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Forum Cinema em Cena

Alexei

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Everything posted by Alexei

  1. Peixe Grande é, pra mim, um dos filmes mais bonitos desta década. Me agrada muito a singeleza dele, a simplicidade com que Burton trata os temas da formação da identidade do filho pela contestação dos atributos do pai (ou seja, a formação da personalidade pelo antagonismo), que é um tema de identificação imediata, e do perdão. Não há aqui grandes reviravoltas, a trama é bem linear - sem prejuízo de ser muito rica - e o subtexto bastante acessível. Discordando do nosso comentarista, aquele final, quando é revelado um fundo de verdade nas tais estórias maravilhosas, é mais que digno para com o Bloom pai (aliás, chorei pra burro no cinema nessa hora, mas minha mulher diz que eu sou um chorão mesmo). Dentre as tantas cenas bonitas, destaco aquela do encontro no circo, que é de uma plasticidade maravilhosa. Gostei de ver, Engraxador. O texto está conciso e adequadamente estruturado. Um pouco curto, realmente, mas aí sobra mais espaço pra gente comentá-lo... Só uma coisa: salvo engano, quem interpreta Bloom filho é o Billy Crudup, não?Alexei2006-10-11 16:42:14
  2. Testemunha de defesa se apresentando. Pôxa, eu gosto do Batman Begins. O Espantalho é um vilão bacana, construído pelo Cillian Murphy com solidez. E, algo interessante porque quebra a dicotomia já muito manjada entre herói e vilão: ele tem muito do próprio Batman, a mesma obsessão e o desejo de se provar para os outros. Gosto mais do espantalho do que do outro lá, que é mais vazio. Tudo bem que a palavra "medo" é repetida umas 3.548 vezes no filme, mas aquela direção de arte e o Michael Caine como Alfred são tudo de bom. Sem falar na fotografia, que é soberba. Eu gosto mais do Christian Bale como Bruce Wayne do que como Batman, mas dentre os atores que encarnaram o personagem, eu o considero o que melhor conseguiu captar a amargura e as paranóias do morcegão. Ponto pra ele e pro Nolan.
  3. (com um ou outro spoiler) Achei o filme morno. Espetacularmente fotografado e editado, é verdade, com uma cenografia linda e dirigido com grande segurança - essa é a palavra - pelo De Palma, mas, ainda assim, morno. Ele se movimenta, se esforça e ameaça decolar em vários momentos, mas não consegue. Gostei bastante do elenco de maneira geral, com exceção da Fiona Shaw, que parece ter saído de um trem-fantasma. Eu esperava uma Ramona menos bizarra ou, pelo menos, mais articulada. Aquilo ali tá digno de um show de horrores. No restante, três atores em particular me chamaram a atenção, o Eckhart, que está ótimo, a Hilary Swank - lânguida, sensual, uma Maddy Winscott perfeita e que transmite todas as suas perturbações mentais, que não são poucas, só pelo olhar - e principalmente a Mia Kirshner, que faz uma Betty Short de cortar o coração. Ela é o grande destaque do filme pra mim e deu muito mais densidade ao personagem do que eu esperava. Sua interpretação vai contra os que poderiam reduzir Short a uma mera piranha que não deu sorte, se esquecendo que, pra haver corrompidos, devem existir corruptores também. Pra completar, a mulher é linda demais, não? Talvez a adaptação é que seja o grande problema. Tem horas que fica raso e repetitivo, com o Hartnett - que está bem mesmo, sem nenhum favor - apenas trocando de camas, ora a da morena, ora a da loira, e por aí vai. O final também é abrupto, como se De Palma corresse para fechar as pontas, terminando naquela cena destruidora de obras de arte, que eu achei bem gratuita e boba. O saldo final ainda foi bom, mas pra mim, pelo material e pelo fato de ser um De Palma, poderia ter sido muito melhor.
  4. Oba, Peixe Grande! Boa sorte, pato.
  5. Que bom que você resgatou o tópico, Gago. E eu estava me sentindo um mutante por ter visto tudo aquilo no filme, que gosto mais a cada dia que passa (esse é um daqueles que decantam bem na cabeça). Ou nossas teses têm realmente fundamento, ou somos mutantes os dois, hahah! Qualquer das duas opções me satisfará. A propósito, seja bem-vindo. Visite o Cineclube em Cena, tem muitas discussões boas por lá.
  6. Pessoal, obrigado pelos comentários elogiosos. Eu não queria voltar a escrever aqui tão cedo, pra dar oportunidade de todos os colegas do Cineclube se manifestarem sem que pareça que eu esteja defendendo o filme ou algo similar (algo que eu não farei, de qualquer forma). A razão desse post está em algumas coisas que achei particularmente relevantes nos posts do Silva e do Mr. Scofield, que dizem respeito à forma de ver cinema, genericamente, e não ao Fale com Ela em particular. Eu acho que vocês dois podem ter sido vítimas do hype, pois seus posts chegam a parecer pedidos de desculpas. Algo como "ok ok, eu não me emocionei com o filme, mas não posso fazer nada!". Ninguém é obrigado a gostar de um filme e muito menos a se emocionar com ele. Esse sentimento de obrigação (Silva se referiu à experiência como um dever cívico, o que é tão curioso quanto revelador, o que não me impede de parabenizá-lo pela iniciativa) já pode interferir no processo de alcançar o que o diretor quer dizer com aquela obra. Eu fui vítima do hype em relação a dois filmes em particular, O Doce Amanhã, do Egoyan, e Crash, do Cronemberg (não aquela bosta do Haggis, pelamordedeus). Todo mundo falava tão bem que, na primeira vez, eu vi esses filmes de uma forma quase paranóica, procurando os tais elementos de genialidade e tudo o mais. Consegui a proeza de bloquear meus próprios sentidos e saí do cinema decepcionado. Depois, comecei a repensar, os revi e acabei considerando os dois filmes maravilhosos, mas da minha própria maneira. Não estou afirmando que isso aconteceu com vocês (e, com isso, tirando a legitimidade de seus comentários, o que seria muito manipulativo da minha parte), apenas mencionando a possibilidade, por experiência própria. Não são só os nossos conceitos que influem no significado do filme, mas também que expectativas nós trazemos na hora de assisti-lo. Achar que se tem o dever de gostar do filme é tão ruim quanto ir à sessão de cinema ou de DVD preparado para não gostar. Dispara gatilhos defensivos da mesma forma. Dito isso, e para finalisar, já que me alonguei demais, vou repetir algo que já havia mencionado ao Nacka quando enviei a MP com a crítica para ele. Meu maior objetivo ao cumprir com prazer essa tarefa que me foi passada é fazer com que as pessoas vejam ou revejam o filme, despertar a curiosidade, e não necessariamente convencer alguém do seu brilhantismo. Sou de opinião de que todos os filmes merecem ser revistos. Todos. Da segunda - ou terceira, ou quarta - vez é possível captar muito mais coisas, positiva ou negativamente. Ajuda na compreensão e na valoração dos conceitos e idéias do filme.Alexei2006-10-05 12:03:13
  7. É bom alguém aparecer logo ou vou pleitear minha nomeação como defensor dativo do filme.
  8. Hã? Você acha HAL raso? Toda a premissa de 2001 se baseia na concepção de que a vida inteligente na Terra é conseqüência de uma intervenção externa. Isso fica claro pra mim o tempo todo (o monolito, seguido do osso no ar, torna isso evidente). Além disso, existem outras idéias igualmente desafiadoras, como a revisão do conceito de consciência (dê-lhe capacidade de processamento de informações, uma memória e - voilá - temos um ser consciente, independentemente de ser feito de carbono, como nós, ou de silício, como HAL). Eu acho o filme espetacular. É atemporal e universal, como se tivesse criado um vácuo e não permitisse o preenchimento com outra coisa a não ser ele mesmo. Tentar fazer comparações entre 2001 e qualquer outro filme é inútil, pelo menos pra mim. Sobre o ritmo, isso varia muito de pessoa pra pessoa. Tem horas que eu vejo 2001 como uma seqüência de pinturas. Agilidade foi a última das virtudes buscadas por Kubrick, e eu acho que ele fez bem. As idéias são tão arrojadas que é preciso tempo pra assimilar.
  9. O garoto arrasa. Aquela cena em AI, na qual a mãe diz as palavras-chave para despertar sentimentos nele, é perfeita. A transição entre a mecanicidade e a humanidade que ele faz é algo fora do comum.
  10. Puxa vida, iniciar-se em Almodóvar com A Má Educação é um batismo de fogo. Há três filmes anteriores a esse que são bem mais acessíveis, Carne Trêmula, Tudo Sobre Minha Mãe e o nosso prato do dia, Fale com Ela. Todos excepcionais e indispensáveis. Scofield, como pode dizer isso de Fale com Ela sem medo de arder no inferno por toda a eternidade? Hahah
  11. Infelizmente não vi Hapiness (e perdi Palyndromes também), mas em Casa de Bonecas o maior trunfo de Solondz é justamente mostrar a insignificância dos motivos que embasam essa marginalização, isso quando eles de fato existem. É uma estocada violenta na cultura que criou e alimenta o conceito do loser. Putz, só de falar isso eu me lembro o quanto o filme é bom...
  12. [quote name=Fulgora Mas falando em diretores indie' date=' acho que achei outro gênio do "gênero": Todd Solondz... assisti Happiness e achei fodaço!! É aquele tipo de filme meio esquisito, mas que você percebe a mão do diretor tempo todo, e sente que o cara teve a liberdade de dizer tudo que quis. Não é OP, mas é OP indie, se é que me entendem... Já providenciei os outros filmes desse diretor... depois posto as minhas impressões em algum tópico por aí... [/quote] Tive a oportunidade de conferir Bem-vindo à Casa de Bonecas no cinema, no ano de seu lançamento. Não sei como não derreteu as poltronas, de tão ácido que é. Ótimo filme, com a Heather Matarazzo (que ganhou o Independent Spirit, inclusive).
  13. Não necessariamente melhores, mas ao menos essenciais: # Mistérios da Carne (Araki) # Spider (Cronemberg) # Fale com Ela (Almodóvar) # As Bicicletas de Belleville (Chomet) # Elefante (Van Sant) # O Pesadelo de Darwin (Sauper) # Herói (Yimou) # Terra de Sonhos (Sheridan) # Longe do Paraíso (Haynes) # AI - Inteligência Artificial (Spielberg) # Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas (Burton) # Cabine do Inferno (Roth) # A Professora de Piano (Haneke) # Dogville (Trier) # O Segredo de Vera Drake (Leigh)
  14. Será um prazer, Nacka. Nesta semana vou tentar ver os dois que estão faltando, A Última Tentação de Cristo e Fogo Contra Fogo. Quanto ao filme, fique à vontade. Rubysun, a primeira frase do seu post é muito interessante (ele todo é interessante, mas aí vai o destaque) porque traz, pra mim, o que é o grande barato de um fórum de discussão. Tanto eu quanto você ou o Scofield captamos, grosso modo, os mesmos elementos em No Rastro da Bala. Se a valoração destes elementos foi diferente é porque, obviamente, somos pessoas diferentes. Como o Scofield falou tão bem, "algumas coisas funcionam para uns, para outros, não". Essa humildade intelectual (afinal, coisas que ele adorou eu detestei) é o que pode haver de mais saudável em ambientes de trocas de idéias, presenciais ou virtuais. A propósito, não sabia que o Cameron Bright tinha outra cara além daquela... Que pena ter perdido Obrigado por Fumar no cinema, só me resta esperar pelo DVD. Vivendo e aprendendo. Quanto aos elogios, disponha, Scofield, foram sinceros. As qualidades presentes nos seus comentários sobre o filme são evidentes. A releitura do filme sob a forma de amálgama de contos de fadas, uau, aquilo foi jóia... Kramer nem fazia jus a ela, haha!
  15. Não é nada excepcional, mas não é ruim de jeito nenhum. O trio principal (Hathaway, Streep, Tucci) não deixa a peteca cair em momento algum e isso faz um bem danado ao filme, que é bem convencional em sua estrutura narrativa e tem muitos personagens totalmente desnecessários. Não há como deixar de se impressionar com a atuação de Meryl Streep. Ela poderia ter caído em um monte de estereótipos (não acho que ela seja apenas uma bitch odiável, mas é uma bitch que explica, sem precisar de muitas palavras, o porquê de ser - e querer ser - assim e o preço que paga por isso) mas foi muito além, dando a sua Miranda Priesly contornos bem mais interessantes. Nunca espero uma atuação menos que fascinante dela, e como sempre, não me decepciono. Já vale o ingresso.
  16. Certamente. Eu havia dito no Cineclube, em um tom meio que de brincadeira, confesso, que Alice era uma devoradora de homens e todo mundo riu, mas é verdade! Quem resiste a uma ninfetinha em roupas sumárias e caras e bocas maliciosas rebolando num palco? Nestas horas (não leiam isso, garotas), não há como não pensar com a cabeça de baixo... Só depois é que eu comecei a refletir como a Alice é um personagem bidimensional. Na hora, filho, não dá pra pensar em mais nada!
  17. Almodóvar é gênio. Na minha opinião, nenhum outro diretor na ativa consegue conceber e desenvolver personagens na tela como ele (outros que também tinham habilidade similar, como Hal Ashby, Federico Fellini, Stanley Kubrick e Krzysztof Kielowski, infelizmente já se foram). Eu gosto tanto de tudo o que ele faz (e é um cara que realmente ama o seu ofício, respeita seus personagens e não faz concessões para maquiá-los ou torná-los mais digeríveis) que nem me sinto à vontade para avaliar suas obras.
  18. Apesar da agudeza da observação' date=' é vero. Mas ao menos o avatar dele é maneiro, Amfíbio. Ademais, é outra pessoa que, como eu, não parece ver nada demais em Closer, um filme que considero de boas idéias e temas, porém excessivamente teatral e artificial, com um Clive Owen muito careteiro (eu sei que vocês gostam demais do sujeito em cena, mas não consigo pensar de outra forma; peço desculpas antecipadas!) e um Jude Law nulo. Tem duas coisas que eu realmente gosto em Closer: Julia Roberts, que tem o personagem mais consistente dos quatro e o desenvolve muito bem, e a direção de arte, com seus cenários sofisticados e elegantemente iluminados. Direção e edição de imagens muito preguiçosas, quase point-and-shoot. Pra mim Nichols rodou o filme no automático, numa transição palco/telona pífia. Não que eu ache o filme ruim, apenas o considero mediano, com algum esforço. Mas já falei tanto disso (num tópico intitulado "filmes superestimados", algo assim) que todos os demais usuários, que em sua quase totalidade gostam muito do filme, já devem estar cansados... [/quote'] Porra, isso que eu gosto de ver. Por favor discordem de mim assim, com argumentos. Pois assim se constrói uma boa discussão. Então cara, sobre a teatrialidade (!) do filme, eu acho que esta foi a melhor forma encontrada para expor a idéia sem fazer o filme ter três horas. E particularmente gosto disso. Realmente, como no teatro, os diálogos aqui não se perdem em enrolações. Cada coisa que é dita tem uma razão pra ser dita. É como se o diretor pegasse os "melhores momentos" da vida dos quatro personagens. Sobre o Owen, eu o considero uma das maiores revelações dos últimos anos e neste filme ele está soberbo. Inclusive estou me esforçando pra lembrar alguma careta dele. É genial a forma com que ele trata seu personagem. Ele sabe que não pode competir com o personagem do Law, mas ao contrário deste, é inteligentíssimo e usa isso pra conseguir o que quer... Sobre a Roberts, acho que ela até se sai bem com o personagem mais manipulável e fraco (no sentido de pessoa fraca) da trama. Ela é seduzida e ludibriada com uma facilidade absurda. Uma marionete nas mãos dos dois homens. Um a controla com seu charme e o outro com sua inteligencia. Quanto à direção do Nichols eu penso assim. Ele sabia o roteiro que tinha em mãos e não quis "atrapalhar" isso criando planos elaborados ou qualquer coisa do tipo. Mas por exemplo, eu achei genial a forma com que ele conduz as transições de tempo. Sem artimanhas ou letreiros e sem nos deixar perdido. Bom, já deu pra ver que eu tenho orgasmos com esse filme, hehe. Ps: Porra, esse tipo de discordância com argumentos é tudo que eu queria neste forum. (com alguns spoilers) Estas suas observações são muito interessantes porque me remetem a outros aspectos que dão boa margem pra discussão. Lembro que, quando vi o filme, percebi como é fácil para o público torcer pelo Larry, e talvez até se identificar com ele. O cara tem aparência apenas mediana mas é muito inteligente, sabe o que quer e não tem pudor nenhum para fazer de tudo para conseguir seus objetivos (e consegue: leva para a cama as duas mulheres da trama e praticamente destrói o relacionamento do outro, o bonitinho porém ordinário Dan). Que cara não gostaria de ter a liberdade de ser assim? O Larry é o avatar masculino da tríade sexo, dinheiro e poder. Só que o Larry também é um grandecíssimo filho da puta não ama ninguém a não ser ele mesmo e é um personagem tão marcado como um rolo compressor que, pelo menos pra mim, ficou artificial. Daria um ótimo vilão de estórias em quadrinhos, mas como gente de verdade, que é a proposta do filme, deixou a desejar. Julia Roberts é outra estória. Como você disse ela é realmente vulnerável, mas tem mais: é insegura, leviana e auto-destrutiva, apesar de ser uma mulher bonita, inteligente e bem-sucedida. Eu acho a Anna muito mais palpável, mais redonda como personagem, e Roberts a sustenta de uma maneira que me surpreendeu, dizendo muito mais com os olhares e com as expressões faciais do que com suas falas. Não creio que Closer seja um filme sobre o amor. É um filme sobre as disputas de poder existentes nas relações humanas, havendo amor ou não, e nelas dois personagens (Larry e Alice) são máquinas destruidoras e os outros dois alternam fortalezas e fraquezas, o que deixa o filme desbalanceado por ter um lado mais natural e o outro mais sintético. Você poderia dizer, Amfíbio, e com razão: "mas a vida é assim mesmo, tem gente que é mais vulnerável e gente que é mais cruel". Mas Larry e Alice não abandonam suas personas predatórias nem por um segundo. Isso, e a verborragia incontida do roteiro (todos, exceto Anna, falam demais!), derivada do fato de ser, pra mim, apenas uma peça filmada, é que me tira tantos pontos com o filme. Bem, um monólogo deste tamanho já é digno de Closer, heh. Mas pode ter certeza que vou ruminar sobre o que você escreveu. Estas diferenças de opinião poderiam estar sendo abordadas no Cineclube (onde eu certamente seria metralhado, hahah) também, mas o fato de uma discussão bacana como essa sair em um tópico isolado é saudável. Trocas de idéias devem ser a tônica do Cineclube mas não uma exclusividade dele.
  19. Apesar da agudeza da observação, é vero. Mas ao menos o avatar dele é maneiro, Amfíbio. Ademais, é outra pessoa que, como eu, não parece ver nada demais em Closer, um filme que considero de boas idéias e temas, porém excessivamente teatral e artificial, com um Clive Owen muito careteiro (eu sei que vocês gostam demais do sujeito em cena, mas não consigo pensar de outra forma; peço desculpas antecipadas!) e um Jude Law nulo. Tem duas coisas que eu realmente gosto em Closer: Julia Roberts, que tem o personagem mais consistente dos quatro e o desenvolve muito bem, e a direção de arte, com seus cenários sofisticados e elegantemente iluminados. Direção e edição de imagens muito preguiçosas, quase point-and-shoot. Pra mim Nichols rodou o filme no automático, numa transição palco/telona pífia. Não que eu ache o filme ruim, apenas o considero mediano, com algum esforço. Mas já falei tanto disso (num tópico intitulado "filmes superestimados", algo assim) que todos os demais usuários, que em sua quase totalidade gostam muito do filme, já devem estar cansados...
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