meu conto. Fiz algumas mudanças. Ou melhor acrescentei algumas frases que creio não estão aqui. Sugiro uma visita ao meu blog. http://el.carmo.blog.uol.com.br
  3. Sugiro que leiam o conto abaixo: Noite Em Paris El Carmo Fazia um friozinho e chuviscava. Ele parara em frente ao Eléphant Blanc. Esperar. Logo estiará. Eram, talvez, duas horas, ou menos. Outras pessoas ali se encontravam. Esperavam silenciosas, a chuva passar. Um homem baixo, de careca luzidia, meio desdentado e de roupas modestas, parou em sua frente e de costas, coçando seus perigalhos, comentou sobre o tempo. Eterno tema das conversas dos que nada têm a dizer. Mecanicamente respondera àquele homem convicto, de que conversas passageiras não eram propícias para se iniciar uma amizade e isto era o que lhe interessava, pois sabia das dificuldades em se fazer amigos na França e mais ainda o quanto era difícil conservá-los. Como ser amigo de um clochard? De uma pessoa que não tinha morada e não se sabia onde procurá-la nas dificuldades? Não. Não era um clochard. Flanava, apenas, flanava. E se fosse, iria precisar de um clochard? Si.No. Não lhe interessavam suas porandubas, mas batera um papo. Era difícil encontrar alguém para papear. Sua vida transcorria em monólogos. Monólogos que saiam sem sons. Para que abrir a boca? Não havia ouvidos. aquele homem percebera o estrangeiro.Talvez,também ele, estrangeiro em sua terra. Não. Não era um árabe. Il n´etait pas un pied-noir. Non, il n´etait pas un mexicain, non plus. Il s´agit d´un brésilien. Du Brésil. Le carnaval de Rio. Disse ser do sul e talvez entendesse um pouco de português porque sabia algumas palavras do provençal, la langue d´oc. Orgulho nos olhos ridentes. Alguma semelhança entre o português e o provençal? Existe ainda falantes desta língua? Dela sabia apenas que tal qual o francês o u se pronuncia abrindo-se a boca para dizer u e ao contrário dizer i, saindo um som semelhante ao ü alemão. Acabava de aprender que bouche se diz boca como em português, une boca, ou bouco, uno bouco; Que nuit se escreve nuet, noite, e se pronuncia nué; dia não é jour mas jorn e se pronuncia dzur, pois o j e g se pronunciam dz; Ch se diz ts; Paraxítonas las palabras finitas em un, a, e,o, as, es, os. Saberá que Frederico Mistral, escrevendo em provençau, tornou respeitada a língua occitana. Dias virão em que lerá o Miréio: "Cante uno chato de Prouvènço./ Dins lis amour de sa jouvènço". "Canto uma jovem da Provença.E seu amor de juventude". E lerá um dia a súplica dirigida ao rei René em 1474: Tres soveyran et tres haut prince, A la vostra sacrada real majestat, humilment et devota si expausa..." Uma rajada de vento e água. O velho recuou tocando-o. No sexo. Entendeu tudo. Não era isto que estava procurando. Tinha estado em alguns bares. D´Alliance Française, onde estudava e lavava pratos fora ao Trait-d´Union. O primeiro trago. Ponto de partida para a noite. O velho Daniel dansava a bandeja em suas mãos. Estivera na Buate Grise. ouvir cantar Pernambuco. A bossa Nova. Ensaiara cantar: "guarda a rose que dei... O pianista negro como sempre reclamava da falta de ritmo. A compreensão e o carinho de Pernambuco. Bebera, bebera e bebera. Não lhe olhavam as loiras nem as morenas. Em vão. Tímido para a abordagem. Sòzinho mais difícil a conquista. Não era um pédé. Não. Ele não dissera isto. Queria apenas sucer sa bite. Não. Alí na rua, descaradamente assim? Qu´il n´y avait personne. Tous sont rentrés. L´Elephant Blanc fazia congé, nesta noite. Seus fregueses foram beber em outra freguesia o grogue reconfortador. Não, definitivamente, não. Iria voltar a seu quarto. Seu runcó. Subiria os sete vãos de escada do 16 rue d´Assas. Dormindo estaria Madame Zurflux e seu fiel kiki. Dormindo estaria Mademoiselle Zurflux. E Concepción, a solícita ménagère. La concierge botaria os olhos para ver quem estava entrando. Nunca dormem as concierges. Poria um disco na vitrola. Aquela que lhe presenteara a namorada, dedicada esposa do italiano. Lembraria o dia em que a conhecera ao comprar-lhe amendoim na avenida Saint Michel. Est-ce-que vous jouez de la guitarre? Por acaso tocava, sim, violão. Claro, dar-lhe-ia aulas de violão. Talvez não tocasse tão bem, não fosse capaz de tocar-lhe o Concerto de Aranjuez. Ou Igualar Turíbio Santos num Estudo de Villa-Lobos. Saberia, contudo, planger as primeiras notas. Sim, subiria ao seu quarto. Tomaria um copo de Porto. Esquentar o frio. Deitar-se-ia ouvindo tranquilamente Mozart. O Divertimento em ré maior, K334, do poeta que em l779, na velha Salzburg, num rasgo de inspiração, compôs para o deleite da posteridade. Era cedo. O leiteiro inda não passara. Dormiria um pouco e voltaria à rua. Buscar sua cota de leite na mercearia. Não. Não era um clope. Não era um ladrão. Mercúrio sabe disso. Fazia sua redistribuição da riqueza. Os francêses entregam o leite nas padarias e mercearias na madrugada. Como nas residências, deixavam os pacotes empilhados em frente à porta. Pegava sua parte todas noites. Era preciso comer. Em seu quarto lhe esperavam a baguete e a manteiga, esta, surripiada no marché à cotê. Não tremer como lhe dizia o amigo Luiz. Se tremer o francês vê, como quase viu no dia em que roubaram chocolate no mercado. Ou no dia em que te pegaram roubando um livro de Pierre George. A mão do segurança sobre teu ombro. Não. Não tinha esquecido nada. A prova do furto. O livro sob o capote. O caminho para delegacia. O caminho para seu quarto. Os gritos dos policiais. Polícia, igual em todo mundo. Como bem disse Maradona imbecis, há em toda parte. Não mataram Sacco e Vanzetti? O medo da deportação. A volta, envergonhado e vencido. Por-lhe-iam num barco de terceira. A viagem, a náusea e a chegada. As indagações curiosas. Saudades das luzes de Paris. Seus bares buliçosos. O aprendizado. O fumo, o vinho e a cerveja. Un demi. Un panaché. As discussões. Cinema, teatro e literatura. E política e política e política. Daria tempo de avisar a Chantal? Dar-lhe-ia o violão e o berimbau. Um regalo. Devolveria a radiola a Louise. Que brigasse o homem bigodudo. A máquina de escrever para Novelli. Que deixasse os pincéis um momento. Escrever um poema. Os livros de política para o Ortega. Fazer a revolução na sua Nicarágua. Não esquecer. Poesia e teatro para o David, o néozelandês. Perdoa-lhe-ia por não lhe ter apresentado a petite allemande? De cinema para yushiro. Sentia. sentia muito. Quando iria rever seus amigos? Seu berimbau. Talvez o único existente em toda Paris. Quanto deve a seu berimbau. O toque n´A feijoada de Madame Faure e o toque em Brigitte Bardot. Seus passos, sua dança e a amizade. Ensina-me dançar o samba. Seu berimbau, seu gunga. Como o amava e as cantigas ensinadas por seu mestre Canjiquinha. Esse Gunga é meu, eu não dou ninguém. Esse gunga é meu. Foi meu Deus que me deu. Essse gunga é meu. Seu berimbau, seu abre-te sesamo. Se ele estivesse ali. O delegado. O encanto da serpente. Os gritos dos policiais. Como pode? Um estudante de direito, como pode? As lágrimas. O pleito, a pena e o perdão. O exame de demografia quase prejudicado. Não. Ser firme, dizia. E viverás. El Carmo.
  4. Ultimamente não tenho lido nenhum livro. Estou tratando de reler o que escrevo para publicação. O esrito Noite em Paris já foi publicado e agradou algumas pessoas. Gostaria de saber a opinão das pessoas deste forum. Obrigado. El carmo.
  5. Noite Em Paris El Carmo Fazia um friozinho e chuviscava. Ele parara em frente ao Eléphant Blanc. Esperar. Logo estiará. Eram, talvez, duas horas, ou menos. Outras pessoas ali se encontravam. Esperavam silenciosas, a chuva passar. Um homem baixo, de careca luzidia, meio desdentado e de roupas modestas, parou em sua frente e de costas, coçando seus perigalhos, comentou sobre o tempo. Eterno tema das conversas dos que nada têm a dizer. Mecanicamente respondera àquele homem convicto, de que conversas passageiras não eram propícias para se iniciar uma amizade e isto era o que lhe interessava, pois sabia das dificuldades em se fazer amigos na França e mais ainda o quanto era difícil conservá-los. Como ser amigo de um clochard? De uma pessoa que não tinha morada e não se sabia onde procurá-la nas dificuldades? Não. Não era um clochard. Flanava, apenas, flanava. E se fosse, iria precisar de um clochard? Si.No. Não lhe interessavam suas porandubas, mas batera um papo. Era difícil encontrar alguém para papear. Sua vida transcorria em monólogos. Monólogos que saiam sem sons. Para que abrir a boca? Não havia ouvidos. aquele homem percebera o estrangeiro.Talvez,também ele, estrangeiro em sua terra. Não. Não era um árabe. Il n´etait pas un pied-noir. Non, il n´etait pas un mexicain, non plus. Il s´agit d´un brésilien. Du Brésil. Le carnaval de Rio. Disse ser do sul e talvez entendesse um pouco de português porque sabia algumas palavras do provençal, la langue d´oc. Orgulho nos olhos ridentes. Alguma semelhança entre o português e o provençal? Existe ainda falantes desta língua? Dela sabia apenas que tal qual o francês o u se pronuncia abrindo-se a boca para dizer u e ao contrário dizer i, saindo um som semelhante ao ü alemão. Acabava de aprender que bouche se diz boca como em português, une boca, ou bouco, uno bouco; Que nuit se escreve nuet, noite, e se pronuncia nué; dia não é jour mas jorn e se pronuncia dzur, pois o j e g se pronunciam dz; Ch se diz ts; Paraxítonas las palabras finitas em un, a, e,o, as, es, os. Saberá que Frederico Mistral, escrevendo em provençau, tornou respeitada a língua occitana. Dias virão em que lerá o Miréio: "Cante uno chato de Prouvènço./ Dins lis amour de sa jouvènço". "Canto uma jovem da Provença.E seu amor de juventude". E lerá um dia a súplica dirigida ao rei René em 1474: Tres soveyran et tres haut prince, A la vostra sacrada real majestat, humilment et devota si expausa..." Uma rajada de vento e água. O velho recuou tocando-o. No sexo. Entendeu tudo. Não era isto que estava procurando. Tinha estado em alguns bares. D´Alliance Française, onde estudava e lavava pratos fora ao Trait-d´Union. O primeiro trago. Ponto de partida para a noite. O velho Daniel dansava a bandeja em suas mãos. Estivera na Buate Grise. ouvir cantar Pernambuco. A bossa Nova. Ensaiara cantar: "guarda a rose que dei... O pianista negro como sempre reclamava da falta de ritmo. A compreensão e o carinho de Pernambuco. Bebera, bebera e bebera. Não lhe olhavam as loiras nem as morenas. Em vão. Tímido para a abordagem. Sòzinho mais difícil a conquista. Não era um pédé. Não. Ele não dissera isto. Queria apenas sucer sa bite. Não. Alí na rua, descaradamente assim? Qu´il n´y avait personne. Tous sont rentrés. L´Elephant Blanc fazia congé, nesta noite. Seus fregueses foram beber em outra freguesia o grogue reconfortador. Não, definitivamente, não. Iria voltar a seu quarto. Seu runcó. Subiria os sete vãos de escada do 16 rue d´Assas. Dormindo estaria Madame Zurflux e seu fiel kiki. Dormindo estaria Mademoiselle Zurflux. E Concepción, a solícita ménagère. La concierge botaria os olhos para ver quem estava entrando. Nunca dormem as concierges. Poria um disco na vitrola. Aquela que lhe presenteara a namorada, dedicada esposa do italiano. Lembraria o dia em que a conhecera ao comprar-lhe amendoim na avenida Saint Michel. Est-ce-que vous jouez de la guitarre? Por acaso tocava, sim, violão. Claro, dar-lhe-ia aulas de violão. Talvez não tocasse tão bem, não fosse capaz de tocar-lhe o Concerto de Aranjuez. Ou Igualar Turíbio Santos num Estudo de Villa-Lobos. Saberia, contudo, planger as primeiras notas. Sim, subiria ao seu quarto. Tomaria um copo de Porto. Esquentar o frio. Deitar-se-ia ouvindo tranquilamente Mozart. O Divertimento em ré maior, K334, do poeta que em l779, na velha Salzburg, num rasgo de inspiração, compôs para o deleite da posteridade. Era cedo. O leiteiro inda não passara. Dormiria um pouco e voltaria à rua. Buscar sua cota de leite na mercearia. Não. Não era um clope. Não era um ladrão. Mercúrio sabe disso. Fazia sua redistribuição da riqueza. Os francêses entregam o leite nas padarias e mercearias na madrugada. Como nas residências, deixavam os pacotes empilhados em frente à porta. Pegava sua parte todas noites. Era preciso comer. Em seu quarto lhe esperavam a baguete e a manteiga, esta, surripiada no marché à cotê. Não tremer como lhe dizia o amigo Luiz. Se tremer o francês vê, como quase viu no dia em que roubaram chocolate no mercado. Ou no dia em que te pegaram roubando um livro de Pierre George. A mão do segurança sobre teu ombro. Não. Não tinha esquecido nada. A prova do furto. O livro sob o capote. O caminho para delegacia. O caminho para seu quarto. Os gritos dos policiais. Polícia, igual em todo mundo. Como bem disse Maradona imbecis, há em toda parte. Não mataram Sacco e Vanzetti? O medo da deportação. A volta, envergonhado e vencido. Por-lhe-iam num barco de terceira. A viagem, a náusea e a chegada. As indagações curiosas. Saudades das luzes de Paris. Seus bares buliçosos. O aprendizado. O fumo, o vinho e a cerveja. Un demi. Un panaché. As discussões. Cinema, teatro e literatura. E política e política e política. Daria tempo de avisar a Chantal? Dar-lhe-ia o violão e o berimbau. Um regalo. Devolveria a radiola a Louise. Que brigasse o homem bigodudo. A máquina de escrever para Novelli. Que deixasse os pincéis um momento. Escrever um poema. Os livros de política para o Ortega. Fazer a revolução na sua Nicarágua. Não esquecer. Poesia e teatro para o David, o néozelandês. Perdoa-lhe-ia por não lhe ter apresentado a petite allemande? De cinema para yushiro. Sentia. sentia muito. Quando iria rever seus amigos? Seu berimbau. Talvez o único existente em toda Paris. Quanto deve a seu berimbau. O toque n´A feijoada de Madame Faure e o toque em Brigitte Bardot. Seus passos, sua dança e a amizade. Ensina-me dançar o samba. Seu berimbau, seu gunga. Como o amava e as cantigas ensinadas por seu mestre Canjiquinha. Esse Gunga é meu, eu não dou ninguém. Esse gunga é meu. Foi meu Deus que me deu. Essse gunga é meu. Seu berimbau, seu abre-te sesamo. Se ele estivesse ali. O delegado. O encanto da serpente. Os gritos dos policiais. Como pode? Um estudante de direito, como pode? As lágrimas. O pleito, a pena e o perdão. O exame de demografia quase prejudicado. Não. Ser firme, dizia. E viverás. El Carmo. El Carmo2006-3-12 3:16:57
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