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Forum Cinema em Cena

Alexei

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Everything posted by Alexei

  1. Concordo. Quantos ótimos filmes deixariam de ter sido feitos caso o diretor se curvasse à "perspectiva adequada"? O Segredo do Abismo, King Kong, A Professora de Piano, Spider, O Declínio do Império Americano, O Segredo de Brokeback Mountain, Herói, citando apenas os exemplos de teimosia que me vieram à cabeça de chofre.
  2. É mesmo. A Estrada Perdida tem, se não me engano, Song to the Siren, do This Mortal Coil. De muito bom gosto as trilhas dos filmes do Lynch. Sobre Veludo Azul, o filme é bom e perturbador na mesma proporção. E Rossellini está realmente muito linda, apesar do filme ser do Dennis Hopper, sem discussão.
  3. Alexei

    Oscar 2004

    Em tempo: em 2004 concorreu Belleville Rendez-vous, que é a melhor das indicadas pra mim, simplesmente sensacional. Assim como o restante da trilha sonora. Assim como o filme todo.
  4. Essa pergunta foi interessante. Dependendo do momento, posso me dispor a ver qualquer filme, independentemente do gênero. Às vezes eu faço questão de ver filmes reconhecidamente ruins, ainda que não concorde com a opinião geral após conferi-lo, apenas para ter mais parâmetros de qualidade (ou da ausência dela). É como um curso de vinho: o professor sempre faz com que a turma prove vinhos bons e ruins, para que ela perceba o que falta em alguns e sobra nos outros.
  5. Alexei

    Oscar 2004

    Porque Just Like Honey não era uma canção original, Guidon. Foi composta pelo The Jesus and Mary Chain há mais de 20 anos para o primeiro álbum deles, o Psychocandy.
  6. Eu vi o filme há umas duas ou três semanas, mas esperei todo esse tempo pra comentar de modo a aguardar como ele sedimentaria na minha cabeça, o que dá uma visão mais clara do todo. Baú me divertiu, inegavelmente, mas eu confesso que esperava mais. O diretor parece ter tido uma visão meio simplória da coisa: "se no primeiro filme monstros, triângulos amorosos e um herói de aparência e postura tresloucada fizeram tanto sucesso, se eu colocar mais do mesmo, vou fazer mais sucesso ainda". É claro que ele não pensou assim, mas foi a sensação que ficou: mais monstros, um herói com mais cara de quem vive tomando chá de cogumelo, mais dúvidas amorosas, mas menos sabor de novidade, além de uma estória muito fraquinha. Perdão aos que adoraram o filme, mas eu percebi o Baú como os canapés que sobraram da festa da noite de ontem, que a gente come no dia seguinte: por mais que sejam gostosos, não deixam de ser comida requentada. O que reforça a tese de como as expectativas interferem no aproveitamento de um filme. Algumas coisas eu gostei muito: as referências às suas origens de parque de diversões (a cela de ossos balançando pra lá e pra cá, com musiquinha e tudo; a luta de espadas numa roda literalmente gigante; o barquinho que parecia guiado, como é nos passeios do parque, até a choupana da Tia Dalma), Knightley defendendo seu papel com a costumeira paixão (mas ela foi muito prejudicada, pois quase não tem falas e, quando tem, são ruins), efeitos especiais incrivelmente bons. Quanto a esses, a composição dos marujos do Holandês Errante ficou excepcional, eu até queria mais tempo de tela com eles. Pra mim, 90% do impacto que Davy Jones causa se deve aos efeitos. Sim, e Tia Dalma, é claro. Pra quem esperava uma bruxa velha no estilo Krull - quem não lembra da mulher-aranha, presa num casulo de teia com uma ampulheta mágica? Nostalgia pura agora! - veio uma feiticeira sexy, espirituosa e, acredito, com muita beleza debaixo de toda aquela sujeira. Alguns banhos e sessões de manicure e no odontologista depois e Tia Dalma deve ser uma loucura... O saldo ainda foi bom, mas eu esperava um ótimo, como havia sido no Pérola.
  7. Heh, é o que parece. Nenhum detalhe parece ter escapado a você, nem a mim também. A contribuição dos nossos próprios sentimentos e memórias para a percepção de alguma arte é muito maior do que a gente pode pensar. Por isso eu acho que a subjetividade, apesar de parecer uma fuga de discussões ou ser utilizada como encerramento precoce de conversas ("isso é subjetivo", e fim), realmente explica essas disparidades. E quem pode dizer que está com a razão? Sobre as carinhas, não gosto porque são muletas. Tudo bem usar uma ou outra esporadicamente, mas elas estimulam a preguiça de escrever e, utilizadas em excesso, dispersam a atenção em qualquer texto. Pior que elas, só o internetês ("aki", "axo", "naum"...)! P.S.: Nacka, limpe sua caixa de mensagens!
  8. Eu também acho. Jurassic Park é um marco em vários sentidos. E foi interessante a opção do Spielberg de subverter a idéia original de Chrichton em relação às crianças, já que, no livro, Alexis é desenhada como uma inconseqüente que faz bobagens o tempo todo e quase sempre é a culpada pelas agruras sofridas pelos outros. Uma idéia arcaica sobre a infância, que Spielberg a coloca em seu devido lugar, ou seja, no esquecimento. Nota 10.
  9. Pra mim, De Palma é muito inconstante. Tem excelentes filmes (um dos meus preferidos é Carrie, assim como Pecados de Guerra - é esse o título em português?) e porcarias também (Fogueira; Missão: Marte). Sobre A Dália Negra, me admira essa história só ter sido filmada agora. O livro é ótimo e o caso real que ele utiliza como mote é assombroso (segundo o próprio De Palma, "quando você vê as fotos da Dália Negra, nunca mais a esquece"). Aguardo com muita expectativa.
  10. Acerca do "desenvolva", creio que o Nacka entendeu o que eu quis dizer e acertou na mosca, eu realmente não ligo pra isso. Só quis registrar que esta é uma realidade deste fórum com a qual eu não concordo ("desenvolva" ou, pior ainda, "prove"; certas coisas a gente não consegue sequer verbalizar, que dirá provar!), independentemente de ter vindo de você ou não. Também sei que você não quis ser agressivo (e não foi mesmo), e nem eu. Provavelmente minha mensagem de insurgência foi sutil demais, mas se isso se tornar comum eu vou ter que me render a estas carinhas ridículas que teimo em não usar, me acostumar com mal-entendidos ou ser mais silencioso por estas bandas do que já sou. Nenhuma destas opções me agrada... Veja que eu discordei do Nacka quanto à qualidade de Retratos de uma Obsessão, mas nem por isso achei que ele deveria, necessariamente, expor seus motivos. Se o fizer, ótimo, mas da forma como as coisas chegam por aqui, a situação toda por vezes acaba virando um teste ou, pior ainda, uma batalha de tribunal. Percebeu o meu ponto de vista? Sobre o que você acha do roteiro, não vejo muito o que discutir, pois são percepções diferentes. Observe que eu não cobrei do filme lições de moral nem que Hunting fosse um cara psicologicamente resolvido, mas apenas que o resultado de suas condutas fosse congruente com este comportamento. Pra você, foi; pra mim, não. Viva a diferença. Beleza? (e aqui eu poderia inserir essa tola piscadinha de olho, mas resisti bravamente!)
  11. Alexei

    Oscar 1998

    Só agora vi isso. Eu sempre tenho certeza de que vi ou não um determinado filme, moço! Heheh Não vi Psicose porque sabia que ele seria uma refilmagem quase quadro-a-quadro (Van Sant o divulgou nas entrevistas coletivas como uma homenagem ao filme original, sem outras pretensões), por isso não tive vontade de conferi-lo no cinema, apesar de achar uma idéia provocante. Não acho Elefante um filme só interessante não, acho monumental de tão bom. Da fotografia (que é do Harris Savides) à direção segura de atores estreantes, tendo por base um roteiro que corta como uma navalha (e que sangra muito, conforme o grau de entendimento do filme), não faço uma só ressalva a ele.
  12. Bem... (com um ou outro spoiler) Não costumo obedecer esses imperativos, pois tenho uma rebeldia inata... Mas pra não parecer má-vontade contigo, posso dizer que o roteiro de Gênio Indomável me parece muito irreal e, por isso mesmo, ruim. Will Hunting é um sujeito egocêntrico, grosseiro, pernóstico, invejoso e narcisista, e ainda assim os demais personagens do filme acham que sua genialidade compensa tais defeitos. Hunting é insuportável para os padrões comuns, mas seus amigos e colegas não parecem se incomodar em serem agredidos ou humilhados por ele, como se sua aptidão incomum para a matemática compensasse seu mau-humor e comportamento agressivo. Essa subserviência, mesmo em personagens que tentam colocar freios no sujeito, é que torna o roteiro tão inverossímil. Genialidade não é passe-livre para o mau-comportamento. Ao final do filme, Hunting muda sua atitude por achar que estava prejudicando ele mesmo e não por ter identificado seus atos nocivos aos outros e tentar corrigi-los. É a cultura americana do self elevada ao último grau (Will Hunting é bom no que faz e se basta, o resto é secundário). Se o filme mostrasse Hunting como uma espécie de anti-herói, seria muito interessante, mas isso não acontece (e aqui o filme é o extremo oposto do A Professora de Piano, cujo estudo da irascibilidade humana é infinitamente superior). Ele não só não sofre qualquer represália por agir como um idiota como é recompensado ao final, sem falar no fato de que o filme quer que nós, espectadores, gostemos dele de todo jeito, como os demais o fazem. Não há como gostar de um filme com um roteiro tacanha como esse, você não acha?
  13. Alexei

    Oscar 1998

    Eu vi. Atom Egoyan é, em geral, meio indigesto, e esse não foge à regra. Na época eu não gostei muito, mas ele subiu no meu conceito depois de um tempo. Aquela desesperança que permeia o filme me assombrou por dias.
  14. Mas a referência do Baton de A Dália Negra é bem diferente, e mais interessante. Pequeno spoiler: é que Betty Short, enquanto foi torturada, teve suas bochechas rasgadas até as orelhas, criando uma espécie de sorriso sinistro. Daí a extensão artificial do baton. Tétrico, não? Mas aconteceu mesmo. Alexei2006-8-6 13:35:44
  15. Engraçado, pensei já ter votado nesta enquete. O meu preferido é Peixe Grande, seguido de perto por A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Em geral eu gosto dos filmes de Burton, inclusive do Marte Ataca!, que é genial. Só Os Fantasmas é meio fraco.
  16. Uau, achei Retratos ótimo! Deixa o espectador desconcertado o tempo todo e traz a melhor atuação de Williams, além de ser um filme cru, sem artificialidades. Eu sou da mesma opinião do Saulomeri, gosto desse filme e do Insônia apenas. Mas o visual de Amor Álém da Vida quase paga o ingresso. Odeio Gênio Indomável. O pior filme de Gus Van Sant que já vi, de roteiro absurdamente ruim.
  17. Alexei

    Oscar 1998

    Eu quis ver' date=' inclusive pelo Michael Pitt, que é um ator que eu considero bem sólido, porém faltou tempo. Mas o cara que faz Elefante e Gerry paga a dívida de Gênio Indomável e fica com troco. A pergunta não foi pra mim, mas Elefante é o meu preferido, junto com Garotos de Programa.
  18. Alexei

    Oscar 1998

    Nope. Por isso que eu falei "provavelmente". Se for pior que o altar criado pelo Matt Damon para si próprio, então deve ser muito ruim.
  19. Mas Gollum é mais expressivo que uma dúzia de Davy Jones, graças a Andy Serkis. Nighy, que está se especializando cada vez mais em interpretar monstros, aberrações etc., me pareceu apenas um sujeito mau-humorado que está precisando de óculos. Barbossa era um vilão bem mais interessante, eu creio.
  20. Alexei

    Oscar 1998

    Los Angeles - Cidade Proibida foi o que eu mais gostei entre os indicados, mas não foi uma lista ruim. Eu só não gosto mesmo do Gênio Indomável, que é um Gus Van Sant irreconhecível (e provavelmente a maior mancha na cinebiografia dele). Ainda bem que ele se recuperou depois, e com sobras.
  21. Alien, sem dúvida. E A Lenda é ótimo!
  22. Gostei dessa lista, muito boa (apesar de ainda não ter visto Caché nem Superman), inclusive pela presença dA Marcha dos Pingüins, que tem um dos trabalhos de edição de imagens e fotografia mais incríveis que eu vi recentemente. Mas na minha lista, A Lula e a Baleia e O Pesadelo de Darwin (que eu não sei se foi lançado na telona; vi na TV paga) entrariam sem sombra de dúvida. Dois filmes absurdamente bons e que merecem ser vistos.
  23. Alexei

    Oscar 2004

    Terra dos Sonhos poderia ter entrado no lugar de Seabiscuit fácil fácil, já que Sheridan é muito querido pela AMPAS. Se eles tiveram o bom senso de lembrar dos excelentes Hounsou e Morton, o filme deve ter ficado de fora da lista por pouquíssimos votos. Elefante e Dogville na lista seria pedir demais da Academia. Sobre Mestre dos Mares, a indicação que eu mais queria para o filme, a de Ator Coadjuvante para Paul Bettany, não veio. Mas o prêmio para aquela fotografia linda (muito azul) foi merecido. Falando exclusivamente dos que foram indicados (e essa foi a melhor lista de Melhor Filme em muitos anos; gostei de todos eles, salvo Seabiscuit), eu fico mesmo com O Retorno do Rei, mais pelo conjunto da obra e pelo esforço sem precedentes do Peter Jackson.
  24. Tem um detalhe interessante aí: o roteiro de Menina é uma adaptação. Quanto a Crash, toda aquela pregação horrorosa e subliminarmente conformista (brancos e negros podem se dar bem, contanto que cada um saiba o seu lugar) é culpa exclusiva do Haggis.
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