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Forum Cinema em Cena

SisterJack

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Everything posted by SisterJack

  1. Chicago? Chicago? PS: Meus favoritos são O Picolino e All That Jazz.
  2. Esse filme não tem nada a ver com os outros filmes do Sandler. E ele dá uma atuação excelente. Dê uma chance.
  3. Aí eu discordo. Aquela cena do chinês teve como único propósito meio que esfregar o tema na sua cara. Mas em geral, eles lidam com isso de forma bem elegante sim. PS: Eu também concordo que o filme pode ser aberto a interpretações diferentes. Eu só trouxe a minha à tona pois 1) ela justifica o uso da Máquina de Tesla (algo que a veras parecia achar um problema); 2) parece ser a leitura cujas evidências são mais fortes; 3) parece ser, em parte, a intenção original dos irmãos Nolan. O que não significa que o filme não está aberto a outras leituras. O problema é que a veras insinuou que eu estava vendo o que eu queria ver (como se eu estivesse delirando), e depois ignorou completamente quando eu citei que o diretor também viu nessa história a mesma coisa que eu. O que é um comportamento ridículo.SisterJack2006-12-28 14:00:08
  4. Eu não sei o que você está falando de "não entender". Eu mencionei justamente essa possibilidade (lembra? Deismo?). E sim, há varias teorias diferentes de criacionismo. Mas, similarmente, negar a existência de pessoas que consideram a evolução como uma afronta (e que deve ser proibida em escolas) é ignorar a realidade. O negócio é o seguinte: a ciência causou dano o suficiente na força da religião para que ateus começassem a existir. Especialmente naquela época. Há como negar isso? Isso não fala mal de religião, nem nega ela. Só é um acontecimento que o filme apresenta, e que está relacionado com o tema que ele quer falar. Você pode me mostrar onde eu fiz isso? Eu não sei. PS: Dook, eu não sei porque a antipatia. Eu não estou tentando te irritar ou encher o seu saco, só discutir. Relaxe. Senão daqui a pouco tu vai começar a agir como as "veras" da vida (soa poético, não?).
  5. Aliás, com comentários. Se há coisas idiotas sendo ditas, por que não apontá-las? Isso teria sido muito mais produtivo. Inexistentes? Então você está dizendo que o que o diretor deixou bem claro tanto no filme quanto na entrevista citada... não existe? E que a maioria das pessoas que eu conheço que gostaram do filme e tiveram a mesma interpretação estão... erradas? Como? Explique. Ué, mas o diretor disse que elas estão. E há ampla evidência no filme em si, que eu já mencionei. O que seriam "babelas"? Por acaso está relacionado ao filme Babel de Inarritu estrelando Brad Pitt e Cate Blanchett e uma japonesa de saias curtas? Ou talvez esteja relacionado à este site: http://www.babelas.com/ Eu suspeito que é mais provavelmente porque você não leu (ou entendeu) absolutamente nada do que eu falei. PS: Pelo menos o Dook está discutindo e argumentando (mesmo que talvez agressivamente demais). Isso eu respeito.SisterJack2006-12-28 13:24:57
  6. Repito: eu adoraria ver você argumentar contra o que eu falei e as evidências que eu apresentei. Aliás, eu adoraria saber sua opinião do que o Nolan fala nessa entrevista: http://www.emanuellevy.com/article.php?articleID=3520 "The real world is rigid, there’s not a lot of mystery to it, but people don’t want that to be the case—and that’s where magic comes in. If we’ve got all the rules figured out and this is the way the world works, where you get a job, save your money and then die—well, who wants to live in that world? I think we all would prefer that the universe have some surprises, some tricks up its sleeve." É exatamente o que eu venho falando. PS: Eu aposto 10 reais que a veras vai repetir aqui de novo "existe uma grande diferença entre ver e querer ver." É o que se costuma chamar de disco furado.SisterJack2006-12-28 12:52:23
  7. A ciência é volúvel, e é claro, vai continuar evoluindo e mudando (e provavelmente se tornando mais e mais concreta). O que importa é que a ciência está buscando e encontrando explicações lógicas para acontecimentos. É muito mais plausível que a aurora boreal seja criada pelo campo magnético da Terra do que pelas almas de guerreiros mortos, não? Mas... sobre Plutão, isso não tem nada a ver. A mudança foi uma questão de semântica. Se eles tivessem falado que Plutão na verdade foi criado quando 14 asteroides se colidiram simultaneamente (assim alterando a teoria de como planetas se formam), você estaria certo em usar esse argumento para a volubilidade da ciência. Sim, mas aí a pessoa teria que estar disposta a ignorar que um dos principais argumentos a favor de Deus - o Design Inteligente - vai diretamente contra a Evolução, onde os seres vivos se desenvolveram lentamente através de mutações genéticas e seleção natural, sem nenhuma evidência de que Deus teve alguma mão nisso tudo. Você pode acreditar que Deus simplesmente colocou o universo em movimento e deixou ele fazer a festa sozinho (isso se chama Deísmo, não?), mas certamente várias pessoas preferem buscar por evidências concretas antes de acreditar em algo. A platéia dos truques de O Grande Truque não. Ela quer ver, ela quer ser enganada. O Cutter repete isso duas vezes na narração. Não é um dever. Eu só acho que trabalhos onde há significado e idéias por trás das imagens costumam ter mais valor. E obviamente, a maioria dos cinéfilos/críticos concorda. Mas ele faz isso mesmo. Ele diz que, apesar da devoção religiosa ter seus aspectos ruins, ela é uma muleta necessária para a humanidade. Tanto que o Stalker consegue convencer o Escritor e o Professor a não fazerem porra nenhuma e não explodirem a Zona. E o último plano é o Tarkovsky argumentando que a crença do Stalker está possívelmente certa. Ele está chegando a conclusões sim. Não sempre, mas há uma enorme quantidade de filmes que faz justamente isso. Provavelmente muitos que você gosta. Você gosta dos dois que eu citei ali atrás, não? Você gosta de Amnésia? Stalker parece ter uma tese. Etc. Mas o que há pra colocar em cheque? Você está dizendo que as pessoas não preferem acreditar que há a possibilidade do Mistério e de Deus no mundo? Eu sou ateu, e até eu gostaria. É pra isso que eu vejo filmes, aliás (e aí entra o subtexto metalinguístico do filme). Mas não é uma perspectiva ateísta. É uma perspectiva universal. O filme está mostrando que: 1) Pessoas preferem acreditar que existe algo no mundo além do concreto (e.g. aquela cena do chinês que eu já mencionei, onde o Borden diz justamente isso). Há algo pra se discordar aqui? Isso é valido tanto pra ateus quanto para crentes. 2) A ciência está dificultando logicamente a crença em algo além do concreto - é aqui que você aparentemente está rejeitando. Eu não vejo como. As pessoas podem acreditar em Deus. O filme não está dizendo que é errado, ou que é impossível. Ele só está dizendo que está cada vez mais difícil se apoiar em argumentos pra fazer isso. Pra algumas pessoas, isso é o suficiente para questionar sua própria fé. Para a grande maioria, isso é irrelevante (veja o ponto 1 do filme). 3) O ponto principal: o auto-sacrifício de Angiers e Borden é justamente para combater a ciência. Eles querem trazer o senso de mistério para o mundo, para a vida das pessoas. Eu tenho um amigo religioso que adora o filme e concorda com a minha interpretação. Eu não sei qual é a dificuldade aqui.
  8. Só porque o filme tem um ponto, não significa que ele está forçando esse ponto em você. Não é uma necessidade. É uma idéia que o diretor tem. Ele está argumentando a favor dela. Simplesmente. Mas se eu me lembro bem, Stalker fala justamente sobre como a religião é necessária para as pessoas, e como a ciência e a arte tentam destruí-la. É um ponto bem similar ao dos Nolans, não? Além disso, só porque Stalker já falou de tal tema, isso não significa que outros filmes devam desistir dele. Cada cineasta tem sua visão. O Tarkovsky era cristão, e ele tem um jeito diferente de ver o mundo do que o Nolan, ou do que eu. Eu não concordo inteiramente com a visão cínica e negativa que o Tarkovsky teve da arte e da ciência, mas isso não me impede de ver que o filme é excelente. Aliás, o Tarkovsky está disposto a se auto-criticar, vendo certos aspectos ruins dessa devoção religiosa. Não é uma conclusão minha. É exatamente a intenção dos Nolans. Se eu não me engano, ambos já disseram isso em entrevistas, e há ampla evidência pra essa leitura no filme (e eu já citei várias cruciais acima). Reveja o filme que você verá claramente como ela é desenvolvida. Eu concordo. A idéia da "ilusão de Deus" está lá. Não precisa procurar nenhuma outra.SisterJack2006-12-28 12:05:53
  9. Então você prefere filmes que não lidam com idéias/questões profundas e relevantes? Que não tenha nada na cabeça? SisterJack2006-12-28 10:20:18
  10. SPOILERS Eu vi no filme inteiro, em praticamente toda cena. O diretor nem deixa a idéia sutil nesse quesito; quando eu revi o filme, tudo se encaixou facilmente. Há várias cenas que deixam claro: quando o Borden e o Angiers vão assistir o mago chinês que se sacrifica pela sua arte, o Angiers pergunta como ele poderia justificar isso, e o Borden dá um soquinho na parede e fala "É pra fugir disso." (i.e. é pra fugir da realidade, ter um encontro com o misterioso, o espiritual, Deus, etc). Veja a cena onde Angiers discute com Cutter como o truque do "Homem Transportado" do Borden foi feito. O Cutter diz que é simples, que ele usou um dublê, e o Angiers fica repetindo que é uma ilusão complexa, deve haver uma explicação melhor. É exatamente assim que discussões entre evolucionistas e criacionistas costuma funcionar, com os últimos sempre tentando procurar cegamente a idéia de algo mais "complexo" (leia: misterioso, mágico, Deus) pra justificar o acontecimento. A idéia é que a motivação principal dos mágicos é pegar aquele ambiente de revoluções científicas daquele mundo (com tanto Telsa quanto Edison como cientistas populares e famosos), um mundo onde a idéia de magia e espiritualidade está lentamente se apagando, e trazer isso de volta. O público que vê magias quer acreditar nelas, por medo de que a vida seja talvez muito simples (i.e. explicada, clara) pra aguentar (o diretor disse exatamente essa última frase numa entrevista). Aí entra o auto-sacrifício do Angiers e do Borden: pra fazerem todo mundo acreditar nessa ilusão de Deus, eles precisam se auto-sacrificar, o Borden vivendo uma vida dividida e complicada com seu irmão e o Angiers usando a Máquina de Tesla e matando um "pedaço" de si mesmo a cada vez que faz o seu truque principal. Agora veja a idéia da Máquina de Tesla, que é crucial pra estrutura temática. Ela entra como o elo entre a magia e ciência. É a Terceira Lei de Arthur C. Clarke, parafraseando: "A ciência chegará a um ponto em que ficará indistinguível da magia." Ela cria a ilusão mais forte, mas se revelada, provavelmente deixaria a idéia de uma verdadeira magia ainda mais distante e improvável. E ela tem um efeito horrível no Angiers. Mas pra ele, vale a pena, pois como ele diz no final, o que o satisfazia era "o olhar nas faces da platéia" ao fazer o truque. O olhar de quem acabou de ser realmente impressionado. Eu não consigo imaginar como isso não ficou pelo menos vagamente claro pra quem viu o filme, a não ser que assistiram dormindo ou com o cérebro desligado. PS: Essa última fala do Angiers é ambígua e pode ter uma segunda motivação que é coerente com o personagem, mas eu prefiro não expandir nisso agora.SisterJack2006-12-28 09:35:35
  11. Atauis? Tsai Ming-Liang e Apichatpong Weerasethakul, de longe. Seguidos de Wong Kar-Wai, Kim Ki-Duk, etc. O Park seria o mais irritante. E eu não consegui terminar de ver A Irmandade da Guerra, então eu não gostaria da idéia de ter que ver outro filme dele. Eu não gostei Herói, nem de Not One Less e nem do pouco que eu vi de Clã das Adagas Voadoras, mas eu ainda não vi os filmes mais antigos do Yimou, então não vou falar nada dele.SisterJack2006-12-28 09:15:29
  12. Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia. rs existe uma diferença bem clara entre ver e querer ver. Menos vaga, por favor. Eu estou tentando entender como você acha que a máquina não encaixa tematicamente.
  13. Foi uma piada boba e amigável. Não há nenhuma forma daquele comentário ser encarado como ofensivo. What is up, buttercup? SisterJack2006-12-27 21:14:59
  14. Ok. Isso não faz sentido. O fato do Nolan usar ficção científica é totalmente justificado tematicamente. É essencial para o ponto que ele quer fazer: que a ciência está tirando o senso de mistério do mundo. O filme não é sobre magica, mas sim sobre a fé que a platéia deposita nos mágicos como uma forma de escapar da dura realidade. É sobre como Deus está sendo eliminado por uma ciência que evolui constantemente. É por isso que a Máquina de Tesla é essencial: ela é o que faz a linha entre "mágica" e "ciência" desaparecer. E ela providencia uma metáfora perfeita pra mostrar o auto-sacrifício (de Angiers) necessário para criar tal ilusão de Deus para a platéia.
  15. Você não tem assistido os filmes certos. Nem lido os críticos certos. Sim. E eu ouvi falar que no tópico do Chris Collumbus foram citados alguns filmes do Chris Collumbus.SisterJack2006-12-27 16:11:36
  16. Eu adoro filmes de todas as décadas, mas o tema do tópico tá meio vasto demais, não? Daqui a pouco vão abrir um tópico sobre filmes onde o protagonista é um ser humano.
  17. Então, quando a premiação daqui vai acontecer?
  18. Acabei de rever Doze Homens e Outro Segredo pela terceira vez. Ainda é ótimo (76). Ainda não entendo o que vêem de errado com ele. Roteiro perspicaz, geralmente hilário, direção e montagem extremamente inventivas e elegantes, trilha sonora maravilhosa de jazz/funk do David Holmes
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