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Forum Cinema em Cena

Thiago Lucio

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Posts posted by Thiago Lucio

  1. CARNAGE - O DEUS DA CARNIFICINA - 6/10 - Contando com um trabalho de direção seguro de Roman Polanski, permitindo que ele demonstre a sua habilidade e competência na condução dos atores, "Carnage" não esconde a sua origem teatral, afinal ele é extremamente verborrágico e se passa exclusivamente em um apartamento, o que impede que ele funcione plenamente como filme. A premissa estabelece um encontro entre dois casais formados por Nancy (Kate Winslet) e Alan (Christoph Waltz) e Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reily) para discutirem um caso isolado de violência praticado pelo filho do 1º casal para com o do outro. A intenção da proposta (e neste tipo de filme a exigência em compreendê-la é essencial) é chamar a atenção para a hipocrisia e os preconceitos da sociedade assim como condenar certos costumes burgueses já que diante desta situação os próprios pais são incapazes de resolver o problema de forma diplomática e civilizada. Ou seja, em seus pouco mais de 70 minutos, os personagens se encarregam de desferir a maior série de ofensas e insultos uns contra os outros seja com relação a educação que deram aos filhos, passando pela profissão que escolheram e até mesmo questionando a integridade do casamento entre eles mesmos, cometendo "atos de violência" tão ou mais reprováveis que o dos próprios filhos. É um filme teatral e como tal funciona quase que exclusivamente pelo desempenho dos atores. Kate Winslet está impecável, segura, ela não erra um único tom na composição da sua personagem (basta ver o show que ela dá quando sua personagem está bêbada) e é responsável pelas melhores passagens (pecado mesmo é que o roteiro tenha a necessidade de incluir um mal estar da personagem para escancarar algo que estava mais do que evidente pela própria proposta do filme). Jodie Foster também não decepciona já que sua personagem se mostra uma figura feminina mais frágil do que a sua oponente e acaba tendo uma performance mais emocionalmente complexa. Reily e, especialmente, Waltz são engulidos pelas performances femininas mesmo quando seus personagem possuem a oportunidade de conduzir os diálogos, não à toa justamente quando o filme perde um pouco do seu ritmo. Não é um filme ordinário, não é de longe um dos filmes mais interessantes do Polanski, mas é uma experiência cinematográfica curiosa e irregular (o roteiro não consegue estabelecer de forma orgânica a necessidade dos personagens se manterem dentro do apartamento, mesmo que simule por várias vezes a saída de um dos casais e talvez justamente por isso).

    Thiago Lucio2012-03-04 09:40:27
  2. Terminei de ver todos os indicados a melhor filme e não deixa de ser curioso que nessa tentativa da Academia em aumentar o número de indicados, apenas 2 deles realmente mereciam ganhar o prêmio principal.

     

    MEU TOP "OSCAR":

     

    1) A INVENÇÃO DE HUGO CABRET - 10/10

    2) O ARTISTA - 10/10

     

     

     

    3) OS DESCENDENTES - 7.5/10

    4) MEIA-NOITE EM PARIS - 7/10

    5) ÁRVORE DA VIDA - 7/10

    6) CAVALO DE GUERRA - 6/10

    7) O HOMEM QUE MUDOU O JOGO - 6/10

     

    8) TÃO FORTE, TÃO PERTO - 4.5/10 

    9) HISTÓRIAS CRUZADAS - 4.5/10
    Thiago Lucio2012-03-03 17:50:11
  3. CAVALO DE GUERRA - 6.0/10 - É um Steven Spielberg no piloto automático, mas ainda assim é um Steven Spielberg. O arco dramático que envolve o cavalo Joey e seu dono Albert (Jeremy Irvine) não consegue escapar de todas as armadilhas do drama piegas e maniqueísta, diferentemente do que os personagens fazem ao longo da narrativa com relação às armadilhas da guerra, mas ainda assim é um filme sensível e singelo. É claro que por se concentrar na figura do cavalo, a narrativa se dá ao direito de prestigiá-lo sempre colocando ao seu redor uma série de anjos da guarda que garantem a sua sobrevida, sendo pra lá de proposital que obrigatoriamente sempre tenha alguém humano que se sensibilize com o animal. Ainda assim a narrativa segue um fluxo burocrático, fazendo com que o cavalo desempenhe diferentes papéis em lados opostos da guerra e deixe aqui e ali a sua marca e o roteiro de Lee Hall e Richard Curtis aborda cada uma das subtramas sempre de maneira superficial e apressada, o que compromete parte do apelo dramático já que exige que os diálogos sejam excessivamente expositivos. Mas Spielberg também aqui e ali deixa a sua marca, como quando mostra a morte de 2 desertores ou na sequência da primeira cavalgada de uma menina e assim o filme acaba sobrevivendo esporadicamente através de alguns momentos isolados, especialmente o que envolve um arame farpado que talvez seja um daqueles momentos menos sutis, mas que resume bem a essência e o resultado do projeto. Afinal de contas, estamos diante de um filme de guerra com tom mais fantasioso e menos cínico com um cavalo como protagonista que também tem seu próprio arco dramático, inclusive tendo que superar a perda de alguém da sua espécie. A fotografia de Janusz Kaminski é competente diante do cenário de guerra, mas também evoca um certo artificialismo, embora não tenha como não se admirar com a beleza do plano de abertura ou na própria sequência final. A trilha sonora de John Williams acompanha esse mesmo tom, carregando o filme de melodias que por mais bonitas que sejam individualmente tentam forçar um apelo cuja responsabilidade acaba não sendo dividida igualmente com o roteiro, o que compromete o filme duplamente. Do elenco vale destacar os esforços de Emily Watson, Peter Mullan e Niels Arestrup já que o jovem Jeremy Irvine não tem um desempenho digno de nota. Não se trata absolutamente de um filme ruim, mas talvez seja um dos filmes menos memoráveis de Spielberg em todos os sentidos e que curiosamente seria até perdoável em início de carreira, o que não deixa de ser uma ironia levando em consideração que estamos falando do mesmo diretor que começou a conquistar as platéias em alto nível com "Tubarão" e "ET".Thiago Lucio2012-03-03 17:49:39
  4. TOP 2012<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    CINCO ESTRELAS

    A INVENÇÃO DE HUGO CABRET – 10/10

    DRIVE – 10/10

    O ARTISTA – 10/10

    50% - 9.5/10

     

    QUATRO ESTRELAS

    GUERREIRO – 8.5/10

    PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN – 8.5/10

    A SEPARAÇÃO – 8.5/10

    O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS – 8.0/10

     

    TRÊS ESTRELAS

    OS DESCENDENTES – 7.5/10

    O HOMEM QUE MUDOU O JOGO – 6.0/10

     

    DUAS ESTRELAS

    TÃO FORTE, TÃO PERTO – 4.5/10

    HISTÓRIAS CRUZADAS – 4.5/10

    Thiago Lucio2012-03-01 22:05:30
  5. TÃO FORTE, TÃO PERTO - 4.5/10 - Existe um sério problema na definição do perfil do personagem central deste drama dirigido pelo competente Stephen Daldry, baseado na obra de Jonathan Safran Foer (“A Vida é Iluminada”). Trata-se de Oskar (Thomas Horn), uma criança que ao mesmo tempo que é capaz de se envolver em brincadeiras ingênuas e lúdicas com o pai (Hanks) também ofende, mente, sabe ser cruel com a mãe (Sandra Bullock) e tem uma série de fobias. Ou seja, é muito mais um personagem literário excêntrico e esquisito que ganha vida no cinema do que propriamente uma criança reconhecível. Ainda assim a estranheza que faz parte do personagem central, assim como o tom do próprio filme, é o que anula, parcialmente, o maniqueísmo e o pieguismo da narrativa que ilustra a jornada desta criança que tenta se “reerguer” após a morte do pai por causa dos atentados de 11 de setembro de 2011. Aliás, o filme tenta ilustrar este sentimento de luto e comoção americano em seu pano de fundo e de certa forma até homenageia os nova-iorquinos através dos diversos personagens que Oskar encontra ao longo de sua busca. O roteirista Eric Roth tenta ilustrar uma série de características do personagem, mas ele se mantém uma incógnita do início ao fim, logo não compartilhamos totalmente do seu drama, pois ele se torna insuportavelmente chato em boa parte do tempo. Ao mesmo tempo a aventura apresenta uma série de situações pouco criativas, o que compromete o ritmo da narrativa, sendo que a participação mais marcante acaba sendo do personagem mudo, interpretado por Max Von Sydow, cujo segredo, no entanto, é totalmente artificial. Daldry compõe alguns planos de inquestionável beleza estética, quando analisados individualmente, mas os melhores momentos de sincronia entre roteiro e direção ficam a cargo da passagem em que Oskar resume até ali a sua jornada para um determinado personagem e em outro que ele discursa enquanto persegue um táxi, o que é muito pouco. O filme apresenta uma série de falhas, especialmente por não conseguir fazer com que o personagem central seja carismático e/ou interessante por causa de suas particularidades e excentricidades, da sua articulação pouco comum e do seu comportamento nada ortodoxo. É quase um adulto melancólico no corpo de uma criança. Não deixa de ser um corajoso trabalho do jovem Thomas Horn, mas é uma atuação pra lá de problemática. Nunca tinha visto Sandra Bullock em uma atuação dramática tão vulnerável, mas ela se sai relativamente bem, apesar do roteiro quase ignorar sua personagem em boa parte da narrativa e justificar de maneira pouco convincente, inclusive enfraquecendo-a. Tom Hanks tinha tudo para roubar a cena, mas está extremamente canastrão em uma atuação pouco memorável (“dar de ombros” não é o seu forte). “Tão Forte, Tão Perto” é um filme pesado e melancólico, mas não de forma elogiosa já que a parceria entre Stephen Daldry e o roteirista Eric Roth não funciona e o potencial da premissa fica desperdiçado. Pelo menos, eles despertaram a minha curiosidade em conhecer a obra original.Thiago Lucio2012-03-01 22:01:32
  6. OS DESCENDENTES - 7.5/10 - Os sentimentos que tive no decorrer da jornada desse filme foram tão extremos e antagônicos e a culpa é toda do diretor e co-roteirista Alexander Payne. Os momentos de extremo bom gosto, sensibilidade e complexidade dramática são tão ótimos e ao mesmo tempo existe espaço para circunstâncias tão descartáveis que fica nítida aquela sensação de que o filme parece se auto-flagelar e/ou auto-sabotar. A participação do amigo adolescente, a muleta narrativa em busca da identidade do amante da esposa e até mesmo a discussão sobre a venda das terras quase "afundam" o filme por completo. Existe tanta beleza, tanta sensibilidade, autenticidade e sabedoria sob essa narrativa e Payne sabe se utilizar tão bem destes recursos, o que felizmente torna a experiência emocionalmente envolvente. George Clooney está em uma das suas atuações mais marcantes, de uma generosidade incrível em cena, de uma franqueza e sensibilidade contagiantes. O seu personagem e sua atuação são um porto seguro. A interação com as filhas (as ótimas Patricia Hastie e Shailene Woodley) é inspiradora e a dinâmica estabelecida entre eles é um dos pontos altos deste melancólico drama que por mais que explore o clichê da família desfuncional americana tem personalidade, identidade e coração próprios. Isso quando Payne sabe o que faz, é claro. No mais, a sequência que acompanha a visita da esposa do amante da esposa do personagem de Clooney ao hospital resume bem as escorregadas que o fillme eventualmente dá (tinha tudo para ser uma puta cena e se torna um "mico", uma gag cômica totalmente deslocada). Ainda assim por mais que eu tenha vontade de xingar o Payne em alguns momentos, felizmente ele obtém créditos suficientes para se dar ao direito de errar. Thiago Lucio2012-02-28 20:21:16
  7. MINHAS APOSTAS: <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    Filme - O Artista - Thomas Langmann

    Diretor - Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret

    Ator - Jean Dujardin por O Artista

    Atriz - Meryl Streep por A Dama de Ferro (essa é a mais difícil porque a Viola Davis ganhou a maioria das premiações que antecedem o Oscar)

    Ator Coadjuvante - Christopher Plummer por Beginners

    Atriz Coadjuvante - Octavia Spencer por Histórias Cruzadas (infelizmente)

    Roteiro Adaptado - Os Descendentes - Alexander Payne and Nat Faxon & Jim Rash

    Roteiro Original - Meia-Noite em Paris - Woody Allen

    Animação - Rango - Gore Verbinski

    Filme Estrangeiro - A Separação (Irã) - Asghar Farhadi

    Fotografia - A Árvore da Vida - Emmanuel Lubezki

    Direção de Arte - A Invenção de Hugo Cabret - Dante Ferretti (Design de Produção) e Francesca Lo Schiavo (Decoração de Set)

    Figurino - O Artista - Mark Bridges

    Montagem - O Artista - Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius

    Maquiagem - A Dama de Ferro - Mark Coulier e J. Roy Helland

    Música - Trilha Sonora Original -  Artista - Ludovic Bource

    Música - Canção Original - "Man or Muppet" de Os Muppets - Letra e música de Bret McKenzie

    Edição de Som - A Invenção de Hugo Cabret - Philip Stockton e Eugene Gearty

    Mixagem de Som -  Invenção de Hugo Cabret - Tom Fleischman e John Midgley

    Efeitos Visuais - A Invenção de Hugo Cabret - Rob Legato, Joss Williams, Ben Grossman e Alex Henning

    Thiago Lucio2012-02-26 14:35:41
  8. MEU TOP "OSCAR":

     

    1) A INVENÇÃO DE HUGO CABRET - 10/10

    2) O ARTISTA - 10/10

     

     

     

    3) MEIA-NOITE EM PARIS - 7/10

    4) ÁRVORE DA VIDA - 7/10

    5) O HOMEM QUE MUDOU O JOGO - 6/10

     

    6) HISTÓRIAS CRUZADAS - 4.5/10

     

    Ainda não vistos "Os Descendentes", "Cavalo de Guerra" e "Tão Forte e Tão Perto". 
    Thiago Lucio2012-02-26 14:28:08
  9. HISTÓRIAS CRUZADAS - 4.5/10 - É estranho e frustrante acompanhar que o cinema americano em pleno século XXI ainda é capaz de tratar o racismo, tema que ainda custa caro aos EUA pela herança histórica, de maneira tão artificial e maniqueísta. A diretora e roteirista Tate Taylor na tentativa de resgatar o tema opta pela saída fácil de ilustrar os personagens de maneira estereotipada e caricata já que incapaz de entender a complexidade do tema prefere colocar cada personagem, branco ou negro, com uma função específica para fazer a história funcionar. Ainda assim, o elenco é digno de aplausos, pois por mais rasos que sejam os personagens e por mais apelativos que sejam as situações apresentadas, as atrizes conferem credibilidade. Viola Davis é soberba, transborda emoção em cena; Jessica Chastain e Bryce Dallas Howard se mostram esforçadas e dedicadas, cada qual interpretando uma faceta da branca suburbana, embora sejam vítimas do roteiro; Emma Stone se apresenta de maneira discreta; agora Octavia Spencer é quase que um alívio cômico dentro do filme, só que levado a sério. E o que mais incomoda em um filme desse é que por mais que tente se mostrar como um filme que lança uma luz sobre o racismo, ele parece mais interessado em expor os personagens negros às humilhações e os personagens brancos à própria estupidez como uma forma de chocar e chamar a atenção apenas de maneira gratuita. E é claro que dentro desse cenário haverá de ter aquele personagem redentor que se encarregará de dizer as coisas óbvias e estabelecer a ordem. É um retrato histórico maniqueísta e repetitivo que conta com uma bela produção (chama a atenção pela direção de arte ao ilustrar as casas de brancos e negros assim como a fotografia) e um elenco de bons talentos. Uma pena que ficam a mercê de uma diretora-roteirista que não faz jus ao talento dos demais. Thiago Lucio2012-02-26 14:24:09
  10. O ARTISTA - 10/10 - É um filme perfeito para o que se propõe. O diretor e roteirista Michel Hazanavivius realiza um filme mudo que soa nostálgico assim como funciona como uma belíssima homenagem a época de Ouro de Hollywood, além de permitir que se olhe a evolução do tempo e da tecnologia dentro do processo da criação artística no cinema. Sensível e delicado, o filme traz belíssimas atuações do seu casal de protagonistas Jean Dujardin e Bérénice Bejo que de forma encantadora conquistam facilmente o espectador ao incorporar os trejeitos e a representação orgânica dentro de um filme mudo. Contando com uma maravilhosa e ainda mais fundamental trilha sonora que possui arranjos de graciosa inspiração, “O Artista” é uma revisitação ao passado que anuncia de braços abertos o futuro do cinema. Funcionando ao mesmo tempo como homenagem e inspiração, afinal desde que o cinema era mudo, ele tinha a capacidade de conquistar em cheio o coração da platéia.Thiago Lucio2012-02-26 13:54:28
  11. AS AVENTURAS DE TINTIN - 7/10 - O diretor Steven Spielberg realiza uma animação com um senso de aventura contagiante pegando carona no carisma do clássico personagem Tintin. O resultado só não se torna muito acima da média, pois o roteiro tem sérios problemas de ritmo já que a narrativa é muito dependente dos flashbacks e necessita muito mais da intervenção do personagem capitão Haddock (que é ocasionalmente desmemoriado e divertido) do que necessariamente das habilidades investigativas do jornalista-detetive. Há um forte respeito com o desenho clássico (a sequência de abertura que mostra um artista desenhando-o antes de mostrar o seu rosto na versão digital é sensacional), mas a essência da animação está muito mais inclinada à cinematografia de Spielberg, como os filmes do “Indiana Jones”, por exemplo, do que necessariamente à fonte, embora os elementos habituais existam, especialmente o clima de conspiração contra Tintin e as traições. Os policiais Dupont-Dupont dão o ar de sua graça, mas a animação por mais brilhante tecnicamente que seja não consegue ser necessariamente inventiva, apesar de certo dinamismo, especialmente em uma perseguição nas ruas de Marrocos. E se ao optar pela animação digital, Spielberg e o produtor Peter Jackson quiseram dar um “up grade” a “Tintin” dentro do próprio gênero, o que a princípio seria a melhor idéia, confesso que a todo momento não deixei de pensar o quão mais interessante seria se tivessem optado por uma versão “live action”, algo que inicialmente era contra.Thiago Lucio2012-02-26 13:35:35
  12. Eu entendo o seu ponto de vista, Saga. E provavelmente você tem razão, mas a perda da mulher que ele amava deveria ter maior repercussão do que teve. Não digo que matar alguém não deveria ter mexido com o Jesse como mexeu até porque a série ilustrou isso muito bem ao longo da temporada inteira, mas o sentimento de culpa por ter "matado" a mulher que ama por tê-la levado de volta ao vício é algo de impacto também e merecia mais atenção.

     

    Alguém viu o piloto dessa série "Touch" com o Kiefer Sutherland? Será que vale a pena?
    Thiago Lucio2012-02-25 22:25:49
  13. Os livros viraram uma febre, pelo menos. Não tem um dia sequer que não veja uma pessoa diferente lendo um dos livros do Martin. Eu, honestamente, não me empolgo muito com a idéia de ler a obra literária, não sou muito fã de literatura épica e/ou fantástica, vide minha frustrante experiência com Tolkien. Mas gosto da série, apesar dos pesares...Thiago Lucio2012-02-25 22:12:02
  14. TOP 2012<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    CINCO ESTRELAS

    A INVENÇÃO DE HUGO CABRET – 10/10

    DRIVE – 10/10

    50% - 9.5/10

     

    QUATRO ESTRELAS

    GUERREIRO – 8.5/10

    PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN – 8.5/10

    A SEPARAÇÃO – 8.5/10

    O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS – 8.0/10

     

    TRÊS ESTRELAS

    O HOMEM QUE MUDOU O JOGO – 6.0/10

  15. O HOMEM DO FUTURO - 8.5/10 - Belíssimo exemplar de uma ficção científica nacional com uma história de amor de pano de fundo. Ou seria o contrário? Ou seria os dois? Uma ótima produção que faz referências desde "De Volta Para o Futuro" até "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças". O início é propositadamente confuso, mas extremamente problemático, mas a partir do momento que a premissa se estabelece, o ritmo da narrativa flui e as idéias do roteirista e do diretor casam-se com extrema harmonia. Mas eu estaria sendo extremamente injusto se não dissesse que muito do sucesso do filme se dá pelo excelente trabalho de fotografia aliado à direção de arte e até mesmo figurino, pois é inegável que em um filme que traz viagens no tempo, ele precisa ter uma identidade visual marcante e ele consegue até de maneira discreta e eficiente (por mais que a idéia de uma festa à fantasia seja das mais óbvias). Wagner Moura demonstra a mesma segurança em cena de sempre, mostrando porque é um dos atores mais confiáveis do nosso cinema, criando 3 tipos perfeitamente distintos e complementares. Alinne Moraes é uma atriz limitada, mas aqui surpreende, pois consegue ir muito além do colírio em cena, tornando sua personagem uma figura feminina romântica, frágil e trágica de maneira convincente. O clímax é bem resolvido, mas o final acaba sendo fraco justamente por querer fazer com que o personagem central tire proveito da situação, o que invalida um pouco a conclusão dramática do filme. Mas trata-se de uma produção bem bacana, caprichada e eficiente. Thiago Lucio2012-02-25 22:02:39
  16. TOP 2012<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

     

    CINCO ESTRELAS

    A INVENÇÃO DE HUGO CABRET – 10/10

    DRIVE – 10/10

    50% - 9.5/10

     

    QUATRO ESTRELAS

    GUERREIRO – 8.5/10

    PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN – 8.5/10

    A SEPARAÇÃO – 8.5/10

    O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS – 8.0/10

     

    TRÊS ESTRELAS

    INCERTEZAS – 7.5/10 (sem data de lançamento no Brasil)

    O HOMEM QUE MUDOU O JOGO – 6.5/10

    ARMADILHA DO DESTINO – 6.5/10 (sem data de lançamento no Brasil)

     

    DUAS ESTRELAS

    A ARTE DA CONQUISTA – 4.5/10 (sem data de lançamento no Brasil)

    A BELA ADORMECIDA – 4.0/10 (sem data de lançamento no Brasil)

     

    UMA ESTRELA

    30 MINUTOS OU MENOS – 3.5/10 (sem data de lançamento no Brasil)

  17. O Shane é o melhor personagem da série' date=' disparado. Até destoa o desenvolvimento dele em relação aos outros, muito mais complexo.

    Vou dizer que seria muito mais interessante pra série se o Rick morresse e eles fossem liderados por um Shane cada vez mais obcecado pela sobrevivência apenas, do que o contrário. Se tivesse que escolher um, pelo bem da série, eu não teria dúvidas de quem matar.[/quote']

     

    Concordo com você, mas acho que o Rick e o Shane são antagônicos, um é o oposto do outro e isso irá se manter até o fim. Mas concordo seria mais interessante e complexo para a série se o Shane ditasse as regras. Você falou certo, o desenvolvimento dele é tão singular que destoa dos demais. Rick é como Jack em "Lost".
    Thiago Lucio2012-02-23 21:41:12
  18. O último episódio foi bem bacana investindo na premissa de corrupção policial usando Carter e Fusco cada qual com uma finalidade específica (e o arco dramático deste último curiosamente acabou sendo um dos mais interessantes). Thiago Lucio2012-02-23 04:19:09
  19. Esse último episódio foi muito bom. Reuniu o melhor dos 2 mundos: pessoas e zumbis. Tensão e terror na medida certa. Desenvolvimento e evolução nos arcos dramáticos que levam a narrativa pra frente. Que continue assim...Thiago Lucio2012-02-22 07:56:28
  20. AMANHECER - 3.5/10 - Esse filme intensifica ainda mais os elementos que fazem com que a saga seja tão bem vista pelas mulheres, afinal de contas neste aqui, o ideal romântico é colocado em prática como manda o figurino por mais discutível que seja a evolução dos fatos que levaram o filme até ali. A mocinha, Bella, irá se casar com o homem, no caso vampiro, que ela tanto ama, logo acompanhamos o casamento e também a lua de mel dos dois. Logicamente que não se trata de um cerimonial comum, afinal de contas o preço que ela tem que pagar em consumar esta relação pode levá-la à morte (em "menor escala" morrer e transformar-se numa vampira). Os diálogos não são dos melhores (trocadilhos com relação "à eternidade" são corriqueiros), a direção de Bill Condon não faz muito a diferença a favor do que se vê, logo o filme se transforma quase que em uma experiência fetichista, afinal o espectador está sendo testemunha dos momentos de maior felicidade e de maior intimidade do casal. Eis que Bella fica grávida e o filme tem que fazer uso da sua surrada mitologia para legitimar a ação que os lobos desempenharão a partir de agora e as implicações que pode gerar no futuro para Bella e, inclusive, Jacob através de um recurso martelado várias vezes durante o filme que se resume pelo "imprinting" (algo que pode ser entendido como a missão que um lobo tem em proteger alguém que lhe foi designado para receber tal proteção), que de certa forma muda a relação entre entre e Bella vista até então. Ou não. E como já foi visto nos filmes anteriores, a ação é extremamente falha já que ela só ocorre para que o filme ganhe tempo, mas nunca se mostra com um propósito e/ou com uma finalidade e quase sempre, como no clímax deste aqui, termina de maneira frustrante.

     

    TOP SAGA "CREPÚSCULO":

     

    CREPÚSCULO - 5/10

    LUA NOVA - 4/10

    AMANHECER - 3.5/10

    ECLIPSE - 3/10
    Thiago Lucio2012-02-21 21:28:22
  21. PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN - 8.5/10 ...

    Mas eu também vejo as coisas como você as coloca aqui. O que eu escrevi que lhe deu a entender que eu pensasse diferente? Concordo com tudo o que você disse. A mãe não é a única culpada e seja no filme ou em qualquer outra situação, culpar a educação pelo comportamento de uma pessoa é uma visão parcialmente equivocada.[/quote']

    E que não acho que o desamor da mãe seja responsável pelas atitudes do filho. Tenho p/ mim que crianças com esse grau de crueldade, cinismo e falta total de empatia ja nasce pronto.

    Acho Eva mais vitima mesmo, por estar a

    merce de um filho manipulador, da culpa-de-mãe que a deixa inerte p/ medidas mais drásticas, de um marido, que é omisso, conivente.]

     

    Eu também não acho, mas não acho por não acreditar que seja a única variável que faz parte do processo. Crianças já nascem prontas assim, mas da mesma forma que vemos "monstros" nascendo de lares destruídos e doentios, existem crianças que são saudáveis e íntegras o bastante para ir contra qualquer probabilidade. E da mesma em lares receptivos, nem por isso vão deixar de gerar crianças boas ou más. Agora, analisando exclusivamente o filme fica evidente que a mãe por não desejar o filho potencializa algo que fazia parte da sua natureza, que seja... agora, vítima, ela não é totalmente.
    Thiago Lucio2012-02-21 21:07:08
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