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Forum Cinema em Cena

Dan...

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Everything posted by Dan...

  1. e eu não achei o tópico pretensioso, de forma alguma. aliás, é uma discussão extremamente pertinente, não para nosso deleite, e sim para uma possível (e utópica) conscientização (e lá vem alguém dizendo que sou pretensioso também). se a carapuça serviu a um ou outro usuário, que é que se pode fazer?
  2. se as pessoas quiserem continuar com isso, o façam. quem sai perdendo são apenas eles, que, infelizmente, vão estar aproveitando muito menos daquilo que o cinema pode oferecer com a experiência de se assistir a um filme.
  3. acabei de dizer que eles não precisam expressar para nós o que pensam sobre um ou outro filme, muito menos provar alguma coisa. nem tô interessado em saber porquê diabos alguém gostou de um ou outro filme, nem muito menos pretendi dizer que as pessoas que não sabem se expressar não "captaram" o filme. apenas não compactuo com o fato de muitos se forçarem a ver o maior número de filmes aclamados possível apenas para mostrar que assistiram (mesmo partindo do princípio de que cada um faz o que quer e eu não tenho nada a ver com isso). o problema vai ser com eles mesmo, eles é que não estão aproveitando muita coisa daquilo que a arte tem a oferecer.
  4. porque a expressão "obra-prima" não é representande de um degrau de classe numérica. "ah, esse filme não é nota 10, é OP". não consigo compreender uma classificação dessas, mesmo. até porquê, obra-prima não necessariamente é uma denominação para a perfeição. em alguns casos, resguarda o significado de obra-máxima, podendo ser aplicada à filmografia de um referido diretor, ator, roteirista, etc. por exemplo, considero King Kong a obra-prima do P.J., mesmo não gostando do filme. é aqui que ele atinge o máximo de seu potencial, é o filme menos ruim dele. a obra é perfeita? não, mas é prima, em virtude de ser o trabalho máximo do autor, o exponencial em sua carreira. Dan...2007-09-12 13:08:54
  5. Há há. E daí? Você se incomoda tanto assim com a modinha? gente, o problema levantado por ele não é esse. acho que nem 5% das pessoas que se manifestaram aqui conseguiram interpretar corretamente a idéia do Foras. o questionamento não é feito contra aqueles que buscam assistir filmes de cineastas famosos momentos após terem visto um filme menos "intelectualizado", ou sei lá o quê. o detalhe é que muitas dessas pessoas assistem ao filme com a necessidade quase sexual, carnal, de ter que considerar uma obra-prima, apenas para poder sair desfilando pretensiosamente pelo fórum gritando bem alto que viu o filme e considerou realmente uma OP (aliás, desde quando OP é nota para filme, alguém sabe me responder? alguém sabe o significado da expressão?), fazendo tops e mais tops, dizendo que o filme é um dos mais "fodões" da história, blablabla, sem nem mesmo se preocupar em analisar o filme, construir (pra si mesmo, não pesso justificativas algumas) os porquês de ter achado tudo aquilo, interpretar e absorver tudo que a obra pode oferecer. a "modinha cinéfila" a que o Foras se refere é essa, que parte da necessidade de se assistir tudo o que é considerado "cool", pura e simplesmente em virtude da pretensão de querer se dar por entendido, perdendo-se, assim, toda a grandiosidade e a beleza que essa arte possui. eu tenho pena de pessoas assim, não vão conseguir aproveitar 1% daquilo que o cinema tem a oferecer. ou melhor, nem sinto pena nada. é o preço que se paga por estarem compactuando com tamanha hipocrisia para consigo mesmo.
  6. estava a conversar com o Foras à tarde, exatamente sobre isso, no momento em que ele teve uma luz e resolveu criar esse tópico. e concordo com praticamente tudo (ou tudo mesmo), essa vontade megalomana de construir uma lista estratosférica de "eu vi, eu vi, op, op" é uma grande epidemia que vem assolando o mundo cinéfilo, e que, conforme passam os dias, cada vez mais se apresenta irreversível. o ato de degustar uma obra de arte, apreciar tudo aquilo que ela pode oferecer, não só apenas como um produto intelectual, mas também como exercício de raciocínio e, em casos restrítos, lições de vida mesmo, que podem engrandecer alguém não apenas no sentido de conhecimento artístico, como também nas relações humanas, está praticamente extinto. não se sente mais prazer pelo que se vê na tela, mas sim simplesmente por ter visto. não se reflete mais sobre uma obra, e sim corre-se até à frente da tela do computador para escrever logo um comentário de duas ou três linhas sem qualquer conexão com o filme, que serve apenas de pretexto para se dizer ao mundo que "acabei de ver esse filme, eu sou demais", para poder dizer a todos que gostou, que o diretor é "do caralho" ou algo assim. e isso é mau, muito mau.
  7. não generalizei, referia-me exclusivamente àquela cena. o fato é que essa foi uma resposta, portanto, estava rebatendo um argumento que tratava a respeito da garota de vestido vermelho. acho realmente manipulador, maniqueísta, etc. quanto àquilo que o Plutão falou, a respeito do significado, entendo e respeito essa visão desenvolvida a partir da cena. ela até pode transmitir isso, de uma forma ou outra, agora, sinceramente, se a intenção do Spielberg foi destacar a garota para que percebessemos isso aí, sinto-me ofendido e interpreto isso como se Spielberg tivesse chamando-me de burro, a ponto de ter que utilizar um elemento desses para que compreendesse algo que está ali, escancarado, no contexto e na apresentação das imagens.
  8. Senhor dos Anéis é uma porra das mais pegajosas.
  9. não é a simples questão de inserir um drama sentimental na história. eu me referia unica e exclusivamente àqueles elementos. o vestido vermelho não faz parte de drama algum, é uma coisa totalmente gratuita, não tem nenhum motivo para estar ali - afora a referida manipulação emotiva, que era o cerne do meu comentário. e não vejo isso em nenhuma das obras de Chaplin citadas por você. em que momento Chaplin comete algo semelhante nesses filmes?
  10. promete ser do mesmo nível que os anteriores! hahaha.
  11. definir a minha "maturidade cinematográfica"? como assim? eu conheço quase toda a filmografia de Spielberg. vi praticamente todos os seus filmes, com exceção breve e justa para A Cor Púrpura, que não assisti por motivos que não precisam ser citados aqui (leia-se "birra"). com isso, me considero no direito de afirmar (e esta é a minha opinião, apenas, nada mais do que isso) que o Spielberg conseguiu destruir algo que poderia ter sido uma obra-prima, sem dúvida, pura e simplesmente em virtude de sua infantilidade, da necessidade de tentar persuadir o espectador à comoção (não fosse isso, teria outra explicação para a referida garotinha ser destacada do resto da composição cênica com o adendo da cor? o que isso soma à seqüência? existia realmente a necessidade?). quem assistiu, por exemplo, O Selvagem da Motocicleta, do Coppola (um filme simples, porém muito bom e pessoal), pode comparar esta à utilização de elementos coloridos naquele filme, que expressam muitos significados, simbolismos, etc., ou seja, têm uma necessidade dentro da cena, contribuem para sua funcionalidade, para passar ao espectador aquilo que o diretor queria dizer com tudo aquilo. o caso é o mesmo daquele epílogo à cores, uma seqüência que, para mim, chega a ser constrangedora de tão superficial. isso, para mim, não são sintomas de maturidade, me desculpe. edit: quanto à questão de O Sétimo Selo... o Foras já respondeu.Dan...2007-09-04 17:04:31
  12. e Annie Hall (sim, vou calar a boca) e Chinatown e Veludo Azul e...
  13. filme adulto? sério? e aquele terceiro ato? e a garotinha de vestido vermelho? são demonstrações de maturidade, será?
  14. Difícil' date=' porra, tenho eles. o resto é lixo e recuso comprar ou alugar. [/quote'] haha. se não te conhecesse...
  15. que raiva que eu tenho da warner. porra, vou ter de comprar esses dvds tudo de novo... alguém aí quer comprar as versões simples? eu tô vendendo, a partir de hoje...
  16. Allen aplaudido e De Palma causando polêmica. esse festival está rendendo bons frutos!
  17. acho que ele levou esta lista ao supermercado, para procurar naqueles cestões promocionais com filmes de revista. só pode ser.
  18. é por isso que eu digo que essa definição é delicada. eu, por exemplo, nunca vi O Sétimo Selo sob a ótica dessa generalização de época, como filme histórico ou épico e esses blablablás. pra mim, é uma obra atemporal, que retrata sim um período da história, porém, que possui uma filosofia que poderia ser aplicada a qualquer outro período da humanidade. caso eu tivesse pensado nele como um épico, certamente seria minha primeira ou segunda opção como melhor filme do estilo, facinho facinho. e olha que nem é dos meus Bergmans preferidos. Dan...2007-09-03 19:30:01
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