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Forum Cinema em Cena

PedroFraga

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  1. Conhecendo o Bernardo, ele elogiou o filme.
  2. Bem, só lendo o livro pra saber mesmo, mas eu achei o filme bem fraco - porém todos os meus amigos, que tem um gosto relativamente bom (apesar de gostarem demais daquela historieta do George Lucas e de Matrix), gostaram bastante. Pode ser que eu seja apenas chato. Eu li por aí (ou seja, não sei se é totalmente verdade) que o Kubrick esteve atrelado a um projeto com o filme, deixando de lado por considerar que ele seria infilmável. Mesmo sem ser pseudo-estudante-de-cinema-pela-saco, eu acho que deveriam ter dado ouvidos ao velho Stan, por mais perfeccionista-chato que ele tenha sido.
  3. Pois é. Eu vi o filme na última Maratona Odeon (em conjunto com Mais Estranho que a Ficção, este sim bom) e não li o livro, ou seja, vou dar a minha opinião de quem gosta de cinema: é MUITO fraco. O filme é longo demais com uma narrativa excessivamente lenta e desinteressante e se leva muito a sério nos momentos errados gerando várias cenas do estilo "ai que vergonha alheia". Se o personagem principal é incapaz de amar e se relacionar com nada que não seja 'odores' (e é a isso que o filme se resume), eu fiquei totalmente incapaz de sentir qualquer coisa por ele, inclusive repulsa. Só queria sair do cinema o mais rápido possível. Tom Tykwer sofreu de um 'derrame cerebral' e os miolos escorreram pelo nariz (pun intended). Não vou entrar em maiores detalhes pra não 'estragar' o filme para quem pretende ver. Só sei que o filme me passou a impressão de que eu não quero ver o livro nem de longe. PedroFraga2007-01-15 09:33:16
  4. Sabe que aconteceu o oposto comigo? Tanto na sequência do carro quanto na sequência no campo de concentração, no momento que o filme corria, eu não me toquei no virtuosismo. Só quando eu saí do cinema que eu pensei: ó pá, como raios ele filmou aquilo? Mas isso tudo é muito pessoal, eu me 'conectei' sim aos personagens e me importava com seus destinos. Agora, vi Perfume na Maratona Odeon desse sexta feira e o Tom Tykwer só me fez ter como ligação com o personagem a vontade do ator ter morrido durante as filmagens e o filme nunca ter sido lançado, enquanto quase todo o cinema gostou bastante ... (
  5. ué, se você soubesse que era uma filme pessimista, ele seria melhor? rs
  6. Talvez seja exagero da minha parte, mas durante a exibição eu tive um feeling de que esse é um desses filmes que ficam pra história. Três vivas para o México, que nos brindou com três dos melhores diretores da atualidade. E um viva especial para o Cuarón, que fez na minha opinião, o melhor filme do ano, sem dar chance pros concorrentes.
  7. Acho que minha despedida foi ontem, The Host no Palácio. Bem bom, aliás. Tinha programado ver Anjos Exterminadores no Palácio também, mas bateu preguiça e já me falaram que é uma bomba ... Vi, de segunda pra cá: O Livro de Recordes de Shutka, Carambola, Madeinusa e The Host. Em breve faço resenha de tudo
  8. Vamos la: Paris, Je T´aime: gostei bastante, mesmo com uns episódios mais fracos que os outros, o saldo é positivo (até pq é dificil fazer algo com 5 minutos que seja uma porcaria total a ponto de estragar os outros todos ... mas cito o Walter Salles, mais uma vez fazendo critica social de riquinho. Só ganha ponto por ter escalado a talentosa Catalina Sandino). Destaques para os segmentos dirigidos pro Alfonso Cuaron, irmãos Cohen (com o sempre bizarro e engraçado Steve Buscemi), o sensacional gótico-brega do Viscenzo Natali e o final absurdamento foderoso do Alexander Payne, que ganha de todo mundo (se fosse uma competição) com a sua conclusão Xifópagos & Roqueiros: Comecei me assustando, quando a primeira imagem a surgir traz Jonathan Pryce. Fudeu, pensei, o filme é do Terry Gilliam e eu não sabia! Mas, infelizmente. não era o caso. Acabei dormindo em algumas partes da história, aliando meu sono a um andamento muito lento do documentário-fake sobre o par de gêmeos xifópagos vendidos pelo pai para um empresário com a idéia de montar um grupo de rock liderado por uma dupla de irmãos-grudadinhos. Não é de todo ruim não, as músicas, por exemplo, até são bem legais. A Vida Secreta das Pessoas Felizes: Eu não sabia o que esperar. Na verdade, não tinha nem lido a sinopse - escolhi pelo título e por fazer parte do foco Canadá. Logo no início, achei que o filme fosse tratar de pessoas que não se ajustam muito bem a sociedade por tristeza crônica, mas o filme mostra que no fundo o problema é falta de %@ta. É bom, mas me decepcionei um pouco ao longo do filme. A Fonte: Bem, acho que o meu favorito do festival achou um adversário a altura. Sou fã do Aronofsky (assim como sou fã do M. Night) e acho que ambos são alvo de críticas 'vazias' porque tem uma visão muito particular e convicta, que acaba parecendo pedantismo - o que geralmente mexe no calo dos críticos. A Fonte é uma poesia filmada, com uma atuação inacreditável do Wolverine (ainda bem que o Brad Pitt caiu fora). A crítica já está caindo em cima, dizendo que ele se acha um novo Kubrick e merece queimar no fogo sagrado. Me pergunto quem eles achavam que o Kubrick achava que era quando lançou 2001 ... PedroFraga2006-10-02 10:38:17
  9. O Cobrador - Você pega um diretor mexicano premiado, coloca pra atuar o Lazaro Ramos e o Peter Fonda, em cima de um conto do Rubem Fonseca. Vai ficar foda né? Errou feio ... muito feio... Em compensação: O Labirinto do Fauno - O FILME do festival so far (e olha que o Iñarritu fez um filmaçõ do caralho ...). Possivelmente O FILME do ano. Guillermo del Toro acaba de entrar no hall das pessoas para quem eu trabalharia de graça 20h por dia por anos a fio ...
  10. Bem, ontem o Hollywoodland foi liberado como filme-supresa. Não sei as datas e horários, mas vi o papel afixado na parede da central. Também tá rolando uma possibilidade de exibirem A Rainha nos últimos dias ... será ?
  11. Sei sim, mas conheço pouquíssima coisa dele, é um dos autores que está na minha lista de 'aprofundamento'. Alguma sugestão ?
  12. O filme é sensacional mesmo. Acho que está no topo do ranking dos que eu vi até agora. Só faço uma correção: pelo que eu li até em entrevistas com o Iñarritu, nenhum dos 'atores' do elenco marroquino é ator mesmo. Se for isso mesmo, ele merece um Oscar por tirar interpretações excepcionais de gente comum. O pai dos meninos, então, se não for ator, deveria repensar sua carreira ...rs
  13. Um continho agora, então O que não engorda, mata! - Carlos, aquela coxinha piscou para mim! Imaginem ouvir uma declaração desta, no balcão de uma lanchonete. Sim, Carlos fez a cara que qualquer de nós faria, ao ouvir tamanho absurdo da boca de uma pessoa que, por mais que beba socialmente, não estava alcoolizada e nunca passou por tratamento psiquiátrico por causa de algum distúrbio mental ou abuso de psicotrópicos. - Hein? - É sério! Eu juro que vi aquela coxinha de galinha piscar pra mim. Não, não essas com catupiry, aquela ali com a azeitona enfiada. Aliás, foi a azeitona que piscou ... Carlos caiu numa sonora gargalhada, enquanto apontava para o salgado dito animado. - Tadeu, você tá doidão? Tudo bem que esse lugar é uma espelunca, a gente não precisa vir comer mais aqui, mas ... - Cara, to falando sério. Não tá vendo como eu to tremendo? E estava mesmo. A gargalhada foi desaparecendo e o sorriso sacana sumiu do rosto de Tadeu, que conhecia o amigo e sabia que ele não era de fantasiar coisas, por mais que vez ou outra costumasse seguir conselhos do horóscopo do dia e ainda tinha fé cega no time do Flamengo. - Bicho, deve ser uma merda de uma barata que andou ali em cima. Vou chamar esse chinês safado pra limpar essa porcaria. - Na boa, não era barata não. A azeitona piscou, sei lá, eu consegui ver ela girando como se fosse um olho, sumir dentro da massa, voltar e depois ficou parada de novo. Carlos se aproximou do vidro e ficou fitando a coxinha, para ver se notava algo. Realmente ficou assustado com a maneira que Tadeu falou, mas não conseguia observar nada. Era apenas um salgado típico de lanchonetes e botecos, gorduroso a ponto de realmente poder matar alguém (entupindo suas artérias, com a degustação dele e de toda a sua família por vários anos) e provavelmente com alguns dias de idade, por mais que o chinês insistisse que saira do forno algumas horas antes. Achou que, se estivesse mesmo vivo, iria no mínimo, respirar suavemente como um bebê. - Cara, não olha assim de perto não. Eu acho que ela ta observando a gente. - Aí já é demais não, Tadeu? Eu sei que está tarde e ficar no trabalho diagramando revista até essa hora é foda, mas isso passou do limite. Você ta precisando descansar um pouco, pede pra te darem uns dias de folga depois que a gente fechar o arquivo. - Carlos, eu to ficando nervoso mesmo, sai de perto daí. - Chega, eu vou comprar essa coxinha. Foi aí que Tadeu desesperou-se e falou para o amigo para que fossem embora. Carlos disse que só iria verificar, cortar a coxinha em dois pedaços com uma faca, para ver se iria sangrar ou ter um espasmo até morrer, piscando enlouquecidamente até o último suspiro. Tadeu pediu e implorou para que desistisse da idéia, mas Carlos estava irredutível - seja na ânsia em descobrir que o amigo estava realmente desequilibrado ou, quem sabe, ter um absurdo contato em primeiro grau com o mundo dos lanches sobrenaturais. Enquanto brigavam, um negão com longos dreads entrou na lanchonete e pediu uma coxinha pro chinês, apontando aquela que ele achava a mais apetitosa (devo informar; o cliente odiava catupiry), pagou e, quando os dois amigos viram o que tinha acontecido, já tinha ido embora. O chinês arrumou as restantes, deixando Tadeu e Carlos confusos em relação ao salgado escolhido pelo homem. Chegaram a correr até a porta da lanchonete, mas não sabiam para que direção ele tinha ido - não estava mais a vista. Ao voltarem, o dono da birosca os aguardava com uma coxinha sobre um prato pequeno. - Queria coxinha da frente, né? Lee Pong separar para você. O medo se instalou na mente de ambos, fazendo Tadeu recuar até a porta da lanchonete, esperando o bote da criatura-comestível. Carlos pediu uma faca e aproximou-a do salgado, de maneira até relutante, aguardando um esguicho de gosma negra ou um ataque mortal. Afundou a lâmina com cuidado e quase sentiu o bicho se mexer; mas não passou de uma impressão errada e, finalmente, verificou que ali dentro havia apenas o recheio habitual de frango. Sem catupiry. Tadeu não aceitou a metade oferecida pelo amigo, que acabou comendo o quitute sozinho, gastando pelo menos uns quatro saquinhos de catchup vagabundo, daqueles meio rosa, para esconder o gosto de fritura velha. Foram embora rindo do incidente, cada um para sua casa e, ao contrário do mínimo que se poderia esperar, Carlos não teve diarréia por causa da indigesta refeição. ------------------- Algumas horas depois, em uma rua escura alí mesmo no Catete, jazia o corpo de um homem negro, aparentando vinte e poucos anos. Foi encontrado por uma velhinha que passeava com seu chihuahua Abelardo, que tinha sim certas tendências para gostar de cães do mesmo sexo, porém de raças diferentes. Dona Mirinda contava ao oficial Milton que teve a impressão de ouvir o som de inúmeros pequenos pezinhos correndo para longe da cena do crime, acompanhado de uma perversa risadinha abafada. A polícia continuava a investigar o local e o cadáver, que havia sido violentamente deformado, tendo sua mandíbula inferior arrancada por inteiro e transformada em uma mistura de diversos pedacinhos de ossos e dentes, que se encontravam jogados na poça de sangue, miolos e enormes dreadlocks cultivados ao longo de muitos anos. OInvestigador Peçanha desconfiava, mesmo que não tivesse confessado para ninguém, de um inverossímel grupo de neonazistas que rondava o bairro, armados com tacos de baseball. ------------------- Lee Pong ouviu os guinchos, se abaixou e pegou a coxinha ensanguentada que pulava no chão, sobre dezenas de pequenas patinhas, como um cachorrinho agitado que pede colo e afagos do dono. Colocou-a debaixo do fio de água que saía da torneira da pia e tirou aquele vermelho todo do corpinho de massa frita, colocando-a de volta junto das outras coxinhas no balcão (que sim, eram vendidas com muitos dias de idade e causam aos consumidores, vez por outra, fortes e duradouras diarréias). Não havia mais ninguém na lanchonete - que já estava fechada - e Lee Pong terminou de jogar água no chão da sua espelunca enquanto repetia baixinho com sua voz levemente anasalada: - Iä, Iä, Cthulhu Phtagn!! Iä, Iä, Cthulhu Phtagn!! Iä, Iä, Cthulhu Phtagn!! A coxinha ronronou (ou algo bem próximo disso) feliz e de barriga cheia, se mexeu para achar a melhor posição, piscou uma última vez antes de esconder seu olho-azeitona e embalou em um sono bastante barulhento para um salgado de frango. De Pedro Fraga, em fevereiro de 2005. PedroFraga2006-09-28 13:01:22
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