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Forum Cinema em Cena

Alexei

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Everything posted by Alexei

  1. Eu também gosto muito de Munique e King Kong, Plutão, e acho Os Infiltrados até bacana. Mas coisas como Click, Bad Boys II e Transformers não rolam nem com toda a cachaça do mundo! Haha
  2. Considero esse filme o melhor do ano passado. Fotografia, elenco, argumento, direção, trilha sonora (trance em sua maior parte), tudo nele é de encher os olhos. Tinha feito um FYC sobre ele para o prêmio CeC, mas não achei o tópico.
  3. O meu preferido era Corpo Fechado, mas voltei a considerar O Sexto Sentido seu melhor filme. Já revi umas três vezes e o fato de já saber o final não prejudicou nada. Nem dou bola pro twist ending, na verdade.
  4. A sensação que eu tenho de Borat é que o filme não cria, apenas expõe - e nisso é que está seu maior mérito. Todos aqueles preconceitos, crendices, imbecilidades como o politicamente correto, o ufanismo ou o culto ao mau gosto, tudo aquilo existe em qualquer tipo de sociedade (e não apenas a americana). O filme apenas juntou e amplificou muitas das desgraças da humanidade. Por isso é que ele provoca riso e asco em partes iguais. E nesse aspecto, considero o filme genial.
  5. Acho que já respondi essa enquete, mas já faz um bom tempo, de qualquer forma. O que eu mais gosto é Peixe Grande (seguido por Ed Wood), uma beleza de filme. Ele foi destrinchado pelo Graxa no Cineclube em Cena, com uma resenha curtinha mas que deu conta do recado. Alguns comentários lá foram bem interessantes, como esse do Rubysun:
  6. Vejam só como são as coisas. Ontem à noite vi Vôo Noturno, do Wes Craven, e um dos extras do DVD era o depoimento de várias pessoas envolvidas no projeto. Logo no começo o Wes Craven fala do roteiro do filme, elogiando etc. Pouco depois ele diz o seguinte: "sem um bom roteiro, o diretor nada pode fazer". Até voltei a reprodução para ouvir as palavras em inglês, a fim de ter certeza de que a tradução estava certa. Estava mesmo. Essa é a opinião dele, de um cara cujo ofício é dirigir filmes. Eu discordo, mas o ponto aonde quero chegar é outro. Certamente há diretores com mais habilidade que outros para transformar maus roteiros em bons filmes. Também deve haver temas onde a qualidade do roteiro é fundamental para o desempenho do filme, talvez - quem sabe? - mais importante que a direção. Isso porque a variedade de estilos, gêneros e enredos é muito grande. Por isso é que, por mais que a direção seja o aspecto mais importante para o sucesso ou o fracasso de um filme (e essa é uma percepção tipicamente européia de cinema, conquista e legado da Nouvelle Vague), exceções a essa regra são perfeitamente plausíveis.
  7. Capote é um saco. E quem chama mais a minha atenção naquele filme não é o Philip Seymour Hoffman, e sim o Clifton Collins Jr. Não que Hoffman esteja ruim, longe disso. É que aquela idéia de mostrar Truman Capote como uma mera jararaca embrulhada em papel celofane me irrita mesmo. Do meio pro final do filme o personagem ganha humanidade e se torna mais factível.
  8. Guião... Essa palavra é bacana, hehe. E passa muito bem a idéia do roteiro como o marco sobre o qual o diretor vai trabalhar. Se a direção, em geral, é mais importante para o produto final? Não tenho dúvida. Mas o roteiro é elemento essencial? Sim, já que a decupagem partirá dele. Essa relação de dependência está na etimologia da palavra, inclusive (do verbo francês découper, ato de cortar em pedaços), e creio que se apresenta dos roteiros mais complexos até os mais simples, como os dos vídeos caseiros. Quando estive em BH há pouco tempo, folheei o roteiro do curta-metragem do Thico. Foi muito interessante porque ele havia feito as anotações da decupagem a lápis, sobre as páginas impressas do roteiro. Estavam lá os zooms, os travellings, a planificação e a sinalização da posterior edição de imagens. Se não me engano ele mudou alguma coisa durante as filmagens, e nem por isso o roteiro deixou de ser seu guia. Se ao final ele vai para o lixo, é porque já cumpriu sua função, e não porque nunca foi importante.
  9. O bat poderia freqüentar mais os tópicos de discussões sobre cinema. Posturas lúcidas como essa fazem bem ao fórum. E Miami Vice foi, para mim, um dos melhores filmes do ano passado. Nem vou escrever mais nada até por já ter comentado muito, inclusive nesse tópico. O filme teria me convencido só por ver os personagens de Gong Li e Naomie Harris trabalhados daquela forma. Aquela fotografia absurda e a edição de som são a cereja do bolo, portanto.
  10. Só pra esclarecer umas coisas. Até onde eu sei - inclusive por ser grande admirador do seu trabalho -, o Mike Leigh trabalha com roteiros sim, todos de sua autoria, inclusive. O processo de criação não é muito comum: ele chama a equipe para trabalhar a idéia central do filme e constrói o roteiro após discutir e aperfeiçoar, a partir de improvisações, os personagens com os atores que futuramente os interpretarão. Foi assim com a maior parte de Vera Drake e com Topsy-Turvy inteiro. Um filme que eu adoro, aliás. Há roteiro nos filmes do Mike Leigh, portanto. E sendo o roteiro a estruturação de um espetáculo, da ordem e da maneira como ele será apresentado ao público, não vejo como haver filmes sem roteiro. Por mais sucinto que ele seja, mesmo que numa dimensão apenas mental (sem ser escrito, portanto), o roteiro existe.
  11. O ltr não cansa de me surpreender. E positivamente, o que é ótimo. Gosto mas da Lula do que da Vida Marinha. Mas esse último também é bem interessante e já está pedindo uma revisita.
  12. O ano está bem fraco, por isso nem tenho vontade de fazer um top por enquanto. Se o fizesse, O Hospedeiro estaria em primeiro lugar (ainda não vi os filmes do Resnais, do Bird, da Bier e do Ferrara), provavelmente. O bottom é que vai ser uma disputa braba. Houve filmes ruins para todos os gostos esse ano, dos tolos porém inofensivos (Número 23, O Despertar de uma Paixão) aos verdadeiramente insultantes (Transformers, Diamante de Sangue).
  13. Valeu pelos elogios, Troy e ltr. Acabei relendo a resenha de Blowup e também aquele comentário final, onde eu afirmava que o Antonioni era um dos melhores cineastas ainda vivos. Deu tristeza. Sobre o comentário do Bergman, nunca acho os filmes do Antonioni desinteressados. Não seria problema algum que alguns fossem, mas eu os considero bem ambiciosos, na verdade. Visionários? Sim, sempre.
  14. Também gosto do filme, embora ache que o Bertolucci flerte com o mau gosto em algumas passagens. O interessante é que, posteriormente, o Philippe Garrel - que é pai de um dos atores de Os Sonhadores, Louis Garrel - dirigiu um filme com o mesmo pano de fundo (os protestos de maio de 1968) mas estética bem diferente. O nome do filme é Amantes Constantes (Les Amants Réguliers, 2005) e eu gosto ainda mais que Os Sonhadores. Bem mais, na verdade.
  15. Não sei como o Will Smith não participou da delegação norte-americana no Pan, competindo na maratona. O título do filme poderia ser "Correndo Desesperadamente em Busca da Felicidade"! Run, Chris, Run! Mas o Jaden Smith está ótimo.
  16. Haha, eu estava realmente brincando contigo na parte referente à heresia e você percebeu bem! Ninguém é obrigado a se deslumbrar com nada, especialmente no que toca à arte. Mas eu acho esse filme tão bom quanto os anteriores sim. E Concordo com o Carioca: só 2001 está, para mim, em um outro patamar. Esse filme criou um vácuo ao seu redor e não permite que nada ocupe esse espaço a não ser ele.
  17. É. Mas somos humanos e, por isso, falíveis por natureza. E sempre há uma chance de redenção. Hehe. Alexei2007-08-05 11:50:07
  18. Yimou é ótimo mesmo (gosto tanto que o citei), mas o Greengrass ainda não me disse direito a que veio. Como sou paciente, estou aguardando. Heh
  19. Meu primeiro post nesse tópico tem mais de oito meses. Desde então alguns diretores ingressaram meu rol de preferidos e outros eu tinha esquecido mesmo, por isso é hora de atualizar (em itálico). Lynch, Pasolini, Von Trier, Cronemberg, Herzog e Van Sant, pela transgressão e inconformismo com as regras. Torneur, Hitchcock e Lang, pela criação de ambientes e humores. Antonioni, Kubrick, Kurosawa, Spielberg, Renoir, Yimou, Malick e De Palma, pela poesia em forma de sons e imagens. Fassbinder, Ashby, Kar Wai, Lee, Aïnouz, Bergman, Tarkovsky, Jordan e Leigh, pela complexidade dos personagens. Ivory, Mizoguchi e Haynes, pela elegância ao filmar. Denis, Buñuel, Dardennes, Imamura, Eastwood, Yang, Kiarostami, Kieslowski Sheridan e Sokurov, pelo aprofundamento nas questões da alma humana. Truffaut e Almodóvar, pelo amor às mulheres. E Altman, por ser uma síntese disso tudo. É dele meu voto. P.S.: Diretores que eu ainda preciso conhecer melhor: Bruno Dumont, Bela Tarr, John Sayles, Abel Ferrara, Apichatpong Weerasethakul, Andrzej Wajda, Jean-Pierre Melville, Catherine Breillat, Manoel de Oliveira, Robert Bresson, Jacques Rivette, Preston Sturges, Samuel Fuller, Mario Bava, Jacques Tati, Carl Theodor Dreyer, Otto Preminger, G. W. Pabst, Dziga Vertov, Mário Peixoto, Buster Keaton, James Whale, Jean Vigo, Carol Reed, Luchino Visconti, Max Ophüs, Douglas Sirk, Agnes Varda, Eric Rohmer, Theo Angelopoulos. Ainda tem muita coisa pra ver, portanto. Acho que vou ler esse post regularmente para me encorajar e sair caçando os filmes, hehe.
  20. Dook : (...) A insistência do Bay em dar relevância à um fiapo de história e tentar desenvolver personagens que não precisam ser desenvolvidos joga tudo no ralo. O filme é idiota não pq ele assume ser idiota; ele é idiota pq ele quer dizer alguma coisa e diz de forma feita, retardada e imbecil. Era melhor que não falasse nada, jogasse personagens a esmo sem desenvolvê-los e pronto: teríamos um filme bem mais sincero e, consequentemente, melhor... ___________________________________________________________ Gostei bastante da parte grifada e concordo plenamente. Vi o filme neste final de semana e confesso que algumas poucas coisas, muito isoladas do contexto - como o ataque do escorpião e algumas panorâmicas reversas na luta contra aquele robozinho (que me lembrou um gremlin alimentado após as 12 horas) - até funcionariam, caso Michael Bay não tentasse ser o que ele não é. Os diálogos são tão ruins que eu olhava pra baixo, pensando como seria se o cinema estivesse sem som. As lutas dos robôs são tão ininteligíveis que ficaram parecendo uma grande suruba cibernética. Os personagens são tão rasos que era melhor não mexer neles, mas eles foram mexidos - infelizmente. O maior problema de Transformers é seu diretor mesmo, que não soube usar de maneira minimamente eficiente os muitos recursos que teve. Na hora em que o tal secretário de defesa lá, ou o que seja - Voight, perdido - pega uma arma pra lutar, eu fiquei pensando que se uma metralhadora fosse capaz de receber um pênis, Bay a convidaria para jantar, tal é a sua tara pelo militarismo. Se vier enrolada numa bandeira americana então, é pra casar! Vi o desenho original lá pela Década de 80. Era uma criança e achava bacanas as frases do Optimus. Hoje talvez eu as considerasse piegas, não sei dizer. Mas no caso do filme, não foi uma coisa nem outra. Os robôs do desenho tinham um senso de propósito, os do Bay são vazios mesmo. Só repetem chavões do tipo "os humanos são violentos, eu sei, mas a espécie é jovem, ainda com muito a aprender". Essa conversa fiada consegue enganar alguém com mais de 8 anos nos dias de hoje? E mais uma coisa. Esse papo de "desliga o cérebro e curte" não me convence de jeito nenhum, afinal de contas fazer um filme de ação não é passe-livre para diálogos toscos e personagens idiotas. Se eu pudesse baixar meu padrão de qualidade assim, não teria aproveitado as sacadas sensacionais do roteiro de A Outra Face, a estética primorosa do De Palma em Missão Impossível, os diálogos inteligentes de Miami Vice, o humor lírico da trilogia Indiana Jones ou mesmo a solidez da construção do 007 em Cassino Royale. São todos filmes de ação que não deixaram de lado a perspicácia apenas por sua natureza. Não dá pra jogá-los no mesmo balaio que essa porcaria do Michael Bay, portanto. Editado porque levei uma surra do quote. De novo, hehe. Alexei2007-08-01 11:31:21
  21. Sem problemas, Rike. Escolha uma data disponível e poste aqui, seguindo o modelo. O mesmo vale para todos os que quiserem participar deste terceiro ciclo, inclusive com outras trilogias como De Volta Para o Futuro.
  22. ltr, a idéia da trilogia é ótima. Sendo assim, teremos: A Igualdade é Branca - 24 de setembro (ltrhpsm) E o dia 1º de outubro já fica reservado para o colaborador que analisar A Fratermidade é Vermelha. É só se manifestar aqui, seguindo o modelo. O Rubysun fica com Lawrence da Arábia, na data que ele achar conveniente. Só acho que devemos resenhar uma trilogia ou duas por temporada, no máximo. Como sei que você, o Jail e o Forasteiro têm interesse em De Volta Para o Futuro, o ideal seria que ela ficasse para o próximo ano, a não ser que não tenhamos voluntários e filmes suficientes para fechar a agenda até novembro. Aí os filmes do Zemeckis poderiam encerrar este terceiro ciclo. Nesse caso abriríamos uma exceção para a regra de uma resenha por usuário. Graxa, justamente para evitar problemas como o afastamento temporário do JeFFs é que adotei o sistema de inscrições. Quem não se inscrever aqui ficará para o próximo ano. De qualquer forma, valeu pela informação!
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