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Forum Cinema em Cena

Gago

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Everything posted by Gago

  1. O ponto de vital de uma discussão como essa é parecida com a que eu e uns amigos conversamos sentados numa mesa de bar, outro dia. Eu assisto a filmes com o cérebro e com o coração. A razão do primeiro vai de encontro a algo mais artístico, sobre o que acho inteligente ver numa sala de cinema. Pegue algo como um movimento de câmera tipicamente depalmiano e você tem um exemplo. Mas é um aspecto sempre à mercê da minha emoção, que é o carro-chefe de minhas experiências. Ou seja, por mais que no âmbito mais pessoal possível eu considere uma cena ou um detalhe como sendo de gosto duvidoso, ela me ganha caso me emocione de alguma maneira. Não é um processo tão mecânico como parece, mas acho que vocês já entenderam. Mas, no fim das contas, o exemplo que deu origem ao tópico me fez lembrar de uns casos particulares que eu já vi aos montes por aí e que várias outras pessoas compartilham: filmes muito ruins podem ser divertidos. Eu mesmo nunca me diverti com um filme que eu considere muito ruim. Coisas como de-tão-ruim-fica-engraçado eu até entendo, mas sinceramente não me lembro de um episódio em que esse tipo de sensação tenha sido boa pra mim.
  2. Eu também me diverti. O estilo do Ritchie, que já achei bem mais exagerado que aqui, deu uma agilidade interessante para o jeitão-de-época do filme.
  3. Estabelecer o que é revolucionário e principalmente o que funciona como revolucionário para alguém é muito complicado. Por isso nem me atrevo muito a discutir abertamente sobre isso. Quando utilizo o termo no meu comentário, é mais no sentido da profundidade com que a tecnologia empregada no filme (que, concordo, é muito boa) conseguiu me sugar para dentro dele. Alguém comentou que normalmente não tem problemas para entrar de cabeça dentro de um filme, desde que ele seja cativante de algum modo. E eu concordo, é claro. O meu modo de enxergar esse tipo de relação no cinema é a competência com que os artifícios te conectam ao filme. Pra mim, de nada serve ser tecnicamente impressionante se na prática a minha experiência não sofre qualquer tipo de aprimoramento na maneira de experimentar o produto fílmico. É o que aconteceu comigo na sessão de Avatar. Embora eu particularmente não tenha alcançado um estado de enlevo sobrenatural com os aparatos tecnológicos do Cameron, ele é eficaz em mostrar um universo bastante próprio, criado em computador, possibilitando uma profundidade de campo mais realista, etc. É um lance bacana de experimentar, sem dúvida alguma. Mas o filme possui um sem-número de outras coisas na sua constituição, e várias delas me incomodaram, de um jeito ou de outro. À parte a sensação de novidade que o filme causa, ele me encanta muito por causa de suas intenções do que pelo modo como é desenvolvido narrativa e dramaturgicamente. O balanço, no fim das contas, é curioso, até interessante. Porém um tanto distante do arrebatamento que eu busco numa sala de cinema. Acontece, infelizmente.
  4. Só consegui assistir ao filme nessa quarta-feira. Em parte graças ao Dook, que me passou boas dicas sobre os cines de Campinas (é, precisei viajar para encontrar 3D legendado). Obrigado mesmo pela presteza, Dook! Quanto ao filme, nem sei muito bem o que dizer por agora, pois a Ursa, o Alexei e o Jack expressaram muito do que senti durante a sessão. É um filme relativamente bonzinho, com defeitos e boas escolhas e intenções convivendo na tela, constantemente escoltados por uma revolução tecnológica que, a meu ver, não veio. Devo ser muito leigo e/ou ingênuo no assunto, pois esse é um filme que, pra mim, só tem mais profundidade de campo, perspectiva, esse tipo de coisa. Vários outros filmes me levaram com muito mais força e facilidade para seu universo.
  5. Gago

    Top 2009

    Infelizmente não tenho conseguido tempo pra entrar mais vezes no fórum, por isso nada de lista em ordem de preferência e com pequenos comentários. O negócio, dessa vez, será bem mais simples. No primeiro dia de outubro eu havia dito aqui mesmo, nesse fórum, que Amantes e Up eram os meus dois filmes preferidos de 2009, levando em consideração somente os lançamentos comerciais em terras brasileiras. O fato é que até hoje não mudei de opinião. O ano foi muito bem, obrigado, com muitos outros filmes realmente bons, como O casamento de rachel, Gran torino, Simplesmente feliz, Abraços partidos, Deixe ela entrar, Inimigos públicos, A bela junie, Bastardos inglórios e talvez algum outro que eu tenha esquecido. Filmes que recomendo a qualquer um que se identifique com o meu gosto, principalmente alguns que são especiais. Mas o filme do Gray e o da Pixar, juntamente com Coraline, são os que eu levarei no meu coração até sabe lá quando. Por isso, sobem ao pódio e recebem uma medalha de ouro cada um.
  6. Essa aparição de E.T. — O Extraterrestre na lista do Alexei é o que costumo chamar de providencial. Seria também a minha resposta à pergunta implícita na outra página — a que se refere ao grande trabalho do Spielberg na década de 80. É um dos filmes da minha humilde coleção que eu guardo com mais carinho. Estará presente na minha lista também. Com relação à expectativa, ficarei decepcionado caso Gosto de sangue e Crimes e pecados fiquem de fora da lista final, depois de tanto auê ao redor dos Coen e do Allen. Façam valer seus votos, fãs!
  7. Eu particularmente penso que se uma coisa está presente no filme, então é correto que eu me sinta incomodado caso ela não me agrade. E, na minha opinião, a dramaturgia desse 2012 é de trigésima categoria. Os personagens são ruins e seus desenvolvimentos e arcos dramáticos idem. Se não é o foco do Emmerich e ele próprio imagina que não tem talento para lidar satisfatoriamente, então que simplesmente os deixe de lado. Não sei se é o seu caso ou se é isso que você quer dizer, mas pra mim a solução tem que partir do realizador, e não da condescendência do espectador.
  8. O melhor - e mais surpreendente - momento foi a medalha de prata do Malick. Muito legal mesmo. No geral, essa lista ficou bacana. É tudo o que eu espero de uma brincadeira dessas: filmes que eu adoro e filmes que considero superestimados tanto no geral quanto numa seleção de vinte melhores. Particularmente, acho que algumas ausências doem, mas tranquilo. Normal para um evento que envolveu 25 pessoas e diferentes gostos.
  9. Estava adiando o comentário sobre a entrevista porque pensei que ela não havia chegado ao fim (pílula vermelha, alguém?), mas o fato é que ela me agradou bastante. Em boa parte do tempo acho que faltou ao Gustavo/Cremildo um pouco mais de elucubração nas respostas, apesar do meu gosto pela síntese. Mas seria mentira se eu dissesse que não concordo com a alegação que ele próprio fez a respeito de sua habilidade com a escrita - é muito agradável ler seus posts no dia-a-dia, e não foi diferente nesse bate-papo. E segundo porque eu gosto dessa visão bem firme que ele tem a respeito das coisas, imune ao que supostos medalhões pensam, e ainda assim maleável (Spielberg, seu ídolo-mor).
  10. Eu siceramente não lembro do caso do ano passado, mas se realmente ocorreu (e, claro, não duvido nem um pouco) foi um troço ridículo também, sem dúvidas. Como eu disse, acho um desrespeito com o torcedor, independentemente do clube. É um lance péssimo para o esporte brasileiro, mais especificamente o futebol, e não apenas para um clube em especial.
  11. Eu tento ser bem imparcial com relação a esse tipo de coisa. Lógico que fico um pouco chateado porque é contra o meu time e que gerou um grande percalço até o final do campeonato. Mas o triste mesmo é a falta de respeito com o torcedor de um modo geral. Esse caso é uma vergonha. Cada vez mais a gente vê, no futebol, motivos de diversas ordens que não as habilidades e táticas das equipes influenciando nos resultados finais. É muito desanimador, muito. Por essas e outras que tenho me empolgado mais e mais com outros esportes em vez do futebol, especialmente aqueles em que 99% das vezes o grande astro da peleja é um esportista.
  12. Gago

    Palmeiras #2

    Culpa do Simon também.
  13. O susto é compreensível. Continuo adorando o filme, mas a gente vai mudando com o tempo - e os nossos tops também. Hoje, é difícil que que qualquer um dos cinco primeiros ceda o lugar para o filme do Linklater. Mas é um filme que ainda tem lugar cativo no meu coração, não tenham dúvidas quanto a isso.
  14. Que tarefa difícil. Com tantos filmes maravilhosos pra escolher, o resultado foi esse: 01. Underground - Mentiras de Guerra (Emir Kusturica) 02. Close-up (Abbas Kiarostami) 03. A Salvo (Todd Haynes) 04. As Pontes de Madison (Clint Eastwood) 05. Além da Linha Vermelha (Terrence Malick) 06. A Estrada Perdida (David Lynch) 07. Maridos e Esposas (Woody Allen) 08. Short Cuts - Cenas da Vida (Robert Altman) 09. Bom Trabalho (Claire Denis) 10. Tudo Sobre Minha Mãe (Pedro Almodóvar) 11. A Dupla Vida de Véronique (Krzysztof Kieslowski) 12. Crash - Estranhos Prazeres (David Cronenberg) 13. De Olhos Bem Fechados (Stanley Kubrick) 14. O Jogador (Robert Altman) 15. Fargo (Joel & Ethan Coen) 16. Ondas do Destino (Lars Von Trier) 17. Bem-vindo à Casa de Bonecas (Todd Solondz) 18. Olhos de Serpente (Abel Ferrara) 19. Jovens, Loucos e Rebeldes (Richard Linklater) 20. Alucinações do Passado (Adrian Lyne) Cabe lembrar que o mais importante é o pacote todo, uma vez que as posições, na realidade, variam de acordo com o meu humor. Gago2009-11-18 13:13:45
  15. Pois é, jogar uma parcela de culpa em alguém por algo imprevisível ou absurdo não faz sentido pra mim. É como eu dar uma facada em você e a ambulância que te socorrer sofrer um acidente no meio do caminho para o hospital, ocasionando sua morte. Sou culpado apenas pela facada. (não estou dizendo que seja o caso de ninguém, até porque nem estou mais acompanhando decentemente o debate, mas apenas comentando o raciocínio do Foras)
  16. Sim, ela está na mira da Playboy. Parece sem resposta ainda, mas duvido muito que ela deixe passar a oportunidade.
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