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Conan o bárbaro

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Everything posted by Conan o bárbaro

  1. Concordo com o Saga! (SPOILER) Esse episódio foi excelente! Do início ao fim... Foi muito tenso! Não só pela situação angustiante, mas porque era com um dos personagens mais bacanas da série, o Daryl. E que apesar de tudo, não é protagonista, e a qualquer momento pode ir para o saco, o que aumenta a tensão... Pensei que o cara ia morrer mesmo umas três vezes nesse episódio... Além do mais, uma outra coisa legal, é que esse epidódio abre uma possibilidade do Daryl ter um surto psicótico a la Jack Torrance... E o final é espetacular mesmo! Cheiro de que "uma merda muito grande está por vir"...Conan o bárbaro2011-11-14 23:31:31
  2. Concordo com a crítica. A série não tem alma. Parece uma compilação de todos os clichês do gênero casa assombrada. Isso não demérito, pois o próprio nome do seriado passa essa idéia de uma antologia folclórica de lendas americanas sobre casas assombradas. Mas aí o problema é que a história não prende, fica um mexidão de tudo um pouco, mas sem nada especificamente guiando a linha narrativa. Na minha opinião, acharia mais interessante se focassem em um único clichê cada temporada...
  3. Gustavo, não estou falando de quem tem culpa, mas de situações em que há sofrimento humano, independendente da causa. Pois estou falando da compaixão em relação ao sofrimento alheio, e como ela é seletiva. E mesmo assim, há o elemento humano mesmo no terremoto no Haiti. Pois então como explicar que terremotos mais fortes causaram muito menos mortes no Chile ou no Japão?Ou que muitas pessoas continuaram (e continuam) a morrer por falta de infraestrutura básica, falta de alimento ou por doenças básicas como a cólera? Conan o bárbaro2011-09-12 17:29:02
  4. As guerras que os americanos fizeram, Iraque e Afeganistão, são ruins, foram por $$, e todos os predicados negativos que associam a elas. Ja essa outra é dignidade? Pode usar outras palavras, como loucura, arrogancia, burrice, preconceito, estupidez, qualquer outra nessa linha, mas dignidade, nunca. O correto nesse caso seria fazer uam especie de censo na regiao, ir perguntando quem era a favor da guerra na regiao e ir eliminando os que fossem a favor de continuar. Afinal, melhor eliminar mil que querem guerra, que querem matança, do que continuar a guerra que ja dura decadas. Alias, a guerra é tão estuipida como a briga dos Berdinazzi com os Mezengas na novela da Globo... Que solução genial heim!Você acha que é estupidez pois está no conforto da sua cazinha com a sua comida e água garantidas. Agora pessoas que vivem privadas não somente de tais regalias, mas como também vêem a cultura delas ser minada, as suas terras usurpadas, e são discriminadas. Vêem erguer muros que os confinam à espaços miseráveis... são todos loucos. Assim como aqueles que lutaram contra o Apartheid são loucos, burros, preconceituosos, estúpidos, ignorantes...
  5. e 10 anos depois as pessoas ainda continuam a chorar por isso. Incrível como a tristeza é seletiva. Não falo nem da desproporção da reação americana com certos países, mas como ninguém está chocado com o estado crítico de miséria e fome na Somália. Não é de um evento que ocorreu faz dez anos. Mas algo que vem ocorrendo durante este dez anos. E o que dizer de menos de dois anos ninguém mais se lembra do terremoto no Haiti. E da penúria que só piorou. Menos de 10% (do pouco que já existia) foi reconstruído. O que são 3.000 vidas perto de 200.000 vidas?
  6. Luta na Palestina é por uma coisa que se resume a uma palavra: dignidade.
  7. Eu sou um que de forma geral' date=' não me solidarizo com essa guerrinhas estupidas do oriente. A eterna guerra israel x palestina acontece pq? Pq ambos são loucos extremistas. É uma pena sim, inocentes, crianças, homens, mulheres, idosos morrerem sem terem culpa alguma. Isso sim tinha que ter uma forma deles escaparem, e deixar ali só os loucos extremistas, deixar eles brigarem ate matar todos. Numa comparação simploria, penso da mesma forma que briga de torcida organizada: deixem se matar. Brigar por time de futebol é tão estupodp quanto brigar por um pedaçõ de terra. [/quote'] Simplório mesmo.
  8. Num lembro muito bem desse caminho da garça não O caminho da garça ficou muito bom mesmo!!! Moh conselhos do mestre ancião da montanha, haha
  9. pfff... este tópico já foi bem melhor. Cadê a diversão?
  10. Ainda não vi o filme, mas apesar das qualidades (ou a falta delas), acho que é um filme bem pertinente com a época em que vivemos, de extrema sexualização da sociedade. Cada vez mais o sexo está virando objeto, mercadoria. Os meios de comunicação de massas estão se erotizando ao extremo, e estão ditando os modelos e os padrões de comportamento Igualmente o prazer se torna algo mecânico, passível de ser comercializado e consumido. Não existe mais a aura de sedução, conquista e mistério. Tudo é explícito, e todos buscam o sexo pois é assim que as coisas devem ser. E estas indústrias não somente levam á mercantilização das relações, como também dos padrões de beleza, de peformance. Na hora "H" as pessoas não fazem aquilo que lhes dá mais prazer, mas seguem um roteiro padronizado dos filmes pornôs. E essa sexualidade extremada. Vejam os clips musicais que só aparecem mulheres levantando a bunda e gemendo, e isso vira modelo de sensualidade para as mulheres. O mesmo vale para os homens. Não sou fã dessas conversas marxistas e tal. Mas eu concordo como a idústria de consumo em massa leva a banalização de certas coisas Conan o bárbaro2011-08-07 15:02:08
  11. Plutão, acho que o conceito terrorismo sempre terá conotação negativa. Desde os exageros da época da revolução até hoje. Mas a questão quem deve ser taxado de terrorista. Isso é uma arma estratégica tanto de quem faz atos terroristas, como de quem taxa os outros de terrorista. No primeiro caso, não tem dúvida o porquê. No segundo, quando alguém é chamado de terrorista, é o modo mais fácil de deslegitimizar alguém, de tirar competamente a voz e os argumentos. É silenciar as pessoas e negar a possibilidade de diálogo. Na guerra os dois lados se reconhecem pelo menos. No terrorismo não tem diálogo.Conan o bárbaro2011-08-04 19:55:26
  12. Exemplo de como as coisas funcionam: Em agosto, os EUA decidirão se vão tirar o grupo MEK da lista de grupos terroristas. Esse grupo é de dissidentes iranianos que lutam contra o atual regime. Na década de 70, ele matou americanos. E na de 80, lutou na guerra irã-iraque ao lado do iraque. Além de servir ao regime de Husseim como instrumento para atacar os curdos. Mas convenientemente, agora, construindo apoios contra o governo iraniano, o governo dos EUA agora estão chamando o grupo como corajosos lutadores pela liberdade... Interessante como muda da água para o vinho... Conan o bárbaro2011-08-04 16:40:15
  13. Respondendo o título do tópico: "Os atos terroristas são classificáveis no rol dos atos repulsivos somente quando realizados por inimigos oficiais".
  14. e é vendo comentários por aí que a gente fica cético. E isso é porque é brasileiro comentando, nós que não temos nada a ver e somos um país "multicultural" (supostamente). Ao Norueguês tem espaço para compaixão e compreensão: O Breivik pediu desculpas pelos atos e disse que estes eram necessários para iniciar uma guerra no mundo ocidental. Achei isso bacana da parte dele, reconhecendo que exagerou na medida. Mas dou destaque para este comentário, que se encaixa direitinho no que estávamos discutindo a respeito dos homicídios sancionados por Deus: O Senhor Deus usou homens como Moisés e Agrião para combater seus inimigos. Esse homem bonito que está tentando conbater os inimigos da Palavra de Deus que hoje está já quase diminuindo na Europa. Quem sabe? Não podemos conhecer a mente de Deus. Mas ainda bem as reações sensatas ainda são a maioria emagadora entre nós!!! Conan o bárbaro2011-07-27 12:39:28
  15. Braudel? Interessante... Concordo que o Cisma foi uma espécie de "cereja do bolo", agora a longa duração não impede de atentarmos para registros documentais que deixam claro a não existência burocrática da ICAR antes do Cisma... Mas, isso é só implicância minha mesmo... Vc já é formado em história? Formou-se em que Universidade? Se não é, estudas onde? Sim. Me formei na UFMG =)E tem escolas dentro da historiografia da Idade Média que até acham o uso do termo Igreja (com I maiúsculo) um anacronismo, pois segundo eles, o termo foi cunhado em épocas mais recentes, sobretudo pela proposição iluminista de oposição entre Igreja e Estado. Assim, nós estaríamos utilizando essas categorias iluministas, que já estão cheias de "pre-conceitos" na análise. É uma coisa meio complicada, mas eles propõem a utilização de ecclesia ou cristianitas, algo que se aproximaria mais ou menos da idéia de cristandade. Seria como pensar o corpo místico em comunhão de todos os cristãos. E muito menos poderíamos falar em religião católica, pois para os homens da época, a fé não é como a religião de hoje. Mas seria uma instância universal, eterna, divina. Era realmente um poder que interferia e orientava a história humana desde seu início até o fim. Não seria uma questão de escolha individual, limitada ao âmbito privado. Assim, ao invés de falar em Igreja, o foco estaria mais em instituições como instâncias clericais, papados, espicopados, ordens monásticas. E não falando de Igreja como um conjunto oposto ao Estado. Segundo estes historiadores haveria uma convergência entre fé e poder, mesmo pensando na ação dos reis. Que bacana termos aqui um irmão historiador... Sou licenciado em história pela UFOP... Ótimo ver que além de historiador, és formado por uma universidade mineira... Realmente, essa questão ilumista está fortemente presente na conceituação do que vem a ser determinado igreja ou não... Contudo, Igreja como instituição é algo que vemos presente antes mesmo de tempos iluministas, inclusive recebendo tal nome... O que não vemos é justamente a diferenciação entre as igrejas cristãs, pois tal diferenciação é algo que vem a ocorrer mais tardiamente... Contudo, antes ainda do período iluminista, que data do século XVII... Já vemos uma diferenciação entre Igreja e Estado antes mesmo, principalmente quando vem a ocorrer a Reforma Protestante, no século XVI... Mas, creio eu, que a discussão aqui sobrepõe questões burocráticas, como bem disse anteriormente, estava mais implicando do que qualquer outra coisa... Que legal! Outro de Minas! Você pesquisava o quê? Bom, se quiser a referência, eu tirei essas idéias foi do Alain Guerreau. Ele apresenta bem diretamente no verbete Feudalismo, naquele dicionário temático do Ocidente Medieval do Le Goff!
  16. Scofa, mas você se esqueceu de uns detalhes: a tradução do texto e as palavras usadas. Por exemplo, em inglês, para a Igreja Católica tem: You shall not kill. A Luterana: You shall not murder. Católico usa o verbo do latim, occides. Já os protestantes, usam a tradução do verbo do hebraico, que ao invés de lo taharog (não matarás), está lo tirtza'h (não assassinarás), que tem um sentido jurídico mais complexo, que não cobre homicídio em caso de guerra, legítima defesa ou quando pronunciado por um tribunal. E isso fica ainda mais confuso quando no Antigo Testamento há exemplos de homicídios sancionados por Deus em caso de defesa E não ache que tudo é questão de usar a razão e obedecer uma ordem imperativa simples e objetiva que chegaremos a um consenso (veja que isso não ocorreu até hoje). Por exemplo, para a Igreja Católica, o aborto é uma violação óbvia do Pecado Capital "Não Matarás". Então estamos diante da condenação lógica do aborto? E aí? E também no exemplo já dado de concepção de Guerra Justa, em se defender de uma agressão, ou quando o uso das armas não produza danos maiores que o mal a ser combatido. Conan o bárbaro2011-07-26 13:53:00
  17. Braudel? Interessante... Concordo que o Cisma foi uma espécie de "cereja do bolo", agora a longa duração não impede de atentarmos para registros documentais que deixam claro a não existência burocrática da ICAR antes do Cisma... Mas, isso é só implicância minha mesmo... Vc já é formado em história? Formou-se em que Universidade? Se não é, estudas onde? Sim. Me formei na UFMG =)E tem escolas dentro da historiografia da Idade Média que até acham o uso do termo Igreja (com I maiúsculo) um anacronismo, pois segundo eles, o termo foi cunhado em épocas mais recentes, sobretudo pela proposição iluminista de oposição entre Igreja e Estado. Assim, nós estaríamos utilizando essas categorias iluministas, que já estão cheias de "pre-conceitos" na análise. É uma coisa meio complicada, mas eles propõem a utilização de ecclesia ou cristianitas, algo que se aproximaria mais ou menos da idéia de cristandade. Seria como pensar o corpo místico em comunhão de todos os cristãos. E muito menos poderíamos falar em religião católica, pois para os homens da época, a fé não é como a religião de hoje. Mas seria uma instância universal, eterna, divina. Era realmente um poder que interferia e orientava a história humana desde seu início até o fim. Não seria uma questão de escolha individual, limitada ao âmbito privado. Assim, ao invés de falar em Igreja, o foco estaria mais em instituições como instâncias clericais, papados, espicopados, ordens monásticas. E não falando de Igreja como um conjunto oposto ao Estado. Segundo estes historiadores haveria uma convergência entre fé e poder, mesmo pensando na ação dos reis.
  18. E ao Scofield. Acho que já perdemos o contexto quando a discussão mudou de rumo. Quando começou a discutir a gênese do nazismo lá em 30. Estávamos falando dos movimentos de ultra direita atuais, em que há sim a convicção de superioridade religiosa juntamente com pureza racial e civilizacional. E isso é porque as pessoas realmente acreditam, são sinceras. Não é uma artimanha para ganhar benefícios próprios. Isso dá idéia de teoria da conspiração, de alguém que tem peso na consciência e age "maquiavelicamente", mesmo sabendo que está errado. Não é uma aliança instrumental e estratégica. Não duvidemos da sinceridade dessas pessoas quando elas mobilizam argumentos religiosos. Ainda acho que o trato fundamentalista vale tanto para o 11 de setembro quando ao ataque da Noruega. Conan o bárbaro2011-07-25 18:15:57
  19. Respondendo ao Sunder Primeiro. Se pensarmos em usos (e não em essências), é isso mesmo. Se pessoas mobilizam idéias nazistas em um determinado ambiente cristão, há de se pensar como se dá essa relação.Novamente, vamos ao Oriente Médio atual. há homens que são terroristas, afegãos e islâmicos. A questão fica, como estas pessoas articulam todos estes elementos? Dá para isolar um do outro? Não falo de islã como religião seria a causa (ou cristianismo do nazismo). Mas como homens, em dadas condições, constroem uma visão própria do que vem a ser o Islã, ou fazem uso dele com vista a certos objetivos. Não é campo religioso ou moral. Mas usos políticos de idéias. Não é idéia pura. Aí fica o que já escrevi: Deste modo aponto para como as pessoas mobilizam e articulavam as diversas idéias. E elas tinham sim um vocabulário conceitual e bagagem cultural proveniente de um determinado modo cristão de ver o mundo. A interpretação dos textos e usos das idéias não são arbitrários, mas também não são idéia externas e puras. Depende de como uma sociedade se apropria de determinada idéia. E isso vale para qualquer lugar. Quanto à questão da origem, o que coloquei foi, a partir da observação do dook, coloco a pergunta, "como princípios belos levariam à pessoas agir de modo cruel". Essa é o ponto de partida, aquilo que instiga, e não a minha conclusão. Logo, não disse que Cristianismo dá origem ao Nazismo. E você se esqueceu do resto da frase, onde proponho uma idéia que explica: "Mas essa aversão não é argumento suficiente para descartar uma análise de como idéias são apropriadas em determinadas circunstâncias." Assim, estou falando de apropriações, não de origens. E vale dizer o mesmo para o neo-nazismo atual, que também apropria conceitos e idéias do nazismo lá de 30. Não são a mesma coisa, são releituras a partir de situações distintas. Conan o bárbaro2011-07-25 18:18:50
  20. Associo o nazismo ao cristianismo porque as pessoas acreditavam nisso ué. Esses elementos que postei não são exclusividades de um ou de outro dentro da humanidade. A intenção de associar especificamente ao cristianismo é olhar a situação social do lugar que estamos vendo. Não coloco o budismo no meio pois as pessoas não se viam como budistas. De novo, não estou falando em um que originou o outro. Mas as pessoas se consideravam cristãs, alemãs, nazistas, brancas, etc... São diversos círculos de identidades que compõe as pessoas. --> as pessoas agiam motivadas por preceitos nazistas, cristãos, ocidentais e etc. tudo ao mesmo tempo. E não um sucedendo ao outro. A idéia não é de círculos concêntricos, mas de intercessão. Deste modo aponto para como as pessoas mobilizam e articulavam as diversas idéias. E elas tinham sim um vocabulário conceitual e bagagem cultural proveniente de um determinado modo cristão de ver o mundo. A interpretação dos textos e usos das idéias não são arbitrários, mas também não são idéia externas e puras. Depende de como uma sociedade se apropria de determinada idéia. E isso vale para qualquer lugar. O problema é que precisamos tentar evitar julgamentos de valores. Concordo contigo no absurdo de como uma doutrina bela dá origem a algo abominável. Mas essa aversão não é argumento suficiente para descartar uma análise de como idéias são apropriadas em determinadas circunstâncias. A sua explanação dos trechos é completamente válida. Mas é uma interpretação. Outras pessoas com mentes mais "torpes", e em situação propícias, podem interpretar de outra maneira. Por isso eu não analiso a partir da idéia de uma essência cristã, uma idéia pura e pronta. Acho que as pessoas e as circunstâncias têm parte ativa na elaboração das idéias. Não é certo destacar algo de seu contexto e aplicar a qualquer situação. Assim, se falo de nazistas cristãos, não falo de uma essência cristã eterna. Mas falo de um uso de idéias em um determinado contexto. Conan o bárbaro2011-07-25 17:05:25
  21. Dook até agora não pegou. Mas somos pacientes, e não perdemos a calma. Vamos lá. Primeiro ponto:Não é questão de semântica, é lógica. Você pode discordar dos conteúdos de cada premissa, beleza. Mas você está distorcendo a lógica. Exemplo:Se digo que um cachorro é um réptil, é uma setença absurda no conteúdo. Isso pode criticar. Mas, segundo você, eu estaria dizendo que se um cachorro é um réptil, todo réptil será um cachorro. Você está partindo de uma crítica ao conteúdo para pegar a lógica, e falar coisa que não falei. Segundo ponto: Continuo preferindo consultar meus amiguinhos. Pois pelo o que vi no fórum de religião, vocês não chegam a um consenso sobre as bases do cristianismo. Ou seja, é um exemplo de como um texto é lido é tão importante quanto o próprio texto em si. Terceiro ponto: insisto que termine o seu raciocínio sobre os perseguidores de cristãos no século II e III. Caso contrário será um raciocínio incompleto. Daí não dá para dialogar, pois não tenho bola de cristal para adivnhar qual conclusão que você chegou, e muito menos quero colocar palavras na sua boca. Ainda mais se tratando de afirmações com potenciais conteúdos polêmicos, como "o povo judeu é odiado desde o seu surgimento". --> O que leva a outro problema de lógica. Pois os cristãos também foram perseguidos desde o surgimento. Isso justifica serem odiados para sempre?Isso só mudou de tendência devido ao caráter proselitista (em oposição a uma postura mais fechada do judaísmo) e por se tornar a religião oficial do império romano. Deste modo, assim como cristãos não são perseguidos por um Estado cristão, judeus não serão perseguidos em um estado judeu. E, da mesma forma, cristãos são perseguidos em estados não cristãos, e judeus perseguidos em estados não judeus. Concluindo, se judeus foram perseguidos era por serem uma comunidade minoritária dentro de uma determinada sociedade. Do mesmo modo como comunidades com tendências cristãs consideradas desviantes dentro de um Estado com uma concepção de cristianismo distinta. E quarto ponto, sobre convergências entre cristianismo e fascismo: Primeiramente, há a clara associação do líder do partido como figura mística e messiânica. O líder, que é a personificação do partido, do Estado e da sociedade, adquire uma aura quase religiosa. A sua autoridade emana de seu carisma, daquilo que ela representa e da novidade que ele traz consigo. A pessoa está vinculada a um aspecto sagrado.<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Segundo, há alguns pontos semelhantes do cristianismo com o fascismo. Não necessariamente são pontos negativos, pelo contrário. Igualmente, não quer dizer que o cristianismo está na origem deles. Mas são comportamentos convergentes: Virtudes devem ser cultivadas. Há os deveres da família. A unidade na luta contra o mal. Exortação ao amor fraternal. Sofrimentos em amor a algo e martírio. Valor da tradição A obediência às autoridades. – “Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra”. (Tito) Mas entre esses aspectos, há um que destaco: nenhuma comunhão com os incrédulos. Já não está assim na Epístola aos Coríntios? 14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? 15 Que harmonia entre Cristo e o Maligno? Ou que união do crente com o incrédulo? Ou então na Primeira Epístola de João: Os inimigos que andam entre nós, não devem fazer parte do corpo. Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Ou na segunda: Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas vindas faz-se cúmplice das suas obras más. E, além disso, fica a um passo a associação do incrédulo com características bastante negativas, tais como: Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; Pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desareiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. foge também destes. (Timóteo) Nesse sentido, o mandamento “não matarás” é mitigado a partir do momento em que o outro, o inimigo, deixa de ser visto como homem, e passa a ser associado ao mal, ao demônio. A satanização do inimigo faz com que ele deixe de ser um homem completo, e deixe de ter atributos humanos (inclusive os divinos). E não sendo completamente humano, esse inimigo se encaixa em outra categoria e não naquela das relações prescritas na Bíblia. Ele se aproximaria muito mais da essência maligna do que criatura de Deus. Conan o bárbaro2011-07-25 14:22:56
  22. E bom, não há nada mais incompatível com o cristianismo do que a nossa sociedade contemporânea materialista e hedonista. Desprezo pelos prazeres terrenos e da carne? Sexo exclusivamente com a parceira com a qual compartilhará o resto da vida? E só depois da união diante de Deus? Desapego das coisas materiais? Desprezo pelo luxo e riqueza? Mas mesmo depois de tudo isso, muito de nós ainda se consideram cristãos... E aí?
  23. Não estou falando que o nazismo foi originado do cristianismo. Absurdo. Mas teve convergência de certos setores a respeito de alguns pontos. E ainda assim, o cristianismo tinha um papel importante para parte da sociedade. O terrorismo islâmico também é resultado de uma situação política SIM! Há a distorção da religião, mas esse discurso não seria nada sem o aspecto político proprício, tal qual o nazismo. E bom, é preciso lembrar que estamos falando de neo-nazismo, movimentos de hoje, e não do nazismo da época de Hittler. Coisa meio diferente. Hoje, os movimentos fundamentalistas têm luagres mais importantes nos discursos conservadores. E como bem mostrou a Lucy, o que importa é a visão de mundo das pessoas. Por centenas de anos muitas coisas ruins foram feitas em nome do cristianismo. Dependendo da pessoa, ela pode dar preferência a outros trechos da Bíblia com tons mais complacentes em relação à violência, como no caso da história dos hebreus, das guerras travadas pela Terra Santa. Ou interpretações toscas de apóstolos serem a espada de Deus na terra, etc. Conan o bárbaro2011-07-24 21:47:40
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