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Forum Cinema em Cena

Gago

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Everything posted by Gago

  1. Estava prestes a comentar isso. Não curto listas assim. É como chegar no final de cada ano e decidir a ordem dos dez piores filmes da temporada. WTF, eles são uma merda e pronto, tchau. Sou muito mais um Superestimados da Década, ou algo parecido.
  2. Eu curto bastante esse Tape, do Linklater. Mas infelizmente não aparecerá na minha lista final. Prefiro muitos outros filmes a ele, ainda que seja um filme muito bom. Aliás, ninguém aqui conhece Apichatpong Weerasethakul? Ou quem já viu não gosta? Eu só assisti a dois de seus filmes - Síndromes e um século e Mal dos trópicos - e a boa impressão que tive foi a de que ele é o dono de um estilo tão próprio e inovador que muito provavelmente ninguém o tira do posto de cineasta cujos filmes são feitos à maneira mais particular possível. Seus filmes misteriosos e inacreditavelmente sensoriais, de ritmo preguiçoso, que caminha no tempo que bem entende, é algo que pode encher os olhos de muita gente. Sei que é o tipo de nome que não preenche o perfil de um bocado de gente por aqui, mas de todo modo fica a dica.
  3. O céu de suely é tranquilamente o meu nacional da década. Gosto de outros também, mas nada que sonhe em chegar perto dessa coisa maravilhosa do Ainouz.
  4. Gago

    Grêmio #2

    Sim. Afinal, ele é gremista, oras. Sempre esteve na cara. Ó o presente de grego que ele deu pro Inter em pleno centenário.
  5. E o tal do An education é bem meia-boca. Filminho feijão-com-arroz, filmado assim-assim. A mão que conduz não é pesada, mas parece beliscar mesmo uma das dez vagas.
  6. Do ponto de vista autoral, é o filme que faltava na filmografia do Haneke. É mais um filme sobre o mecanismo que afirma a passagem do bastão, sobre a herança recebida pelas crianças, que um ponto de vista a respeito de um específico espaço geográfico-temporal. O que mais me interessou, além do apuro visual belíssimo, foi a decisão do diretor em pontuar a estória com um terror latente, quase subterrâneo, que surge marginalmente, de tempos em tempos. Como uma bomba-relógio que nunca chega às vias de fato. Mas ainda me incomodo com a maneira esquemática com que ele, o Haneke, trata seu universo cinematográfico (personagens, construção ficcional, etc.). É tudo muito engessado, cultivado numa rigidez semelhante ao do próprio vilarejo. Seus personagens não são livres pra existir, são apenas peças dentro de uma tese, como passarinhos numa gaiola. Esse é um porém que eu já comentei por essas bandas e que, pelo visto, não mudou muito. Maior até que a visão estreita que o Haneke tem das coisas. Gago2010-02-18 17:30:08
  7. Também separei uns filmes a fim de fechar a minha lista, mas é muito improvável que eu consigar assistir a todos até lá. Mas tá tranquilo, porque amanhã mesmo tentarei assistir aos dois que eu persigo há mais tempo, daí já vou tentando chegar a um acordo comigo mesmo.
  8. Sim, é verdade. Comentei com a minha companhia, na saída da sala, justamente sobre esse do homem que entra na vagina da mulher. Espirituoso, perspicaz e encaixado no momento certo de Fale com ela. É ótimo mesmo!
  9. Spoilers. E o meu momento favorito do filme, Luizz. Absurdamente lindo, não é? É o tipo de coisa que me encanta de verdade numa sala de cinema. Os filmes dentro desse filme são sensacionais. Primeiro, aquele hilariante esboço de roteiro sobre vampiros que o Harry e o Diego começam a discutir. Depois, essa cena de Gatas e Malas, que é fantástica! Adoraria assistir ao filme na íntegra. E, se é que podemos dizer assim, toda a espécie de flerte com o noir que é o flashback contado a partir das memórias do próprio Matteo. Maravilhoso.
  10. Considero o Park superestimado. Eu gosto de alguns dos filmes dele, mas consigo pensar, em questão de segundos, nuns 6 ou 7 diretores asiáticos cujo trabalho está na década de 90 pra frente e que são imensamente mais talentosos que ele. O primeiro filme dele que me vem à cabeça é Lady vingança, que, de certo modo, me diz muito sobre o cinema do Park em geral. É visualmente maravilhoso, cinema extremo, cheio de violência mesmo, quase cartunesco. É legal e até gostoso de assistir, mas não é o que eu tenho como referência de cinema de primeira grandeza. Na minha opinião, ele substitui a substância dos seus filmes pelo impacto da força física das cenas. O choque pelo choque, por assim dizer, o que às vezes o faz se levar um pouco mais a sério do que deveria. Senhor vingança, por exemplo, é todinho construído em cima disso. É um filme corpulento e viril, mas fraquinho que dói. Por favor, não estou fazendo nenhum discurso a favor ou contra nada, até porque gosto muito de vários filmes cujo lema básico é o do visual sobrepujando a substância. Enfim, é isso. Gosto de alguns filmes do cara, mas não divido esse espírito de celebração todo. Nem sei qual é o meu preferido, talvez Oldboy.
  11. Gostei muito. Só o modo carinhoso e a ardência com que o Almodóvar filma a Penélope já valeria o ingresso. Mas ele é (bem) mais que isso. É um filme sobre a força da imagem e o poder ao mesmo tempo apaixonante e cruel que ela pode exercer. Os filmes dentro do filme, o drama de um ex-diretor que trocou de nome após ficar cego - um Almodóvar impregnado de cinema que não perde sua impressão digital nem mesmo às portas de uma fusão de gêneros e referências: suas estórias apaixonadas sobre homens loucos de amor e suas mulheres intensas. E isso é demais. Gago2009-10-22 20:19:12
  12. Me chamou a atenção mesmo por ser produto desse nosso cinema de hoje. Às vezes me pergunto quantos diretores estadunidenses - e do mundo todo também - receberiam carta branca pra realizar um filme livre desses, feito à vontade do criador. Enquanto isso, como apreciador de filmes, digo que saí pouco empolgado da sessão. É um exercício de estilo mesmo, no qual o roteiro é franzino, quase insignificante. É até interessante de um modo geral, mas não deixa de ser uma opção que pode deixar a estória pouco densa. É o caso desse Sede de sangue, na minha opinião. Tive a sensação de que os fãs do Chan-Wook dificilmente sairão decepcionados da sessão: é um filme violento, pontuado por um humor bizarro e, na maior parte do tempo, grotesco. Particularmente, acho que o filme deveria ser mais enxuto, especialmente porque melhora muito no terço final, e, até lá, me desinteressava de quando em quando.
  13. Esse Mother é do Joon-ho? É um filmaço, imperdível mesmo. Mas passa muito longe do tipo que faz a cabeça da academia.
  14. Estou viajando, então. E eu, bobo que sou, estou trocando uma boa revisão como essa por filmes de um Festival que, até agora, não me deu muita sorte.
  15. Este filme saiu em cartaz só em São Paulo ou é impressão minha?
  16. Também sou fã de Santiago!
  17. Estava até agora assistindo a essas doideras que, juro, não conhecia. Muito surtado esse cara! Em boa parte do tempo ele não é nem um pouco interessante, mas em alguns momentos ele acerta, e é bacana. Sou muito mais inclinado a dar mais valor a esse tipo de pessoa do que o academicismo aborrecido de, por exemplo, uma Contracampo da vida. Mais até que um texto engessado como de um Villaça. Mas estou fingindo que ele não disse aquelas coisas (nada contra a opinião em si, mas aquelas referências!) sobre Vicky cristina barcelona. Haha.
  18. Estive pensando agora há pouco. Até mais ou menos metade do filme, com exceção do casal principal, só tem imbecil passeando na tela. Ou o que é pior: gente tratada assim. Quando não os dois ao mesmo tempo. E salvo uma cena, praticamente nada dos outros episódios me pareceu realmente bom. Está lá só para que os personagens agreguem algo à sua mochila de viagens, de modo a contribuir pra conclusão, pro desfecho das coisas. Como se estivessem lendo diferentes versões sobre um determinado assunto numa página da Wikipédia. Não desceu mesmo.
  19. Deve ser alguma herança do teatro, não sei. Mas me intriga como a mente desse sujeito entende que cada personagem deve surgir com uma seta na cabeça indicando o que ele é e para que serve (o casal zen, os avós porra-louca, a mãe adotiva que não engravida etc.). Parecem rótulos ambulantes. Inclusive as situações do road movie, que de tão calculadas parecem móveis encomendados sob medida para uma sala de estar. Tudo tem que estar em cena para dar prosseguimento à estória - que, neste caso, é desenvolvida com um mau gosto gritante. Três dos seis episódios são constrangedores, tamanha sua idiotice. É um negócio tão ruim, tão bobo, que não agrega e nem faz rir, só exerce sua função de dar sequência ao todo. Sério, é deprimente. Não sei se chamo de ruins os que sobram, mas não enxerguei rigorosamente nada de especial neles, quando muito. O lado positivo é que pelo menos o Mendes finalmente aprendeu a olhar seus protagonistas com lentes mais humanas, mais carinhosas. É um avanço. Gago2009-10-03 03:18:58
  20. Pra quem estiver curioso: http://www.cinemaemcena.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=12735&PN=5
  21. O filme narra a estória de um relacionamento marcado pelo confronto entre a visão moderna dos romances e a velha idealização do amor. É interessante, mas o problema é que eu não vejo nada de maravilhoso ou especial por trás disso tudo. A sensação que eu tive é que o diretor (ou o roteirista, vai saber) percebeu que não tinha um texto dramaturgicamente rico nas mãos, e então resolveu maquiar a falta de profundidade do material com, por exemplo, os vaivéns temporais que seguem a lógica de um ioiô - eles apenas contrastam a felicidade/tristeza de Tom em momentos distintos. Dá espaço prumas risadas e só. E boa parte do todo é mais ou menos calcado nisso, equilibrando o relacionamento com referências à cultura pop (Smiths, Beatles, Belle Sebastian, Nintendo Wii etc.). O resultado é um filme moderninho, bonitinho e constantemente engraçadinho, mas que não me pareceu ter nada de mais. Gago2009-10-02 15:12:31
  22. Arrã. E o curioso é que apesar dele ter se consagrado já no final da década de 70, meus dois Allen favoritos foram feitos num espaço de tempo de três anos, mais precisamente entre 89 e 92. Eu já tinha comigo que Crimes e pecados é um dos melhores filmes desse mundo e um Woody Allen superior. E esse Maridos e esposas é maravilhoso, cara. Segundo lugar fácil. Estou com Memórias arrumadinho aqui, é só dar o play. Talvez eu o assista ainda nesta noite.
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